O verão chegou a Manila com toda a força que nunca havia chegado a Irlanda. Os termômetros chegam a 36º, com sensação térmica de mais de 40º. Isso quer dizer que quando saio do banho pela manhã, antes mesmo de colocar a maquiagem, já estou suando como uma fonte. Hoje, por exemplo, lutei com o meu corretivo para que ele se fixasse no meu rosto, enquanto tentava enxugar o suor com um lenço de papel. E eu tenho ventilador e ar-condicionado.
No tempo que vivo aqui, acho que esse é o verão mais quente que já vivi. O verão, que dura, geralmente, de março a junho, sempre é quente, mas esse ano parece que estamos vivendo às portas do inferno. Juro que se encontrar Hades e Cérbero pelas ruas não me assustarei…
O engraçado é que muitas pessoas usam sombrinhas nas ruas. Aqui, nas Filipinas, as sombrinhas são usadas em dias de sol intenso tanto quanto são usadas em dias de chuva. O fato é que os filipinos, assim como a maioria dos asiáticos, não gostam de se bronzear.
Sabem a velha história do “queremos o que não temos”? Pois é, aqui, ao contrário de países ocidentais nos quais as pessoas pagam para terem o bronzeado perfeito, as pessoas pagam para ser brancas. Nas farmácias e supermercados, encontramos protetores solares fator 100 e temos que olhar com atenção aos rótulos dos cremes hidratantes, desodorantes e sabonetes, porque, senão, acabaremos com cremes hidratantes, desodorantes e sabonetes branqueadores. Sim, BRANQUEADORES ou, em inglês, whitening. Assim como as pastas dentais que prometem deixar nossos dentes brancos, os cremes branqueadores prometem clarear as peles bronzeadas filipinas com o uso constante.
Não tenho idéia de como eles funcionam… Quero dizer, entendo que os sprays e cremes bronzeadores que são vendidos na Europa e eram adorados pelas irlandesas são tintas que saem com água. Lembro-me que várias vezes caminhei pelas ruas de Dublin, no meio da chuva, e vi as tintas laranjas escorrerem pelas pernas brancas irlandesas. No entanto, só posso imaginar como o creme branqueador funciona. Isso é, na minha (fértil) imaginação, acredito que eles contém alvejante. E, se não for isso, devem conter uma quantidade de produtos químicos imensa que daria inveja à família Jackson.
O engraçado é que pelo ideal de serem brancos, os filipinos não costumam ir a praia durante o dia. Em geral, paraísos como Boracay estão vazios durante a manhã e as praias começam a ficar cheias uma hora antes do pôr-do-sol, quando o sol já não bronzeia mais.
Quando vão às praias durante o dia, muitos filipinos vão de roupa. Quando digo roupa, não quero dizer shorts e uma blusinha, mas com calça comprida e manga longa. Alguns que decidem ir a praia com roupas de banho, se escondem em cavernas improvisadas, enrolados em toalhas, para que o sol não toque suas peles.
No último feriado de Páscoa que fomos à praia, vi de tudo: filipinos com manga comprida e calça nadando no mar, pessoas enroladas em suas toalhas e pessoas, dentro do mar, carregando sombrinhas. Sim, dentro do mar, com sombrinhas coloridas pendendo sobre suas cabeças…
Quando vou a praia, uso biquini. Embora eu pareça a uma filipina, eu tenho decendência japonesa e nasci no Brasil. Tive complexos porque a minha pele era muito bronzeada e eu amava o branco. Passei dessa fase há anos e adoro o projeto “Marrom Chocolate 90%” que imponho todas as vezes que vou a praia! 😉 Porque uma das vantagens de ter a minha cor de pele é que eu fico bronzeada muito facilmente.
