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    Home»EUA»O que aprendi e perdi em cinco anos nos Estados Unidos
    EUA

    O que aprendi e perdi em cinco anos nos Estados Unidos

    Carleara WeissBy Carleara WeissJune 14, 2018Updated:June 14, 20182 Comments4 Mins Read
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    Fonte: Pixabay
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    O que aprendi e perdi em cinco anos nos Estados Unidos.

    Este ano completo cinco anos morando nos Estados Unidos. Desculpem o clichê, mas cinco anos se passaram num piscar de olhos! Neste texto falarei sobre o que aprendi e o que perdi durante esse tempo.

    O que aprendi

    A primeira lição que aprendi ao chegar nos Estados Unidos foi que meu inglês era engessado, formal. Aquele inglês típico de quem aprendeu nos livros e aulas do curso, mas de quem nunca tinha morado fora. Veja bem, eu cheguei aqui fluente em inglês, conversando, pegando taxi, assistindo aula. Sou grata aos meus professores por isso! Porém, falava o “inglês dos livros”, não sabia gírias, não usava bem a linguagem coloquial (por mais filmes e séries que tenha visto!) e tinha um sotaque mega carregado. Situações comuns do dia a dia se tornaram complicadas. Por exemplo, tive um problema no banheiro do meu primeiro apartamento e precisei chamar um encanador. Como explicar que a privada entupiu, mas não era número um nem número dois, era apenas papel higiênico? Pense! Certas coisas só aprendemos vivendo.

    A segunda lição foi valorizar minhas origens. Eu achava que fazia isso muito bem, mas morar longe me colocou de frente com a identidade de uma forma diferente. Principalmente aqui nos Estados Unidos, tão segregado e tão apegado aos rótulos. Aprendi que ser mulher, católica, negra, latina e brasileira tem um peso, apesar destes rótulos não serem novidade na minha vida. Valorizar as origens me ajudou a entender a importância de viver em comunidade, como brasileira, mulher e como cientista. Por isso me orgulho tanto de todos que participam da BRASCON e colaboram para o fortalecimento da comunidade científica brasileira nos EUA.

    Leia também: BRASCON e o Empoderamento da Comunidade Científica Brasileira

    Aprendi a valorizar as pequenas coisas. A vida é corrida e curta demais para não valorizar quem amamos. Agradeço a tecnologia que me permite estar perto mesmo estando longe. Uma mensagem de voz, uma foto, uma curtida no Facebook ou resposta no Instagram, coisas que fazemos tão corriqueiramente, ganharam outra dimensão. Amigos e família: saibam que aquela “curtida”, mensagem ou o coraçãozinho no Whatsapp não são respostas automáticas. São uma forma de dizer que me importo, que estou por perto e que valorizo cada possibilidade de estar presente.

    O que perdi

    A maior perda nos últimos anos foi o tempo. Perdi o tempo do dia a dia com meus afilhados e minha cachorra. Perdi o nascimento dos filhos das amigas e primos. Perdi casamentos e batizados. Perdi a chance de me despedir da minha avó. Perdi familiares, amigos, mães e pais de amigos que se foram para o céu. Não deu tempo de dizer adeus como eu gostaria. Estas perdas deixam marcas profundas, mas é preciso encontrar forças e seguir em frente. Dizem que quem perde o telhado ganha as estrelas, então penso que aqueles que se foram estão agora iluminando às noites pelas estradas da vida.

    Leia também: vistos para morar nos Estados Unidos

    Perdi o medo do novo. A gente sempre torce para ter uma chance de começar do zero. Mudar de país possibilita isso para o bem e para o mal. É preciso ter muita certeza do que se é e do que se quer para não perder o rumo quando podemos ser diferentes. Perdi o medo do novo porque tudo é novo! Esta é uma perda necessária para quem quer refazer a vida em outro país. É preciso se reinventar. Vejo isto em outras expatriadas que mudaram de país, de profissão e de vida. Se jogam de peito aberto para aos 30 ou 40 anos começarem algo que desejavam desde os 15! Sou grata ao BPM por me permitir acompanhar brasileiras no mundo inteiro vivendo essa renovação.

    Perder ou ganhar? O que vale mais? 

    Perder ou ganhar fazem parte da matemática inevitável da vida. São também frutos das nossas escolhas e precisamos entender que sempre haverá uma perda quando ganharmos algo. Equilibrar essa conta é fundamental para ter certeza das escolhas. Se a vida de expatriada subtrai mais do que soma, é hora de rever seus cálculos. Nos últimos cinco anos perdi a oportunidade de abraçar quem eu gostaria num momento difícil ou numa alegria. Porém, ganhei a chance de fazer doutorado e trabalhar, conhecer pessoas maravilhosas, viajar com minha mãe, fazer novos amigos e formar uma família. Sou grata pelo meu saldo positivo. Seguimos fazendo a matemática da vida esperando o que os próximos cinco, dez, cinquenta anos irão trazer!

    Boa sorte para nós!

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    Carleara Weiss
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    Carleara é “carioca” de Miracema. Feminista, bailarina, pianista e cientista. Enfermeira com Bacharelado e Mestrado pela UFF aonde também atuou como professora nos cursos de graduação e pós-graduação em Enfermagem entre 2007 e 2013. É doutora em Medicina do Sono e Chronobiologia pela State University of New York at Buffalo, aonde trabalha com pesquisa clínica e experimental. É fundadora e CEO da BRASCON – Brazilian Students and Scholars Conference cuja missão é oferecer networking e desenvolvimento profissional para cientistas brasileiros no exterior. Contato: carleara@brasconference.org

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    2 Comments

    1. Ana on June 25, 2018 6:59 pm

      Belo texto!! Como imigrantes deixamos muitas coisas para trás, numa realidade que parece vida passada ás vezes, mas ganhamos muitas outras coisas! E como vc disse, temos sempre que pensar no saldo da balança! Tem sempre que estar positivo, se não, não vale a pena!

      Reply
      • Carleara Weiss on June 25, 2018 7:56 pm

        Obrigada, Ana! Você disse certo! Precisamos manter o saldo positivo sempre! 🙂

        Reply

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