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    Home»Dinamarca»Falsiane Vikiniana: Parte 1
    Dinamarca

    Falsiane Vikiniana: Parte 1

    Marcele RaskBy Marcele RaskFebruary 8, 2017Updated:July 16, 201710 Comments6 Mins Read
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    Arquivo Pessoal - A vida entre significados.
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    Olá, amigos!

    Olha eu aqui de novo! Gostaria de agradecer imensamente a maravilhosa recepção ao texto sobre a Ponte de Øresund que, além de bela e fascinante, é o amálgama dessa região, o símbolo de união entre reinos e povos. Que coisa linda é o amor e a amizade. Todavia, queridos, tem gente que não anda feliz com essa harmoniosa união, fazendo de tudo para causar intrigas e confusões, e vive pregando peças e travessuras tão cruéis que deixam até a Cuca e o Saci amedrontados. Quem poderia ser?

    No post deste mês falaremos sobre Falsiane Vikiniana, um ser calmo e sorrateiro que com seu jeito de quem não quer nada nos faz pagar incontáveis e impublicáveis micos. Eu, a rainha do desastre, não poderia ficar de fora dessa. Mas não se preocupem, porque conhecimento e experiência são compartilháveis e, assim, vou revelar alguns segredinhos mágicos tão eficientes e infalíveis na eliminação desse mal que até o Mister M tomará notas.

    A Falsiane, formalmente conhecida como falso cognato, é aquele falso amigo, sempre amável e compreensível, que lhe dá a ilusão de familiaridade, ganhando sua confiança e amizade sincera, para logo em seguida puxar o seu tapete. E, você, amigo, cairá de bunda, tal qual manga madura, no chão. Tum! Quem nunca?!

    Para melhor entendermos as artimanhas utilizadas por Falsiane em terras de deus Thor, façamos uma viagem no tempo, de volta à era dos vikings, a fim de desvendarmos a raiz das línguas escandinavas.

    Os idiomas escandinavos – dinamarquês, faroês, islandês, sueco e norueguês – também chamados de línguas germânicas setentrionais, surgiram no período pré-românico ou Idade do Bronze Nórdica em forma de inscrições rúnicas, um tipo de escrita muito primitiva. Durante a era medieval, o idioma escandinavo, chamado aqui de Old Norse, possuía características mais parecidas com o idioma atual, e devido as inúmeras expedições comerciais e de exploração dos vikings, começou a ser influenciado linguisticamente por outros idiomas, dentre eles o latim. A divisão linguística dos atuais – sueco, dinamarquês e norueguês, começou ao final da Era Viking e, a unidade formal destes idiomas foi possível em razão da unificação política vigente entre esses três reinos. Vale lembrar que a raiz do idioma finlandês é proto-fino-hungriano, um desdobramento da língua urálica e, portanto, diretamente ligado aos idiomas húngaro e estoniano. E, desta forma, o ponto em comum entre o idioma finlandês e as línguas escandinavas, seria a capacidade de nos deixarem malucos, porque cá entre nós, ‘trem’ difícil é aprender isso.

    Um dos pilares da cooperação escandinava é a capacidade de compreender a linguagem uns dos outros. Sueco, dinamarquês e norueguês são tão intimamente relacionados que se você falar um deles, pouco esforço é necessário para compreender os demais. Em muitos contextos, essa é uma grande vantagem, contudo é importante reconhecer as diversidades linguísticas, para não cair nas tramoias dos falsos amigos e, consequentemente, nas mais loucas roubadas!

    Já diz o ditado que a melhor defesa é o ataque e, em terras de guerreiros da neve, estejamos munidos de arcos e flechas, digo dicionários, para não morremos soterrados sob essa avalanche de significados. Tenham em mente que esse trio parada-dura possui a mesma raiz, que em determinado momento da história se ramificou, dando origem a novos significados para palavras semelhantes ou iguais na ortografia. E isso, companheiros, embola o meio de campo e nem a trave a gente vê.

    O número um no ranking das reclamações migratórias é a alimentação. Por incrível que pareça, a maioria dos expatriados sente mais falta da ‘comidinha de casa’ que da mamãe e do papai. Quantas e quantas vezes você não contrabandeou farinha, feijão, guaraná, sonho de valsa em sua mala? Seja sincero, não minta para nós. Quem nunca fez isso, que atire o primeiro pão de queijo! Deste modo, os vocabulários digestórios são, geralmente, os primeiros masterizados. E para mim não foi diferente.

    Esfomeada do jeito que sou, passei horas nos supermercados suecos e dinamarqueses assim que cheguei, apenas lendo rótulos e anotando tudo num sagrado caderninho, ao qual sempre me apego nos momentos de apuros linguísticos. E, durante esses inúmeros passeios aos supermercados locais –  com direito a almoço grátis, tour pelo estoque, aula de tradições culinárias e, pasmem, amizade facebookiana com dois gerentes (entendedores entenderão o choque, fazer amizade com escandinavo não é fácil) – que eu percebi algumas pegadinhas, como a da refeição!

