Recentemente, em fevereiro de 2016, os noticiários de todo o planeta deram a conhecer que duas jovens de Mendoza-AR foram impedidas de envelhecer e ver seus sonhos se concretizarem, sendo brutalmente assassinadas no Equador enquanto faziam uma viagem estilo “mochileira”(fonte). Além da tragédia, passou-se a discutir o quão perigoso é para uma mulher viajar ou mudar-se para outro país sozinha, além de relacionar-se com um estrangeiro.
Eu morei por quase dois anos em Buenos Aires, mudei para a cidade sem conhecer ninguém, nem o idioma com perfeição (coisa que ainda estou aprendendo).
Antes de ir, pesquisei por zonas consideradas mais tranquilas e também economicamente viáveis à minha situação. Iniciei minha trajetória morando em um albergue e trabalhando como recepcionista de um restaurante. Eu era solteira, frequentava bares e boates, usava transporte público dia/noite e, em meu estado civil, nunca me senti discriminada por ser brasileira ou mulher. Pelo contrário, assim, fiz muitos bons contatos e levava a vida numa boa.
Passou-se um tempo e conheci meu marido (mexicano), resolvi ir morar com ele e aí algumas coisas começaram a mudar. A primeira delas foi com a dona do apartamento, que mais que alugar, colocava o “bedelho” em tudo. Ela foi logo dizendo para ele ter cuidado, que brasileira não tinha boa fama. Depois, apareceram um colega aqui, outro ali, dizendo o mesmo. Certa vez, li um e-mail que ele recebeu de uma pessoa (mexicana) dizendo que no Brasil fazíamos bruxaria e eu, provavelmente, tinha feito um feitiço. Eu sei, parece exagero de novela mexicana, mas foi bem real.
Contudo, eu diria que a Argentina é um país bastante aberto a receber e respeitar diferenças.
Depois mudamos para o México. Diretamente, não fui vítima de nenhum tipo de preconceito, mas quase tudo que eu fazia e vestia parecia um tanto diferente. Achavam que eu devia me acostumar aos hábitos e costumes do país. No fim, preferimos viver em uma cidade cosmopolita. O México é um país muito machista, a pessoa precisa ceder frequentemente para se adaptar e eu acho que nunca poderia viver assim.
Para contribuir com minha impressão sobre os dois países, entrevistei duas mulheres que moram na Argentina; uma solteira e a outra casada com um argentino, e duas brasileiras no México vivendo as mesmas situações. Elas irão nos contar como é ser brasileira por lá.
Por Larissa Rocha, 24 anos:
“Vivo em Buenos Aires desde 02/2010. Na época, tive várias motivações, mas a principal era estudar arquitetura na UBA.
O perigo existe em todos os lugares do mundo mas ainda assim, me sinto bem mais segura em Buenos Aires, que é uma capital, do que em minha cidade natal (São José dos Campos), no interior de São Paulo.
Sempre saio tarde, seja quando chego da faculdade ou quando saio com meus amigos. Claro que existem alguns lugares específicos que prefiro evitar durante a noite ou madrugada, mas nunca tive problemas. Inclusive, é muito comum as pessoas, sozinhas ou acompanhadas, saírem para boates e usarem transporte público. Eu, particularmente, ando bastante de ônibus para me locomover na cidade, independente do horário.
A capital tem bastante segurança, muitos policiais na rua durante a noite mas, muitas vezes, quando se é turista, vemos apenas o lado bom da viagem e, com isso, nos despreocupamos, nos distraindo com todo um mundo novo. É nesses momentos que geralmente acontecem os furtos. Mas, em termos gerais, os argentinos são muito receptivos, prestativos e educados, o que em minha opinião favorece bastante as mulheres que são turistas e viajam sozinhas, pois têm a oportunidade de conhecer muita gente e assimilar a cultura dos locais.
Que eu me lembre, graças a Deus nunca sofri nenhum tipo de preconceito em Buenos Aires. Conheço mulheres que sim, já tiveram algum tipo de inconveniente, mas nada que seja grave a ponto de eu me lembrar o que foi.
