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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Comemoração do dia da mulher e feminismo na Galícia
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Comemoração do dia da mulher e feminismo na Galícia

    Juliane PradoBy Juliane PradoMarch 8, 20192 Comments5 Mins Read
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    Sororidade e amizade feminina existem, sim. Foto: Pixabay
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    FEMINISMO NA GALÍCIA

    Como comemoramos o 8 de março por aqui?

    O tema de hoje é o feminismo e como a mulher é tratada na Galícia, mais especificamente onde vivo, em A Coruña. Quando cheguei por aqui e coloquei as minhas filhas no colégio, fiquei surpresa e para o bem, com a comemoração e importância dada ao tema desde a tenra idade.

    Sou mãe de duas meninas e sempre achei importante incluir na educação delas premissas sobre a igualdade de gênero e incentivá-las a alcançar seus objetivos independente das barreiras impostas, afinal, sempre expliquei em casa que elas podem realizar qualquer coisa desde que queiram (claro, tudo isso em palavras entendíveis para crianças de 7 e 9 anos).

    De todas as maneiras, nunca achei que o colégio no Brasil incentivasse de maneira incisiva temas como o feminismo ou a importância do papel da mulher dentro da sociedade, meu marido e eu tentávamos fazer nosso melhor em casa e explicar essas diferenças por nós mesmos.

    Assim, posso dizer que o primeiro 8 de março comemorado no colégio foi englobado por um mês onde diversas escritoras e artistas, principalmente galegas, mas também algumas espanholas, foram convidadas e participaram com as crianças de diversas atividades e “palestras” motivadoras sobre a importância da mulher na sociedade e seu papel no mercado de trabalho.

    LEIA TAMBÉM: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA MORAR NA ESPANHA

    Minha filha maior chegou em casa, com seus 8 anos na época, contando alucinada, como é importante as mulheres serem tratadas de maneira igualitária dentro da sociedade e como ela percebeu ser injusto, pelo simples fato de sermos meninas, não sermos consideradas iguais.

    Também é comum que o Ayuntamiento, o que é a prefeitura por aqui, proponha para todo o mês de março atividades de duplo interesse, são atividades comemorativas, mas também reivindicatórias aos direitos das mulheres, que eles mesmos denominam como direitos inacabados dentro dos direitos humanos e usam estas atividades como fomento para demonstrar sua importância.

    Outra atividade importante por aqui é a greve geral de mulheres que acontece no 8 de março, que em 2018 levou cerca de 33 mil pessoas somente na cidade de A Coruña para as ruas, numa maneira de mobilizar as mulheres e mostrar no mapa da luta pelo feminismo a presença das mulheres galegas.

    Vale lembrar que, em A Coruña, a heroína da cidade é uma mulher, que por sinal dá nome à praça principal da cidade: Maria Maior Fernandez da Cámara Pita, conhecida como Maria Pita, foi uma líder durante o cerco inglês na cidade de A Coruña, quando após seu marido ser abatido por um dos soldados ingleses, liderou um grupo de mulheres com as ferramentas que tinham às mãos para a frente de combate, matando o general inglês responsável pela morte de seu marido e ajudando na vitória da cidade sobre as tropas inglesas.

    Ok, mas nem tudo são flores para as mulheres galegas…

    Segundo pesquisas e sensos apresentados pelo jornal local La Opinión Coruña, o desemprego nesta província é muito maior para mulheres, inclusive, para as mulheres com formação superior, que chega a 68% enquanto para os homens na mesma condição é de 32%. Além disso, a taxa de afiliação das mulheres na seguridade social, a qual pode ser comparada ao INSS brasileiro, cresce em ritmo menor que a dos homens, o que dispara a diferença.

    Aliás, não estamos apenas falando de diferenças na empregabilidade e a salarial que também existe por aqui, se não de pesquisas apresentadas pelo Eurobarómetro que apontam que embora 4 de cada 5 europeus digam se importar pessoalmente com a igualdade de gênero, 44% ainda vê que o principal papel das mulheres está em cuidar do lar e dos filhos.

