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    Home»Comemorações Pelo Mundo»Comemorando o Centenário da Revolução Russa
    Comemorações Pelo Mundo

    Comemorando o Centenário da Revolução Russa

    Renata RossiBy Renata RossiDecember 20, 2017Updated:June 7, 20182 Comments6 Mins Read
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    Entrada principal do Hermitage com as bandeiras e, ao fundo, o pôster da exposição sobre a Revolução de Outubro (fonte: acervo pessoal)
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    Comemorando o Centenário da Revolução Russa.

    O ano de 2017 marca os cem anos de uma das principais revoluções da história mundial: a Revolução Russa.

    Como aconteceu a Revolução

    Em 1905 acontece o “Domingo Sangrento”, o que os historiadores dizem ter sido o gatilho para a revolução. No dia 22 de janeiro, uma multidão de mais de um milhão de pessoas marchava para o Palácio de Inverno com a intenção de entregar uma petição com reivindicações do povo ao governo. Para tentar evitar que a massa chegasse perto do palácio, foi ordenado à guarda do Czar que contivesse a população. A movimentação do exército não teve resultado, os soldados atiraram contra os manifestantes desarmados, o que levou à morte de cerda de 1500 pessoas e deixou mais de 6 mil feridas. Tal acontecimento só reforçou a necessidade de mobilização dos camponeses e operários, levando à organização de grupos que passariam a se manifestar periodicamente contra o governo czarista.

    O ano de 1917 começou muito tumultuado na Rússia. Com seu histórico de violência contra o povo e agora sofrendo as graves consequências da Primeira Guerra Mundial (fome, miséria, desorganização governamental), o país só viu crescer mais e mais a insatisfação da população operária e camponesa e as manifestações populares cresciam de maneira incontida. No início do ano acontece a Revolução de Fevereiro, que acabaria por levar o Czar Nicolau II a assinar sua abdicação ao trono no dia 2 de março.

    Com a queda do Czar, instaurou-se um governo provisório liderado por membros moderados da Duma, que defendiam a manutenção da propriedade privada e a continuação da participação da Rússia na I GM.

    Não satisfeitos com os rumos que o governo provisório dava ao país – que continuava mergulhado na pobreza- o partido dos sovietes, formado por trabalhadores, militares e militantes socialistas e liderados por Vladimir Lenin,  lutava por tornar-se o poder vigente no país.

    O descontentamento com o governo provisório cresceu, como cresceu a organização do partido dos sovietes. Em 25 de outubro de 1917, dia que marca a conhecida Revolução de Outubro, os bolcheviques (parte do Partido Operário Social-Democrata Russo que defendia o socialismo e o marxismo contra os ideais capitalistas) cercou a cidade de Petrogrado (como era chamada a atual São Petersburgo na época), invadiu o Palácio de Inverno onde se reunia o governo provisório e tomou o poder.

    É a partir desse dia que a Revolução Russa completou-se, levando a uma guerra civil russa e, posteriormente, à criação da União Soviética, que duraria 69 anos.

    Leia também: 10 curiosidades sobre a Rússia

    Comemorações do centenário

    Independente de posições filosóficas e políticas, que prefiro não discutir aqui, há de se reconhecer o peso e a importância da Revolução Russa na história mundial. É um marco da vitória do povo contra um governo que não o representa, um grande acontecimento que mudou todo o mundo e, principalmente, ajudou no desenvolvimento da Rússia em todos os sentidos.

    O governo russo atual não deu muita importância ao centenário da revolução (por motivos não muito claros para nós). Mas aconteceram, sim, alguns eventos tanto em Moscou como em São Petersburgo.

    Meu grupo de amigos e eu, reconhecendo a importância da data, decidimos passar os dias que marcaram o centenário em São Petersburgo: o berço da Revolução. Partimos para a cidade no dia 3 de novembro e passamos alguns dias por lá, até 7 de novembro, que equivale, no calendário juliano, ao 25 de outubro, dia oficial da Revolução de Outubro.