Como já mencionei anteriormente, os homens argentinos costumam ser bastante educados e cordiais, não são tão machistas como os brasileiros.
Já namorei sério com um argentino e saí com alguns. Foi mais no princípio quando eu cheguei aqui e ainda não estava muito habituada com muitos aspectos culturais. Isso atrapalhava um pouco. Não era nem só a questão do idioma, mas alguma referência a algo que para eles é muito normal, mas eu não entendia a piada ou o assunto, pois não tinha essa referência, por exemplo. Mas o relacionamento posteriormente não funcionou porque cada um queria coisas completamente opostas, não pela diversidade cultural.
Na minha opinião a Argentina é infinitamente mais liberal que o Brasil. Não apenas pelo fato de que aqui são menos machistas, mas são também menos preconceituosos com a questão homossexual e são mais politizados também.
Voltando ao tema do machismo, obviamente não coloco todos os homens brasileiros na mesma bolsa, mas lá parece que os homens têm a necessidade de se reafirmarem perante a sociedade. Aqui, as mulheres são mais escutadas, tratadas com mais igualdade, são mais desprendidas dos homens. Já escutei várias vezes amigos brasileiros turistas que me falam: “Nossa, que estranho as mulheres irem a um bar beber só elas”. Para quem mora aqui ou já veio pra cá alguma vez, sabe que é a coisa mais normal do mundo ver uma mesa de amigas em algum barzinho por Palermo Soho, e todas desacompanhadas.
Meu conselho para as mulheres que viajam sozinhas seria que aproveitem, desfrutem muito da cidade e conheçam muitas pessoas. Que possam ter um tempo de “turista” para curtir sem nenhuma preocupação, mas que mantenham o foco no objetivo que tinham quando decidiram morar aqui. Buenos Aires é realmente uma cidade maravilhosa, porém muito tentadora, com diversidade, festas e fáceis acessos a demais coisas.”
Por Márcia Sarquis , 28 anos:
Mora no México há 3 anos, a princípio com o pai em Saltillo – Coahuila, que foi transferido pra cá. Agora está há pouco mais de 1 ano morando sozinha na Cidade do México.
“Acho que poucos países no mundo são seguros para uma mulher estar sozinha ou acompanhada, estamos sempre correndo o risco de sermos estupradas, violentadas pela cultura machista. E o México é um exemplo desses países. Sempre saio à noite, às vezes sozinha e às vezes acompanhada. Enquanto o transporte público está aberto, o uso… Depois, uso táxi. Tenho consciência do perigo, mas procuro não me privar de ter uma vida normal por medo.
O mexicano é muito submisso, muitas vezes eles não têm coragem de assumir o que pensam, o que fazem, mas me sinto discriminada pelo olhar machista deles (às vezes por parte de mulheres também), quando uso uma roupa que não é “comum” aqui, pelo estilo, pelo tamanho, pela moda. Aqui, na CDMX (Cidade do México) menos, lá no norte do país eu me sentia discriminada por ter tatuagens, porque tinha o cabelo muito curto e escutava coisas do tipo: “Lá no Brasil deve ser comum ter tatuagens, né? Aqui é meio vulgar.” Escutei uma vez de uma criança de 8 anos: “Por que você tem o cabelo curto se você é menina?” Ela falou em frente a família dela e ninguém contestou a pergunta, com certeza pensavam a mesma coisa.
Tive a sorte de conhecer homens muito conscientes, alguns até feministas. Mas já tive experiências com homens muito misóginos e que mostram isso de maneira muito natural, ou seja, talvez nem entendam a gravidade disso. Já escutei de um senhor numa loja onde eu tava comprando um serviço:
Senhor: O que você acha dos homens mexicanos?
Eu: Acho o povo mexicano em geral muito simpático, mas em relação aos homens a crítica que eu tenho é que existe uma cultura muito machista.
Senhor: Mas como? Você não gosta que mandem em você?
