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    Home»Violência contra a mulher»Volência contra a mulher na Escandinávia
    Violência contra a mulher

    Volência contra a mulher na Escandinávia

    Marcele RaskBy Marcele RaskSeptember 27, 2017Updated:April 8, 20184 Comments4 Mins Read
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    Foto: pixabay.com
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    Kim Wall e a violência contra a mulher na Escandinávia.

    O artigo desse mês é uma reflexão sobre a vulnerabilidade da mulher em todas as partes do mundo, inclusive na região nórdica. Frequentemente, recebo mensagens, perguntas e comentários exaltando as maravilhas escandinavas e os seus avanços em relação aos direitos humanos. Fato é, por mais que a Dinamarca, Suécia e Noruega sejam exemplos quase utópicos, sobre igualdade, proteção e respeito aos direitos humanos, eles não são países perfeitos. E o caso da jornalista sueca Kim Wall e do inventor dinamarquês Peter Madsen, que parecem saídos das mais bizarras e macabras cenas de crimes das famosas series Nordic Noir, estão aí para demonstrar o quão vulneráveis são as mulheres em todo o mundo.

    Kim Isabell Frerika Wall, 30 anos. Jornalista sueca, branca e bem-sucedida morreu a bordo do submarino UC3 Natilius de propriedade do dinamarquês Peter Madsen, sobre quem escrevia um artigo. A promotoria dinamarquesa acusa o inventor de homicídio, em contrapartida, o acusado diz ter sido um acidente. Em sua defesa, Peter afirma que Kim bateu com a cabeça na escotilha do submarino e, portanto, sua morte fora um acidente. Contudo, Peter não soube explicar como o corpo de Kim teria, dias depois, aparecido desmembrado, sem cabeça e completamente esfaqueado.

    Kim, viajou pela África, Ásia e Caribe, escrevendo para o Guardian, Vice e New York Times sobre a situação nessas regiões, contudo, foi em sua nativa Escandinávia que ela veio a perder a vida. Os detalhes de seu desaparecimento, morte e surgimento do seu corpo remetem à cena de abertura da série sueco-dinamarquesa Broen – A Ponte, em português – em que um corpo aparece cortado ao meio e posicionado minuciosamente sobre a linha imaginária traçada na ponte de Øresund, separando os dois países. Na ficção, os dois países se unem para combater um assassino em série, na vida real, a morte de Kim é um lembrete sobre a segurança, ou melhor a falta dela, um aviso que a misoginia não é um problema específico de país subdesenvolvido, mas universal.

    Embora a igualdade de gênero seja um valor fundamental para as nações nórdicas, as taxas de violência contra as mulheres são elevadas, e as taxas de violência doméstica contra as mulheres são muito maiores em relação a outras partes da Europa. A taxa média de prevalência de violência doméstica contra as mulheres na União Europeia é de 22%, mas a média da Dinamarca é de 32%, Finlândia 30% e Suécia de 28%.

    Violência contra as mulheres é certamente um abuso contra os direitos humanos em todos os países do mundo, inclusive na Europa. Segundo relatório da FRA – Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia -, uma em cada três mulheres reportaram alguma forma de abuso físico ou sexual sofrido desde os 15 anos de idade, 8% dessas mulheres relataram ter sofrido qualquer forma de abuso nos últimos 12 meses.

    É uma realidade desconcertante, uma vez que altas taxas violência doméstica contra as mulheres e altos níveis de igualdade de gênero parecem contraditórios. Infelizmente, essas declarações aparentemente opostas são verdadeiras nos países nórdicos.

    Uma teoria plausível é que os países nórdicos estejam sofrendo alguma forma de recuo, uma vez que as definições tradicionais da masculinidade e da feminilidade estão sendo redefinidas de forma significativa e que as mulheres nessa região se sentem mais livres para reportarem os abusos sofridos. Entretanto, vários outros fatores influenciam os altos índices de violência contra a mulher, tais como, local de trabalho, redes sociais, região de residência, raça, grau de instrução e etc.

    A partir desse paradigma fica a pergunta: Seriam os países nórdicos o céu ou o inferno para as mulheres?

