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    Home»COVID-19»Por que a Espanha não consegue controlar a pandemia?
    COVID-19

    Por que a Espanha não consegue controlar a pandemia?

    Marcela BuenoBy Marcela BuenoNovember 10, 2020No Comments6 Mins Read
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    covid-19, Espanha
    Fonte: pixabay.com
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    Por que a Espanha não consegue controlar a pandemia?

    Quando a Espanha estava próxima a deixar o estado de alerta, escrevi um texto aqui no Brasileiras Pelo Mundo elogiando o empenho dos espanhóis no combate ao COVID-19 e ao confinamento involuntário. Acredito que me precipitei, pois foi só o verão chegar efetivamente para que os cidadãos esquecessem a pandemia e se libertassem.

    Estavam errados? Não, se apenas pensarmos no tempo de restrições abruptas que tivemos e no sentimento de ser cerceado em nosso direito supremo de liberdade de ir e vir. Mas se olharmos para o futuro e refletirmos sobre os efeitos amplos de um ato assim, podemos, em partes, explicar a alta taxa de contaminação na Espanha.

    Leia também: O Japão venceu o vírus sem confinamento. Não é bem por aí.

    Com certeza, esta não é a única justificativa para que faz da Espanha a líder europeia em números de contágios. Especialistas e leigos apontam outros várias motivos, quando na realidade não há um consenso do que leva o país a ser tão ineficaz no controle.

    Outro ponto importante é a diferença de contaminação por regiões: por que uns conseguem manter um número razoável de novos contágios, voltando a zona laranja e outros tantos permanecer na zona vermelha e em plena ascensão?

    Hoje, além do COVID-19 ser uma questão de saúde pública, virou uma batalha partidária e um buraco negro econômico. Aquele joguinho de prioridades e certezas que vemos em outras nações, está causando uma indigestão coletiva.

    Caráter Social: o uso das máscaras

    Por aqui utilizamos razoavelmente bem as máscaras, apesar de uns ainda acreditarem que não precisa posicioná-la no nariz ou que para falar é necessário retirá-la. Em lugares abertos é mais bem aceito e assimilado, com exceção de jovens e adolescentes que insistem em considerá-la out fashion e sem sentido e dos inúmeros movimentos negativistas.

    Andar pelas ruas, parques e até mesmo na praia com máscaras já se tornou costume, porém em espaços fechados, cheio de gente, com menor distanciamento, onde realmente é eficaz o seu uso, não é igual.

    Segundo pesquisadores, é um disparate usar as máscaras em locais abertos e não mantê-las em lugares fechados, como ao entrar nos restaurantes, bares e até nas casas que não é o nosso habitat.

    Os três traiçoeiros “F” (festa, família e falência)

    Os espanhóis são um povo de costumes sociais, assim como nós, adoram as festas e reuniões familiares. Estar entre muitos (e gritando) é o maior prazer e, depois de um confinamento, esta necessidade ficou ainda mais aflorada; uma espécie de viver uma vida inteira em um dia único.

    As principais fontes de contágios são as reuniões familiares e de amigos. O lazer noturno, durante o verão, também foi um dos pontos centrais de contaminação. Festas de formatura, happy hour, bebedeiras em grupo nas ruas…tudo é um bom motivo para se reunir.

    Ao contrário de outros países como França e Alemanha, que mantiveram as discotecas fechadas durante o verão, a Espanha escancarou e, mesmo com a obrigatoriedade de uso de máscaras e limitação na entrada de pessoas, foram os focos de rebrotes.

    Os jovens que saem para se divertir à noite, logo voltam para casa e continuam a manter um contato direto com os familiares. Contaminação certeira. Contaminação disparada.

    Não houve prevenção!

    Outro ponto forte são as trocas de beijos e abraços entre familiares e amigos, mesmo não sendo permitido, a tradição e o fervor sobrepuseram. Além disso, os avós espanhóis voltaram a manter contato constantes com os netos, pois 17% deles são os responsáveis pelos cuidados das crianças enquanto os pais trabalham.

    O terceiro F, é justamente a falência da reabertura do país em princípios de julho. Mesmo que tenha sido uma medida para tentar reativar a economia do país, especialistas consideram que foi precipitado. Impulsionaram o turismo interno para não perder a temporada e assim produziu-se mais mobilidade.