Eu me relacionaria com uma pessoa de qualquer nacionalidade, o problema não é a nacionalidade, é a falta de educação social/cultural em alguns setores da sociedade.
O Brasil é um país machista, mas pelo menos essa discussão já está super em pauta lá, muitas coisas já estão mudando. Aqui no México, o assunto está muito atrasado ainda, a pauta caminha muito lentamente e, enquanto muita gente aqui nem sabe que existe uma lei super completa de proteção à mulher no México, elas vão morrendo todos os dias, tem seu lado feminino, seu lado emocional e moral assassinados, o que leva aos constantes casos de feminicídio.”
Para outras brasileiras que queiram vir para o México:
“Que elas se preparem para o olhar mexicano machista que fere a mulher todos os dias, mas que elas venham mostrar a força da mulher brasileira, que já não aceita esse tipo de coisa, precisamos dar o exemplo às mexicanas.”
Continua no próximo mês…
33 Comments
Muito interessante esse post e as constatações das entrevistadas. Eu penso muito nisso, porque nas viagens que já fiz, observo as diferentes reações dos homens ao dizer que sou brasileira. Quando morei nos EUA, devo dizer que tirando os mexicanos, as pessoas não tinha muita opinião, sabe. Já na Europa achei a situação diferente, o pessoal com um olhar mais malicioso. Enfim…
Estou de mudança marcada pra Suíça, e na expectativa. Uma vez um suíço comentou que em Zurich tem muita brasileira prostituta e por isso a imigração lá era mais cri cri com brasileiras jovens. No dia em que ele disse, como eu já tinha imigrado, a informação entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Mas agora, 4 anos depois, estou aqui pensando nisso.
Como moro em uma cidade cosmopolita também observo o comportamento quando digo que sou brasileira. Obrigada por ler e comentar e espero que curta a parte 2. Desejo muito éxito pra ti na Suíça.
Oi Flávia …
Gostei muito do seu texto …parabéns, você escreve muito bem. Foi bem esclarecedor…Já estive na Argentina há muitos anos com uma amiga , e senti um pouco de preconceito , quando as pessoas nos olhavam e diziam que éramos brasileiras. Foi a primeira vez que viajei , e na época estávamos usando as roupas que usávamos aqui ; vestido com alças , que estava na moda aqui , mas não lá , e percebi que isso incomodava , principalmente as mulheres… Depois de algum tempo , percebi , que temos que usar pra viajar , roupas confortáveis , porém clássicas , que não demonstrem que somos turistas , principalmente se estamos viajando sózinhas…creio que é mais seguro .
Sobre o México , pra mim tudo é novidade , pois nunca estive lá , mas é sempre bom saber , como se sente alguém que já conhece a cultura do país.
Muito obrigada por dividir sua experiência . Um abraço
Regina
Oi Gabi! Interesante com as coisas acontecem diferentemente de um lugar para outro e uma pessoa a outra. Eu quando morei em Buenos Aires sentia que tinha liberdade para usar qualquer tipo de roupa, aqui na cidade onde e moro no México também. Mas se eu morasse em outras cidades seria uma luta diária. Obrigada por ler e vir comentar, aguarde a parte 2. Beijos ????
Muito interessante. Moro em Buenos Aires e sei bem o que são esses olhares quando se usa uma roupa que ñ é muito comum aqui… Terrível!!!
A roupa diz muito de onde somos, uma pena que as vezes nos julgam por isso. Obrigada por ler e comentar Nayane. Saludos ????
Oi Flavia,
Gostei muito das entrevistas, apesar de nao concordar com os amigos da primeira entrevistada dizendo que no Brasil as mulheres nao saem para beber, fiz isso milhares de vezes e sou da mesma cidade que ela.. rs,
Bom, eu tambem moro na Cidade do Mexico, um pais machista e malicioso, e posso dizer que o que mais me incomoda aqui sao os olhares dos homens. Estou aqui ha 1 ano e 2 meses e nunca sai de casa com um shorts ou um vestido. So uma calca jeans (por ter quadril largo e bumbum) e um regata ja chamam atencao demais.
