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    Home»Curiosidades Pelo Mundo»O costume romeno de dar flores
    Curiosidades Pelo Mundo

    O costume romeno de dar flores

    Juliana GehringBy Juliana GehringAugust 7, 2019No Comments5 Mins Read
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    Primavera no Parque Cismigiu. Foto: arquivo pessoal
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    O costume romeno de dar flores.

    Recentemente passei por uma situação engraçada, aqui em Bucareste, e isso me inspirou a escrever o texto deste mês para falar um pouco mais sobre os romenos e as flores. 

    Uma caminhada pelas ruas da cidade já nos dá algumas dicas sobre a paixão do romeno por todos os tipos de flores: em todo lugar é possível encontrar uma “florarie” – ou floricultura, que por aqui são espaços pequenos que ficam no meio da calçada, mesmo. Também é comum encontrar pessoas vendendo flores na porta das estações de metrô ou em regiões mais movimentadas – como pelas ruas do Centro Velho de Bucareste. 

    “Florarie” – a floricultura romena. Foto: arquivo pessoal

     

    Dar flores é um costume extremamente comum, por aqui, e praticamente toda ocasião que você puder imaginar é celebrada com flores de presente. Algumas das principais ocasiões são: 

    • Aniversários
    • Comemorações de “dia do nome” – de forma geral, quase todo romeno tem dois nomes, dos quais um deles é em homenagem a algum santo. No dia da celebração deste santo, a pessoa comemora o “dia do nome”, algo como um segundo aniversário. 
    • Primeiro dia de aula – as professoras saem das escolas com dificuldades em carregar o tanto de flores que recebem. Além de cada criança levar flor, tenho a impressão de que existe uma competição entre os pais para ver qual filho leva o maior/mais bonito arranjo. 
    • Último dia de aula 
    • Martisor – a celebração anual de 1º de março, onde celebra-se o fim do inverno e chegada da primavera
    • Dia dos Namorados 
    • Dia da Mulher
    • Funerais

    Leia também: O mês de março e o Mărțișor

    Além dessas ocasiões, qualquer outro acontecimento é motivo para flores: já ganhei flores por meu último dia de trabalho em uma empresa; já vi meninas ganharem flores porque anunciaram que estavam grávidas. Eu, mesma, já dei flores para uma amiga com o sentimento de “vi esta flor tão bonita e lembrei de você”. Acho que a experiência mais bonita que já presenciei com flores foi há dois anos, quando a avó do meu marido veio nos visitar. Na época, ela estava com 85 anos, estávamos no meio da rua esperando um ônibus, quando um senhor nos seus 65-70 anos passa por nós e entrega um buquê de flores para ela, sem motivo nenhum, sem dizer nada. Entregou as flores, deu um sorriso e foi embora. Dar flores, por aqui, é um gesto que demonstra carinho, atenção, consideração e pode realmente fazer a diferença na vida das pessoas.

    No entanto, cuidado ao sair comprando flores para presentear alguém na Romênia! Falo isso por experiência própria. Quando no início deste texto mencionei que passei por uma situação que me inspirou a escrever sobre este assunto, o que aconteceu foi uma quase bola-fora de minha parte. 

    Uma amiga muito querida, que gosta muito de flores, fez aniversário recentemente, e pensei que seria uma boa ideia dar de presente – claro – flores. Ela trabalha comigo, então no caminho para o escritório, parei na “florarie” mais próxima da empresa e escolhi, com carinho, algumas flores para formar um pequeno arranjo. Fiquei um bom tempo olhando, escolhendo, colocando flores próximas umas das outras para ver se combinavam, até que montei um arranjinho com 4 flores bem bonitas. Pedi para o moço da loja fazer um embrulho bonito para as flores, quando, para minha surpresa, ele vira para mim e diz “mas flor para morto não precisa de embrulho!” 

    Mais do que depressa larguei o arranjo que tinha montado com tanto carinho, e escolhi outras flores, porque obviamente que não iria presentear uma amiga com “flor para morto”. Peguei outras flores, perguntei se aquelas eram para morto, e o moço disse que não. Então, comprei. Enquanto ele preparava o embrulho, expliquei para ele que não era romena, para não passar por uma completa idiota – a gente explica que não é daqui e as pessoas costumam ser mais compreensivas com algumas reações que temos, por vezes. Ele deu risada, e explicou que “nem sempre a flor é para morto”. 

    Na hora, essa explicação não fez muito sentido, mas depois lembrei de outro fato semelhante que meu marido passou logo que chegamos aqui, quando no dia dos namorados ele foi comprar meia dúzia de rosas para mim, e a vendedora disse que aquilo era para morto. O fato é que, aqui na Romênia, ao comprar flores para uma pessoa “viva”, temos que comprar um número ímpar de flores, pois um número par, de flores, é usado para levar ao cemitério em memória a pessoas mortas. Por isso que quando quase comprei 4 flores para minha amiga, ou quando meu marido quase comprou meia dúzia de rosas, os vendedores nos disseram que seriam arranjos para mortos. Meia dúzia de rosas é para morto, mas se fossem 5 ou 7 rosas, já é um ato de puro romance. 

    Leia também: Dragobete – o dia dos namorados romeno

    Risadas à parte, acho que fatos como esse fazem essa nossa vida de expatriados tão interessante. A cultura de cada lugar é fascinante, e nos ensina muito sobre tolerância, compreensão ao próximo e sobre respeitar costumes diferentes dos nossos. São momentos como esse que me abrem a cabeça para perceber que muitas vezes o mundinho em que costumava viver era tão pequeno em relação a tudo que está lá fora, e enriquece muito minha experiência do outro lado do mundo. 

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    Juliana Gehring
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    Juliana é nascida em São Paulo, mas criada na “capital do sul do mundo” - Rio Negrinho/SC. Ama suas raízes e sua história (ela é uma mistura de alemão, polonesa, croata e italiana), e talvez por isso sinta-se uma cidadã desse planeta. Turismóloga por profissão e turista de coração, já passou temporadas na Suíça e Inglaterra, e atualmente mora em Bucareste - Romênia, onde em 2015 praticamente caiu de pára-quedas sem conhecer nada, mas hoje é uma fã do país. Atualmente divide a paixão por viajar e conhecer as maravilhas do mundo com a filha e o marido.

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