5 motivos para morar nos EUA.
No post do mês passado eu escrevi sobre 5 motivos para não morar nos EUA. Caso você não tenha visto, clique aqui para saber quais são elas.
Antes de dar continuidade ao assunto, gostaria de aproveitar e reforçar que tanto este quanto o post publicado no mês passado, referem-se apenas às minhas percepções e aprendizados que venho adquirindo desde que vivo aqui. Sendo assim, vamos às 5 motivos que avalio como positivos para morar nos EUA.
1. Segurança
Esse é um dos aspectos que mais valorizo desde que me mudei para cá.
A sensação de insegurança especialmente para quem vive em grandes cidades brasileiras, infelizmente, tem aumentado a cada dia. Não é preciso ser um grande especialista ou nos aprofundarmos significativamente no assunto para reconhecermos que isso é um fato.
É claro que há lugares mais ou menos violentos que outros; seja no Brasil, nos EUA ou em qualquer outro canto do mundo.
Eu costumo até dizer que a bandeira americana que vemos a todo canto, lamentavelmente, tem ficado muito mais tempo a meio mastro que estendida por respeito às vítimas de massacres em massa.
Contudo, apesar dos índices elevados de mortes por armas de fogo registrados no país, confesso que minha sensação de segurança aqui é muito maior se comparada com a que eu tinha em São Paulo, cidade onde nasci e vivi, até me mudar para cá.
Embora acredite que ninguém esteja livre de absolutamente nada em qualquer lugar do planeta, aqui eu consigo andar pelas ruas sem medo nem preocupação, espero o Uber na porta de casa com o celular nas mãos e, quando não estamos no inverno é bastante comum observar pessoas sentadas em parques ou praças usando tablets ou notebook sem nenhum receio.
Sim, são alguns exemplos de situações corriqueiras, mas, acredito que sejam praticamente impossíveis em diversos lugares no Brasil.
2. Estabilidade econômica
Quando penso no termo estabilidade econômica, imediatamente, me vem à mente duas coisas: baixo nível de desemprego e preços estáveis.
Há alguns anos, felizmente, a taxa de desemprego vem caindo nos EUA. Para que tenham uma ideia, o atual índice de desemprego registrado no país é de 3,7%.
Acho que nós, brasileiros, de certa forma, entendemos bem os impactos ocasionados por uma inflação. Nos tornamos “especialistas” e não deixamos de perceber quando há aumento de preços dos produtos, provavelmente conhecemos alguém do nosso círculo que esteve (ou talvez esteja) desempregado por algum tempo e sabemos os impactos que isso tem na vida de uma pessoa e uma família. Não é mesmo?
No entanto, retomando os assuntos que me vêm à mente quando penso em estabilidade econômica, na prática, quem vive nos EUA percebe no dia a dia que tanto a inflação quanto os preços estão controlados e que o nível de desemprego é realmente baixo. Para que tenham uma ideia, é muito raro ouvir alguém dizendo que ficou desempregado e se ficou, foi por pouco tempo.
Com isso, mesmo que tenhamos clareza de que o custo de vida também seja alto por aqui, de maneira geral, se uma pessoa está empregada é possível de certa forma fazer planos e ter melhor qualidade de vida.
Leia também: Tudo que você precisa saber para morar nos EUA
3. Infraestrutura
Ruas e estradas pavimentadas, abastecimento de água, energia, telefonia e sistema de esgoto funcionam perfeitamente bem.
É impossível não notar a qualidade das estradas. Eu não me lembro de ter visto uma rua sem asfalto ou esburacada por essas bandas. Quando vejo obras sendo realizadas nesse sentido, percebo que tudo acontece muito rápido.
Não existe esgoto a céu aberto. Aliás, eu fiquei assustada quando me deparei com alguns dados publicados nesta reportagem sobre o tema no Brasil:
- 35 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de água potável
- 95 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgotos
- Apenas 46% dos esgotos são tratados
Estamos falando de algo totalmente imprescindível, ou seja, saneamento básico. Sabemos que quanto maior for o acesso ao sistema de saneamento, menor será o número de doenças relacionadas à falta destes serviços que, como o próprio nome diz, são básicos. Trata-se de uma questão de saúde e, novamente, qualidade de vida.
4. Qualidade das escolas públicas
Já comentei em outros artigos que eu trabalho parcialmente como Babysitter. Desde que comecei a trabalhar desta forma, tive a oportunidade de conhecer famílias de diversos perfis e a maioria delas tem seus filhos matriculados em escolas públicas.
Sempre que conversei com os pais das crianças para perguntar sobre a qualidade do ensino, todos foram unânimes ao dizer que consideram a qualidade do ensino das escolas de seus filhos muito boa.
Uma das diferenças da escola pública brasileira para norte-americana, por exemplo, é o número de alunos por turma. Aqui, até onde sei, o número máximo de alunos por classe (dependendo da faixa etária) é de até 25 alunos e a gente sabe o quanto isso impacta na qualidade do ensino.
Dependendo da idade das crianças, uma das atribuições da Babysitter é justamente buscá-los na escola e auxiliá-las no dever de casa. Por experiência, posso afirmar que as crianças voltam para casa com tarefas para fazer além de terem uma carga de leitura diária recomendada pelos professores.
Outra diferença que observo enquanto espero as crianças na porta da escola, diz respeito à conservação do próprio ambiente escolar. Percebo que os ambientes são mais lúdicos, limpos, os jardins e gramado estão sempre bem cuidados, as paredes pintadas e o playground com manutenção em dia.
5. Atendimento ao cliente
Se você comprar um produto e por algum motivo decidir devolvê-lo, pode ter certeza que você fará sem grandes dificuldades.
Cada loja tem sua política de devoluções e trocas pré-estabelecidas, mas, geralmente, o processo é muito tranquilo.
Eu já precisei realizar a troca de um produto no Brasil e confesso que foi difícil, pois tive a sensação de que a loja não fazia a mínima questão em me ajudar a solucionar o problema. Por fim, consegui restituir o valor da compra, mas perdi muito tempo, fui mal atendida e, por conta disso, deixei de comprar produtos da marca.
Aqui não é preciso ficar explicando muita coisa. Se você fizer uma troca presencialmente os vendedores não ficarão insistindo; se você precisar enviar o produto pelo Correio, tudo bem também. O que percebo é que existe uma legislação bastante eficiente que protege o consumidor e as empresas procuram resolver tudo da melhor forma possível.
Há outras razões para morar nos EUA? Sem dúvida! Por esse motivo, compartilho aqui mais algumas delas no excelente artigo da colunista Alessandra Ferreira.
Um abraço!