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    Home»EUA»A culpa de não sermos perfeitas
    EUA

    A culpa de não sermos perfeitas

    Gabriela AlbuquerqueBy Gabriela AlbuquerqueDecember 27, 2018No Comments5 Mins Read
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    Como lidar com a culpa em um mundo repleto de cobranças?

    Meu texto do mês de outubro foi uma justificativa do porquê me tornei feminista, depois de ter me tornado imigrante. Acho, com quase 100% de certeza, de que em algum momento, todos nós despertaremos para essa necessidade, de sermos todos feministas. Dito isso, venho aqui levantar os desafios que encontramos quando nos lançamos à essa escolha.

    Como mulher, mãe de meninas e latino-americana vivendo em uma cidade quase que majoritariamente americana, eu enfrento as dificuldades normais e já esperadas, que descrevi bem no meu primeiro texto. Entretanto, vou destrinchar aqui uma das faces mais “cabeludas” desse problema, a culpa!

    Junto com a certeza, de que essa é a ideologia que me cabe, vem também a culpa, de nunca estar sendo apta o suficiente para desempenhar tantos papéis.

    Leia também: Ser imigrante me fez feminista

    O caminho do conhecimento pode ser visualizado como a metáfora de uma escada. Cada degrau alcançado representa mais conhecimento, mas também mais solidão, pois inevitavelmente, vamos ao longo do caminho, nos distanciando daqueles que enxergam o mundo de forma completamente diferente. Quando as questões passam pelas concessões morais, fica ainda mais difícil encontrarmos pontos em comum, visto que as nossas pequenas escolhas diárias é que determinam nossa vida e o que somos.

    Mais uma vez terei que voltar ao tema espinhoso – redes sociais. Essas são as grandes influenciadoras das nossas vidas atuais. Nos pautamos, nos orientamos, nos encantamos e nos frustramos com a imensidão de conteúdos digitais que absorvemos diariamente.

    Abro o Instagram e vejo a foto da lancheira perfeita, equilibrada nutricionalmente e digna de uma capa de livro de culinária. Não tem como comparar com o lanche rápido, de presunto, queijo e alface, que faço às pressas, ainda descabelada e tonta de sono, para a minha filha.

    O dia segue e percebo que por mais que eu tente, minha despensa nunca ficará igual a daquela minha amiga organizadíssima. Na minha, sempre terão pacotes de bolacha abertos, cereais pela metade e coisas perto da data de vencimento. Como as pessoas conseguem?

    Resolvo ler e vejo a probabilidade de osteoporose, câncer, problemas cardíacos, em mulheres que não se exercitam regularmente. Lembro que a última vez que fui à academia já faz mais de dois meses!

    Cansada, devoro o saco de balas que restou do Halloween. Cada bolinha colorida que coloco boca adentro, me faz pensar em cáries, celulites, gastrite. Mas não consigo parar…

    Com uma pontinha de inveja, acompanho a carreira ultra bem-sucedida de minha amiga de infância. Orgulhosa por ela, mas penso que nessa vida, jamais chegarei sequer no primeiro degrau que ela alcançou.

    Me informo em podcasts feministas, vejo a luta de mulheres no mundo inteiro e por mais que me estimulem, também me fazem pensar, como ainda faço pouco. Como poderia me envolver mais, ser mais ativista e engajada?

    Ufa! Dá até vontade de gritar. A culpa está lá, latejando, doendo e esfregando na nossa cara o quão somos imperfeitas!

    Tentamos, todos os dias. Cada um sabe o trabalho que dá ser você mesmo, dar conta de sua vida, seus compromissos, seus sonhos e ideais. Como tapar o sol com a peneira. Tarefa de missão impossível, pois sempre ficarão buraquinhos pelo caminho que serão difíceis de serem preenchidos.

    Para nós, brasileiras pelo mundo, que vivemos longe do conforto de amigos e da nossa terra, a missão fica ainda maior. Junto com todos os desafios, comuns a toda gente, soma-se também e luta diária de pertencer, se encaixar em culturas e hábitos totalmente distintos aos nossos.

    Leia também: Visto para morar nos Estados Unidos

    Acredite, nos cobramos ainda mais! Temos que ser o alicerce para nossos filhos, temos que ser a parceria dos nossos companheiros, temos que ser a filha distante que cuida da mãe por Skype,  e o pior: temos que nos sentir constantemente gratas e abençoadas pela oportunidade, de estarmos ampliando nossos horizontes.

    Quem também nos vê pelos filtros das redes sociais, pode achar, erroneamente que vivemos em férias. Sempre em lugares diferentes e muitas vezes, belíssimos. Mal sabem da aridez de nossos dias…

    Isso cria também a culpa, de muitas vezes, não podermos nos sentir nem tristes. Ser humano já é complicado, no silêncio da sua solidão e intimidade, imagine então agora, que tudo isso fica eternamente exposto?

    Vencer a cobrança de darmos conta do recado, quando tudo o que precisamos é de um pouco de refresco, é para mim, o meu maior desafio. Precisamos, urgentemente, aprender a nos olharmos no espelho e ao invés de nos pautarmos em nossas falhas, valorizarmos nossas conquistas.

    Sei que é clichê e que isso está em todo manual de auto-ajuda ou consultórios de psicologia, mas é urgente que coloquemos em prática. Agora!

    Faça comigo um exercício rápido: Pense no seu dia anterior e nas tarefas que realizou. Desde as mais glamourosas e interessantes, como uma reunião de executivos, ou a mais banal, como ter separado o lixo reciclado e trocado os lençóis. Veja como tudo faz parte da engrenagem que sustenta a vida, e que mesmo as ações mais cotidianas são imprescindíveis em nossas vidas. Perceba como somos essenciais, necessárias. Valorize o tempo que você gastou enquanto lavava os copos, isso é trabalho também. Valorize o seu tempo de ócio em que você descobriu uma dica incrível de maquiagem no Instagram. Você é mulher e isso faz parte da sua vida.

    Olhemos para o micro. Aquilo, aparentemente sem importância e sem impactos gigantescos. Somos peças fundamentais dessa engrenagem. Vamos nos sentir guerreiras e poderosas, certas de que não precisamos dar conta de tudo, certas de que perfeição não existe e que está ok falhar e não ser 100 % produtiva o tempo todo.

    Vamos nos permitir sermos o que tivermos que ser e mais importante do que tudo: confortáveis em nossa própria pele e papel. Combinado?

    Depois me conte se funcionou! Até mês que vem.

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    Gabriela Albuquerque
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    Gabriela é de São Paulo, capital. Depois de 5 anos vivendo nos EUA, entre Washington DC e Seattle, resolveu experimentar a vida na Europa. Desde julho de 2019 mora com suas filhas e marido, na charmosa cidade de Cascais, nos arredores de Lisboa. Movida pela arte, sempre direcionou seus estudos e carreira nessa direção, cursando Letras na Universidade de São Paulo e Curadoria de Artes na PUC- SP. Imersa em uma nova cultura encontrou novas inspirações para escrever, resgatando assim um hobby que estava adormecido. Mantém um blog, onde procura dividir experiências e compartilhar as descobertas da vida de expatriada além de questionar as dores e delícias da vida contemporânea.

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