    Não houve prevenção! Era sabido que haveria uma segunda onda mas acreditou-se que tratava-se de um vírus sazonal e que a situação permaneceria tranquila até o outono. Não havia uma resposta preparada pra esta nova leva de contaminação: sem testes suficientes, sem rastreadores, nem a confiança na população.

    A desorganização política na Espanha

    Diante do crescente número de novos casos na Espanha, especialmente em comunidades como Madri, Catalunha, Andaluzia e Castilla y Leon, Presidente do Governo, partidos de oposição e presidentes de comunidades estão em constante e acaloradas discussões sobre as medidas a serem tomadas.

    Além da inexplicável discussão partidária, com muita troca de acusações e pouca efetividade de decisões e consenso (o cenário se repete), há as correntes que colocam a economia a frente da saúde.

    A economia espanhola entrou em um recesso brutal e principalmente os ramos de turismo, hotelaria e lazer estão com déficits gigantescos, porém uma abertura de estabelecimentos e fronteiras desenfreada e sem cuidados, descontrola a contaminação de COVID-19 no país.

    Leia também: Reflexões sobre a quarentena do Coronavírus

    Recentemente a comunidade cientifica e de saúde espanhola enviou um manifesto ao Governo para que cessem o confronto politico e mirem uma gestão da pandemia baseada apenas em critérios científicos.

    Os especialistas afirmam que a lentidão burocrática em resolver assuntos legais, técnicos e administrativos só está agravando a situação. Pedem que os políticos aceitem que para enfrentar a crise devem basear-se na melhor evidencia cientifica disponível e desligar por completo do continuo enfrentamento politico.

    A propagação das fake news e a acusação aos médicos

    Depois que a rede divulgou a plataforma “Médicos pela verdade”, que defendem que o uso de máscaras podem gerar doenças respiratórias, centenas de pessoas estão participando de manifestações contra o seu uso obrigatório e chamando de farsa toda a pandemia.

    Além disso, uma outra campanha perfeitamente orquestrada para saturar o sistema de saúde, reivindica que as equipes de saúde não autorizam a isenção do uso da máscara para pessoas que não tenham patologia justificativa.

    Vários médicos na Espanha estão sendo assediados por pacientes que exigem certificados que o eximem do uso obrigatório das máscaras, isso porque há uma cláusula no Decreto sobre medidas urgentes em face da pandemia, que deixa claro que a obrigação da máscara “não será aplicável para pessoas que tenham qualquer tipo de doença ou dificuldade respiratória que possa ser agravada pelo uso da máscara”.

    Lições aprendidas com a pandemia na Espanha

    Ou seja, os médicos além de exauridos pelo excesso de trabalho e infinitas jornadas, estão atados a cumprir sua função de salvar vidas e prevenir a contaminação, frente a uma brecha na lei.

    Outro efeito das fake news são os recorrentes insultos à médicos por negarem facilitar o certificado “de isenção” à pacientes que não querem usar as máscaras, alegando, por exemplo que o seu uso cria ansiedade e sufocamento, sem patologias comprovadas. Uma sucessão de agressões, intransigências e insultos.

    Seja por falta de preparação para uma pandemia, seja por uma reação tardia das autoridades, seja pelos altos índices de mobilidade e migração, má coordenação entre as autoridades ou pouca confiança nos conselhos científicos, o que importa é que os espanhóis retomem a conscientização individual para um bem coletivo e continuem a buscar uma solução conjunta para, no mínimo, cessar novas contaminações.

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    contaminação covid-19 espanha falta de controle Pandemia
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    Marcela Bueno
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    Paulista, mas apaixonadamente paulistana, deixou o Brasil há 3 anos para desfrutar a vida na pequena ilha de Malta, para encontrar o amor em Valência, na Espanha, para formar uma família na Bélgica, e voltar a desfrutar o sol, o bom clima e a paella na capital valenciada, onde reside atualmente. Neuropsicóloga, amante da biociência, e do comportamento humano, resolveu buscar novos laboratórios pelo mundo após vários ensaios. Hoje, vivendo o maior e mais apaixonante desafio da sua vida: ser mãe.

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