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    Home»Alemanha»Minha Defesa ao Schrebergarten
    Alemanha

    Minha Defesa ao Schrebergarten

    Bárbara Poplade SchmalzBy Bárbara Poplade SchmalzMay 3, 2013Updated:September 29, 20179 Comments4 Mins Read
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    A primavera finalmente começou por aqui. Já paramos de ouvir apenas os corvos chatos e agora misturamos o barulho da cidade ao canto dos pássaros (olha meu lado hippie florescendo…)

    Em terras frias e escurecidas, um raio ou o calor do sol fazem toda a diferença e, para celebrar eles eu passeio pelo Schrebergarten da família.

    O nome em alemão é complicado, mas não é nada mais que um pequeno jardim. Eu os acho tão charmosos, os vejo como um símbolo da primavera e por isso, decidi dividir com vocês um pouquinho dessa tradição que existe há mais de 200 anos.

    Daniel Schreber foi quem idealizou esses pequenos jardins que levam o nome dele.

    O intuito era que as pessoas com pouco dinheiro pudessem ter qualidade de vida mesmo morando em cidades grandes e a principal preocupação era com a saúde.

    Esses pequenos jardins proporcionavam aos pais a chance de cultivarem frutas e legumes para enriquecer a alimentação da família enquanto, as crianças tinham a oportunidade de brincar em um espaço verde, ter contato com a natureza, mesmo morando na loucura da selva de pedra.

    Eu procurei informações sobre esses pequenos jardins e encontrei a quantidade que existe em Berlim. Só aqui são mais de 60.000 pequenos jardins (pelo menos é o que diz a Wikipedia, dado de 2008).

    Hoje, pelo menos aquilo que eu conheço dessas colônias de jardins, é que eles se fortificaram como um espaço para qualidade de vida, para a interação dentro de uma pequena comunidade que divide o mesmo hobby: a natureza.

    É bonito de ver em um dia ensolarado, as crianças pulando de maiô, fazendo guerra de água enquanto seus pais ou avós tomam sol e batem papo ao som de músicas populares antigas ou gargalhadas.

    A maioria dos donos desses jardins são pessoas que já estão na terceira idade ou beiram essa etapa da vida e percebo o quanto é importante para eles.

    As colônias proporcionam não só raios de sol, esquilos, porcos selvagens para ver a olho nu, mas um senso de comunidade quase utópico com concursos como “O jardim mais bonito”, festas para celebrar mais um ano de colônia ou simplesmente para ter uma desculpa de comer um salsichão e beber uma cervejona (porque aqui não tem espaço para copo pequeno de cerveja).

    Além de ser uma ótima oportunidade de se juntar com a família e vizinhos de jardim, para bater um papo gostoso, reviver o passado e ouvir sobre as vontades do futuro dos mais novos, e uma chance de não se sentir tão só e, menos cinza de inverno e poluição.

    Antigamente as pessoas poderiam morar nos seus jardins, hoje em dia, ele só pode ser usado como casa de temporada. Seus donos passaram a ter duas vidas: uma na casa principal em meio a inverno e festas de fim de ano e a outra é cheia de calor, verde e festas ensolaradas.

    Os custos de um Schrebergarten não ficam somente na mão de seus habitantes. O terreno é do governo e anualmente paga-se uma taxa como se fosse um aluguel mas, o dono tem que pagar pela casa do jardim ao antigo morador – nada mais justo – quem pega um terreno sem casa, obviamente não precisa pagar por nenhuma construção ali.

    Quando as pessoas vem para Berlim sem conhecer famílias com hábitos alemães típicos, dificilmente tem a oportunidade de vivenciar esse lado verde.

    É uma pena porque, são essas pequenas coisas que fazem a gente se apaixonar mais ainda pela cidade.

    O que mais me entristece é ver que muitos Berlinenses também já se esqueceram dessa tradição centenária e o governo não fica atrás: muitos jardins já foram retirados para dar espaço a apartamentos, fábricas ou qualquer outra coisa que seja considerada mais lucrativa.

    O que eu espero é que as pessoas percebam como é valioso esse hábito, como é bonito de ver e como é saudável essa oportunidade de escapar um pouco da vida corrida em meio aos carros.

    E deixo com vocês algumas fotos dos tais jardins…

     

     

     

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    alemanha
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    Bárbara Poplade Schmalz

    Bárbara mora em Berlim, na Alemanha, e trabalha como ilustradora.

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    9 Comments

    1. Ann on May 3, 2013 1:40 pm

      Esses jardins sao comuns na Polonia tambem, ate hoje temos amigos que usam com frequencia, ja que a maioria mora em apartamentos na cidade como vc mencionou. Acho uma tradicao fabulosa e eh uma pena que esteja se perdendo. Bj

      Reply
      • Barbara Poplade Schmalz on May 6, 2013 4:48 am

        Oi Ann,

        bem legal saber que na Polônia também existe bom, somos vizinhos né hehehe
        Também acho uma pena perder essa tradição saudável, mas tenho fé de que os berlinenses vão lutar pelos seus jardins hehehe. Enquanto houver pessoas ainda interessadas em ter um, fica mais difícil do governo tirar 😉

        Bjs e uma ótima semana

        Reply
    2. Tati Sato on May 3, 2013 1:56 pm

      Oi Bárbara! Que interessante ler a história dos Schrebergarten! Meus tios moram em uma cidade pequena, ao sul, na Alemanha (próxima a Stuttgart) e lá eles cultivavam um jardim. Lembro-me que íamos ao jardim colher os tomates e as coisas que plantavam. Claro que eles dão trabalho (por isso eles não o tem mais), mas acho bem admirável esse lado alemão de contato com a natureza. Eles, por exemplo, também caminham pelas florestas depois do almoço.

