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    Home»Nova Zelândia»Confissões de uma quase cidadã neozelandesa
    Nova Zelândia

    Confissões de uma quase cidadã neozelandesa

    Roberta CrossleyBy Roberta CrossleyMarch 3, 2019No Comments4 Mins Read
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    Se há 10 anos alguém me dissesse que eu iria me tornar uma cidadã neozelandesa, com certeza ia me fazer rir demais, mesmo por que, eu nem sabia onde ficava exatamente esse país. Nosso caso começou realmente por acaso. Com planos mais do que frustrados para estudar inglês no Canadá, acabei recalculando a minha rota e vim parar na Oceania.

    Depois de quatro semanas intensas de atividades, aprendizado e “insights” que vieram a me fazer entender que a vida a qual eu havia escolhido já não fazia sentido, eu me despedia do aeroporto de Auckland com um misto de alegria e tristeza. Tentando capturar tudo pela última vez, já que eu pensava que o país era longe demais do Brasil e que eu nunca mais iria voltar. E assim, me despedi, como nós nos despedimos de um amor de verão, que nos tira o fôlego, realmente acreditando que era para durar só aqueles dias de Carnaval.

    Mas, quando eu cheguei ao Brasil, a minha sensação era de que eu não me encaixava mais ali, meus olhos e meu coração tinham sido abertos. Sabe aquela sensação que temos quando adoramos aquele vestido mas, ao secar na máquina, ele encolheu e não existe jeito de caber novamente? Então, foi assim que eu me senti.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Nova Zelândia

    Relutei e tentei esconder este sentimento no fundo do fundo do meu coração. Imagina, eu tinha um trabalho bacana, com pessoas que me inspiravam, um casamento de quase sete anos com uma pessoa que era considerada praticamente o homem ideal por muitos. Como assim? Eu iria me atrever a dizer que não estava feliz?!

    Muita gente ficou de queixo caído, muita gente foi pega de surpresa, muitas pessoas se magoaram nesta história, mas eu decididamente já não cabia mais ali. Havia sentido o gosto de poder ser diferente, de acordar num país diferente, onde os sabores e cheios eram permeados de curiosidade e descoberta. Assim, eu tomei a maior e a mais difícil decisão da minha vida e, em menos de um ano, eu estava com um tíquete aéreo para Auckland em mãos.

    Será que eu iria aguentar? Será que estava cometendo o maior erro da minha vida? Será que estava sonhando? Mas mesmo assim, com um frio imenso na minha barriga, eu decidi que precisava tentar, precisava seguir o meu coração. Afinal, eu tinha saúde e coragem, o restante iria se encaixar. E, então, eu entendi a minha responsabilidade comigo mesma.

    Pensei que iria ficar na Nova Zelândia por um tempo, explorar o país um pouco mais, talvez viajar pela Ásia. Mas acabei optando por estudar. Estudando inglês vi que eu tinha outras oportunidades, outros cursos e decidi estudar Business, um curso de um ano, e depois voltaria ao Brasil. Porém, depois do curso, tive um visto de trabalho aberto e já não fazia sentido desperdiçar essa oportunidade, então eu disse sim.

    Fui ficando, viajando para o Brasil nas férias e, quando me dei conta, já fazia três anos que eu estava na Nova Zelândia e eu estava com a minha vida quase que completamente mudada para cá. Vivendo um outro relacionamento, planejando outro trabalho, pensando em comprar uma casa. Mesmo assim, imaginava que seria temporário, que logo acabaria voltando ao Brasil.

    Mais anos se passaram, me casei, minhas filhas nasceram, comprei casa, abri uma empresa. No entanto, meu coração parecia ficar inquieto toda vez que eu pensava em ter outra nacionalidade, de uma forma irracional parecia que estava querendo forçar uma situação. Pois veja bem, mesmo depois de quase 10 anos ainda tenho um sotaque. De acordo com o meu marido, um sotaque latino-americano exótico, e fica óbvio para mim e para todos que não sou daqui.

    Então, chegou a hora de enviar os documentos para solicitar a minha cidadania e eu ainda com este sentimento ambíguo. Havia ficado no Brasil por quase seis meses, sendo assim, recebi uma carta muito educada dizendo que devido a ter passado este grande tempo fora daqui, iria ter algumas implicações no meu processo. Senti um nó no estômago. Como assim? Nunca havia ficado no Brasil por mais de seis semanas, e uma única vez que o fiz teria estas consequências?! Além do mais, minhas filhas e empresas estão aqui.

    Passado o susto e choque, entrei em contato e expliquei o que houve e tive a oportunidade de aplicar seis meses depois. Mas, naquele momento, entendi que aquela foi, talvez, uma forma para que o Universo  me mostrasse, me ajudasse a colocar em perspectiva e me pedisse para botar na balança o que estava sentindo.

    Quando chegou a minha carta de aceite, senti um alívio, senti gratidão e muito orgulho por em breve poder dizer a todo mundo que serei 100% brasileira e 100% kiwi. Agora só falta a data da cerimônia para oficializar o nosso caso de amor antigo!

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    Roberta Crossley
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    Roberta é mãe, empreendedora, co fundadora da YepNZ, criativa e direta. Ama família, chocolate e vinho. Está em busca de se tornar um ser humano cada vez melhor, e vive feliz rodeada pela natureza na Nova Zelândia.

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