    Por mais reservados que os escandinavos sejam, eles são extremamente prestativos e muito atenciosos. Basta pedir ajuda e sempre respeitar o seu espaço. Com essas duas regrinhas em mente, fiz amizade com uma vizinha sueca, que se transformou numa espécie de fada-madrinha e com ela aprendi as mais variadas regras e tradições locais. E num belo dia de breu novembriano, ela me convida para um frukost (sueco) em sua casa e eu prontamente aceitei, claro! (Ser convidado por um escandinavo para qualquer coisa em sua casa, e, em pouco tempo, é digno de foguetes!) Eu, alegre e satisfeita me preparei para o frokost (dinamarquês): cheguei em sua casa 15 minutos antes do evento – os escandinavos são mais pontuais que os britânicos -, com um lindo buquê de flores e um sorriso colgate estampado na face. Toquei a campainha e, aí, tudo desandou!

    Cheguei para o frokost, almoço em dinamarquês, quando na verdade havia sido convidada para o frukost, café da manhã em sueco. E até provar que focinho de porco não é tomada, passei por um dolorido embaraço e mal-estar. Mas tudo terminou, literalmente, em pizza! E o resto é história.

    Ainda no gênero alimentício, cito aqui alguns exemplos clássicos de picuinhas dinamarquesas-suecas que causam mais indigestão que arenque em conserva.

    Dinamarquês Significado Sueco Significado              
    Blomme Ameixa Blomma flor
    Svesker Ameixa Seca Svenskar sueco
    Blød macio Blöt Molhado, úmido
    Krydsild Fogo cruzado Kryddsill Arenque em conserva
    Kryddersild Arenque em conserva Korseld Fogo cruzado
    Kunstig Artificial Konstig Esquisito, estranho
    Purløg Cebolinha Purjolök Alho-poró
    Talrig Numeroso Tallrik Prato
    Tallerke Prato Talrik Numeroso
    Væske Líquido Väska Bolsa, sacola

    Alguns meses atrás eu estava lendo uma reportagem no jornal sueco Sydsvenkan que tratava das inúmeras construções sendo feitas para o desenvolvimento da cidade de Malmö. Em determinado momento da leitura, me deparei com a palavra skede. Fiquei alarmada, olhando para os lados, sem entender nada e me perguntando o que tinha a ver vagina com construção. Ora, pois! Ao reler o texto entendi que skede em sueco significa ‘fase’, diferente de skede em dinamarquês que significa ‘vagina’. Resultado: comecei a rir, no meio do trem de Øresund às sete e meia da manhã, pensando o que acharia mamãe, caso eu escrevesse minha biografia e a batizasse de Det nytt skedeskede (A nova fase da vagina)! Ela, com certeza, escreveria o prefácio, compraria toda a primeira impressão e a distribuiria para seus familiares, amigos e conhecidos, até mesmo para Falsiane.

    E nesse clima de micos e falsidades linguísticas, me despeço de vocês. No próximo post, retomaremos este assunto e lhes contarei como cometi o King Kong dos micos, no dia do meu noivado, ao chamar a sogra de porca-mãe. Não disse que eu era a soberana do desastre!?

    Segurem-se aí que logo voltarei com essa fofoca!

    Knus (dinamarquês), Kram (sueco), Abraços!

     

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    Marcele Rask
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    Marcele é de Brasília. Devota do cuscuz com bife e extremamente alérgica a pimentas e pimentões, mudou-se, em 2011, de mala e cuia para a região de Øresund, após um esbarrão da vida culminar em um amor vikingninquim e uma especialização em Direito Internacional dos Direitos Humanos. E desde então, Marcele tornou-se, inusitadamente, súdita de dois Reinos: Dinamarca e Suécia.

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    10 Comments

    1. di on February 9, 2017 12:21 pm

      mto legal!

      Reply
      • Marcele Rask on February 9, 2017 11:54 pm

        Feliz que você tenha gostado. Logo mais vem a continuação 🙂

        Reply
    2. Priscila Ca on February 11, 2017 2:05 am

      MORRRIIIIIIII!!!! EIs aqui uma estudante de dinamarquês ou guerreira kkkk não sabia que era tanto assim….
      Eu vi na foto que parece que tem um dicionário/livro inglês com as línguas. Poderia nos informar qual é, por favor ?!

      Aguardando a continuação…
      Camila já falou sobre o idioma mas você podia falar mais um pouco também sobre pronúncias e essas coisas fabulosas ou cabulosas! Kkkkk

      Knussssss

      Reply
      • Marcele Rask on February 15, 2017 7:50 pm

        Oi Priscila. Tudo bem? Realmente o dinamarquês lasca com a gente, né? Língua bem complicada, especialmente a pronuncia, mas tenhamos fé que dará certo.
        Os dicionários que você perguntou, se for os com fotos, eu tenho três:
        1 – Visuelle Ordbog (dansk, engelsk, tysk, fransk, spansk) da editora Politikens.
        2 – Visuell Ordbog (svensk, dansk, norsk, engelsk) da Globe förlaget
        3 – Bild Ordbok (spansk svensk) da Naumann e Göbel Verlagsgesellschaft

        Se for os dicionários comuns mesmo, o da foto é o Ordbok Professionell Engelsk-Svensk da Norstedts
        ou o Engelsk/dansk da De Stribede Ordbøger.

