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    Home»Divagações»A saudade nostálgica e a readaptação no Brasil
    Divagações

    A saudade nostálgica e a readaptação no Brasil

    Juliana LimaBy Juliana LimaJune 18, 20181 Comment7 Mins Read
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    Meu "espero que seja um até qualquer dia e não adeus" aos amigos que Istambul me deu - Foto: acervo pessoal
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    A saudade nostálgica e a readaptação no Brasil.

    De repente, os produtos comprados em Istambul começam a chegar ao fim, e isso tem um significado, já se passaram 3 meses da minha volta, e eu ainda não tinha me dado conta disso, lá no fundinho, eu achava que, ao andar pela rua, ia virar uma esquina e comprar aquele suco de romã espremido na hora, ia agradecer com um tesekkurler e seguir para casa. De repente, as pessoas à minha volta não falam turco, nem inglês, e eu me pego ouvindo português e achando que é turco, tentando entender (confuso isso, eu sei).

    De repente, o ônibus tem cobrador, e eu me pego automaticamente procurando meu Istanbulkart, cartão usado durante tanto tempo no transporte público. De repente, uma porta (estranha), barra-me na entrada do banco, e eu sorrio ao lembrar que havia desacostumado com a porta giratória de segurança nos bancos brasileiros. De repente, ao entrar num shopping center, eu não preciso colocar minha bolsa na esteira de raio-X, como estava fazendo esse tempo todo em Istambul, lá um shopping pode ser mais perigoso que um banco, já que existe mais probabilidade de terrorismo do que de assalto.

    Às vezes, ainda me pego calculando o fuso horário quando falo com minha mãe ao telefone, também já me vi calculando o tempo que chegaria a algum lugar, ou qual transporte usaria: metrô, ônibus, metrobus, barco, como se estivesse em Istambul; também, inúmeras vezes, já me vi respondendo coisas em turco… mas quem mais está sentindo essa volta é, definitivamente, meu estômago, por não ter mais sabores da cozinha turca, que ele gostava tanto no seu dia a dia…

    Leia também: Quando você volta?

    A verdade é que nós nos acostumamos a uma rotina na vida, e depois, ao mudá-la, levamos um certo tempo até nos adaptarmos, mas o que seria da vida sem as mudanças, não é mesmo?

    E cá estou eu de mudança novamente, de volta à terrinha do samba, de volta a uma cidade em que eu havia morado muito tempo atrás, e de volta à casa dos pais (não tem emoji do susto no computador…) e isso me causou um turbilhão de emoções. As quais, na verdade, eu sempre soube que sentiria, quando (e se) voltasse.

    A volta é mais complexa que a ida. A ida nos faz ter expectativa, esperança, uma certa ansiedade, curiosidade pelo novo, totalmente novo e, justamente por ser novo, tudo é deslumbre, os perrengues são sempre válidos, porque são aprendizado, os sustos, os medos, todos importantes, os choros, as frustrações, todos “parte do processo”, é que pensamos, aceitamos e entendemos assim por termos deixado a zona de conforto, e estarmos vivendo, se não da forma como gostaríamos, pelo menos parecida com ela.

    A ida nos deixa cheios de coragem, ousadia, ânimo, nos deixa de peito aberto, com a sensação de que o primeiro passo para realizar aquele sonho de IR foi dado! Parece que é só alegria, não que seja, existem muitas dificuldades, muitas, inúmeras, mas, como elas se transformam em aprendizado e são vistas por nós com bons olhos, afinal, estamos REALIZANDO o sonho de ir.

    Já na volta, toda aquela sensação de empolgação pelo novo não existe, uma vez que não estamos nos direcionando ao novo, mas ao velho, ao conhecido e, mesmo que tudo esteja diferente, ainda será o mesmo, porque quem mudou, na verdade, fomos nós, nossa perspectiva, nossa percepção e interpretação de mundo. A volta é cruel, torturante, massacrante na nostalgia quando revemos as fotos, quando falamos com os amigos, aqueles que haviam sido família durante um tempo da vida, e agora não existe nem a certeza se nos veremos algum dia, porque estão todos em diferentes partes do mundo.