      Acho bem interessante esses costumes. Porque, além de serem bastante diferentes dos costumes brasileiros, são também bem diferentes dos costumes do resto da Europa! E essa diversidade européia é algo que amo muito.

      Reply
      • Barbara Poplade Schmalz on May 6, 2013 4:52 am

        Oi Tati,
        Eu também sou uma fã dessa diversidade toda! As vezes a gente fica meio perdido, mas agradeço de poder cada dia conhecer um pequeno mundo diferente e na mesma cidade 🙂

        Realmente dá um trabalhão cuidar desses jardins, mas nada como comer tomates, cerejas e outras coisas diretamente do pé! hmmmm já me deu água na boca hehehe

        Ontem mesmo comemos couve manteiga refogada! Era muita emoção! hahaha

        Beijos

        Reply
    3. Christine Marote on May 3, 2013 3:45 pm

      Lindo de ver e deve ser delicioso de usufruir. Mas em qualquer lugar do mundo que se conhece, é sempre muito mais interessante quando saimos do ‘roteiro padrão’ e vamos conhecer mais coisas da vida real das pessoas… e nada como se tem um amigo, conhecido, parente morando nesse lugar! =]
      Beijo

      Reply
      • Barbara Poplade Schmalz on May 6, 2013 4:55 am

        Exatamente Christine!
        Eu sempre falo para os amigos que me visitam que se podem ficar mais dias por aqui é melhor.
        Berlim recebe muitos turistas mas, sempre para os passeios basicões e quando meus amigos me visitam, fico tentando convence-los de conhecer esse lado da cidade que só os “locais” conhecem. Acho que enriquece e abre mais nossos horizontes do que o tour tradicional 😉

        Beijos!

        Reply
    4. Amanda on May 3, 2013 9:20 pm

      Olha Bá, fica aqui minha revolta por eu ter visitado Berlim SEM um tour pelos Schrebergartenen (é assim mesmo o plural?)!!
      Mas ameeei esse texto com comentários, opinião e a história! Você se supera sempre! Parabéns!
      Mas chega de puxação de saco… =p
      Beijos

      Reply
      • Barbara Poplade Schmalz on May 7, 2013 3:39 pm

        OMG! ou em Alemão: Du meine Güte!
        Levei bronca! hahaha

        Querida Amanda, você veio no inverno e nenhum Ser nesse mundo quer aparecer numa casa sem grama, sem folhas, sem flores e sem aquecimento nessa época! hehehe
        O plural de (der) Schrebergarten é (die) Schrebergärten 😉 Já vi que está nas aulas de alemão só pela sua intuição ao procurar o plural hihihihi.
        Já coloquei os artigos em cada caso para você absorver, mas se precisar de ajuda com a língua, pode chorar nos meus ombros….

        Obrigada pela “puxa saquice” e pode fazer seeeeempre que quiser! 😀

        Bjo bjo

        Reply
    5. Ana Cristina Kolb on May 12, 2013 6:45 pm

      Lindo texto! e otimo tema! Quando cheguei a Europa, meu primeiro pouso foi em Duisburg, uma cidade no norte da Alemanha, muito industrial e fiquei encantada quando fui convidada pela primeira vez a fazer um churrasco em um Schrebergarten! Unico pra mim, saindo de Minas onde tem tanto verde e quanta gente nao valoriza, e ai na Alemanha, como vc bem disse, devido ao frio, ver o valor que as pessoas davam pra aquele jardim pequenininho, o cuidado e apreciaçao por coisas simples, em meio a uma sociedade tao desenvolvida e industrializada! O habito de andar em parques tenho até hoje depois de 22 anos de Europa, e amo! Tento sempre que recebo brasileiros partilhar estes habitos e esta outra percepçao de valorizaçao de coisas simples como a natureza! Infelizmente na maior parte das vezes, os brasileiros reclamam de andar, e querem mais é fazer compras e tirar retratos em locais conhecidos por cartoes postais pra mostrar de volta a terrinha! rsrsrrsrsr Enfim, bravo por partilhar esta linda tradiçao alema! Danke sehr! Und bis bald! e esperemos que este tipo de texto possa inspirar mais e mais pessoas a apreciar esta cultura de apreciar a natureza e a vida em comunidade! Bjus quem sabe um dia os Schrebergärten nao chegam as grandes metropoles do Brasil! Ja estamos começando com jardins nos tetos dos grandes predios, pra ter uma horta pros moradores! Foquemos no positivo e vamos acreditar no melhor do ser humano pra cada vez mais nos voltarmos pra coisas simples e belas como a natureza e a vida em comunidade de forma prazeirosa!

      Reply

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