        A Camila é ótima mesmo, a Cristiane Holm também já falou sobre o idioma dinamarquês. Eu não adentrei muito ao idioma neste post porque a proposta é a ponte entre os dois países e idiomas, demonstrar as semelhanças e diferenças.
        Espero que você goste. E ja, ja publico a continuacao e trago a fofoca de outros micos possíveis.
        Um grande abraço.

        Reply
    3. Lara Gurgel on February 12, 2017 4:55 pm

      kkkkkkkkkkkkk estou curiosa para ler sobre esse mico!E mais curiosa ainda para saber como você conheceu o senhor seu marido viking! Adoro ficar lendo sobre esse tipo de coisa.
      Aliás, sei que essa informação não vai mudar a vida de ninguém, mas queria falar mesmo assim porque achei interessante: sou do Piauí, então pode se dizer que somos vizinhas de Estado! Pronto. Era só isso.

      Reply
      • Marcele Rask on February 15, 2017 7:41 pm

        Olha que maravilha, já fui varias vezes ao Piauí 🙂 Lindo Estado e região. Sim, sou nascida no maranhão, mas cresci em Brasilia.
        O post do mês de março trará mais micos, não se preocupe que logo desvendarei este mistério.
        um abraço.

        Reply
    4. Marina on February 12, 2017 7:07 pm

      Hej!
      Tantos trocadilhos me deixou com a sensação de que foi um textos muito fabricado. É uma crítica construtiva. Ja li outros artigos aqui no blog e ele sempre me clareia a mente sobre a suecia (estou me preparando pra ela).

      Fora isso… que medo dessa similaridade, mulher. Eu falo alemão (o que nao tem nada a ver com isso) e encontrei algumas coisas nesse idioma que me ajudam no sueco. Talvez seja coisa da minha cabeça. Meu marido acha que eu crio lógicas que só servem pra mim nessa história de estudar idiomas.
      Até a próxima 😉

      Reply
      • Marcele Rask on February 15, 2017 9:55 pm

        Olá Marina.
        Fico feliz que o blogue tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre a Suécia. A adaptação tem um sabor sempre agridoce, mas com perseverança a gente chega lá. A Suécia é um lugar maravilhoso e com certeza, o meu lugar nesse mundo, onde até o que é ruim é maravilhoso 🙂 No blogue, eu trabalho as semelhanças e diferenças entre Dinamarca e Suécia, e a Escandinávia como um todo. Como eu resido próximo a ponte de Øresund e a cruzo várias vezes por semana, ando fazendo a íntima desse percurso, e trago para cá a visão desses dois reinos. Deste modo, talvez eu não venha a sanar todas as suas dúvidas em relação a um assunto muito especifico sobre país, porque o meu foco é a ligação entre esses dois reinos. Contudo, as meninas que escrevem especificamente sobre a Suécia são fantásticas, e trabalham com clareza e profundidade cada tema.
        Agradeço pela critica. O texto foi, de fato, elaborado. Falso cognato é um assunto técnico e sem fórmulas específicas, é o que é, e pronto! Procurei mesclar as experiências e significados para melhorar a compreensão de cada palavra. A minha formação, infelizmente, não é linguistica, então não conseguiria trabalhar com técnica gramatical esse assunto. Por isso, procurei trazer as minhas experiências e erros para explicar esses trocadilhos.
        Acredito em todas as formas de lógicas no aprendizado, não só de idiomas mas de qualquer coisa na sua vida. Se a sua lógica funciona para você, continue com ela, porque certamente esse é o seu caminho. Eu também tenho as minhas lógicas, também trabalho as minhas loucuras ao aprender qualquer coisa. E para mim funcionam perfeitamente bem, mesmo que pareçam loucuras! 😉 Você está no caminho certo.
        Abraços 🙂

        Reply
    5. Ligs on March 16, 2017 9:37 pm

      Marcele, sua escrita é fabulosa! Me diverti horrores!!! Vc tem o dom de fazer as pessoas rirem. Quero só ver a deixa da sogra/porca-mãe. Ansiosa pra ler! Abraços tupiniquins!

      Reply
      • Marcele Rask on March 16, 2017 9:44 pm

        Oi, Amada!
        Que amor 🙂 Obrigada pelas doces palavras, fico feliz que tenhas gostado do texto.
        A porca-mãe, digo sogra, se revelará amanhã.
        Espero que goste da história.
        Abraços desde a geleira viking!!! 😀 😀

        Reply

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