    Quando nos pegamos confusos na rotina de lá, quando nos pegamos tentando explicar alguma “piada interna”, que só quem estava lá entenderia, ou contando com empolgação sobre algum lugar que visitamos, histórias que ouvimos, explicações históricas que entendemos, por ter pisado nos lugares onde a História aconteceu, e ninguém está tão interessado quanto nós estávamos, é até frustrante, só os que voltaram sabem, porque a realidade é que a pira é só nossa, a experiência foi só nossa, a viagem foi só nossa; por mais que nós voltemos imaginando que um momento em família vai ser praticamente uma palestra sobre Acrópole em Athenas, Hagia Sophia em Istambul, Taj Mahal em Agra, por querermos contar tudo o que vimos, sentimos e vivemos, não será, porque aquela sensação é só de quem foi, a sensação de quem ficou é de receber de volta e tentar, de qualquer forma, nos fazer ficar dessa vez, já que das outras foram só de passagem.

    Porém, nesse turbilhão de sensações está, também, ao mesmo tempo, e talvez na mesma proporção, a imensa alegria de rever família, amigos, lugares e aconchegos que sempre nos pertenceu e, dessa vez, sabendo que quem fica também tem história pra contar, que são igualmente empolgantes e interessantes, só não são de viagem, são de um lugar só, o mesmo, mas o lugar deles, que a eles pertence, os que ficam. E isso é interessante também, cada história tem sua riqueza, e eu, por exemplo, hoje, sei me empolgar com meu pai contando algo que viu num documentário, mesmo que eu tenha visto aquele lugar pessoalmente, e às vezes ter levado um escorregão nele ou, não raramente, ter levado bronca de um guarda, por colocar a mão em alguma parede que não devia… Mas ele me explica tudo que viu na tv e eu finjo surpresa, e sorrio.

    Escrevo na primeira pessoa do plural porque tenho certa convicção de que é dessa forma para grande maioria, por ter lido sobre isso (aqui e aqui) e ter conversado com vários ex-intercambistas, ou ex-expatriados, mas a autenticidade de cada experiência única também é importante, como quando eu sofri um acidente (besta) e precisei de cirurgia por ter fraturado o tornozelo, e entendi que na vida nós precisamos de pessoas sim, mas nem sempre serão aquelas que a gente imagina que seriam, a vida nos dá pessoas de maneiras inusitadas, e com elas aprendemos tanto… amigos se tornam família, mala se torna guarda roupa, mochila é travesseiro em inúmeros aeroportos e estações de trem, e eu nem ligo mais para a hora, nunca sei dela, já que o fuso muda tanto.

    E depois de 6 meses na casa dos pais (cadê o emoji de susto?), eu decidi que era hora de outra mudança e cá estou, morando no Brasil, mas em outra cidade, outro estado, distante da família por apenas 13 horas de ônibus, o que se caracteriza como positivo, já que nos últimos 2 anos e meio eram 13 horas de avião, e mais 10 de ônibus…

    Então a minha readaptação ao Brasil está se dando em forma de mudança também, pois ela é também a adaptação a outro novo, à nova região, sotaque, emprego, novas pessoas, e minha mudança continua sendo feita por malas, e não caminhões de caixas, já que, daqui um tempo, curto ou longo, qual vai ser o próximo destino? Eu nunca sei antes da hora…

    E confesso que foi difícil entregar este texto de despedida do BPM, pelo significado disso, agora é oficial, estou de volta pra valer! Mas só tenho a agradecer tudo o que meu tempo como colunista me ensinou e fez sorrir.

    Deixo aqui um link de um texto inspirador para você decidir ir, e, talvez, voltar.

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    Juliana Lima
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    Juliana é de Londrina, no Paraná, formada em Letras Português e Inglês e pós graduada em Estudos da Linguagem e Negócios Internacionais. Decidiu fazer um intercâmbio e um mochilão que durariam um ano, acabou estendendo e está há quase três em Istambul, Turquia, onde trabalha para uma agência de aulas particulares como professora, tutora e tradutora de inglês e espanhol. É apaixonada por viagens, culturas, diversidades e idiomas.

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    1 Comment

    1. Antônia no Divã on June 19, 2018 2:32 am

      Oi Juliana! Obrigada pela divulgação e pelo carinho. Voa, garota!

      Reply

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