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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Como está Cuba na luta pelos direitos das mulheres
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Como está Cuba na luta pelos direitos das mulheres

    Viviane Naves de AlencarBy Viviane Naves de AlencarJuly 23, 20192 Comments6 Mins Read
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    Boton da campanha de não violência a mulher
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    Como está Cuba na luta pelos direitos das mulheres.

    Como acontece na maior parte da America Latina, Cuba é uma sociedade muito machista. Existe assédio nas ruas – aqui eles chamam de piropos ou cantadas -, que expõe todo um contexto ainda bastante retrógrado, porém, até certo grau, tolerado por algumas mulheres.

    Mas, em maio teve uma campanha nas ruas em que as mulheres diziam as mesmas cantadas aos homens: “te quero”, “você é gostoso”, “quero sair com você”, “me dá seu telefone”. Alguns que sofreram o assédio, deram depoimento e eles se diziam assustados, nervosos, constrangidos, achavam que a garota estava louca.

    Acontece que muitas mulheres cubanas ainda não veem isso como um assédio. Também é visível a maneira como se explora a mulher como um objeto sexual e atrativo turístico, infelizmente. Muitas são subjugadas pela questão econômica de dominação que as deixam em situação de fragilidade emocional e física. 

    Mas no país das contradições, o aborto é um direito das mulheres desde 1965. E não é um tema tabu, todos falam com muita naturalidade. Conversando com uma delas sobre como foi o aborto, ela me contou que sentiu que poderia estar grávida e não teria condições para tê-lo, foi ao atendimento médico onde fizeram exames para comprovar a gravidez e ter conhecimento sobre o tempo de gestação, e assim ver a possibilidade de qual método seria mais seguro e indicado para o caso.

    Para ela, existiam duas alternativas: o medicamentoso, a curetagem ou associar os dois para ajudar no processo. Quero esclarecer que não é em qualquer tempo de gestação que a mulher pode abortar em Cuba. Existem critérios. O prazo máximo é de 12 semanas.

    Então, ela optou pelo medicamentoso, e no outro dia foi ao hospital para verificar se estava tudo bem. Sem nenhum tipo de constrangimento, medo ou condenação por parte dos médicos, familiares, amigos ou marido.

    Não há manifestações como “Ni una a Menos” presente em muitos países, como Chile, Peru, Argentina, mas existem movimentos em prol de uma mudança do contexto social de machismo e da sociedade patriarcal, através de promoções de debates e intervenções realizadas por meio de instituições comandadas por representantes da própria comunidade, geralmente jovens. Entre estas iniciativas, posso citar o Evoluciona, uma campanha cubana pela não violência contras as mulheres.

    Há promoção de estratégias, confecção de material didático, campanhas, mensagens e intercâmbios sobre ações preventivas no combate à violência e ao assédio nas ruas, como apoiar e tratar as vítimas. Existem debates sobre movimentos como o #metoo, mas dentro desse contexto de organizações comunitárias.

    Tive a oportunidade de conhecer duas figuras muito interessantes, um antropólogo e o outro ator de profissão que fazem parte de um grupo de homens que lutam pela igualdade de gêneros e pela conscientização de outros homens pela não violência contra mulher. O grupo se chama: ERES MÁS, ou, em português: você pode ser mais. 

     É uma plataforma coletiva de homens que vivenciaram isso dentro de suas próprias famílias, ou não, que usam o slogan  “juntos podemos mais”, compartilhando experiências e abrindo diálogos para inclusão de todos nessa luta para transformação da sociedade.

    Plataforma coletiva de homens contra a violência a mulher – Eres Más

    Uma forma de abordagem que eu achei bem interessante porque vão em famílias que passam ou passaram por isso e se constrói um caminho para o aprendizado e apoio de todos, tanto da parte violenta quanto de quem sofreu. Mas visa identificar e atingir diretamente aos homens machistas. Um dos cartazes que eles utilizam dizia: o valente jamais utiliza a violência.

    Em relatório voluntário que Cuba enviou à ONU, existe, pela primeira vez, o reconhecimento de casos de feminicídios como conceito propriamente dito. Em pesquisa nacional de igualdade de gênero aplicada em 2016, 26,7 % de mulheres cubanas sofreram violência no seio familiar e outros 39,6 % em algum momento de sua vida. Fonte: Ministério de Saúde Pública. 

    A entrada das redes sociais, através da internet, na sociedade cubana, principalmente o Facebook, tem provocado mudanças comportamentais e uma delas é a pressão sobre os casos de feminicídios que são relatados nas redes, gerando muita comoção, apelo e debate sobre o tema. Prova da mudança é que um meio de comunicação nacional noticiou, pela primeira vez, em 20 de outubro de 2017, informações sobre a morte violenta de uma jovem de 21 anos, estudante de medicina, encontrada em uma estrada perto de uma cidade chamada Villa Clara.

    Além das redes, as mulheres cubanas são agentes transformadoras da sociedade por estarem presentes com muita força no empreendedorismo cubano. Principalmente, no campo da moda , da fotografia e das artes. O empreendedorismo cubano dá trabalho a 590 mil pessoas, o que representa 13 % da força laboral do país. 

    Na política, o número de mulheres representa 53,22 % dos cargos ocupados na Assembléia Nacional do Poder Popular, órgão legislativo máximo do país, constituem 48,4 % dos integrantes dos Conselhos de Estado e, aproximadamente, ocupam um terço dos cargos de direção.

    Um dos grupos mais famosos de Cuba, da atualidade, os Orishas, já se posicionam rejeitando letras de música que denigra as mulheres. Há muitas mudanças em percurso tanto na política, como nas artes, música, e outros progressos que ja existem há décadas e que as mulheres nao precisam mais lutar por isso. 

    Isso é Cuba, um avanço imenso de um lado e do outro, um atraso. Como, por exemplo, o caso do aborto e do assédio na rua, dois pontos muito discrepantes dentro da mesma sociedade. 

    Explicar tudo isso não é tarefa fácil. Portanto, só porque não existem mulheres manifestando-se na rua, não quer dizer que não exista o feminismo.

    Conversei com a dona de um Hostal em Villa Clara, muito amável, e ela disse que não conseguia se ver como feminista porque dizia que não lutava pelos direitos das mulheres. Mas, durante a conversa, me contou orgulhosa que dava prioridade na contratação de mães solo e fazia questão de apoiá-las. Em minha opinião, as ações são mais válidas do que qualquer palavra solta no ar e, neste caso, dei os parabéns a ela por estar diante de uma autêntica feminista. Espero que a partir disso ela se sinta validada em dizer que, sim, é de fato.

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    Viviane Naves de Alencar
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    Viviane é fisioterapeuta, escritora pela escola da vida e tem uma coluna em espanhol no jornal El Sol Notícias . Amante de leitura, passeios e da defesa das causas justas. Morou em Lima, Peru, desde 2015. E a partir desse ano, 2018, está em Havana, Cuba.

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    2 Comments

    1. angélica Cardoso Lima on July 11, 2020 7:45 pm

      Adorei esta reportagem e como é interessante está imagem tão contraditória em Cuba. Aprovado aborto, violências as mulheres e mesmo assim um representatividade imensa na política por mulheres. E ainda dizem que a democracia brasileira é muito mais forte que Cuba, aff. Obrigada mil.

      Reply
      • Viviane Naves de Alencar on June 7, 2021 9:56 pm

        Muito Obrigada!

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