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    Home»México»Tráfico humano no México
    México

    Tráfico humano no México

    Flavia ZahnBy Flavia ZahnApril 23, 2016Updated:June 28, 20176 Comments5 Mins Read
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    Tráfico humano

    Seres humanos são traficados e obrigados a trabalhar em regime escravo ou como prostitutas. Acredite: além de muito comum nos dias atuais, as estatísticas aumentam consideravelmente ano a ano.

    Todos os anos no México milhares de mulheres são submetidas à escravidão sexual. As autoridades enfrentam traficantes poderosos e experientes, grupos que a cada ano fazem mais vítimas, expandindo-se dentro e fora do país.

    As histórias quase sempre começam da mesma maneira: homens bonitões e boa pinta impressionam mulheres geralmente menores de idade, sem estudo e de origem pobre. Eles chegam nas discotecas montados em carros de luxo, oferecem bebidas às meninas ou se aproximam por meio de conversas casuais. Daí em diante, ambos começam a criar laços, pois eles se passam por homens apaixonados, enviam mensagens, telefonam diariamente e são sempre amorosos e respeitadores.

    Três meses é o tempo exato que eles precisam para enfeitiçar a presa. Já convencidas de que encontraram o grande amor de suas vidas, as moças se deixam levar por suas artimanhas, enfrentando até mesmo suas famílias e o que mais for preciso para viverem este amor.

    Tlaxcala é o menor estado do México e sua reputação esta marcada pelo tráfico de pessoas no país. Sabe-se que nos povoados que ligam o estado de Tlaxcala a Puebla, cerca de 30% desta população está diretamente ligada ao tráfico com o conhecimento de todos. Segundo as autoridades, os padrotes, como são conhecidos estes homens, após enganarem e convencerem as jovens de outros estados a juntarem-se a eles, levam-nas para Tenancingo e depois as estupram, abusam de diferentes maneiras, logo as obrigando a se prostituir em outros estados dentro do país ou nos Estados Unidos. Tenancingo é um município que fica ao sul do estado de Tlaxcala, próximo à fronteira com o estado de Puebla, tem uma população de apenas 10 mil habitantes e é conhecido como o grande centro de tráfico sexual no país.

    Foto: Adriana Santos - Tlaxcala/MX
    Foto: Adriana Santos – Tlaxcala/MX

    Todos os anos o Carnaval de Tenancingo se torna um espetáculo horrendo, onde se festeja os padrotes. Muitos deles, que vivem no Estados Unidos, voltam nesta época para celebrar a festa que os homenageia. O carnaval simboliza a essência de Tenancingo e a cultura de seu povo. Enfim, ele nada mais é do que uma piada direcionada aos políticos e aos demais cidadãos que enxergam, mas não fazem nada a respeito.

    Segundo defensores de direitos humanos, o tráfico sexual no México é um problema que quase não recebe atenção do governo local.

    O informe do governo dos EUA de 2014 reconhece o México como “um país fonte de trânsito e destino para homens, mulheres e crianças submetidos ao tráfico sexual.” Segundo um estudo realizado pela Universidade Autônoma de Tlaxcala, em 2010 (UAT), 1/5 dos pais do estado admitem que ao menos um de seus filhos já manifestaram interesse em se tornarem padrotes.

    A escravidão moderna como se conhece conquistou um espaço tão grande que há comunidades mexicanas – e também de outros países – onde a base da economia são as redes de delinquência que exploram centenas de mulheres dentro ou fora do país.  Estudos indicam que 80% das vítimas são de origem mexicana e 20% de outros países, a maioria oriundas da América Central: Guatemala, Honduras e El Salvador, ainda que indicadores apontam vítimas da Índia, China, Bangladesh e alguns países africanos.

    Os grupos considerados mais vulneráveis ao tráfico sexual no México incluem mulheres, menores de idade, indígenas, pessoas com deficiência física ou mental, LGBT e em menor quantidade, homens e transgêneros.

    O turismo sexual infantil persiste no país, especialmente em zonas turísticas, assim como nas fronteiras com os EUA. Sabe-se que muitos turistas pedófilos chegam de Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental.