Sei que o diferente, em geral, se torna o padrão de beleza. Lembro-me que a filha do meu ex-chefe na Irlanda, cujos olhos azuis são impressionantes, dizia o quão sorte nós, brasileiras, tínhamos de ter os olhos escuros porque era lindo! Eu, que tinjo o cabelo de vermelho há quase 15 anos (o tempo passa), nunca entendi porque muitas irlandesas ruivas tingiam seus cabelos de negro, por exemplo.
E com todas as mudanças, ainda acredito que tenhamos que aceitar como somos. Assim como no ocidente, o ideal é estar bronzeado porque essa é uma cor saudável, de uma pessoa que tem vida social e tem tempo de tomar sol, no oriente o bonito é ser branco.
Acredito que esse ideal tenha sua origem na época colonical, na qual a pele branca era associado a aristocracia e a bronzeada era associada ao trabalhador de lavouras, ao mais pobre.
Infelizmente, essa ainda é uma realidade aqui nas Filipinas. Com o boom do Sudeste Asiático como economia emergente, muitos expatriados vieram para cá com salários mais altos que os locais e isso, associado às propagandas que contém pessoas brancas e seus olhos azuis (uma clara contradição com o padrão de beleza local), enfatiza uma idéia errada de que a cor de pele pode ser um dos fatores para que uma pessoa seja bem sucedida.
27 Comments
Hahaha as fotos estão incríveis!!!
Fiquei sabendo que na Índia as mulheres passam o famoso “blondor”, adorado por muitos brasileiros praianos, para descolorir a pele. Provavelmente os componentes por aí são parecidos :O
Realmente é curioso como em qualquer lugar do mundo, as pessoas querem ser diferentes da massa, mas é bem divertido tbm. Suas fotos comprovam isso hehehe
Boa sorte na sua busca pela “cor do pecado” pq aqui, tô vendo que vou ficar mais um ano desbotada rs…
Bjs
Bá, me contaram que o bronzeado entrou em moda por causa de Coco Chanel que, durante a época da guerra e durante a criação de uma de suas coleções, só encontrava tecido branco. E, bem, tecido branco não combina com tom de pele branco! 😉 Não sei se isso é verdade…
Essas pessoas de cardigan na praia e sombrinhas no mar são o máximo… Juro, não entendo como eles não cozinham, mas já fui para a academia e, ao meu lado, corria um cara com moletom pesado… =) Ainda duvido da eficácia dos cremes branqueadores porque não entendo como se pode impedir a produção de melanina, mas tudo bem. Não pretendo ter câncer de pele para tentar ficar branca! 😉
Enquanto houver sol, enquanto eu puder aproveitar do meu tempo na praia (porque a época de chuvas se aproxima), vou em busca da cor do pecado! Haha!
Um beijo
Tati, perfeito. Ri muito e já fiz alguns posts no meu blog a respeito disso. Aqui na China eles são mais radicais ainda. E aqui a neura vem de que só quem trabalha exposto ao sol tem pele morena, bronzeada. Então borá para os branqueadores…rs tenho uma amiga que mora num condomínio enorme, com uma piscina linda… E só dela durante o dia….hahahahaha. Há poucos estrangeiros no condomínio então antes das 5pm, borá aproveitar a tranqüilidade de viver na China num dia de sol. E sempre digo que aqui aprendemos o verdadeiro significado da palavra ‘sombrinha’…hehehe. Beijo e parabéns pelo texto.
Chris, outro dia, em Boracay, voltava ao meu hotel pela praia, à noite. Eu via famílias inteiras brincando na areia e mergulhando no mar (lembro-me vividamente quando minha mãe dizia para eu não entrar no mar à noite! Haha). Uma outra vez, fui a praia, estiquei a canga e me deitei. Quando recolhemos as coisas, meu amigo me perguntou “você não percebeu que só havia você e outra menina de biquini?”. Respondi que não. Ele continuou “pois é… Quando ela chegou, ela olhava para todos os lados até que te viu. Então, ela esticou a canga ao lado da sua…”. Ri muito!
Nem tinha pensado no significado da palavra!!! Hahahahahahah! AMEI! Sombrinha… Aquilo que faz uma pequena sombra! Hahahahah!
