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    Home»Divagações»Meus 4 aprendizados em 4 anos fora do Brasil
    Divagações

    Meus 4 aprendizados em 4 anos fora do Brasil

    Juliana GehringBy Juliana GehringMay 12, 2019No Comments6 Mins Read
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    Bucareste. Fonte: Pixabay.com
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    Recentemente completei 4 anos na Romênia, e em datas marcantes costumo parar e refletir sobre tudo que já passei até aqui. Por vezes, acho que não foi nada de mais. Em outras, penso que foi uma loucura. Em outros momentos, prefiro nem pensar muito e deixar rolar.

    No meu primeiro texto contei um pouco sobre como vim parar aqui, mas hoje quero compartilhar reflexões de 4 anos longe do Brasil, pois percebi que minha vida é composta por ciclos. Cada ano me ensinou algo importante, e tenho certeza de que os próximos ciclos me ensinarão ainda mais.

    Lição 1: CORAGEM

    Você pode pensar que a coragem só é necessária no momento de deixar nossa zona de conforto, família, amigos e partir rumo ao desconhecido, e de fato foi assim para tomar a decisão e dar início a tudo.

    Porém, quando cheguei aqui, aprendi que precisaria de doses diárias de coragem: a busca pelo primeiro emprego, encontrar uma escola para minha filha, entender um idioma diferente, criar laços com pessoas que nunca havia visto antes, aprender a usar o transporte público, entender o sistema de saúde, aguentar o vizinho gritando comigo sem saber o motivo, superar o baque da chegada com frio e dias cinzentos, a saudade de casa e da família. Todos esses momentos e outros exigiram coragem, que encontrei no apoio da minha família, na esperança de uma vida melhor, na forma de ver a vida – sempre tentei ver de forma engraçada e rir das situações inusitadas que passava.

    Leia também: 10 motivos para morar na Romênia 

    Lição 2: ESTABILIZAR

    No início, tudo era novidade, cada saída era uma surpresa, uma descoberta. Novos lugares, pessoas, ritmo de vida. Mas passado um tempo, a vida “entrou nos eixos”, estávamos acostumados com a cidade e tínhamos uma rotina. Apesar de essa adaptação ser boa, tinha aquele sentimento de que as coisas começavam a cair na mesmice.

    Apesar da rotina ser inevitável, sempre busquei trazer coisas novas para nossos dias, especialmente aos finais de semana. Até hoje viro a Internet em busca de restaurantes novos, um parque diferente, uma viagem para um novo destino, mantendo aquele ar de “vida fresca”, em que apesar de estarmos acostumados com a rotina, também estamos ansiosos por algo novo.

    Lição 3: PRIORIDADES

    No terceiro ano, a vida que até então vinha sendo tranquila, deu uma leve sacudida que me ensinou a botar a mão na consciência e pensar sobre meus objetivos de agora e do futuro. Não vou dizer que foram momentos extremamente difíceis, mas com certeza tive momentos que me fizeram parar e repensar o que tinha feito, até então.

    Enfrentamos algumas dificuldades com a escola que nossa filha vinha atendendo, e depois de muito conversar, decidimos que a educação é uma prioridade, pois o que aprende agora vai ser levado para a vida. Assim, optamos por “apertar os cintos” e mudar para uma escola melhor, mesmo que isso significasse cortar algumas saídas e passeios.

    Além disso, situações fora do meu controle fizeram com que eu tivesse que sair do emprego que tinha desde que cheguei no país, e que eu adorava, e fui para uma nova empresa. Era a primeira vez que iria trabalhar fora da minha área e encarei a mudança como uma ótima oportunidade de aprender algo novo. Infelizmente, depois de 6 meses de trabalho eu estava esgotada porque detestava a função que exercia. Fiz uma entrevista e achei um emprego muito mais parecido comigo, na minha área, mas com um salário mais baixo e longe de casa.

    Outra vez tive que refletir, conversar com meu marido, e optar entre ficar no trabalho que me dava dinheiro, mas acabava com meu psicológico; ou mudar para algo que eu sabia que gostaria, mesmo que recebendo menos. Conversando, lembramos que um dos motivos que nos fizeram sair do Brasil era a qualidade de vida. Não queríamos mais ter trabalhos esgotantes, que nos faziam chegar em casa tarde e ficar reclamando do que passamos durante o dia. Queríamos fazer algo em que pudéssemos nos dedicar durante o dia, mas acabado o expediente, pudéssemos ir para casa e conversar sem pensar em trabalho.

    Acho que já dá para imaginar qual decisão tomei, né? E passados 8 meses, posso dizer que não me arrependo em nenhum momento dessa decisão. Trabalho em um ambiente agradável, adoro a minha função, e vou para casa todas as noites tranquila para ouvir tudo que aconteceu no dia de escola da minha filha.

    Esses momentos e outros me fizeram aprender muito sobre a importância de termos prioridades. Entendê-las foi fundamental para que tomasse minhas decisões em busca de uma vida melhor. Se não tivesse objetivos, provavelmente estaria até hoje em um trabalho desagradável, apenas pelo dinheiro e sem aproveitar todo o resto que tenho ao meu redor.

    Lição 4: EMOÇÕES

    Os últimos meses têm sido uma montanha-russa de emoções. Fui para o Brasil depois de quase 2 anos, e as semanas anteriores à viagem foram uma loucura. Tanto para fazer, para botar em ordem para a viagem, para organizar para deixar meu trabalho, a viagem em si, arrumar malas, comprar lembrancinhas… Depois a alegria por estar perto da família, lidar com a tristeza no rosto da minha filha na hora de voltar, e todo o stress para colocar a vida em ordem no retorno.

    Além disso, provações pessoais mexeram com meus sentimentos, sem contar a sensação de saber que amigos para a vida que fiz, aqui, em breve voltarão para o Brasil. Soma-se a isso a correria do dia-a-dia e todas as preocupações que isso envolve, e pronto! A confusão está feita.

    Leia também: Cultura brasileira em Bucareste

    Mais do que nunca tenho aprendido muito sobre minhas emoções e como controlá-las. Morar fora é entender que assim como eu, cada pessoa vive seu próprio ciclo, e é isso que faz essa vida tão interessante. As minhas provações me ensinam algo novo, os amigos que se vão são para a vida e um dia nos encontraremos de novo. Enquanto isso, novos amigos são feitos e velhos laços de amizade se fortalecem. E assim seguimos os dias por aqui.

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    Juliana Gehring
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    Juliana é nascida em São Paulo, mas criada na “capital do sul do mundo” - Rio Negrinho/SC. Ama suas raízes e sua história (ela é uma mistura de alemão, polonesa, croata e italiana), e talvez por isso sinta-se uma cidadã desse planeta. Turismóloga por profissão e turista de coração, já passou temporadas na Suíça e Inglaterra, e atualmente mora em Bucareste - Romênia, onde em 2015 praticamente caiu de pára-quedas sem conhecer nada, mas hoje é uma fã do país. Atualmente divide a paixão por viajar e conhecer as maravilhas do mundo com a filha e o marido.

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