    O negócio de tráfico de pessoas move mais de 32 bilhões de dólares por ano no mundo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, mais de 12 milhões de pessoas sofrem situações de trabalho escravo; 4 milhões são vítimas sexuais a cada ano; de 10 a 30% delas são menores de idade. Na América Latina há cerca de 2 milhões de pessoas exploradas sexualmente. É uma das atividades mais lucrativas depois das armas e drogas.

    Karla Jacinto foi vítima da escravidão sexual. Durante 4 anos, foi estuprada diariamente por 30 homens. Aos 23 anos de idade, tornou-se ativista contra o tráfico de pessoas (Fundação Camino a Casa) e não cansa de contar sua história. Contou ao Papa Francisco no Vaticano  e também a outros diversos meios importantes de comunicação.

    Segundo seus cálculos, foi violada 43.200 vezes, dos 12 aos 16 anos de idade. Quando tinha apenas 12 anos, deixou-se iludir por um jovem de 22 anos que acreditava ser o amor de sua vida. Após passar 3 meses ao lado do homem que então dizia amá-la, este mesmo passou a agredi-la física e verbalmente, obrigando-a a se prostituir em motéis, na rua e até em domicílios, das 10 da manhã à meia noite.

    Karla afirma que viveu sendo constantemente ameaçada de matarem sua família, caso não obedecesse às ordens.

    Aos 15 anos ela engravidou e foi obrigada a se prostituir até o 8º mês de gestação. Muitos de seus clientes eram políticos e policiais, ou seja, autoridades que ela acreditava que pudessem salvá-la.

    Ao contar a sua triste história Karla tem como objetivo alertar às pessoas do perigo constante que passamos diariamente. Ela também pede que nos unamos a essa luta.

    Denunciem qualquer abuso!

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    Flavia Zahn
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    Flávia é da trifronteira (PR/SC e Argentina) e formada em Publicidade e Propaganda. Morou 2 anos em Buenos Aires onde deixou parte do seu coração. Atualmente mora no paradisíaco Caribe Mexicano, na cidade de Playa del Carmen com o marido e o filho Federico de 18 meses. Instagram @fazahn e @caribemexicano para acompanharem um pouco mais sobre este destino tão desejado por muitos.

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    6 Comments

    1. Roberta on April 24, 2016 3:59 pm

      Que coisa triste. Importante alerta.

      Reply
    2. Tata on April 24, 2016 9:29 pm

      Impressionada como alguém “almeja” ser um padrote e, de acordo com o texto, isso é encarado com certa naturalidade? Triste é desumano. 🙁

      Reply
      • Flavia Zahn on April 25, 2016 5:32 am

        É revoltante! Assisti vários documentários onde padrotes se orgulham do que fazem e do orgulhosos que ficariam em ter filhos seguindo o mesmo caminho. É de embrulhar o estômago.

        Reply
    3. Edivane Folle on April 25, 2016 5:54 am

      Excelente abordagem. Tratar de um tema tabu foge muito a regra de todos os blogs que tenho lido sobre o México. Quase sempre falam de turismo, dá-se a impressão que sempre é tão lindo. E contradiz tantas notícias horríveis que lemos de lá. Tenho seguido seus textos, pois pretendo mudar com minha família e estou adorando. Gosto da sua maneira simples e direta de escrever, você navega pela calmaria do Caribe lugar onde mora ao extremo e sórdido México que poucos têm coragem de falar. Este texto assim como o anterior nos alerta a não ser pegos de surpresa, prepararmos para certas situações. Assim como também podemos entender que apesar de tudo isso acontecer, não é como nos filmes, ficção que precisamos estar com medo todo o tempo e em qualquer lugar. Show de bola garota! Obrigada.

      Reply
      • Flavia Zahn on April 25, 2016 5:25 pm

        Sinto-me lisonjeada com suas palavras Edivane. Muito obrigada e espero seguir contribuindo com você e outras pessoas. Saludos.

        Reply
    4. Jaspion W. on May 1, 2016 4:22 pm

      Infelizmente, isso tudo é verdade. O homem mexicano é muito bonito, de fato, é bem difícil resistir ao charme de um quando se é uma pessoa ingênua e despreparada para a vida.

      Reply

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