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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Direitos da mulher chinesa
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Direitos da mulher chinesa

    Christine MaroteBy Christine MaroteMarch 20, 2015Updated:October 3, 20172 Comments6 Mins Read
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    Esse é um assunto um tanto controverso e nebuloso também. Devido ao regime de governo chinês, as informações sobre os direitos da mulher não são confiáveis, do ponto de vista de dados estatísticos.

    Levando-se em consideração a situação da mulher chinesa até o ínicio do século 20, podemos dizer que houve um avanço grande. E por mais irônico que possa parecer, um dos feitos da Revolução Cultural, que devastou a China, foi inserir a igualdade de genêros no país. Apesar de não ter sido um sucesso absoluto, ela abriu caminhos que antes nem sequer existiam, entre eles a lei do casamento, o direito da mulher possuir propriedade, direito de voto, número de postos de trabalho (aumentaram 10 vezes em relação aos que existiam em 1949) e abertura para mulheres na política/cargos do governo.

    Mas lembrem-se de que tudo isso gera grandes números, porque na China 1% da população significa  mais que o número de habitantes de muitos países da Europa. A escala numérica, aqui, foge ao nosso controle.

    A situação da mulher na história da China

    Desde os tempos do império, a situação da mulher na China é difícil. A questão da preferência por meninos em vez de meninas vem de séculos atrás, onde somente os meninos levariam o nome do pai e assim, dariam continuidade a família. A mulher, ao casar, era obrigada a deixar a família e passava a pertencer, literalmente, à família do marido.

    Houve uma época em que o Império dava lotes de terra às famílias que tinham meninos.  As que tinham meninas não recebiam nada, já que a menina não iria continuar com a família depois do casamento.

    Além disso a tradição chinesa diz que os filhos devem cuidar dos seus pais na velhice. Como as filhas, depois de se casarem, passavam a pertencer à família do marido, os pais não teriam quem cuidasse deles na velhice.

    Esses são somente três pontos que levaram a sociedade chinesa a dar preferência a bebês do sexo masculino. E não, como muita gente pensa, que isso é consequência da ‘lei do filho único’. Essa ‘regra social’ só fez a lei ser mais perversa para as meninas. Mas a discriminação já existia há séculos, inclusive o assassinato de bebês do sexo femino logo após o parto.

    Há um livro bem interessante, para quem quer saber mais sobre o assunto, que mostra como era a discriminação feminina na China antiga:  “A Boa Terra”, de Pearl Buck.

    A Constituição Chinesa

    A última Constituição  chinesa, outorgada em 1982, diz em dois de seus artigos:

    Artigo 48.º – As mulheres na República Popular da China gozam dos mesmos direitos dos homens em todas as esferas da vida política, econômica, cultural, social e familiar. O Estado protege os direitos e interesses das mulheres, aplica a homens e mulheres sem distinção o princípio de “a trabalho igual salário igual” e forma e escolhe quadros de entre as mulheres.

    Artigo 49.º – O casamento, a família, a mãe e a criança são protegidos pelo Estado. Tanto o marido como a mulher têm o dever de praticar o planejamento familiar. Os pais têm o dever de criar e educar os filhos menores e os filhos maiores têm o dever de manter e auxiliar os pais. É proibida a violação da liberdade de casamento. São proibidos os maus tratos a velhos, mulheres e crianças.”

    Assim podemos ver que de direito a lei existe, mas de fato ainda estamos a séculos de uma sociedade igualitária. Encontrei uma tese de mestrado da Universidade de Aveiro (Portugal) que também mostra a evolução dos direitos humanos e da mulher na China: ‘Os Direitos da Mulher na China – Da Teoria à Prática’. 

    Mas… e de fato, o que ocorre?

    Como quase tudo que vem ocorrendo na China nos últimos 30 anos, as ações que levaram o país à posição ecônomica e social de hoje ainda esbarram (e muito) nas tradições sociais seculares. Resumindo: a lei existe, alguns as cumprem, mas a maioria ainda sofre das restrições e discriminações que existiam na época do Império.

    Sempre digo que o progresso de cimento e concreto qualquer um pode fazer, basta ter vontade e condições para isso e as mudanças ocorrem da noite para o dia. Mas a evolução de um povo, de uma cultura enraizada por milênios, nenhum visionário conseguirá mudar em 30 anos. E isso não é um privilégio da China. Todas as civilizações já passaram por isso. O que ocorre aqui é um ‘gap’ na história, que fez a sociedade estar mais fechada e as mudanças serem mais lentas. Às vezes vejo coisas acontecendo aqui e, deixando de lado a tecnologia e o concreto, percebo que o comportamento da sociedade é bem semelhante, em alguns casos, a sociedade brasileira de 1970. Claro que isso é uma visão pessoal minha, e uma análise rasa. Mas meus anos de China me permitem tirar algumas conclusões.

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    Discriminações que ainda existem

    Em cidades como Xangai, por exemplo, que tem uma forte influência ocidental, alguns desses fatos são menos gritantes, mas saindo dessas bolhas internacionais, a cultura ainda oprime muito a mulher. Vejam alguns exemplos:

    • Uma moça com 25 anos que ainda não casou, já está fadada ao esquecimento. É uma coisa absurda, mas os pais cobram, se comovem, chegam a desprezar as filhas por não terem conseguido um casamento.
    • Quando elas casam e não conseguem engravidar, é gerado um novo estresse familiar, causando muitas vezes até divórcios.
    • A mulher só tem direito ao que leva para o casamento; nada do que for conquistado durante a união será dividido em caso de divórcio. Hoje algumas já exigem que os maridos coloquem alguma coisa em seu nome para garantir sua vida, caso haja o rompimento.
    • A ‘segunda esposa’ ou ‘Er’nai’: apesar de a bigamia ser proibida, ainda é uma prática muito comum aqui. E por conta de não terem direitos no divórcio, as esposas acabam fazendo vistas grossas.
    • Os salários ainda são menores para mulheres. Por outro lado, elas vêm conquistando mais e mais espaço nas universidades e mercado de trabalho. Quando ocupam um cargo de chefia são respeitadas dentro do ambiente de trabalho. Já saindo dali, a coisa muda…

    Na realidade, esse é um assunto que renderia páginas e páginas, mas já dar para vocês terem uma ideia de como é a situação na China.

    Não dá para dizer que a situação é boa, mas sabemos que está avançando. E aos poucos as próprias mulheres chinesas estão brigando, como podem, pelos seus direitos de igualdade na sociedade como um todo. É um caminho longo ainda e nada fácil, pelo que vejo.

    Mais um livro que recomendo que fala sobre a situação das mulheres na China é “As boas Mulheres da China”, de Xi’ran.

    Ah, e já ia esquecendo: no Dia Internacional da Mulher, o governo dá ‘meio dia off’ a todas as mulheres que trabalham!…

    Até a próxima!

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    Christine Marote
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    Christine tem formação em Educação, MBA em "China Business and Culture", possui um blog onde conta sobre sua vida na China e é autora do livro 'China na minha vida - o que aprendi com o Dragão', lançado em abril de 2017. Mora em Xangai, China, desde 2009, com o marido e os filhos.

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    2 Comments

    1. Pingback: Mulheres chinesas – o que temos aqui. | China na minha vida

    2. Giovanna on November 3, 2015 6:28 pm

      Eu li o livro As boas mulheres da china e fiquei com uma dúvida,por que as mulher não podiam tocar nos homens antes do casamento?

      Reply

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