Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»EUA»Visitando o Brasil após quatro anos
    EUA

    Visitando o Brasil após quatro anos

    Carleara WeissBy Carleara WeissFebruary 9, 20198 Comments5 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Photo by Julianna Kaiser on Unsplash
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Por que demorei tanto?

    Como dizia Guimarães Rosa, “O correr da vida embrulha tudo”. Trabalho, pesquisa, mais trabalho e mais pesquisa. Atividades corriqueiras do dia a dia embrulham tudo e nos fazem adiar o que não coube na to do list.  A gente vai adiando conseguir dar conta do trabalho e quando vê, passaram-se anos. A gente vai adiando as coisas para conseguir fazer tudo e quando percebe, já se passaram anos.

    Ficar tanto tempo longe não foi uma escolha, foi acontecendo. Diante de escolhas e conquistas, fui adiando a ida ao Brasil. Nesse tempo de espera, recebi a visita da minha mãe e de amigos queridos, mas confesso que estava perto do meu limite de saudade de casa. Então, depois de adiar, de mudar os planos várias

    Mudanças por toda a parte

    É fácil achar que a vida mudou apenas porque moramos fora. Para quem ficou no Brasil, morar fora parece glamour e para nós que estamos fora, a vida no Brasil parece mais fácil. “Ah. você tem sua família aí pertinho!” , “Vai dar tudo certo, você conhece todo mundo aí!”. A verdade é que mudanças são inevitáveis e não dependem de geografia. Algumas mudanças acontecem devagar e sutilmente, podendo ser imperceptíveis para quem está lá no mesmo lugar. Porém, essas mudanças se tornam intensas para nós, expatriados. Tudo porque as mudanças mexem com nossas referências. Aquele restaurante que eu amava, fechou. Mudaram a fachada do meu antigo prédio. Não dá mais para caminhar tranquilamente na rua. Não fazem mais aquela pizza que eu gostava. Não conheço esse artista famoso que os amigos falam tanto. As referências são outras e precisamos nos adaptar.

    De um lado, o expatriado percebe que está por fora das músicas, das gírias, das piadas internas, das novidades das novelas. O que fazer se você perdeu as referências? Não se desespere porque a mudança chega para todos. Talvez seus amigos e família estejam sentindo a mesma coisa.

    Leia também: Afinal, quem não tem saudade?

    Por outro lado, ouvi dos amigos e familiares que eu não tinha mudado. Continuava a mesma menina magrela e sorridente. “A única diferença é que agora você é casada”. “Agora você é doutora”. “Li seu texto no BPM, nossa, não tem licença maternidade lá, né?” “E a BRASCON? Eu quero participar!”. Então, a verdade é que mudei muito, mas ocupo o mesmo lugar nas relações de afeto. O tempo e a distância não mudam os vínculos afetivos, apesar das referências terem mudado. 

    Photo by rawpixel on Unsplash

    Minha casa

    Chegar em casa no Brasil teve um grande simbolismo. Cresci numa casa de onde via a igreja pela janela do meu quarto, igual à música “Paisagem na Janela”. Via uma igreja, um muro branco, vários pássaros voando, uma grade e um velho sinal. Quando voltei, a janela e a vista estavam iguais. Parece que as coisas pararam no tempo, no melhor sentido. A vista da minha janela trouxe um alento que não sei descrever em palavras. De todas as vistas de todas as janelas do mundo, com certeza esta é a mais bonita. Foi ali que comecei a me questionar sobre o que existia atrás das montanhas que eu via. Ali, também, eu decidi que precisava ir embora e ver pessoalmente o que só sabia por livros e filmes.

    Ao retornar, porém, entendi algo que já ouvi de outros expatriados: a sua casa não é mais lá. Veja bem, a casa aonde cresci e morei “a vida inteira” com meus pais, sempre será a minha casa. Mas não é mais aonde eu moro, não é mais meu endereço. Quando senti isso, fiquei triste a princípio. Minha mãe, no alto de sua sabedoria disse: a casa é e será sempre sua, mas dessa vez você veio para visitar. Não é mais aonde moro, mas é o meu lar. Um lugar do mundo aonde pertenço mesmo não morando lá porque a referência não é o lugar e sim as pessoas que habitam nele.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar nos EUA

    Recomeço

    Foi dífícil fazer a mala para voltar para casa nos Estados Unidos. Confesso que chorei bastante. Rever meus primos, tios, amigos, conhecer meus priminhos, os filhos das amigas, rever meus afilhados… haja coração! Gostaria de ter ficado mais tempo. Dez dias não foram suficientes. Um mês talvez também não seja. Nestes anos fora me mantive produtiva trabalhando muito e batendo metas. Priorizei a vida profissional e negligenciei a pessoal. O burnout chegou e agora pelo bem da saúde física e mental preciso desacelerar. Por isso, infelizmente não consegui ver todo mundo que queria. Não consegui ir a todos os lugares. Perdi o casamento de um grande amigo. Infelizmente, não deu para fazer tudo, mas precisamos entender que isso também faz parte da vida. 

