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    Home»China»Como é realmente a gastronomia na China
    China

    Como é realmente a gastronomia na China

    Tamires LiettiBy Tamires LiettiMay 3, 2019No Comments7 Mins Read
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    Foto: Arquivo pessoal
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    Não precisa ser muito mais tarde do que 8hr para que os cheiros típicos já comecem a invadir o corredor. Não me surpreende quando percebo, logo ao andar até meu banheiro, encostado na porta de entrada, que alguém pulou da cama antes de mim e provavelmente já está cozinhando um noodle matinal regado a óleo e molho de soja.

    Porém, engana-se quem pensa que os noodles são a única e mais típica opção por aqui. Em qualquer conveniência, os ovos pretos cozidos também se esgotam logo nas primeiras horas da manhã. As barraquinhas de rua estão sempre com filas tragicômicas entre às 8h e às 9h. Nelas, chineses com uma panela gigante fritam panquecas feitas de farinha, ovo e salsinha e oferecem recheios para aqueles mais exigentes: legumes, vegetais e batata ralada, minha opção preferida. Aliás, ralada e temperada de um jeito que nunca consegui reproduzir em casa, como se a batata na China não fosse normal, mesmo porque, nada aqui é.

    Considerando o tamanho das filas nas barraquinhas mais locais e menos higiênicas, acredito que a opção de comida rápida ao estilo “street food” seja muito comum por aqui. O preço é realmente baixo e o acesso é ali na esquina, em cada rua ou na porta dos metrôs. Mas pra quem já está enjoado, tem mais opções: biscoitos de chá verde, iogurtes de sabores que nem ouso a explicar e muita coisa feita do tal feijão doce. Acho que esse último é o responsável por uma das minhas maiores decepções por aqui, ao comprar um croissant com recheio marrom e derretido na ânsia de comer um baita creme de chocolate e, por dentro, na verdade era creme de feijão doce.

    Quando o assunto é cozinhar em casa, ir as compras se torna uma aventura repleta de adrenalina. Não importa se a opção é ir ao Carrefour ou ao mercado local, a impressão é a mesma. Por aqui, a área das carnes é um pouco mais desafiadora, eu diria.

    Os sapos ficam amontoados, esperando pra serem caçados pelo próprio consumidor. O mesmo vale para as tartarugas e as enguias. Os caranguejos já estão todos devidamente enlaçados e empilhados um a um. A bolacha Oreo ganha versão sabor asinha de frango apimentada e o presunto se torna simplesmente intragável. Até hoje sinto medo de questionar qual é a principal matéria prima do corredor de embutidos. No corredor de snacks rápidos, somente o típico, como língua de pato embaladas a vácuo uma a uma ou o famoso pé de galinha, que a criançada simplesmente adora.

    Mas ao contrário, principalmente nas grandes redes, o estrangeiro passa bem por aqui. Acha-se de tudo: leite condensado, Nutella, peito de frango normalmente cortado, queijos importados e até mesmo presuntos italianos se você quiser desembolsar um pouco mais, porém é preciso um baita domínio dos corredores para que a caça seja certeira.

    Agora permita-me mergulhar na minha parte preferida, os “bolinhos”. Bolinhos é o termo que eu decidi usar pra família do que os chineses gostam de chamar de “bao”. O xiao long bao, baozis, dumplings e wontons são, de fato, uma das minhas coisas preferidas na culinária chinesa. Na esquina da minha rua há uma lojinha local de dumplings que custam ¥1 (yuan), o equivalente a R$ 0,50 cada. O restaurante deve abrigar, no máximo, 10 pessoas incluindo a dona, uma senhorinha que sempre fica enrolando os bolinhos ao lado de uma panela imensa de recheio.

    Leia também: Por que estudar na China?

    Eu precisei de um bom tempo morando na China pra entender a diferença entre todos os “baos”. Eles são feitos de uma massa muito simples, enrolados em formatos diferentes, alguns mais gordinhos ou mais suculentos do que os outros. Qualquer uma das opções são recheadas, sendo a carne de porco e os vegetais com tofu os mais pedidos por aqui.

