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    Home»EUA»Devemos falar tudo o que vem a cabeça ou controlar a nossa língua?
    EUA

    Devemos falar tudo o que vem a cabeça ou controlar a nossa língua?

    Cecília BaileyBy Cecília BaileyNovember 18, 2017Updated:November 18, 20172 Comments5 Mins Read
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    Fonte: Pixabay.com
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    Andei lendo vários artigos de outras expatriadas que falam sobre as diferenças de comportamento, principalmente sobre as pessoas serem mais diretas no trato com os outros do que no Brasil. Acho este assunto interessantíssimo. Eu confesso que a maturidade me fez ficar uma pessoa bem direta. Pediu a minha opinião, vai ouvir o que eu penso. Sem o que chamam aqui de “sugar coating”. Se não pedirem, eu fico quieta. Acho que por isto me adaptei tão bem a cultura americana e não consegui me adaptar tão bem a cultura mexicana, durante o período em que meu marido morou no México.

    É engraçado ver como ser direto é visto em diferentes culturas. Em culturas anglo-saxônicas, escandinavas e germânicas as pessoas não pensam duas vezes em responder as perguntas diretamente e com a verdade, doa a quem doer. Já na cultura latina as pessoas normalmente respondem aquilo que acham que a outra pessoa quer ouvir. Tem medo de magoar os outros ao dizer a verdade. As pessoas acabam aprendendo a não dizer não e também aprendem a achar que sabem o que o outro quer ouvir. Quando uma pessoa latina aparece sendo muito honesta é acusada de sincericídio. O casamento entre estas duas culturas pode ser bem complicado pela falta de entendimento desta diferença cultural.

    São tantos mal entendidos gerados por esta diferença cultural que eu nem consigo quantificar em meus atendimentos. Já resolvi problemas em 5 minutos identificando esta diferença cultural como raíz do problema entre o casal. E o que eu acho bem interessante é que isto não varia muito em se tratando de homem e mulher. Já fui procurada por um casal cujo marido brasileiro não entendia o comportamento direto da mulher dinamarquesa. Ele achava que ela sempre bancava a dona da verdade quando não era o caso.

    Estive refletindo bastante estes dias justamente sobre um outro caso, em que a mulher, brasileira, recém-casada, me ligou aos prantos porque havia perguntado ao marido alemão se ela havia engordado e depois dele ter olhado para ela e analisado respondeu que sim. Lógico que todas nós mulheres sabemos que a única resposta que procuramos neste caso é um sonoro não, mas aquele marido, naquele momento, cometeu sincericídio! Para ele, se ela perguntou, queria a verdade e foi o que ele respondeu. Ele não entendia o choro dela pois não tinha a menor intenção de magoá-la. Ela acusava-o de insensível. E no fim os dois tinham razão dentro de seus pontos de vista.

    Em casamentos multiculturais entender a cultura do outro pode evitar diversos aborrecimentos. Mas nem sempre estamos dispostas a não somente entender, mas também aceitar estas diferenças. Muitas coisas que acreditamos que o outro esteja fazendo por mal ou por ser insensível são apenas ações que se perdem na tradução. É engraçado porque quando nos mudamos para outro país nos nos preparamos para aprender uma nova língua, um novo sistema métrico, mas não conseguimos nos preparar tão facilmente para as mudanças que mexem com o nosso lado emocional.

    Por que achamos difícil aceitar que as pessoas nos digam a verdade? Ou que sejam diretas em suas respostas?

    Eu observo que no Brasil, na infância os pais começam a pedir às crianças para não dizer isto ou aquilo para não desagradar outros adultos ou os amiguinhos. Nestas fase as crianças começam a aprender que o importante não é dizer a verdade. Aprendem a poupar o sentimento dos outros, o que mostra empatia, mas a um custo alto, pois não são ensinados que ha maneiras de se dizer a verdade sem magoar ou ofender o outro. Também criamos uma intimidade muito grande com amigos, o que não acontece em países não latinos.

    Eu acho isto extremamente positivo. Quando somos amigos, somos amigos de verdade. Aparecemos na casa do outro sem precisar avisar, contamos tudo de nossas vidas em detalhes e ajudamos muito uns aos outros sempre que necessário. Os hospitais brasileiros são uma festa! Basta alguém ficar doente para ir todo mundo visitar. Em países aonde as pessoas são mais diretas não há a intimidade como há no Brasil. As pessoas evitam fazer muitas perguntas por receio de invadir a privacidade do outro e causar constrangimento. E as crianças são incentivadas desde cedo a falar a verdade e também aprendem a dizer não. E experimente ser internado em um hospital aqui. A diferença é gritante. Os parentes mais próximos são os únicos a fazer visitas e uma vez por dia, se tanto. Na minha opinião, isto é muito triste.

    Agora o que é certo e o que é errado? Eu, sinceramente, não sei. E acho que não cabe julgamento e sim compreensão. Vale a pena a gente brigar porque o outro disse algo que não queríamos escutar? Ou brigar por termos dito a verdade a alguém? E porque relutamos tanto em aceitar a verdade? Eu acho que o mais importante nestes casos é fazer uma auto análise, vocês não acham? Temos que aprender a deixar os nossos egos de lado. O ego é que causa o sofrimento. Ou seja, não é o que o outro fala que te faz mal, é você mesmo através de sua interpretação. Também acredito na compreensão, tanto do comportamento do outro como compreensão de texto, do que foi dito. Muitas vezes tiramos conclusões sobre o que o outro quis dizer antes mesmo dele terminar de falar. Resolver estes problemas não é difícil. Menos ego e mais empatia, assim encontramos um equilíbrio que será saudável em qualquer relacionamento.

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    casamento multicultural relacionamento
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    Cecília Bailey
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    Cecilia é carioca, formada em Direito e mora há 18 anos nos Estados Unidos (com um intervalo de 3 anos em São Paulo) com o marido, dois filhos, 2 cachorros e 2 gatas. Sempre foi aquela amiga que era procurada para dar conselhos sobre relacionamentos e em 2012 resolveu se especializar como Relationship Coach. Possui o canal Escolhendo a Felicidade no YouTube. Possui tambem o site ceciliabaileycoaching.com

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    2 Comments

    1. Gisele Sarian. on November 22, 2017 7:39 am

      Cecília, como vai?

      Sou designer gráfica, gostaria de trabalhar nos EUA- inclusive em projetos remotos, por enquanto.

      Estou no LinkedIn como Gisele Sarian.

      Estive nos EUA há muitos anos- California.

      Seria um prazer prosseguir com um contato profissional com você, caso tenha interesse e disponibilidade.

      E, conte comigo no que eu puder colaborar com seu trabalho.

      Abraços, parabéns e sucesso.

      Reply
      • Cecília Bailey on November 23, 2017 7:59 pm

        Obrigada, Gisele!! Irei te adicionar. Muito sucesso para voce tambem!!

        Reply

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