    A visita rápida serviu para diminuir a saudade e reascender o amor pelo Brasil, pela minha cidade pequena, por minha Niterói amada e lembrar que o que me fez ir embora: a vontade de contribuir com eles. O amor pelo Brasil é algo difícil de explicar para os estrangeiros. A gente desembarca no aeroporto no Rio, sente a brasilidade e já abre um sorriso. As coisas estão longe de serem perfeitas, mas acredito que juntos podemos melhorar. Até meu marido gringo se apaixonou pelo Brasil e perguntou “como vamos fazer agora nessa neve, nesse frio?”. Respondi: “Vamos planejar a próxima viagem”. Até breve, Brasil!

    Textos relacionados

    • Desconfinamento e turismo da vacina em Nova Iorque
    • Enfermeira Imigrante em Nova Iorque
    • Ano Novo, Vida Velha
    • Reflexões sobre o Pós-Pandemia
    • Ano Novo em Nova Iorque
    • Novos motivos para morar em Buffalo, Nova Iorque
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    #saudadesdobrasil amigos no Brasil brasileira nos Estados Unidos brasileiros em nova iorque
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Carleara Weiss
    • Website
    • Facebook
    • Instagram

    Carleara é “carioca” de Miracema. Feminista, bailarina, pianista e cientista. Enfermeira com Bacharelado e Mestrado pela UFF aonde também atuou como professora nos cursos de graduação e pós-graduação em Enfermagem entre 2007 e 2013. É doutora em Medicina do Sono e Chronobiologia pela State University of New York at Buffalo, aonde trabalha com pesquisa clínica e experimental. É fundadora e CEO da BRASCON – Brazilian Students and Scholars Conference cuja missão é oferecer networking e desenvolvimento profissional para cientistas brasileiros no exterior. Contato: carleara@brasconference.org

    Related Posts

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Moradia e pandemia: obstáculos e oportunidades

    August 23, 2021

    O meu sucesso não é o mesmo que o seu!

    August 20, 2021

    8 Comments

    1. Claudia on February 9, 2019 5:57 pm

      O que eu sinto agora é um sentimento de não pertencer. O Brasil vai ser sempre minha casa, mas ao mesmo tempo não pertenço mais lá. E tb não pertenço aqui. Cresci em outro lugar e as diferenças culturais só têm ficado piores com o passar do tempo. Por exemplo, outro dia vi uma moça com uma bota branca estilo paquita, e não tinha ninguém perto de mim que ia entender essa referência… Muito estranho isso ….

      Reply
      • Carleara Weiss on February 12, 2019 9:09 pm

        Oi Claudia! Entendo esse sentimento… nossas referências mudam muito quando não moramos mais lá. Talvez por isso você sinta que não pertença mais ao Brasil. Por outro lado, é difícil sentir que pertencemos a outro lugar devido a tantas diferenças culturais, como você mesma disse. Acho que só o tempo e talvez construindo elos no outro país irão te ajudar. No meu caso, conviver com a família do meu marido ajuda bastante. Tomara que essa sensação de estranheza melhore para você! Grande abraço,
        Carleara

        Reply
    2. Mariana Tissi on February 11, 2019 12:51 am

      Até breve Carle! E nesse breve, a Gi vai conhecer vocês e eu vou poder revê-la!

      Reply
      • Carleara Weiss on February 12, 2019 9:10 pm

        Até breve, Mari! E ansiosa para esse breve ser logo para estar com vocês!

        Reply
    3. Crenir on February 12, 2019 10:28 pm

      Muito orgulhosa de você Carleara, parabéns você merece tudo de bom!!!!!!!!!!!! Que Deus te abençoe e sucesso!!!!!!!!

      Reply
      • Carleara Weiss on February 13, 2019 4:19 pm

        Crenir! Que alegria ver seu comentário! Obrigada por ler e obrigada POR TUDO! Tenho muita gratidão por tudo o que você e sua mãe fizeram por mim. E tenho o mair orgulho da sua trajetória. Você é muito especial.
        Que Deus continue te abençoando!

        Reply
    4. Neide on February 14, 2019 11:00 pm

      Oi prima, lamentei muito não poder te dar um abraço por ocasião de sua visita. Mas creio que não faltará oportunidade. Tenho estado às voltas entre o cuidado com minha mãe e os estudos. Tentando me adptar entre o trabalhio,estudos e cuidados e afazeres de casa. Mas não lamento, Deus dá o frio conforme o cobertor. Espero algum dia poder te dar um abraço com todo o sentimento de orgulho que sinto por você. Um beijão.

      Reply
      • Carleara Weiss on February 15, 2019 4:43 pm

        Prima, nossa visita foi muito rápida. Esperamos voltar em breve com mais calma. Sei também que os cuidados com a tia, e a rotina do dia a dia estão tomando seu tempo. É importante estar presente nessas horas. Apesar da distância, estou daqui mandando forças. Orgulho da guerreira que você é! Cuide dela e se cuide também!

        Beijos

        Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.