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    Discriminação Pelo Mundo

    Dicas para vencer o preconceito e viver feliz no Minho

    Giselle CostaBy Giselle CostaJune 4, 2019Updated:June 4, 2019No Comments7 Mins Read
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    pixabay
    Esperança a caminho de Portugal (Foto: Pixabay.com)
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    Dicas para vencer o preconceito e viver feliz no Minho

    Diante da repercussão do caso de xenofobia ocorrido na Universidade de Lisboa envolvendo estudantes portugueses e brasileiros, resolvi escrever neste mês sobre as amizades entre “tugas” e “zucas” e a curiosidade que os nossos colonizadores têm a respeito de nossa cultura. Entenda: o preconceito existe, a xenofobia também, mas é possível manter uma relação sadia e respeitosa. 

    O que fazer então, agora que resolvi atravessar o oceano e viver em terras portuguesas? Não é simples. Longe disso. Os portugueses, principalmente do Norte, são mais fechados. Não são tão expansivos. Mas adoram um bom papo, sentar à mesa e conversar.

    Costumo brincar que somos muito parecidos em quase tudo. Eles, como nós, não respeitam regras de trânsito, estacionam em qualquer lado, falam alto, se preciso dão-lhe a volta, são burocráticos, os políticos são corruptos, são pacíficos e quase nunca reclamam seus direitos.

    A grande diferença está no jeito que levam a vida. Pelo menos aqui no Norte são mais tranquilos. Valorizam um bom papo à mesa, lastimam de tudo, são bons negociadores, rudes sim e até carrancudos. Temos que aprender a lidar com as respostas atravessadas, por vezes óbvias

    Leia também: Diferenças culturais entre Brasil e Portugal

    Se algo estiver ruim, é dito na hora. Sem rodeios. O que, para mim, é muito melhor. Eu prefiro o jeito de ser do português. Nunca me encaixei na maneira leve do brasileiro. Mas, enfim, também não posso dizer que não sofri preconceito aqui. Na Universidade do Minho, sinceramente, não. Fiz excelentes amizades e fui muito respeitada por todos.

    Entretanto, fora precisei de muito estômago para não perder a educação. Nas duas empresas em que trabalhei, não houve problema algum. Pelo contrário. Trabalhei no MC Donald’s ao lado da Universidade e fiz muitos amigos por lá. Sempre fui muito respeitada pela gerência e já tive que me impor para alguns clientes. Além desse, estagiei em uma multinacional alemã e de longe tive o que reclamar. 

    Na verdade, sempre se mostraram curiosos em entender melhor nossa cultura e diversidade. A impressão que têm de nós, isso é curioso, é que ganhamos mal e vivemos cercado por violência e gente corrupta.

    Geralmente, quando explicava onde morava, quanto ganhava, eles assustavam-se. A maioria não tem ideia da forma que vivemos do outro lado do oceano. É puro desconhecimento. Acredito que essa nova onda de imigração está mudando essa visão. Portugal tem recebido muitos brasileiros com capacidade financeira e intelectual.

    Portanto, tenha calma. Tudo isso é novo para eles. Garanto que valorizam nossos artistas, gostam de nossas músicas (toca sempre nas rádios) e, claro, veem nossas novelas. Aliás, na minha opinião, esse é motivo de nos acharem tão tortos. 

    A imagem que passamos ao longo dos muitos anos não facilita em nada a nossa aceitação. Logo, todas as mulheres são putas e querem roubar maridos, e os homens, ladrões e golpistas. Não sei se conseguiremos mudar esta visão um dia, mas isso fere, machuca e nos ofende. Há sempre um olhar desconfiado.

    Amizades além-mar

    Após quase dois anos morando aqui no Minho, uma das regiões mais conservadoras de Portugal, percebo que, para fazer amizade e ser respeitado, é preciso manter alguma distância e deixar que eles se aproximem.

    Uma dica que dou é se conter mais no primeiro encontro com um minhoto. Ele, certamente, não vai gostar de levar tapinhas nas costas, ser agarrado para receber um beijo. Além disso, vá preparado para se defender e estude muito bem as palavras. Debate é com eles. Adoram!

