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    Home»Filipinas»Uma Expatriada e o Natal
    Filipinas

    Uma Expatriada e o Natal

    Tati SatoBy Tati SatoDecember 17, 2012Updated:June 3, 20142 Comments5 Mins Read
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    Então é Natal… Ou quase. E, nas Filipinas ele começa assim que o Halloween termina: a decoração de bruxas e esqueletos é imediatamente substituída por árvores de Natal falsas, viscos, luzes natalinas vermelhas e verdes, em sua maioria, e até neve (falsa, obviamente. Não poderia existir neve em uma terra cuja temperatura mais baixa é 24º).  As canções de Natal americanas tocam em todos os shopping centers da cidade (que não são pouco) e os consumidores, alegres, fazem suas compras sob o som de Jingle Bells ou de “All I Want For Chrismas Is You” de Mariah Carey, entre outros.

    Como expatriada, eu tenho sentimentos contraditórios em relação ao Natal. Quando morava no Brasil, adorava toda sensação natalina,  a expectativa de comer como uma louca e passar um tempo com a minha família. Desde pequena íamos à praia com a minha família, onde passávamos o Natal e o Reveillon. Lá, descobri meu amor por leitura com Agatha Christie e seu detetive belga, Poirot. Aprendi a jogar buraco e truco, um jogo que o meu primo me disse que seria muito útil durante a faculdade (o que realmente foi), mesmo quando paramos de ir à praia, a reunião com a família, o tender da minha mãe e todo o espírito natalino de paz e esperança que se sentia no ar era algo contagiante, algo que eu amava.

    No exílio, o Natal sempre foi uma época muito difícil. Como sempre foi uma data que eu passava com minha família, eu sempre fiquei um pouco depressiva nessa época. Me tornei um pouco Grinch, porque tinha vontade de desaparecer da face da terra nesse período: mesmo que estivesse entre amigos ou entre família (ou entre amigos que se tornaram minha família), meu coração sempre ficava apertado porque não estava com meus pais. E, em algum momento entre os dias 24 e 25 de dezembro, eu chorava.

    Fugir do natal em um dos países mais católicos do mundo (90% da população é cristã e 80% é católica), é impossível. Segundo o Wikipédia, o país já se destacou como tendo um dos períodos de natal mais longos do ano, com canções tipicas sendo tocadas desde o princípio de Setembro até o final de Janeiro, quando se celebra aqui, o festival de Santo Niño de Cebu. O Starbucks começa a vender suas bebidas típicas natalinas (como o Toffee Nut Latte ou o Peppermint Mocha) e os filipinos começam a contagem regressiva para a visita do Papai Noel até 60 dias antes (retratados no meu Facebook).

    A maioria dos filipinos ama as festas de Natal: eles amam as celebrações, as decorações, as reuniões de família e as festas nas empresas. Não é incomum passar em frente a um restaurante e ver uma placa onde está escrito “Fechado no dia XX por causa da festa de Natal da empresa Y”.

    Nesta época, existe também um aumento em atividades beneficentes: só na minha empresa, recebi três ou quatro e-mails sobre a distribuição de comida e brinquedos a famílias menos privilegiadas.

    Ainda que eu seja a favor de patrocinar um Natal mais feliz àquelas famílias menos favorecidas, fiquei pensando que isso era um pouco hipócrita da minha parte: dar uma boneca a uma criança e não fazer mais nada por ela durante o ano. Sei que essas ações beneficentes de Natal têm em todos os lugares, inclusive no Brasil, mas recentemente eu comecei a pensar nisso. Entendo que não podemos dar tudo a todas as pessoas do mundo, que não podemos simplesmente dividir nossas casas, apartamentos e geladeiras com famílias inteiras que não tem o que comer, mas poderíamos dedicar um pouco do nosso tempo, durante o ano, para tornar a vida de algumas pessoas mais felizes.

