Turismo no Quênia Parte 3.
Olá! Preparados para o último texto da nossa série Turismo no Quênia?
Apesar de pequeno, o país é bastante turístico e cheio de passeios diferentes para todos os gostos. Prepare o bolso, afie seu inglês e aproveite minhas dicas para vir conhecer o Leste Africano.
No penúltimo texto, falei sobre como se programar para visitar o Quênia: vistos, vacinas e informações úteis. No texto do mês passado, dei dicas de passeios que você pode e deve fazer por aqui. No texto de hoje, falarei mais sobre outros pontos imperdíveis. Alguns lugares que, se ainda sobrar tempo e dinheiro, vale a pena visitar.
Zona Litorânea
Poucas pessoas se lembram, mas o Quênia é banhado pelo Oceano Índico, o que faz da zona litorânea um lugar super atrativo para quem gosta de praia e de paisagens paradisíacas. As praias são de um azul turquesa impressionante, bordeadas pela areia branca e coqueiros fazendo sombra. O calor é surpreendente; pois, não podemos esquecer que estamos na linha do Equador – o que significa sol escaldante o ano inteiro.
A cidade mais importante desta zona é Mombaça, com aproximadamente 1,2 milhões de habitantes, distante cerca de 500 km de Nairóbi; e é a segunda cidade mais populosa do país. Normalmente os pacotes de viagens, saindo de Nairóbi, levam até Mombaça, via aérea. No último ano foi inaugurado o trem de alta velocidade que faz o mesmo percurso e você pode ir de carro, caso o seu espírito aventureiro permita.
A maioria das pessoas opta por se hospedar nos balneários um pouco mais distantes da cidade porque contempla uma praia mais linda e locais mais calmos. Os mais famosos são Diani Beach e Watamu.
Existem diversos tipos de hospedagem nestas praias. Se você não tem intenção de se aventurar e não possui transporte próprio, recomendo que escolha um resort ou hotel all inclusive ou que tenha restaurante dentro do complexo; pois, dependendo do balneário, as opções de supermercados e restaurantes podem ser um pouco distantes.
Geralmente nos hotéis também existem safáris para vender, tanto marinhos, em que você faz snorkeling e mergulho, quanto safáris propriamente ditos, como descritos no texto anterior, para ver as girafas e leões nos parques que não são tão distantes do litoral.
As férias no Índico são espetaculares! Posso afirmar que a paisagem nada deixa a desejar para as praias caribenhas. O único incômodo, para mim, são os vendedores na região da praia que, nem bem você coloca o pé fora da área do resort, eles se aglomeram ao redor e não dão sossego até você comprar algo ou agir de modo ríspido. A abordagem dos vendedores, muitas vezes, é desagradável e sufocante. É perfeitamente compreensível, uma vez que os turistas são a única fonte de renda deles; porém, de qualquer forma, é um pouco estressante.
Caso você decida ir para o litoral, recomendo consultar os sites da Embaixada dos Estados Unidos no Quênia e do Consulado Britânico em Nairóbi. Ou, ainda, digitar no Google “alerta de terrorismo em Mombaça” ou “ foreing travel advice Kenya”; pois, estes sites sempre têm informações importantes sobre alertas de terrorismo na zona litorânea. É importante lembrar que, apesar de estarmos em um dos países mais seguros da África, a ameaça dos ataques terroristas é um fantasma que nos persegue por aqui e toda precaução é necessária.
Leia também: Turismo no Quênia Parte 2
Visita à Kibera
Kibera é a maior favela do leste da África. Ali, vivem cerca de 2 milhões de pessoas. Muitos acham controverso a visita em uma favela. Na minha opinião, é uma área de Nairóbi que merece ser vista; é onde grande parte da população da cidade vive; onde conseguimos entender um pouco da difícil realidade do dia a dia de um queniano e ter ideia de que realmente é o Quênia longe dos pontos turísticos.
Da mesma forma que existem os guias dos safáris, existem empresas especializadas em tours dentro de Kibera. Caso você não conheça alguém que possa levá-lo a um passeio até lá, recomendo que contrate uma empresa especializada nisso. Nos hotéis ou em sites de turismo existem dicas bem bacanas de empresas sérias para fazer este passeio. Não recomendo que se aventure sozinho; pois, Kibera pode resultar em um intrincado labirinto de casebres muito fácil de se perder.
Em Kibera você visitará alguns projetos sociais mantidos por comunidades internacionais que visam trazer um pouco de melhoria para a vida das pessoas. Um exemplo destes projetos pode ser visto na página da Heko Deco, um projeto que ajuda crianças carentes a concluírem seus estudos através da venda de artigos de decoração feitos com produtos reciclados e tecidos africanos.
Verá inusitados empreendedores que fazem da extrema necessidade empresas sustentáveis e inovadoras. Conhecerá a alegria por trás de um povo muito sofrido. Existem algumas feiras e locais dentro de Kibera que vendem artesanato a preços bem acessíveis.
Recomendo que tenha um pouco de cuidado apenas com câmeras, celulares e objetos de valor. Apesar de ser muito menos violento que qualquer comunidade no Brasil é sempre bom um pouco de cautela para evitar inconvenientes.
Centro da Cidade
Normalmente não é um local tão visitado pelos turistas; mas, na minha opinião, não há como visitar um país, estando em sua capital, e não conhecer o centro da cidade. O centro é pequeno, em uma manhã se pode caminhar facilmente por todo ele. Para chegar ao centro, pode-se ir facilmente de Uber ou aventurar-se de Matatu (ônibus que faz o transporte de passageiros) – muito mais barato que um Uber. O valor de um transporte até o centro chega, no máximo, a 50 Kenya Shellings, o que seria 50 centavos de dólar).
Além de uma caminhada pelas ruas centrais, recomendo que visite o KICC (Kenyatta International Convention Centre). É o prédio mais famoso de Nairóbi e você pode subir em seu terraço e observar a cidade de cima.
Dito isso, com estes três textos, acredito que poderá desfrutar das belezas do país.
Karibu Sana!