    Chegando na cidade, não sabíamos exatamente quais eventos aconteciam. Sabíamos que, durante todo o ano, aconteceram, principalmente, exposições e congressos sobre a Revolução Russa, mas nada público ou oficial do governo. No entanto, fomos aos poucos descobrindo coisas interessantes para fazer.

    No dia 4 de outubro, sábado, visitamos o interior do Cruzador Aurora, navio russo que participou de guerras, batalhas e datas importantes, e que é conhecido por ter atirado o tiro de canhão de festim que dava sinal aos bolcheviques para invadirem o Palácio de Inverno naquele 25 de outubro. Saindo do cruzador, fomos à praça central do Palácio de Inverno, onde acontecia um show de projeções de luzes que contava um pouco sobre a história da revolução.

    O canhão responsável pelo tiro que deu o sinal para que os bolcheviques invadissem o Palácio de Inverno (fonte: acervo pessoal)

    No domingo visitamos a exposição que acontecia no próprio Museu Hermitage (ou o palácio de Inverno) e que foi uma das coisas mais interessantes da cidade no centenário. A exposição tinha como personagem principal o palácio, como ele passou pela época do Czar Nicolau II, a guerra do Japão, como funcionou como hospital durante as guerras. Também conta como o czar abdicou e o palácio passou a ser habitado pelo governo provisório até ser, finalmente, invadido pelos bolcheviques. A exposição mostra fotos e objetos importantes de todo o período em que a Revolução Russa aconteceu. Fato interessante foi que colocaram bandeiras vermelhas sovietes marcando todo o caminho que os bolcheviques percorreram desde a entrada do palácio até a sala onde encontraram e renderam os membros do governo provisório.

    Leia também: culinária russa

    Ainda no domingo voltamos ao Cruzador Aurora para participar de um evento que trazia de volta a época da revolução. Ao som de músicas soviéticas, pessoas vestidas como sovietes, camponeses, operários e soldados distribuíam fitas vermelhas e expunham armas, canhões, barracas de enfermagem e carros da época de revolução em um grande “cosplay” da época. Pudemos interagir com as pessoas e os objetos e nos sentimos um pouco mais na época de Lênin e dos bolcheviques revolucionários. No começo da noite também assistimos ao festival de luzes que mostrava todos os fatos importantes pelos quais o Aurora passou, projetados na carcaça do próprio.

    Na segunda-feira visitamos uma exposição interessantíssima de cartazes soviéticos originais e de obras de arte que representavam as crianças e sua forma de vida durante a URSS.

    Terça-feira, 7 de novembro, foi o dia oficial do centenário e, tanto em Moscou como em São Petersburgo, o Partido Comunista e simpatizantes foram às ruas em uma marcha de comemoração, com bandeiras vermelhas e cartazes pedindo igualdade social. As principais ruas das duas cidades se pintaram de vermelho na lembrança da Revolução de Outubro, tão importante para a história do país.

    Foi um privilégio estar na Rússia em uma data tão importante para a história e reviver a revolução, após cem anos, na cidade onde ela nasceu.

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    Renata Rossi
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    Renata nasceu em Goiânia, foi criada no interior de Minas Gerais e é formada em Letras pela Universidade de Uberaba (UNIUBE). Servidora pública federal, trabalha no Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) desde o início de 2009 e viaja pelo mundo a serviço do Brasil. Já morou na Armênia, no Quênia e agora mora em Moscou, na Rússia, para onde se mudou em agosto de 2015.

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    2 Comments

    1. Caroline on December 22, 2017 8:50 am

      Texto muito interessante! Adorei! Só fiquei surpresa com o governo russo não dar muita importância para uma data tão representativa.

      Também gostei muito do apanhado histórico que você fez. Me ajudou a relembrar alguns fatos que já tinha esquecido.

      Fico no aguardo do próximo texto!

      Um grande beijo!

      Reply
      • Renata Rossi on December 26, 2017 10:09 am

        Olá, Caroline!
        Fico feliz que gostou do texto! Muito obrigada!
        Abraços!

        Reply

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