Aqui nao da pra ter atitude e sermos como somos no Brasil, isso aqui e uma cultura muito diferente e infelizmente nao consigo simplesmente ignorar os olhares, que aqui chegam a ser agressivos.
Nao estou dizendo que no Brasil isso tambem nao aconteca, claro que acontece, mas aqui e realmente fora do comum. Ja tive oportunidade de conhecer alguns paises, inclusive Argentina e te garanto que nunca me senti tao agredida como mulher, como me sinto no Mexico.
Oi Patrivia ????
Eu sempre saí no Brasil com amigas e sempre me pareceu normal, mas pessoas pensam.diferente e ela deve ter ouvido este comentários de alguém que não acha isso “normal”. Concordo plenamente contigo sobre o México, mesmo eu morando em cidade cosmopolita quando estou reunida com mexicanos sinto este mesmo julgamento. Obrigada por ler e vir aqui deixar sua impressão.
Oi Flavia. Adorei.. Vou esperar o próximo post. Abraço
Só vou dizer para todas que sou um homem efeminado que possui cabelo comprido e aqui no Brasil sofro horrores,até apanhei na rua por ser como sou em São paulo a poucos metros da av Paulista.Até onde sei a Cidade do Mexico,que vou conhecer em breve,não pode ser de maneira alguma tão conservadora com descreveram aqui,pois lá só votam em políticos de esquerda,liberaram o aborto,a eutanásia,o casamento e a adoção por homossexuais e agora querem liberar a maconha,existem marchas e protestos onde homens e mulheres SAEM COMPLETAMENTE NUS NA RUA,está cheia de mulheres com visual alternativo,procurem a belíssima Muñeca de Sangre nas redes sociais e o namorado dela Centinella Full Collor;nunca vi um casal assim tão alternativo em lugar nenhum do Brasil.O interior pode ser machista e conservador mas com tantos dados que mencionei,fica difícil associar conservadorismo à capital.Uma coisa adimito MEXICANOS NÃO ADIMITEM NEM HOMENS NEM MULHERES DE ROUPA CURTA NA CIDADE DO MÉXICO,reparem que isso vale para os homens também,pois o clima de altitude da cidade caracteriza-e por noites frias mesmo no ápice do verão,portanto aqueles estrangeiros que nada conhecem do México fiquem sabendo que na capital está praticamente banida a moda praia ou esportiva,tão comum em qualquer parte do Brasil simplesmente devido ao clima!Roupa também funciona para eles como proteção para o sol.Eu sempre me visto assim e já cansei de escutar besteiras das pessoas por estar muito vestido no Brasil.Ademais já vi vários gringos homens reclamando que se vestiram ´com roupas curtas enquanto estiveram em terras aztecas e reclamaram do mesmo estranhamento.Um deles tirou uma conclusão bem lucida:remarcou que em Nova York também sentia o estranhamento das pessoas e concluiu que na Cidade do México se passava o mesmo,são duas urbes que exigem uma vestimenta mais formal devido às características das mesmas.Deploro o machismo,mas vejo aqui um certo preconceito e desconhecimento da cultura mexicana, a terra da maior artista mulher do ocidente a meu ver,Frida Kahlo.Isaac Carneiro Victal.
Os depoimentos falam sobre experiências vividas, talvez por você ainda não morar no país tenha está visão tão utópica dele.
Saludos.
Claramente você nunca foi ao México, Isaac. E mesmo se for, ainda assim não o verá através dos olhos de uma mulher. É um país extremamente machista e muita mulher – como eu – se sente bem insegura e desconfortável em várias situações lá.
Se é mais ou menos que o Brasil não vem ao caso. Ninguém aqui está competindo pra ver qual país é pior. Mas o fato do Brasil ser ruim para mulheres e minorias não torna o México essa paraíso todo que você tá pintando não.