Um beijo
Tati, e impressionante, se nao visse nao acreditaria…calca preta no sol??? Socorro rs
Mas, como voce falou a ligacao da cor da pele com a classe social faz todo sentido…e nos brasileiros, que de branquinhos nao temos nada (nao generalizando), matamos por um bronzeado rsrsr….as facetas do mundo em que vivemos..Agora com o blog iremos mostra-las todas rs..Adorei as fotos 🙂 xx
Ann, eu achei impressionante… Já sabia que os asiáticos não gostavam de se bronzear (por exemplo, as gueixas, no Japão, usam as maquiagens brancas), mas, até chegar aqui, nunca imaginei que fosse essa loucura por não se bronzear… Protetor solar fator de proteção 100, você já ouviu falar? Pois é, eu vi (vou mandar a foto para que você possa comprovar) e contém zinco (achei que isso fizesse mal para a pele).
Você percebeu a calça preta… E o cardigan básico? Juro… Eu tento entender… E bora eu encontrar minha cor “Chocolate 90%”… Acho que eles me consideram a filipina mais estranha que já pisou nessas terras! Haha!
Adoro ver as diversas facetas do mundo e esse é um dos motivos pelo qual amo ler as histórias e escrever para esse blog! 😉
Um beijo, chefa! =D
Muito legal essa diferença cultural!
Lembrei de minha avó, que sempre gostou de ser branquinha, pois ela e as irmãs moravam no campo, mas as irmãs delas trabalhavam na lavoura e eram bronzeadas, enquanto que ela trabalhava dentro da casa. Creio que seja o que vc explicou mesmo…
Aqui na Hungria eles acham lindo o meu cabelo e olho preto e quando minha pele começa a desbotar eles reclamam: “Ah, mas logo vc vai parecer uma hungara! Tem que se bronzear um pouco!” rsrsrs Porém, nesse caso, realmente é bom que eu me bronzeie, afinal, a vitamina D aqui é o que acaba faltando pras pessoas no inverno e quem é morena, tem mais resistencia ao sol fraquinho do inverno. Minha mãe se arrepia se eu falo que saio sem protetor solar na piscina… hahahaha Estou tentando ficar num meio termo, nem preta de sol, nem branquela abatida…
Adorei o texto!
Beijinhos!
Oi Carol! Obrigada pelo elogio e por ler o texto! Fico muito feliz que você tenha gostado!
A cultura asiática é maluca… Completamente diferente da européia! Eu vivi na Europa e aqui tenho muitos amigos europeus: vamos à praia para ficarmos moreno… E os locais não! Haha! Agora, me divirto com tudo isso!!! Tem uma foto no meu blog de um cara que parece um sequestrador-pirata e era um dos responsáveis por buscar baleias em um tour que fiz… Literalmente, ele está inteiro coberto para que o sol não queime sua pele!
Ainda que o sol da Hungria seja fraco, use protetor solar! 😉 Quero dizer, sol fraco ainda pode fazer dano à pele… OK, eu deveria usá-lo com muito mais freqüência… Hehe!
Um beijo!
Que interessante, Tati!
E pensar que aqui na Noruega tem pessoas injetando algo(ainda nao entendi o que é) pra ficarem bronzeadas, e outras que ficam tanto tempo no bronzeamento artificial que acabam ficando laranjas haha!
Nessas horas é que eu me sinto feliz pela minha pele naturalmente bronzeada o ano todo :))
Ótimo texto! Beijos
Oi Denise! Como assim estão injetando algo na pele para ficarem morenas? O do bronzeamento artifical, eu já conhecia (a mulher do meu ex-chefe na Irlanda tinha uma cama dessas em casa… Ela era, literalmente, laranja), mas injeção??? Loucura! Haha!
Embora eu não tenha a pele super bronzeada, também sou super feliz porque se fico alguns dias no sol, o amarelo vai embora e eu fico bronzeada! Acho o máximo! Hehe!