    Certamente nenhum e nem outro. Como mulher, pesquisadora em direitos humanos e moradora da região de Øresund, eu afirmo com toda a certeza que as mulheres nesses países possuem melhor qualidade de vida que em boa parte do mundo. Os países nórdicos fazem muito para integrar as mulheres ao mercado de trabalho e possuem políticas públicas de assistência ao cidadão quase utópicos para sua sociedade em geral. O lado ruim, certamente, seria o fato dos Estados promoverem maior proteção à vida pública dessas mulheres, mas negligenciam, de certo modo, a proteção da vida privada. A verdade é que ainda há muito a ser feito para proteger as mulheres e promover a sua posição na sociedade.

    Prevenir a violência contra as mulheres é mais do que simplesmente promover a igualdade de gênero ou normalizar a posição da mulher na vida pública, é também desafiar a intolerância à violência contra as mulheres é promover a independência e a tomada de decisões das mulheres em todas as esferas da vida, desafiando os velhos estereótipos e papéis de gêneros, e fortalecendo as relações de respeito e igualdade entre homens e mulheres, desde a primeira infância.

     

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    Marcele Rask
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    Marcele é de Brasília. Devota do cuscuz com bife e extremamente alérgica a pimentas e pimentões, mudou-se, em 2011, de mala e cuia para a região de Øresund, após um esbarrão da vida culminar em um amor vikingninquim e uma especialização em Direito Internacional dos Direitos Humanos. E desde então, Marcele tornou-se, inusitadamente, súdita de dois Reinos: Dinamarca e Suécia.

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    4 Comments

    1. Alessandra Ferreira on September 27, 2017 2:30 pm

      Olá Marcele! Ótimo texto.
      Parece que a violencia contra a mulher cresce em todas as partes do mundo. No entanto, eu me pergunto se as mulheres estão denunciando mais atualmente.
      Aqui nos Estados Unidos, demos alguns passos para trás com o atual governo. Recentemente a secretária da Educação disse que as universidades devem ter uma postura mais flexível com os acusados de estupro nas universidades. Para apoia-la, um senador daqui do Texas disse que a secretaria está certíssima afinal “essas meninas se oferecem”.
      Triste.
      Abraços,
      Alessandra

      Reply
      • Marcele Rask on September 28, 2017 12:51 am

        Oi, Alessandra.
        Fico muito feliz que tenha gostado da leitura.
        Infelizmente essa ainda é a nossa realidade, a luta pelo direito das mulheres é constante.
        É uma vergonha o que alguns políticos dizem e promovem abertamente sobre as mulheres, a eterna culpabilização da vítima está longe de ter fim.
        :/ Uma tristeza sem fim.
        Abraços.
        Marcele

        Reply
    2. Maria Rodrigues on October 6, 2017 2:57 pm

      Stieg Larsson que era sueco escreveu a Trilogia Millenium que relata em forma de ficção a violência conta a mulher e a tendencia de serem endogâmicos.
      O autor foi muito perseguido, sofreu retaliações e morreu de causas naturais pouco antes dos 3 livros serem publicados.

      Alem dos 3 livros há uma serie sueca abastante fiel aos livros e o filme ” Os homens que não amavam as mulheres “

      Reply
    3. Maria Rodrigues on October 6, 2017 5:59 pm

      Henning Mankel é outro autor que usando a ficção mostra de forma menos contundente que Stieg Larssson no suspense “Inspetor Walllander” violência domestica.

      O inspetor Wallander é uma personagem fictícia criada por Mankell numa série de romances policiais. Kurt Wallander nasceu em Ystad – uma cidade da Escânia no sul da Suécia.
      Em cada livro há mulheres vitimas deste tipo de violência em diversos níveis física , mental e moral .
      É muita coincidência 2 autores diferentes descreverem eventos similares.
      Na Netflix tem a serie completa fiel aos livros também.
      Estou surpresá não havia me dado conta só depois de ler a matéria liguei os fatos.
      O Planeta Terra e suas peculiaridades cada povo com as suas.

      Reply

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