Curiosidades sobre a Irlanda.
A capital da República da Irlanda, ou Ilha Esmeralda, como é também conhecida, foi fundada pelos vikings, invadida pelos normandos e, posteriormente, tornou-se uma das cidades mais importantes do Império Britânico. Ao longo dos séculos, foi palco de diversas revoltas populares, que visavam à independência irlandesa.
Dublin é um dos 26 condados irlandeses, e sua capital de mesmo nome é considerada uma das 30 cidades de maior influência global, por seu caráter cosmopolita e importância cultural. Sua arquitetura mistura elementos nativos celtas aos trazidos pelos povos conquistadores, com destaque para as famosas Georgians Doors, estilo criado no século XVIII, período no qual quatro reis de nome George passaram pelo trono do Reino Unido.
Se você planeja vir para a Irlanda, ainda que temporariamente, fique atento a essas e outras curiosidades a seguir. Elas vão te ajudar a entender melhor como vive a sociedade irlandesa.
1 – Imigração é fenômeno recente
O número de imigrantes só se tornou significativo na Irlanda no final dos anos 90, durante o período de rápido crescimento econômico em que o país passou a ser denominado Tigre Celta. Este termo fazia referência aos Tigres Asiáticos – grupo de países que, assim como a Irlanda, também atingiram um amplo desenvolvimento graças ao estabelecimento de empresas de tecnologia na região.
Segundo os dados mais recentes publicados pela Imigração irlandesa, existem cerca de 115 mil imigrantes vivendo na Irlanda atualmente. Indianos, brasileiros, nigerianos, chineses, americanos e filipinos (nesta ordem) são as nacionalidades com maior número de imigrantes por aqui, seja por motivo de estudo, trabalho ou reunião familiar. Este dado pode parecer baixo, mas é significativo para um país com pouco mais de 4,5 milhões de habitantes, e que, até outro dia, praticamente não era visto como destino imigratório.
Você vai facilmente encontrar irlandeses com 40 anos de idade, afirmando que já era um adolescente quando viu pessoas de certas nacionalidades passando na rua pela primeira vez. Com isso, se vier para esses lados, esteja preparado para entrar em contato com uma sociedade repleta de imigrantes, porém com pouca miscigenação, e ainda aprendendo a lidar com a diversidade.
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2 – Irlandês também trabalha no McDonalds
Por conta da crise europeia, medidas de contenção à entrada de imigrantes no país e de restrição à permissão de trabalho para estudantes passaram a ser adotadas. Também aumentou a disputa pelas poucas vagas de emprego disponíveis.
Isso porque, desde a crise europeia, a Irlanda vem se recuperando devagar de um forte período de recessão, quando o nível de desemprego chegou a atingir a casa dos 15% – hoje essa taxa já caiu para 8,6%.
Assim, hoje, já é possível ver irlandeses trabalhando como faxineiros e babás, algo muito raro há alguns anos. Desta forma, fica claro que a taxa de desemprego não caiu somente por conta da abertura de novas vagas, mas também por causa da aceitação dos irlandeses em ocupar oportunidades de emprego antes ignoradas por eles.
6 – A ilha é verde esmeralda mesmo
Verdade seja dita, a maior parte do país é coberta por fazendas, com longos campos verdes para a criação de gado, seja ele ovino, suíno ou bovino – daí o nome de Ilha Esmeralda. Diz-se ainda que é possível ver todos os tons de verde na paisagem irlandesa.
Muitos lagos, rios, montanhas e despenhadeiros formam o relevo local, que se tornou fonte de inspiração para receber equipes de filmagem de grandes épicos, como Coração Valente e o Resgate do Soldado Ryan. Esquilos, coelhos, cervos, e uma variedade de pássaros e falcões, dominam a fauna. E não há cobras na Irlanda! – a crença local é que São Patrício, padroeiro do país, as teria expulsado da ilha.
3 – Não confundir a República da Irlanda, com a Irlanda do Norte
Apesar de não haver controle de passaporte entre os dois, a República da Irlanda e a Irlanda do Norte são países diferentes. O primeiro é independente e soberano, e o segundo integra o Reino Unido, tendo Belfast como capital.
Ainda assim, evite chamar os moradores do norte de britânicos, pois a questão é polêmica e muitos consideram-se irlandeses ainda que politicamente ligados à coroa inglesa – lembre-se de sangrentos episódios do passado, como o Bloody Sunday.
4 – Tradições podem parecer mais conservadoras
Em termos de costumes, a Irlanda pode parecer um pouco atrás de seus países vizinhos a princípio. O uso de contraceptivos só se tornou legal em 1979, o divórcio em 1995, e a união civil entre casais do mesmo sexo em 2010.
Por outro lado, foi o primeiro país a restringir o uso de sacolas plásticas em supermercados em 2002 e a proibir o fumo em espaços públicos em 2004. Foi também o primeiro estado europeu a banir o uso de lâmpadas incandescentes em 2008, a propaganda de tabaco em lojas em 2009, além de ter se tornado o primeiro país a permitir o casamento entre pessoas do mesmo gênero por meio do voto popular em 2015.
5 – Esportes mais aclamados são exclusividade irlandesa
Apesar do futebol poder ser assistido na TV e nos pubs, este não é o esporte mais praticado na Irlanda. Os jogos gaélicos – hurling e gaelic football – são os esportes nacionais favoritos das escolas católicas irlandesas e palco de grandes competições nos estádios. Trata-se de uma paixão nacional, em que ninguém ganha um centavo, mas dedica-se com intensa seriedade.
O rugby conta também com um grande número de adeptos e é bastante popular, tendo o time nacional frequentemente obtido resultados significativos em torneios internacionais. Golfe, tênis e hipismo são outros esportes bastante visíveis na Irlanda, inclusive atraindo um grande número de turistas em busca de campos de golfe, quadras e cavalos de excelente qualidade.
Em menor escala, o atletismo realiza inúmeras corridas pela cidade, a maioria delas de caráter beneficente, e o boxe e artes marciais parece ter ganho fôlego após o sucesso olímpico dos representantes irlandeses.
2 Comments
Luciana, existe alguma forma de contatá-la? Gostaria de tirar algumas dúvidas. Obrigada
Ola Aline, a Luciana não colabora mais com o BPM. Sugiro seguir os textos de outras colunistas da Irlanda. Equipe BPM