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    Home»Maternidade Pelo Mundo»A experiência na maternidade da República Tcheca
    Maternidade Pelo Mundo

    A experiência na maternidade da República Tcheca

    Roberta LeiteBy Roberta LeiteAugust 5, 2015Updated:November 17, 20189 Comments5 Mins Read
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    Meu bebê no bercinho móvel
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    A experiência na maternidade da República Tcheca.

    Conhece a frase “Faça você mesmo”? É ela que define minha experiência na maternidade em Praga. Meu parto foi uma cesariana numa manhã de junho deste ano na maternidade U Apolináře.

    A minha experiência de parto não tem muito o que relatar, até porque foi minha segunda cesária e não vi tanta diferença entre a primeira no Brasil e esta em Praga. A grande surpresa foram os dias na maternidade no pós-parto.

    Após a cirurgia, a paciente é levada para uma sala de cuidados intensivos e permanece lá por 24 horas, o bebê é visto pela mãe 3 vezes por alguns minutos e volta para o berçário. Depois das 24 horas você é levada para seu quarto, onde fica de 5 a 6 dias, e aí é que começa a aventura.

    Essa fase é de regalias zero, e antes de críticas, é bom explicar que após uma cesariana qualquer movimento corporal para a mulher é um verdadeiro sacrifício nos primeiros dias. E para quem se pergunta o porquê da minha cesária, ela foi necessária. Aqui na República Tcheca quase 80% dos partos são normais; quando você se registra na maternidade (depende de vagas) você recebe uma papelada enorme para assinar. Um dos documentos explica que cesariana somente é realizada em caso de risco para o bebê ou para a gestante e que sob nenhuma hipótese é feita apenas por desejo da mulher.

    Meus dias na maternidade

    Quando eu falo de regalias zero, não significa que eu desejava mordomias, mas 24 horas após uma cirurgia e ter que dar conta de tudo sozinha não é fácil. Aqui não existe acompanhante de quarto: você recebe instruções do que fazer, horários e as regras e ponto. Uma enfermeira vem e explica tudo que você deve fazer, e aí eu brinco e repito que os tchecos adoram manual de instrução, seguido à risca e sem ser permitido sair dele. Recebemos explicações e demonstrações de  como dar banho na criança, como “empacotá-la”, os horários das refeições para as mães, onde fica o banheiro, como devemos tomar banho, como devemos pesar a criança antes e depois de cada mamada etc. Depois da lista de regras a seguir (é, vem tudo também escrito em papéis), a enfermeira vai embora e  traz o seu filhinho.

    Ou seja, é você e seu bebê. A criança fica em um berço móvel de 4 rodinhas e você só pode se locomover com ela dentro do berço. Não é permitido andar com ela no braço por questão de segurança: lembre-se, você está fraca, perdeu sangue.  Esse berço é uma ajuda e tanto já que se você quiser ir ao banheiro pode levar o bebê e deixá-lo na porta enquanto faz suas necessidades. As refeições não são servidas nos quartos, muito menos em bandejas na cama; você recebe o aviso por um interfone e vai andando pelo corredor e procura sua refeição de acordo com seu número. Muitas vezes eu tinha que levar meu filho no bercinho e deixá-lo no corredor enquanto eu comia.

    O bebê empacotado
    O bebê empacotado

    Junto à cama há um formulário em que você deve preencher com informações a cada 3 horas sobre a temperatura do bebê, se fez xixi ou cocô, e o peso. O peso é para se certificar se o bebê está amamentando. Caso a diferença entre o peso antes e depois da mamada não seja o esperado, devemos nos dirigir à sala de enfermagem e pegar alguns mililitros de fórmula pronta.

    Meu filhinho no corredor enquanto eu almoçava
    Meu filhinho no corredor enquanto eu almoçava

    Não há quarto individual. Você o divide com mais duas ou cinco mamães, apesar de você estar pagando. Paguei pelo seguro três anos consecutivos para o direito do parto entrar na carência do plano. Toda a comunicação foi em tcheco; a maioria dos médicos fala inglês, mas o contato maior é com outros funcionários que só falam tcheco.

    foto_4

     

    Outro detalhe que me chamou a atenção foi que, apesar de tantas regras, é permitida a entrada de comidas de fora e não há controle do que entra. Ao lado da porta de cada quarto tem um frigobar onde podemos armazenar as comidas que as visitas nos trazem. Durante a visita, das 13h às 19h, nós temos que ir com o bebê para fora da área de recuperação e não é permitido entrar nos quartos.

    O café-da-manhã
    O café-da-manhã

    Essa  maternidade, que fica no centro de Praga, é referência em medicina. Também é bem conhecida porque as celebridades do país sempre a escolhem para dar à luz.  Funciona há 140 anos e é parte da Universidade Carlos, é uma das mais antigas em funcionamento. Lá nascem cerca de 4.500 crianças por ano.

    O curioso é que há alguns quartos VIPs e você paga por fora para ter acesso a eles. A diferença do quarto VIP para um regular é que no VIP há TV, o banheiro não é no corredor e é para duas mamães. Mas não é possível fazer reserva; vai pela sorte de no dia do seu parto ter vaga.