    LEIA TAMBÉM: O FEMINICÍDIO NA ESPANHA E NO BRASIL

    Outra estatística – que não é novidade para a mulherada – trata da violência doméstica, segundo os dados, apontam a existência de cerca de 37 mil mulheres em processos por este tipo de abuso contabilizado entre espanholas ou estrangeiras, embora esse número tenha se reduzido em 0,5% de 2017 para 2018, os dados podem foram apresentados em uma reportagem de um jornal local. E ainda, tem a existência de grupos pela Espanha chamados por aqui de “las manadas” formados por agressores sexuais, que justificam seus atos culpando as vítimas, sim aquela velha história, usou roupa curta, bebeu muito para uma mulher e milhares de desculpas sem sentido que escutamos.

    Para piorar, um partido que ganha voz e votos por aqui absurdamente é o VOX, conhecido pelo apelo à extrema direita e desaprovar políticas que fomentam a luta pela igualdade de gênero e achar desnecessário a ampliação de direitos para esse grupo minoritário, mas vamos deixar o tema político para um texto futuro.

    Acho que o que podemos tirar de tudo isso é, medidas positivas são tomadas e vejo isso com muito carinho, ao incentivar as crianças, como fazem nos colégios por aqui. Estamos educando a nova geração para que os erros e preconceitos desta não persistam e assim conseguiremos mudar para melhor no futuro, mas fica claro que a luta pelos direitos femininos e de minorias ainda é uma causa pouco abraçada e que precisa de apoio.

    Se você, leitora, está por aqui na Espanha e passa por problemas em um relacionamento abusivo, maltrato físico ou psicológico, o telefone para atenção aos maus tratos é 016, a guarda civil atende pelo 062 ou em qualquer caso para o 112, que é de atenção de emergências e denuncie. Você também pode procurar ajuda nas Embaixadas, Consulados Gerais ou Honorários. O Consulado geral de Barcelona dispõe inclusive de um serviço gratuito de advogados, que atende os brasileiros às terças e quintas de 9:30hr às 13:30hr, sem necessidade de agendamento prévio.

    Nunca se desvalorize enquanto mulher, seja forte, seja persistente, saiba que é capaz e principalmente, VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!

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    Juliane Prado
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    Juliane é advogada, estudante de mestrado, virginiana focada na arrumação e cheia de manias. Ela é mãe de duas brasileirinhas, tem uma gata e é casada com o seu mozão. Em 2017 resolveu fazer o caminho inverso da imigração que sua avó um dia fez, pegou a família toda e foi tentar a vida em terras espanholas, atualmente vive em A Coruña, Galícia. É apaixonada por história, geografia, curiosidades e viajem, tudo isso realizado de mala e cuia no melhor estilo família Buscapé (vai um, vai todos). Decidiu começar a compartilhar suas impressões da vida fora e alguns causos para ajudar todas aquelas pessoas que acreditam que os pés são feitos para explorar esse mundo e as barreiras que nos impedem são feitas por nós mesmos.

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    2 Comments

    1. Tatiana on March 11, 2019 9:10 am

      Olá Ju!!!
      Adoro seus textos! São todos com informações úteis e bem explicativos.
      Vou em junho com marido e filho (4 anos) para região de Coruña. Vi seu texto sobre documentação. Conhece alguma assessoria na região? Queria ter mais segurança na documentação que estamos separando.
      Se puder mandar algum contato seu também 🙂
      Obrigada!!!

      Reply
      • Juliane Prado on March 11, 2019 1:49 pm

        Olá, Tatiana!
        Muito obrigada, é uma delícia saber que estou ajudando as pessoas.
        Junho é um ótimo mês para chegar e entrar no clima festivo do verão por aqui!
        Tem desde São João à festa do champignon…
        Sobre assessoria, não conheço nenhuma para indicar, pois não usei…
        Posso te ajudar com o que sei sobre documentos por experiência própria.
        Se quiser, me add no Facebook, é Juliane Prado mesmo.

        Reply

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