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    Brasileiras Pelo Mundo

    As melhores experiências que tive nos EUA

    Paula Dalcin MartinsBy Paula Dalcin MartinsOctober 20, 2018No Comments6 Mins Read
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    Fonte: pixabay
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    As melhores experiências que tive nos EUA.

    Nestes 5 anos em que vivi nos Estados Unidos, tanta coisa aconteceu. Aprendi e mudei muito, em uma velocidade tão rápida. Acredito que sair da zona de conforto me chacoalhou profundamente, e viver em outra cultura me fez questionar tudo o que eu tomava como “o normal”. Compartilho com vocês as melhores experiências pessoais que tive nos EUA, e como elas me impactaram positivamente – e gostaria de saber das suas (deixe-as nos comentários)!

    Conhecer pessoas de diversas culturas e países

    No Brasil, eu havia tido pouco contato com pessoas estrangeiras. Chegando nos Estados Unidos, comecei a conhecer pessoas de todos os cantos do mundo. Dessas interações, notei a nossa humanidade em comum – que as nossas semelhanças são muito maiores do que nossas diferenças. Ouvi diretamente das pessoas como era a vida na China, Índia, Espanha, México, Turquia, Sri Lanka, Irlanda do Norte, e tantos outros países. Descobri que a cultura indiana é muito parecida com a brasileira em diversos aspectos. Debati sobre cultura, globalização, política, e cidadania com tantas pessoas. E o resultado dessas trocas foi uma abertura para novas ideias, novos jeitos de se viver, e novas visões de mundo – e amigos com casas grátis para se visitar ao redor do mundo.

    Leia também: Visto para morar nos EUA

    Conheci também brasileiros de diversos estados, e estas pessoas me foram muito especiais. Elas trouxeram um pouquinho do calor humano brasileiro consigo, e juntos fizemos uma comunidade, uma rede de apoio. Como resultado, percebi com muita clareza que existe uma brasilidade imensa que nos une, e que ela é muito maior que as diferenças estaduais!

    Fazer um curso de meditação Vipassana

    Após ver um documentário sobre o impacto dessa meditação em prisões (em inglês aqui), me interessei muito e descobri que cursos gratuitos estavam disponíveis nos EUA (no Brasil também!). Vou ser sincera: o curso foi super difícil, doloroso fisicamente e emocionalmente, mas extremamente recompensador. Também conhecida como a meditação do silêncio, a prática consiste em se meditar mais de 10 horas por dia, acordando às 4:30h, comendo pouco, e não falando nem olhando nos olhos das pessoas (com raras exceções) durante 10 dias. O objetivo é voltar-se para dentro de si, em forte introspecção.

    Dominar a técnica de meditação foi bastante difícil para mim – o simples prestar a atenção na respiração já me levava a um bombardeio de pensamentos. Tive reações muito fortes à meditação, e me vieram memórias e sentimentos que estavam esquecidos desde minha infância. Cheguei a conclusões espantosas sobre minha vida, quem eu era, e onde queria chegar. Descobri que sou muito mais forte do que imaginava. Foi uma das experiências mais reveladoras da minha vida. Percebi também que eu tinha traumas jamais trabalhados, e decidi buscar ajuda psicológica logo depois que eu voltei. Ainda pratico meditação até hoje.

    Me tornar vegana

    Sou gaúcha do interior – acho que esta frase já diz o bastante! Ainda chacoalhada pela mudança de país e questionando tudo o que eu via como normal, comecei a me perguntar sobre o porquê de comermos os animais, que sentem dor e medo, quando vivemos nesta abundância de outros alimentos.

    Essas reflexões vieram logo após um curso sobre feminismo oferecido pela minha universidade. Entender que o raciocínio que justifica a violência contra grupos sociais humanos (as mulheres, pessoas negras, LGBTQA+, indígenas, com deficiências, etc) é o mesmo que justifica a violência contra os outros animais – “somos superiores a eles”, “eles estão aqui para nos servir”, “eles são burros”, “eles não entendem nada” – me abriu os olhos para a ideia de que todas as formas de violência estão conectadas, e que a única coisa coerente ao lutar por paz é lutar pelo fim de todas elas.

