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    Home»Japão»Por que os brasileiros são mais felizes que os japoneses
    Japão

    Por que os brasileiros são mais felizes que os japoneses

    Ana Paula RamosBy Ana Paula RamosDecember 9, 2017Updated:May 17, 20182 Comments6 Mins Read
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    Foto: Quinten de Graaf - Unsplash
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    Por que os brasileiros são mais felizes que os japoneses?

    Outro dia eu estava passeando com dois amigos brasileiros, ambos moradores de províncias vizinhas, e o estilo de vida dos japoneses entrou em discussão. Depois de analisar tantas coisas que eu já observei nesses quase quatro anos morando no arquipélago, a conclusão de repente se tornou clara para mim: os brasileiros são mais felizes que os japoneses, sim!

    A teoria pode parecer estranha para muita gente. A grosso modo, os japoneses são privilegiados com menos desigualdade social, uma vida mais confortável em que os sistemas públicos funcionam com eficiência. Organização social, transporte público rápido e limpo, segurança e um padrão de vida médio para a maioria dos cidadãos.

    Do outro lado da balança, estão os brasileiros (que vivem no Brasil) e sofrem com as desigualdades, a saúde, a segurança, a educação e o transporte público precário. Se for comparar apenas as estruturas sociais e políticas, parece ridículo dizer que os brasileiros são mais felizes, não é mesmo?

    Na verdade, não. A teoria de que os brasileiros são mais felizes tem até embasamento científico. Segundo o último Relatório Mundial da Felicidade, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado em março deste ano, o nível de felicidade do povo brasileiro é muito superior ao japonês.

    Na primeira posição do ranking está a Noruega, com o título de país mais feliz do mundo. Enquanto o Brasil ocupa a 22° posição, o Japão ficou para trás, em 51° lugar! Diversos países em desenvolvimento superaram o Japão na lista, como a Guatemala (29), Tailândia (32), Arábia Saudita (37) e Malásia (42).

    Leia sobre: Dá para morar no Japão sem saber japonês?

    Mas, afinal, o que falta para os japoneses serem felizes se eles já possuem tudo? E o que de fato significa felicidade? É muito difícil descrever a “felicidade” já que cada pessoa carrega consigo um conceito. Há quem pense que a felicidade é um estado temporário, que ocorre em ocasiões especiais. Para muitas pessoas, a felicidade é a visão de um futuro próspero, após a realização de todos os sonhos.

    Acredito que todos os conceitos estão, de certa forma, corretos. No entanto, acredito que a satisfação com a rotina tem uma importância fundamental para definir um povo como feliz ou infeliz e é neste ponto que se encontra o calcanhar de Aquiles da sociedade japonesa.

    1. Pressão social

    Os japoneses convivem com a pressão durante toda a vida. Na escola, há pressão relacionada à disciplina e ao cumprimento de regras. Os estudantes também sofrem pressão com os estudos, já que a entrada nas melhores escolas e universidades depende do desempenho e comportamento escolar.

    Na vida universitária, a pressão para arrumar um emprego começa antes da formatura. Os alunos participam do processo seletivo de inúmeras empresas, que conta com seminários, prova escrita, prova oral, entrega de redação, currículo e entrevistas até garantir a vaga. Quando a vida de trabalhador inicia, mais pressão: regras rigorosas, cumprimento de ordens sem direito a dar opinião, submissão com relação aos chefes. E as férias? Peça, se tiver coragem.

    O ápice da infelicidade de muitos japoneses surge quando estão insatisfeitos com o trabalho. As empresas japonesas são rigorosas e dificilmente contratam candidatos que já passaram dos 30 anos de idade. Se o trabalhador quer trocar de empresa é preciso fazer quando ainda é jovem ou o risco é de não conseguir mais um trabalho efetivo. Se a nova empresa também for ruim, boa sorte.

    1. Realidade das Mulheres

    Não é novidade que a população japonesa está encolhendo e a decisão de não ter filhos chega até a ser compreensível. A maioria das mulheres japonesas precisa escolher, em determinado momento da vida, se vai casar e ter filhos ou se vai investir em uma carreira profissional.