    Aqui, nas Filipinas, existem muitas atividades beneficentes. Como a desigualdade social é imensa, o apoio dado pelo governo às mulheres abusadas sexualmente é nulo e pela falta de controle de natalidade, a população menos favorecida desse país sofre muito e toda a ajuda que se puder oferecer é bem vinda. Conheço estrangeiros que vieram aqui para dar aulas em orfanatos e outros que, inicialmente, vieram com o objetivo de trabalhar em outras instituições de caridade. Além da ajuda a pessoas, existe também o PETA (People for Ethical Treatment of Animals), caso a vontade seja ajudar animais.

    O problema é que eu sou extremamente preguiçosa para me juntar a qualquer atividade beneficente. Talvez até seja egoísmo da minha parte, mas depois de uma semana inteira trabalhando, o que eu quero fazer no fim de semana é descansar o corpo e a cabeça. Gostaria muito de ser como minha amiga Fabi Mesquita que veste a camisa, visita orfanatos e muda a vida de muitas pessoas. Ou mesmo como uma conhecida minha filipina que, quando teve o tufão de agosto de 2012 (que, literalmente, paralisou a Metro Manila, deixando pelo menos 50% da região metropolitana da capital inundada), reuniu em sua casa alimentos e cozinhou para os vizinhos que tinham perdido tudo nas inundações. O máximo que eu fiz foi dar uma sacola de comida para as meninas que trabalham aqui em casa.

    Bom, um dia, quem sabe, eu tomo vergonha na cara e me dedique a alguma atividade em prol do outro. Quem sabe, um dia, eu decida levantar mais cedo durante o fim de semana e, ao invés de passar o meu dia indo a academia, a manicure ou saindo com meus amigos, eu não decida dedicar um pouco do meu tempo às pessoas que mais precisam… Enquanto isso, vou disfarçando a preguiça ao patrocinar o Natal de uma criança cujo sonho é ganhar só uma boneca…

     

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    Tati Sato
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    Viajante por natureza e escritora por paixão, essa brasileira com genes japoneses e nome russo (Tatiana) mora fora do Brasil desde junho de 2007. Nascida e criada em São Paulo, Tati se mudou recentemente a Madrid após uma temporada de quase cinco anos em Manila, nas Filipinas. Já viveu em Dublin, Irlanda, em Barcelona, Espanha e agora, de regresso à terra de Cervantes, espera se estabelecer na capital espanhola e ali ficar pelas próximas décadas de sua vida. Eternamente curiosa e apaixonada pela beleza da vida (uma "cientista da vida") é autora do blog 'Trotamundos by Tati Sato', seu "diário de bordo" e teve textos sobre turismo publicados pela WSI Magazine.

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    2 Comments

    1. Ana Cristina Kolb on December 18, 2012 8:15 pm

      Tati, importante é a gente compreender nosso talento, paixao, motivaçao pra fazer as coisas! o sentimento de culpa por ter amigas que se implicam em atividades sociais com certeza nao é exatamente uma motivaçao, mas mais uma puniçao. Todos nos temos diferentes fases na vida, e pode ter certeza que nao importa oq ue vc faz, mesmo que seja uma boneca no momento, ja é alguma coisa! Gosto muito da sua sinceridade e autenticidade, nao é facil se desnudar como vc faz e isto ja é um ato social muito importante, pois nos mostra que nao estamos sozinhos, com nossas culpas, por coisas que gostariamos de fazer e nao fazemos, pois nos falta energia, tempo, mas estas coisas virao, no momento que vc se sentir necessidade de partilhar seu amor, seu tempo, seus conhecimentos! todos nos somos “UM”, e pode ter certeza, que cada um de nos é uma peça do quebra-cabeça. Primeiro impportante vc se sentir bem com voce mesma, isto ja é o melhor presente que voce pode dar ao mundo. Aceitando seu momento, suas prioridades e emocoes aqui e agora! sem culpas!!!!! Muito carinho pra vc neste momento de natal e saudade de casa!!!!! Bjus no coraçao querida!!!!!

      Reply
      • Tati Sato on December 25, 2012 9:17 am

        Oi Ana! Primeiramente, feliz Natal! Obrigada pelo seu comentário! Eu fico muito feliz que você goste dos meus textos! Prometo tentar ser mais constante, tanto aqui, quanto no meu blog! 😉 Beijos

        Reply

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