E não tem nada a ver essa sua ideia de que os mexicanos não admitem roupa curta por causa do clima. Não faz o menor sentido. A roupa esportiva está banida??? Você realmente não conhece NADA da Cidade do México.
Eu gosto muito do México e fico contente sempre que viajo pra lá. Mas gostar do país não o torna livre de críticas.
Morei no México durante um ano em duas cidades diferentes, Toluca, no Estado do México e Tulancingo, uma cidade pequena no estado de Hidalgo e nunca passei por nenhum constrangimento por ser mulher ou ser brasileira pelo contrário, todos sempre foram extremamente gentis, obvio que muitos olhavam pelo fato de ser loira de olhos azuis, algo que não é muito comum la, mas nunca nenhum tipo de assedio! tem homens que são extremamente machistas mas isso depende muito do circulo de pessoas, no meu caso todos meus amigos e host parents eram super legais! Machismo, ignorância e preconceito tem em todos os lugares do mundo temos que lutar por nossos direitos sim e cuidar sempre mas não da de deixar de viver nossos vidas por causa de gente ignorante! o importante são os momentos bons que vivemos, eu amo o México de todo coração e pretendo voltar para fazer a faculdade!! um beijo!
E ainda apagaram boa parte dos meus comentários cheios de estatísticas e deixaram todas as desqualificações cheias de arrogância e carentes de embasamento desta pseudo-feminista burguesa chamada Daniela Madureira!Pseudo pois o único direito da mulher pelo qual gente fútil como ela luta é o direito de usar roupa curta.Vejam que arrogante esta cretina,o único argumento dela é ”sou mais viajada,sou mulher” dando a entender que eu no máximo posso ser travesti!Ainda me censuraram e deixaram a cretina falar a vontade,vamos ver se este comentário passa…
Se essas energúmenas ao menos se dessem conta do quanto estão sendo xenófobas e espalhando estereótipos negativos!Tenho uma ex amiga que mora no leste europeu,na Sérvia,onde a prostituição é proibida,a parada gay foi apedrejada por skinheads e onde houve um genocídio de minorias étnicas e a energúmena não fala nada,só tira onda nas redes sociais de que mora na Europa.Na latinoamerica não existe nada disso,mas como não se pode se vangloriar muito entre as amigas de que mora no México,é preciso então pintar o país como se fosse um inferno,uma Arábia Saudita!PRECONCEITO DESCARADO.
Que desonestidade,não publicaram mesmo meus comentários nos quais eu as desmentia,deplorável expediente.
Isaac, gostaria de esclarecer o seguinte: aqui no Brasileiras Pelo Mundo as colunistas devem liberar os comentários em seus textos e quando elas não podem, nós da edição os liberamos com no máximo 5 dias de publicado. Seu comentário não foi censurado em nenhum momento, apesar de ter sido aprovado e aparecer no ar apenas hoje. Não há a necessidade de se fazer um escândalo, ofender-se ou de comentar em outros textos sobre possíveis censuras sofridas. Aliás, gostaria de me colocar à sua disposição para eventuais esclarecimentos sobre comentários não liberados.
Grata,
Cristiane Leme – editora geral do BPM
Aqui existe esse direito de liberar ou não os comentários,não lhes nego este direito,assim como espero que não me neguem o direito de me manifestar e ”dar escândalo” quando assim o desejar,afinal minorias como mulheres,gays e travestis como nós só conseguimos direitos após escandalizar e incomodar bastante a sociedade não é mesmo?
Acho que se as minorias e as maiorias fossem mais tolerantes teríamos menos escândalos e mais respeito, né?
Seus comentários serão bem-vindos, outra vez me desculpe pela demora.
Saludos ????
Não negamos a ninguém o direito de se manifestar ou comentar como melhor lhe pareça, entretanto reservamo-nos o direito de não publicar certos tipos comentários, como os que tentam denegrir a imagem do blog ou de nossas colunistas. O seu comentário foi publicado, como pode ver. No caso de haver confrontação de informações nós preferimos deixar que a colunista decida se quer responder ou não, mesmo porque a resposta é uma gentileza e um ato de atenção para com o público. Espero que compreenda.