    As empresas estão cheias de funcionárias solteironas, enquanto muitas mulheres casadas são donas de casa. O motivo? É quase impossível dar conta de manter as duas coisas. Muitas empresas trocam os funcionários de província a cada três anos, o que faz com que as companheiras decidam acompanhar os homens e precisam abrir mão de seus trabalhos.

    E quando isso não ocorre, outros problemas surgem. É comum que mulheres grávidas sofram bullying dentro do ambiente de trabalho, porque os colegas acham injusto que a funcionária falte o serviço por causa da gestação. Com mais essa pressão no pacote, muitas acabam desistindo de trabalhar.

    E a colaboração dos homens na criação dos filhos e nas tarefas domésticas é extremamente baixa. Na maioria dos casos os maridos estão ocupados com a longa jornada de trabalho e mal conseguem ver os filhos acordados. As esposas se dedicam a cuidar das crianças, da casa e muitas vezes administram as finanças da família.

    E quanto ao Brasil?

    O Brasil está longe de ser o país mais feliz do mundo e, claro, os problemas sociais e políticos são gritantes e não falta gente para reclamar, com toda a razão. Viver com medo de levar uma bala perdida, de ser assaltado ou passar meia hora esperando um ônibus atrasado para ver o motorista fazer cara feia não é exatamente um sinônimo de felicidade.

    Leia também: 10 curiosidades sobre o Japão

    Eu associo a felicidade do brasileiro com a cultura e a forma de pensar. Há motivos de sobra para sentar e chorar, mas os brasileiros estão longe disso. Mesmo com todos os problemas enfrentados diariamente, o brasileiro está lá, cumprindo sua rotina, comendo churrasco aos domingos e passeando de havaianas nos pés.

    A falta de regras ou organização social é de fato um problema, mas também tem um lado bom. Se há menos regras, há menos pressão e menos estresse. A realidade do brasileiro muda muito de acordo com a classe social, mas seja pobre ou seja rico, todo mundo arruma um jeitinho de ser feliz, curtir o tempo livre com a família, andar despreocupado e passar por cima das dificuldades.

    Como nada é perfeito, nem o Brasil e nem o Japão estão em condições ideais, mas acredito que, se um país ensinasse seus segredos ao outro, poderíamos ter uma bela combinação de alegria e organização, o que sem dúvidas poderá ser traduzido como felicidade.

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    Ana Paula Ramos
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    Ana é gaúcha e jornalista. Mora no Japão desde 2014 e trabalha como repórter da Revista Alternativa, voltada aos brasileiros que vivem naquele país. Faz traduções de japonês para português, escreve para blogs e sites no tempo livre e aproveita a vida do jeito que mais gosta: com viagens, corrida, meditação e muita leitura. Contato: anabretschneider1@gmail.com

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    2 Comments

    1. Daiane on January 4, 2018 10:48 pm

      Olá Ana paula!
      Estou assistindo uma série japonesa, e eu fiquei um pouco curiosa sobre a cultura japonesa quando se trata de relacionamentos amorosos e até mesmo entre amigos. Será que você poderia escrever um pouco sobre esse tema? Obrigada!

      Reply
    2. Daniel Spezia on March 26, 2019 5:54 pm

      Em relação aos brasileiros, pode-se dizer, sem medo de errar, que a maioria não segue as regras (e não é que elas não existam). Somos um povo que segue o que é conveniente para si mesmo, seguindo a velha máxima: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Seguir apenas as regras que vc concorda gera imensos problemas para o Brasil como sociedade. O brasileiro não tem pensamento coletivo e essa é a principal diferença entre nós e os japoneses e, se eles realmente não se encaixam como pessoas felizes (levando em conta que a pesquisa apenas reflete a resposta a um questionário), talvez a resposta esteja no pensamento norueguês, de menos ambição com as coisas da vida, sem, no entanto, se distanciar do respeito ao próximo (algo que o brasileiro, de modo geral, não tem nem noção)

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