    Lendo um livro chamado “Comer animais” (disponível gratuitamente aqui), decidi que queria me alimentar conscientemente, sem causar dor e sofrimento. Para além das razões éticas, sou pesquisadora na área de aquecimento global, e não faria o menor sentido eu comer animais, já que a pecuária é o setor de atividade humana mais responsável por emissões de metano (o segundo gás de efeito estufa mais importante para o aquecimento global), uso de terras e poluição de águas. Pesquisas (veja esta e esta) indicam um caminho claro – devemos comer as plantas!

    Além disso, tendo um diploma de bacharelado em biomedicina, tenho o privilégio de entender artigos científicos na área da saúde, e logo descobri que uma dieta vegana balanceada seria muito saudável e útil na prevenção e tratamento de certas doenças (principalmente cânceres e doenças cardiovasculares). Não sobrou justificativa para não ser vegana – aprendi a cozinhar, redescobri meu paladar, finalmente me senti em paz comigo mesma nesta questão, e ainda eliminei minhas dores de cabeça e de barriga. Faz 3 anos que sou vegana, e meus exames de sangue nunca estiveram melhores. Meu marido, que também se tornou vegano, resolveu o problema do colesterol alto sem medicação nenhuma ao parar de comer animais. Esta é uma das melhores decisões que tomei na vida.

    Fazer terapia em grupo na minha universidade

    A melhor experiência que tive na Ohio State foi participar de um grupo de mulheres maiores de 25 anos. Esse grupo, coordenado, por psicólogas da universidade, foi um dos espaços mais seguros, acolhedores, e verdadeiros da minha vida. Apesar de sermos de diferentes países, culturas e religiões, nossas experiências eram extremamente compartilhadas. Falamos de temas difíceis, como suicídio, depressão, ansiedade e trauma, e treinamos ser assertivas, nos expressarmos, sermos verdadeiras com as nossas necessidades, pedindo o que queríamos. As lições que aprendi neste grupo vão ficar comigo para o resto da minha vida. Conhecer estas mulheres tão resilientes, e vê-las crescendo, me inspirou a buscar “me tornar quem eu sou” (palavras de Nietzsche).

    Ver a resistência da população americana

    Quem se informa sobre a política americana apenas através da mídia convencional talvez não suspeita do tamanho da mobilização das pessoas aqui. A maioria dos americanos que votou nas últimas eleições presidenciais votou em Hillary, não em Trump. Mas o sistema eleitoral americano permite esse tipo de resultado final. No dia em que soubemos da eleição de Trump, cheguei no laboratório e meus colegas americanos estavam simplesmente chorando. A universidade toda estava em clima de funeral. Mas desde então, temos tido protestos todo mês, petições, reuniões de organizações, e ações. Para cada ação desastrosa do governo, houve uma reação linda e forte. A última foi a arrecadação de mais de 20 milhões de dólares em doações da população para uma ONG que fornece serviços a imigrantes com a finalidade de libertar as crianças presas que o estado americano separou dos pais chegados na borda pedindo socorro. Na verdade, vi mais luta e resistência aqui do que no Brasil (mas talvez porque antes eu mesma não era engajada). De qualquer forma, esses americanos me inspiraram a lutar pelo Brasil.

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    Paula Dalcin Martins
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    Gaúcha de Cruz Alta, ativista vegana e feminista, Paula é bacharel em biomedicina, mestre em microbiologia (ambos pela UFRGS) e doutora em microbiologia pela Ohio State University, nos Estados Unidos. Em setembro de 2018, Paula iniciou seu trabalho como pesquisadora (postdoc) na Radboud University Nijmegen, Holanda. Paula se desligou do BPM em fevereiro de 2019, mas deixou diversos textos sobre como fazer pós-graduação e pós-doutorado no exterior, diversas perguntas comuns respondidas nos comentários de seus textos e todos seus materiais de inscrição para o doutorado (https://www.dropbox.com/sh/0qt77pqrl588y1n/AAAKaISuR1RE5lj8yYCPCXS9a?dl=0).

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