Sobre fazer escândalo para se fazer ouvir, compreendo que pode ser esta a maneira que melhor funciona no Brasil, onde a falta de respeito pelo outro parece ser uma constante, e peço desculpas se em algum momento você se sentiu desrespeitado no BPM. Nós respeitamos a diversidade e procuramos trabalhar de forma que todos os nossos leitores possam se beneficiar das informações aqui prestadas.
Obrigada
Isaac, gostaria de me desculpar pela demora em aceitar seus comentários. Foi um problema de minha inteira responsabilidade e não da edição do blog.
Censuraram mesmo sem motivo meus comentários,pois bem só passo para dizer que segundo índice de igualdade de gênero da ONU o México está na posição 71 enquanto o Brasil caiu para a 107 agora com o governo só de homens velhos,ricos,brancos e ladrões.
A situação no Brasil está complicada realmente, não sabia da disparidade entre os dois países. Sinto que aqui no México a igualdade de gênero está separada por um abismo. Quanto a governo a muita similiraridade. Saludos.
Sofro também (= a você!) com tudo o que está sendo revelado pela PF embora nunca nutrisse grandes ilusões quanto aos políticos. Mas não confunda podridão ética com cor, sexo, religião ou idade…Sarney, Fujimoro, Idi Amin, Muammar Kadafi…algum dia foram bons? Estão vivos, estão velhos? São cristãos, judeus ou muçulmanos? São homo, heteros ou…? É com esses critérios que você julga as pessoas? RICO=LADRÃO; BRANCO=LADRÃO; CONSERVADOR=LADRÃO; VELHO=SAFADO; CRISTÃOS=HOMOFOBICOS…???
Repito que apenas quero me manifestar,não acusei ninguém de me desrespeitar e o não nego o direito de aprovar os comentários da maneira que acharem melhor,apenas reclamei pois só depois de 6 dias e não 5 o primeiro comentário foi aprovado.Também adiciono que ao longo da história,sempre e em qualquer lugar todos os direitos das minorias foram conquistados À FORÇA,após muito escandalizar os conservadores,estudem história um pouco e verão se algum direito caiu do céu,ao contrário muita gente teve de morrer ou apanhar da polícia por exemplo para desfrutarmos de alguns direitos hoje em dia.Não estou idealizando o México,o que afirmei desde o início é que o interior do país é terrível e que a capital,onde vive 20 por cento da população,É UMA ILHA DE LIBERDADE.Este é o ponto.Não viveria de forma alguma em Saltilllo ou Playa del Carmen,esta última possui pouco mais de 100 mil habitantes,é a atual morada da autora do texto.Deve existir um machismo insuportável numa cidade assim pequena de um país como o México,mesmo sendo um local de turismo internacional.Sobre o governo brasileiro só gostaria de frisar que nosso país caiu bastante no índice de igualdade que mencionara pois atualmente não temos NENHUMA MINISTRA MULHER NOMEDADA PELO ATUAL PRESIDENTE.São apenas mais 5 governos como esse no mundo inteiro,sem nenhuma mulher!
Playa del carmen, o estado em si é considerado pelos homoxesuais o melhor lugar do país para viverem. Devido a serem respeitados. Eu moro aqui justamente por não ser um lugar tão machista como outras cidades. Façamos assim, quando você estiver morando em México mais de 2 anos já adaptado ao país você vem é me conta qual a sua visão.