    Mesmo eu que sou cidadã, tenho que ficar provando diariamente que “mereço minha estadia por aqui”. Namoro um bracarense e frequento a casa de muitas famílias tradicionais de Braga. Por muitas vezes, já senti-me desmerecida e, claro, a vontade de voltar para casa é forte nesses momentos.

    Ambiente de trabalho

    É por isso que digo que não é fácil para o brasileiro estabelecer-se em Portugal, principalmente no Minho onde a oferta de trabalho é bem inferior que no Sul do país. Ainda não descobri a fórmula mágica, mas as duas experiências profissionais que tive por aqui foram muito boas no que se refere à ambiente de trabalho. Sempre fui muito respeitada, e meu currículo do Brasil fez diferença.

    O problema é conseguir furar o bloqueio e chegar até uma entrevista de emprego. Depois, fazer-se entender que há vida inteligente do outro lado do oceano e conseguir um contrato de trabalho. Tem que ter muita persistência. Para as mulheres então, nem se fala! São que mais sofrem.

    Um bom kit de sobrevivência é dar o tempo que os portugueses precisam para nos conhecer, não ser tão expansivo e, no caso das mulheres, ser o mais discreta possível. Se assim quiser. Caso contrário, deixe toda essa xenofobia para lá e encare o preconceito.

    Se conseguir passar por isso, conhecerá o verdadeiro “tuga”, o minhoto de raiz. Confesso que nossa relação é de amor e ódio. E por muitas vezes engraçada. No trabalho, nunca tive problema, mas sempre tive que responder sobre como é o trabalho no Brasil.

    Não tenho muito conhecimento sobre o ambiente de trabalho aqui porque nunca exerci minha profissão. Mas, pelo o que percebi, não foge muito do Brasil. Comparando, as mulheres não ocupam tanto cargo de chefia, as empresas não têm os mesmos benefícios para o empregado e ganha-se menos (depende da função que exerce no Brasil).

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar em Portugal

    Em compensação, no Minho temos qualidade de vida, não perdemos tanto tempo no transporte público ou no carro e depois que saímos do trabalho ainda conseguimos viver um pouco o dia, ir ao parque, caminhar, encontrar os amigos e papear. É bem diferente. Em Portugal, 19h/20h ainda é dia, logo ainda há muito para aproveitar depois da labuta diária.

    É isso. Preconceitos à parte, o bom mesmo é se colocar toda vez que se sentir ofendido. Eles entendem e rapidamente pedem desculpa. Ainda estou na fase de me adequar a esse povo. Mas confesso que gosto daqui, apesar de tudo.

    E apague já da cabeça a típica imagem do português de bigode ou a mulher com buço. Isso não existe. As mulheres daqui são lindas, bem cuidadas, vaidosas e se vestem muito bem. Mesmo nas aldeias. Pode incluir no pacote os homens. São da mesma forma.

    O que posso dizer disso tudo é que venha preparado. A vida não será fácil, não. Mas não se deixe levar pelo pessimismo e responda à altura. Verá que as coisas se encaixam com o tempo. Sobre o caso dos brasileiros, fiquei feliz com a resposta dada. É assim que vamos mostrar quem somos. Contra a xenofobia, educação e inteligência. E que todos sejamos felizes.

    Finalizo com um trecho da letra “Pagu”, escrita por Rita Lee. Sempre canto essa música quando preciso quebrar os clichês e o preconceito com as brasileiras por aqui. Pode soltar a voz: Porque nem toda feiticeira é corcunda / Nem toda brasileira é bunda / Meu peito não é de silicone/ Sou mais macho que muito homem./ (…) Não sou atriz, modelo, dançarina / Meu buraco é mais em cima. / (…) Sou rainha do meu tanque /  Sou Pagu indignada no palanque (…). E diga sempre não ao preconceito.

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    Giselle Costa
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    Giselle é carioca, jornalista apaixonada pela vida e pelos textos de Cora Coralina. Ama viajar e descobrir novas formas de vida. Aprecia a boa gastronomia, bons vinhos e azeites. Escolheu Braga, em Portugal, para abrir seu coração e apostar na felicidade de um existir simples e feliz. É uma estudante dedicada. Tem paixão pelos animais, adora ler, escrever sobre tudo e todos, cantar e dançar.

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