    Um conselho de amiga, até para aqueles que gostam da adrenalina, é sempre pedir para maneirarem na pimenta, isto porque aqui na China até o sem pimenta ainda é levemente apimentado, salvo raras exceções. Para os chineses, o pouco apimentado vira médio apimentado e o médio apimentado é o muito apimentado deles e, é claro, o muito apimentado te leva pra fora dessa órbita e vem seguido da sensação de precisar de 2 litros de água depois de uma mordidinha de nada. Costumo dizer que eu gosto muito de comida apimentada, mas no Brasil. Aqui na China é melhor falar que não gosta. Conclusão: chinês ama pimenta e não há nada que a gente possa fazer sobre isso.

    Em terras chinesas é impossível competir com a popularidade dos animais marinhos, o que torna tudo um pouco mais difícil pra quem não gosta e estou inclusa nesse seleto grupo. Só como salmão, e olhe lá, mas provei de tudo por aqui já. Aprendi a comer os famosos “crayfish”, uma espécie de lagosta em miniatura que precisa de toda uma técnica para ser descascada e degustada com louvor. E por falar em carne, uma das mais consumidas na China é a carne de pato e, indo na contramão do Brasil, o boi aqui é o animal menos popular.

    A cereja do sundae vem agora, com o famoso hot pot, o “fondue” chinês. A experiência do hot pot na China é espetacular e imersiva do começo ao fim. No centro da mesa, há um buraco onde a panela com caldo fervendo se encaixa perfeitamente. Há opções de caldo de tomate, caldo apimentado (melhor não), caldo de cogumelos e mais alguns. O ponto de partida é esse, mas a festa segue até que aquela vontade de abrir o zíper da calça venha sutilmente.

    Tudo, mas tudo mesmo pode ir dentro da água fervendo e aqui incluo as iguarias que normalmente me causam arrepios como tripas, cérebro de porco e tecido do estômago do boi, mas também os cortes deliciosos de carne de boi, porco e carneiro, pasteizinhos com massa de ovos, legumes de primeira classe e molhos deliciosos. Para ter acesso ao buffet dos molhos, paga-se ¥30 por pessoa (R$ 15) pra comer a vontade. Eu me acabo nos molhos regados no alho e no amendoim e, claro, passo longe de qualquer coisa que diga 辣 (apimentado, em chinês)。

    Acho que não seria justo com você leitor, terminar esse texto sem mencionar os famosos insetos e a famosa carne de cachorro. A carne de cachorro é meio que um mito antigo da China subdesenvolvida onde comer cachorros de rua não era uma opção e sim uma necessidade. Tradicionalmente, não tem nada feito de carne de cachorro por aqui.

    Quanto aos insetos, esses existem sim em Pequim, a capital. Nos mercadinhos é possível comprar espetinhos por ¥20 (R$ 10) e as opções não são lá as melhores pra fazer a boca salivar: filhotes de cobra, aranha, cigarras, grilos e o famoso escorpião. Você mesmo escolhe o espetinho e o preparo é feito na sua frente, com sal e molho de soja. É claro que o cardápio diferenciado ainda é a grande atração turística, mas quando estive lá pude perceber que alguns chineses consomem com uma naturalidade assustadora. Eu diria que o todos são digeríveis, principalmente o grilo. Acho que é um experiência que não dá pra pular caso você esteja na China, mas já vá preparado, pois é de lá direto pro McDonald’s mais próximo para tirar o gosto da boca. E ele não sai fácil!

    PS: Pra quem quiser arriscar, aqui tem um vídeo bem explicadinho de como enrolar e tentar os dumplings por conta própria.

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    Tamires Lietti
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    Tamires é paulista de nascimento e um pouco de coração também. Jornalista, voraz leitora e fiel amante das palavras. Ex-jornalista esportiva do NBB e um tanto quanto amante da bola laranja e do bom e velho futebol. Fotógrafa de dia-a-dia, viajante padrão perrengue, colaboradora em blogs de tudo. Ama comidinhas, filmes de gêneros opostos, personagens fictícios e punk rock. Atualmente é professora de inglês e eterna comunicadora, de todas as formas possíveis. Mora em Shanghai, na China.

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