Um beijo!
Caraca… eu conhecia essa história da Índia e da China, em que ser ‘branco’ é sinônimo de status – e a única amiga filipina que tenho por aqui é super fã de sol… que doideira, isso. O legal são as diferenças de padrão de beleza. Lembro quando cheguei na Dinamarca a primeira vez, visitando, e os tios do meu então namorado acharam meu tom de pele lindo (e isso que eu sou MEGA branca para padrões brasileiros!). Agora tou eu aqui tentando, nos míseros dias de sol do hemisfério Norte, conseguir um pouco do bronzeado que todos acharam tão bonito quando cheguei… até que está dando certo, temos (felizmente!) tido dias de 24, 25°C e com muita fé no deus Sol vou conseguir.. hahaha.
Viva a diversidade cultural – o que é bonito pra uns, pode ser nem tão desejado por outros… 😛
Cris, você vai conseguir!!! Os dias de calor de 24º ou 25º podem não parecer muito para as pessoas que moram nos trópicos, mas acho que alguma coisa acontece quando chegamos mais próximos aos hemisférios: essas temperaturas são o suficiente para bronzear a pele! Ou, talvez, seja o fato de que nossa pele se acostumou tanto ao frio e às baixas temperaturas que qualquer coisa acima de 20º já é lucro! 😉
Tenho uma amiga filipina que se deita no sol comigo, mas ela não faz parte da regra… Quero dizer, ela viveu por 12 anos em Portugal, então já está acostumada aos padrões de beleza europeus. Alguns outros amigos dizem que não se importam, mas colocam protetor solar fator 100. FATOR 100… E eu nem sabia que isso existia! Coloco 30 no corpo e 50 no rosto, o que é suficiente! 😉
Mas concordo com você… É uma questão de culturas diferentes! Acho que a grama do vizinho sempre é mais verde mesmo… Nesse caso, o verde claro da grama do vizinho é mais bonito que o verde escuro! Haha!
Um beijo!
Nossa 🙂 Aqui em Israel quanto mais bronzeado melhor kkkk;)
Aqui o pessoal vive me dizendo voce tem uma pele morena linda 😉
Como cada cultura tem suas peculariadades !!!!
Quem sabe estes cremes sao bons para tirar sardas e manchas de gravidez kkkk;) Para isso que eles sao usados no brasil normalmente . Beijos amei o texto
Karla, eu me sinto um pouco como um peixe fora d’agua porque muitos acham que sou local (pelo menos, asiática… Coreana é o primeiro chute, sempre!) e acho que devem ficar um pouco confusos quando me veem deitada ao sol. Mas, como o sol é muito forte, muitas vezes busco a sombra e, ainda assim, fico bronzeada!
Acho que é uma questão cultural… Como comentei para a Cristiane, a grama do vizinho sempre é mais bonita! 😉
Nem sabia que esses cremes eram bons para alguma coisa! Haha! Que engraçado!
Um beijo!
Muito interessante seu texto, Tati! Me lembra muito de uma epoca em que trabalhei nas temporadas de verao num hotel do pai de uma colega de faculdade, no litoral paulista. Eu trabalhava o dia todo e so tinha tempo de ir a praia a noite. Mas, eu adorava, pois nunca fui fa de ficar exposta ao sol. Gosto muito do sol, mas, nao consigo tomar banho de sol, fujo dele o tempo todo. Eu, so debaixo de guarda-sol, muito protetor, chapeu e se brincar, entrar no mar de roupas! Rs, me sinto uma filipina. Bjs F
Oi Fernanda! Aqui, é exatamente isso que acontece: os asiáticos vão à praia durante a noite! Só que não é porque eles trabalham durante o dia! 😉 Bom, eu amo ficar bronzeada, mas tenho que confessar que algumas vezes também fujo do sol… E como assim você entrava no mar de roupas? Céus… Você soa como se fosse filipina mesmo! Haha!
