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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Além do véu: O padrão de beleza na Arábia
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Além do véu: O padrão de beleza na Arábia

    Isabela AvilaBy Isabela AvilaSeptember 21, 20174 Comments5 Mins Read
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    Em geral, no Brasil existe um foco muito grande na vaidade e na beleza feminina. Cada vez que vou ao Brasil reparo no número de salões de beleza, academias e clínicas de estética se proliferando e atraindo uma grande clientela. Em Omã, também existe um culto à beleza, claramente estampado pela quantidade de salões e spas pela capital Mascate.

    Quanto às academias, raramente vi mulheres omanis se exercitando: a cultura fitness lá ainda é bem moderada e um corpo curvilíneo é mais valorizado por indicar saúde e fertilidade. Enquanto no Brasil existe uma grande ênfase em ter um corpo malhado, o cabelo hidratado, unhas e maquiagem perfeitas, em Omã o padrão de beleza é um tanto diferente e ainda ditado por algumas tradições árabes.

    A primeira diferença que vi de cara foi na maquiagem usada pelas omanis. Além de utilizarem uma grossa camada de base para protegerem sua pele do sol e manterem a maquiagem intacta mesmo com o calor, as mulheres omanis gostam de tendências mais extravagantes. Cílios postiços, sombras coloridas, glitter, batons fortes, sobrancelhas marcantes e delineador no estilo Cleópatra compõem o visual diário de muitas mulheres, principalmente as mais jovens. Um dos motivos para capricharem na maquiagem é o fato de que quando vestem a abaya, apenas os seus rostos aparecem. Pode-se dizer que o delineador é a grande estrela do look, principalmente porque, na cultura árabe, o olhar feminino é uma grande arma de sedução e é considerado uma das partes femininas mais valorizadas.

    A abaya também influencia bastante os penteados das omanis. Um dos mais populares é um coque alto (parecido com o da cantora Amy Winehouse), com bastante laquê e grampos para mantê-lo perfeito. Esse penteado é usado para criar um volume no véu, valorizando assim o seu caimento nos cabelos e seu emolduramento do rosto. Muitas omanis têm o cabelo naturalmente cacheado, portanto nos salões locais existem muitos tratamentos de queratina e escovas progressivas iguais as do Brasil. A moda do cabelo totalmente chapado não era tão forte quanto a tendência no Brasil, mas muitas omanis preferem ter o cabelo liso para poderem fazer seus penteados monumentais com mais facilidade.

    Uma particularidade da cultura árabe no quesito estético é a tatuagem de henna, oferecida em diversos salões e usada por muitas mulheres, tanto na capital quanto no interior. Com milhares de estampas, desenhos e significados, a henna é mais usada como um enfeite para as mãos e pés. A henna faz parte de uma antiga tradição para noivas omanis: quando estão se preparando para o casamento, o corpo da noiva é coberto por delicados desenhos de henna onde as iniciais do marido fazem parte da estampa. Dizem que, na noite de núpcias, os maridos passam um bom tempo procurando as letras escondidas na pele das amadas, como em uma espécie de caça-palavras.

    Tive a oportunidade de ser vestida e maquiada como uma omani diversas vezes. Quando morava em Omã, viviam me dizendo que eu tinha feições muito parecidas com as das árabes: cabelos escuros, sobrancelhas grossas, olhos grandes e castanhos. Dessa semelhança ao acaso, surgiram convites para eu modelar para salões de beleza, editoriais de moda e desfiles para estilistas omanis. Vi a oportunidade como uma maneira de aprender mais sobre as mulheres omanis, seus rituais de beleza e suas roupas elaboradíssimas, raramente vistas em público devido às suas abayas.

    O processo para fazer o cabelo e maquiagem demorava no mínimo três horas. As maquiadoras omanis usam nosso rosto como uma tela de pintura, aplicando inúmeras camadas de cada produto, misturando diversas sombras em um degrade colorido e aplicando o delineador sem tremer uma única vez, replicando o olhar misterioso e marcante das árabes. Já tive minhas sobrancelhas, negras e espessas, totalmente apagadas com uma mistura de cola e pó compacto, redesenhadas com um design completamente diferente. Já tive que lavar o cabelo três vezes seguidas devido à quantidade de laquê usado para manter o meu cabelo, fino e liso, na posição de torre vertical. Para completar, já tive que passar o dia todo fazendo fotos vestida de noiva, com um véu bordado de diamantes e pérolas pesando 40 kg, no topo de um penteado que parecia tão pesado quanto aquele vestido e véu, que se estendiam por metros e tinham o equivalente do meu próprio peso. Não preciso nem dizer que, muitas vezes, quando minha mãe ia me buscar dos meus trabalhos de modelo, ela não me reconhecia, dizendo: “achei que você fosse uma omani!”

    Eu vestindo o traje tradicional Omani. Roupa pela estilista Nawal al Hooti. Foto de arquivo pessoal.

    Na minha opinião, o padrão de beleza de Omã é focado nos detalhes e no excesso. Cores, brilhos e acessórios chamativos são usados em todas ocasiões e horas do dia. Não é à toa que os locais mais frequentados pelas mulheres são os salões de beleza (onde somente mulheres podem entrar) e shoppings, principalmente as lojas de maquiagem, perfumes e jóias. Para mim, foi uma grande diversão crescer no meio disso, podendo até dizer que as omanis me ensinaram muitos truques de maquiagem e beleza que uso até hoje (com um pouco mais de moderação, é claro).

    A minha parte favorita sobre a estética das mulheres omanis é que elas não deixam de surpreender com seu visual: ir ao banheiro feminino ou a salões de beleza eram sempre experiências interessantes, já que nesses ambientes as omanis podem tirar suas abayas e podemos ver seus penteados, roupas de designers renomados, e jóias caríssimas que não imaginaríamos que estão ali além de seus véus.

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    Isabela Avila
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    Isabela é mineira de Belo Horizonte, mas deixou o Brasil ainda ainda na adolescência. Após morar em Omã por 6 anos, mudou-se para a Holanda para fazer faculdade. Também teve a oportunidade de fazer um intercâmbio na Turquia. Adora viajar e aprender sobre a história e cultura de cada lugar que visita. Atualmente mora em Amsterdam, onde trabalha em uma casa de leilão catalogando obras de arte.

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    4 Comments

    1. Nathalia on September 22, 2017 8:40 am

      Muito interessante o artigo Isabela. Sucesso para você 🙂

      Reply
    2. Magda Barros Silva on October 1, 2017 1:08 am

      Maravilhoso esse relato da Isabela.

      Reply
    3. Maria Betânia dos Santos Mendes on November 13, 2018 1:52 am

      Eu gostaria muito de uma oportunidade de trabalho fora do Brasil

      Reply
    4. Yara Ávila on December 28, 2018 3:26 pm

      Adorei o texto. Nunca vou esquecer quando fui te buscar em um desfile e achei que tinham raspado sua sombrancelha. E a luta para tirar toda a maquiagem, cola e laquê de madrugada para vvc ir na aula no outro dia. Me orgulhava da sua fibra em fazer os desfiles, mas sempre priorizando os estudos.

      Reply

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