Também gostaria que alguém pudesse rebater o ponto que mencionara sobre a aprovação por parte da assembléia legislativa da Cidade do México,dominada por partidos de esquerda, feministas e pró- lgbt,de medidas como liberação do aborto,eutanásia,casamemto e adoção por casais lgbt,estão agora quase descriminalizando a maconha etc.Exceto o assunto ainda pendente sobre a droga,ESSAS MEDIDAS TODAS FORAM APROVADAS NA DÉCADA PASSADA.O povo contInua votando em massa no PRD e MORENA,social democratas. para o governo da capital,desde que os capitalinos receberam o direito de escolher os seus líderes há vinte anos.O político por trás destas reformas,o ex prefeito Marcelo Ebrard é inclusive um provável candidato à presidência.Muito conservadores mesmo estes mexicanos!Não venha também com argumentos de autoridade dizendo que conhecem mais do assunto que eu,quero argumentos por favor.
Isso não há o que debater. É um avance e não se discute. Quem dera fosse uma lei nacional. Apesar que a maior concentração de habitantes esteja na capital, o número de habitantes do país é enorme e as diferenças de lei mudam de um estado a outro. Em alguns a pena para o aborto é de 30 anos, meses atrás ouve uma chacina em contra homossexuais no estado de VEracruz e não foi noticiado. Na teoria parece que as coisas funcionam, na prática não é exatamente assim. Eu confesso não ter entendido exatamente o que você quer que discutamos.
Isaac, mas o que tem a ver tudo isso que você está colocando? O tema do texto é ser mulher no México, e independente do país estar discutindo a descriminalização da maconha, ter legalizado casamento gay, etc, o machismo é muito forte no país. Você está querendo dizer que só porque o país foi progressista em relação ao casamento gay que não há machismo? Não tm absolutamente nada a ver uma coisa com a outra. Novamente, o que parece é que você está usando de suposições e não fatos, só pra não estragar sua visão romantizada do país.
Reitero que abomino o machismo,devemos denunciá-lo sempre e não tenho nada contra a belíssima Flávia Zahn como pessoa,mas isso me intriga:saímos de uma metrópole culta cheia de história,classe e elegância onde nossa prezada autora morou por um tempo(Buenos Aires) nos mudamos para o que até pouco tempo atrás era uma simples vila de pescadores(Playa del Carmen)que não atrai turistas que buscam cultura e de uma hora para outra virou quase uma extensão da Flórida,criada para turistas viverem,dado que poucos mexicanos moram na praia,é o único país do mundo onde apesar do imenso litoral,das 10 maiores regiões metropolitanas desta nação,só 1 fica no litoral,as outras em altos planaltos entre montanhas.Caso formos comparar as duas nações baseando-se nestas duas cidades,é óbvio que o México ficará muito mal,como se eu saísse de São Paulo capital e me mudasse para Porto Seguro,me pergunto o que alguém esperaria encontrar?.Noto uma profunda indignação da autora com o país em quase todos os textos dela,não entendo o que a faz ainda morar aí,penso que ela não vai se adaptar à Playa del Carmen,me perdoem por falar tanto.
Já estou mais que adaptada a Playa Del Carmen Isaac, amo esta cidade e dificilmente mudarei daqui algum dia. México é um país maravilhoso em muitos quesitos, mas não deixa de ser um país econcomitante e socialmente cheio de problemas. Tem uma infinidade de temas “lindos” para escrever e engrandecer o país, mas não posso deixar passar temas relativamentes importantes que nem sempre terminam em um conto de novela mexicana. Playa del Carmen não é uma extensão de Miami, cultura se entende por diversos fatores. As pessoas a um principio podem mudar ou visitar em busca de uma vida no “paraíso”, mas uma cidade de 250 mil habitantes aproximadamente onde encontramos um cantinho e costumes de cada lugar do planeta, cultura tem de sobra!
O machismo que existe em Playa é o mesmo que existe na Cidade do México. O machismo é algo generalizado no México, não procede a sua ideia de que ela encontra mais machismo porque está em uma cidade menor.
Sou massoterapeuta formada, mas também tenho ampla experiencia em cozinha e bolos de aniversário. Fiz um curso tbm de cuidadora de idoso. Amigos dizem que pra essas areas é facil encontrar uma oportunidade. Mas como seria somente eu e minha filha quero saber mais sobre os espaços educacionais e as dificuldades em conciliar os horários e locomoção.