Beijos
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“Nas farmácias e supermercados, encontramos protetores solares fator 100 e temos que olhar com atenção aos rótulos dos cremes hidratantes, desodorantes e sabonetes, porque, senão, acabaremos com cremes hidratantes, desodorantes e sabonetes branqueadores.” Ter cuidado? Não no meu caso. Quero muito isso. Inveja de onde tem. Boa parte da Ásia tem opções de qualidade, principalmente o Japão. Aqui no Brasil será que há sequer um bloqueador solar real? O que acho mesmo estranho (no mal sentido) é gente branquela com obsessão por bronzeamento.
Tô com a pele envelhecida e lascada pelas poucas vezes que sai no sol.
Conheci esse blog e o seu também hoje e é bem legal. Tanto que está nos favoritos do Firefox. Vou aproveitar mais ainda que estou de férias. Sempre googlando.
Oi Ludo! Obrigada pelos comentários!!!
Então, eu preciso tomar cuidado com os branqueadores! Hehe! Eu não tenho a intenção de branquear minha pele e gosto de me bronzear. Mas meu tom de pele assim o permite. E, quando eu não tomo sol, fico amarelada e então, depois de um tempo, acabo branca. =)
Se você acha estranho o povo branquelo com obsessão de bronzeamento (sim, isso é bizarro! A esposa do meu ex-chefe irlandês era laranja. Literalmente), eu acho o mesmo do bronzeado que quer ser branco. Porque os filipinos têm tom de pele mais bronzeado, como os tailandeses e os malaios.
Acho que o importante seria nos aceitarmos como somos, não?
Obrigada outra vez! Beijos
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Excelente blog! Eu já devia de ter ido dormir, mas tou aqui ainda 🙂
Efetivamente, como já foi escrito, na China as pessoas não querem se bronzear porque não querem que pensem que são trabalhadores rurais = pobre. Uma estudante chinesa tagarela disse-nos isto durante uma aula (sobre os indianos).
Durante a mesma aula, estudantes franceses explicaram que ter a pele bronzeada = tenho dinheiro pra ir de férias no verão em belos lugares ensolarados = rico.
É de morrer de rir!
Tendo isto em conta, acho que a atitude dos filipinos deve vir mais da influência da parte chinesa da população do que dos costumes vindos da parte austronésia da população, que é bronzeada de fábrica 🙂
Oi Limpopo!!! Em nome de todas as meninas aqui, eu agradeço pelo seu comentário! <3
Então, eu concordo com você... Mas também acho que tem a ver com o fato de que os imigrantes, aqui, são considerados ricos... Há muitos estrangeiros que vem para cá com contratos de expatriados, ou seja, eles têm todas as suas despesas pagas pela empresa. Outras pessoas, como eu, vêm contratadas do exterior, mas com contratos locais (mas, ainda que temos contratos locais, pelas nossas capacidades profissionais ou habilidades, como idioma, acabamos cobrando mais) e outros que vêm na cara e na coragem... Ainda assim, há o preceito de que branco ganha mais...
É engraçado! Preciso dividir no Instagram uma foto que tirei em Boracay da última vez que fui para lá: a filipina (ou chinesa, não sei porque não conseguia ver seus olhos) saiu do mar com legging, canga, camiseta de manga comprida, óculos escuros e chapéu, tudo negro! Haha! Começa a nos seguir no Instagram e veja!
Um beijo!
🙂
Eu me pergunto se isso pode ter alguma ligação com racismo porque já ouvi histórias de negros e árabes vítimas de racismo na China, por exemplo.
Quanto ao Instagram, não uso 😛
Olá! Acho que é cultural, mas, como toda cultura vem carregada com um quê de racismo, me explico? Quero dizer… Pessoalmente, não acredito que nascemos racistas ou com preconceitos, mas nos tornamos pela forma como as coisas nos são apresentadas. Portanto, sim, o ideal pela pele branca vem carregada de preconceito de que o branco, no final, é melhor…