    Eu conversei sobre essa minha experiência com uma das minhas amigas tchecas e ela disse que ama as regras, disse que sem elas não saberia o que fazer ao voltar para casa com o bebê. Ela estava tão condicionada que até a arrumação e ordem dos objetos no trocador ela fez igual à do hospital. Quando eu falei que na rede particular no Brasil temos a possibilidade de ficar em uma quarto com suite e alguém da família para nos ajudar, ela ficou surpresa. Talvez seja um bom exemplo da diferença de mentalidade brasileira e europeia; inclusive aqui a licença maternidade pode ser de até 3 anos, até porque como na maternidade, é só a mãe e o bebê.

    Sem exageros, quando eu voltei pra casa eu me senti uma heroína em ter sobrevivido os 5 dias na maternidade.

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    Roberta Leite
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    Roberta é formada em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV e em Jornalismo, trabalhou 10 anos em emissoras de rádio e desde 2012 mora em Praga.

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    9 Comments

    1. helenacristinacintraeher on August 7, 2015 11:55 am

      Adorei seu relato e parabéns pela coragem e por ter passado vitoriosa por essa experiência!
      Bjos!

      Reply
      • Roberta Clarissa Leite on August 24, 2015 9:36 am

        Obrigada, Helena! Grande abraço 🙂

        Reply
    2. Cintia on August 8, 2015 7:35 pm

      Roberta,

      Estou impressionada !!!! Pelo seu relato a experiência deve ser um pouco assustadora principalmente para as mamães de primeira viagem. E eu reclamei aqui da Holanda rs. Aqui caso tudo ocorra bem no parto, voce deixa o hospital poucas horas depois (isso se optar por um hospital, pois a maioria dos partos ainda ocorre em casa), mas há uma enfermeira/cuidadora que fica auxiliando a mae por um periodo de 8 dias, podendo ser estendido a 10 caso haja necessidade. Ela ensina os cuidados com o bebe, alem de controlar temperatura e evolução de ambos nesse período.
      Parabéns pela coragem !
      Abs

      Reply
      • Roberta Clarissa Leite on August 24, 2015 11:49 am

        Obrigada, Cintia! Realmente é uma experiência e tanto. Interessante também na Holanda, como você citou acima, sobre a cuidadora e a volta pra casa cedo 🙂 Abraços!!

        Reply
    3. Alessandra on August 28, 2015 10:54 am

      Muito legal, obrigada pelo esclarecimento. Deve ser realmente um desafio ter bebê em outro País (aqui, também no meu caso), falando essa língua tão difícil e longe da família. Mas imaginei que fosse ser algo do tipo, já fui ao Na Homolce em Praha fazer exames e a diferença para hospitais brasileiros foi chocante. Nada de luxo, mas tudo incrivelmente rápido e eficaz. Ansiosa pelo meu miminko 🙂

      Reply
      • Roberta Clarissa Leite on August 28, 2015 9:12 pm

        Nossa que bom, Alessandra! Pode ter também diferenças de um hospital para outro, o engraçado é que eu fiquei chocada, mas ao conversar sobre isso com as tchecas era como se eu é que fosse a estranha rs, aqui tudo isso é muito normal, é o jeito deles. Bem, desejo tudo de bom para você e seu miminko 🙂

        Reply
    4. Alessandra on September 10, 2015 8:56 pm

      Sim Roberta! Imagino o teu choque, comigo não vai ser diferente… Porque no Brasil a gente pode escolher né, “quero a minha ginecologista, na maternidade tal…” Aqui a gente tem que ir onde eles escolhem e com quem eles escolhem e deu! Assim acho.. rs
      Adorei o blog, a propósito 🙂
      Tak ahoj

      Reply
    5. Luiza on May 31, 2016 12:21 pm

      Nossa Roberta, muita coragem enfrentar uma cultura tão diferente! Arrasou! Tive duas cesáreas tbm, enteso super as dificuldades…..
      Inevitável a comparação entre as duas experiências, mas entendi que passou calmamente e pacientemente por tudo, me pareceu um filme de guerra na europa, mas culturalmente a independência estimulada é realmente importante, mas fria demaaaaais! Será que é por causa da cesárea?
      Como se eles pensassem “agora que você não pariu, agueeeeeenta” hahahaha ! Parabéns pela aventura!

      Reply
    6. Natalia Medina on February 8, 2017 12:28 pm

      Ahoj, gostaria de saber mais sobre a licensa maternidade, caso você saiba…

      Bom em relação ao parto, acredito que depende do hospital e “cidade”, aqui em Bohumín, Opavia e Orlová, são bem parecidos com o Brasil, conversei bastante com os pais e mães tchecos que tiveram seus filhos aqui e a ideia é muito parecida com a que eu tive no Brasil e de acordo com o que a mulher se sente apta a fazer, pai tem direito de acompanhar o parto e de ficar com a mulher (lógico que depende da lotação da maternidade em relação a dormir depois do parto, mas é super raro dado a quantidade que acontece de partos nessas cidades)…

      Estou grávida de 4 meses, acabei de adquirir meu visto de residência (tipo agregado familiar – relação estável de 3 anos), meu contrato de trabalho está em andamento, então estou no aguardo de minha entrada no seguro saúde tcheco, o meu de viagem não cobre a gravidez.

      Reply

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