Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»COVID-19»Enfrentando a pandemia de COVID-19 na Dinamarca
    COVID-19

    Enfrentando a pandemia de COVID-19 na Dinamarca

    Cristiane LemeBy Cristiane LemeMay 7, 2020Updated:May 7, 20202 Comments6 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    "Fique em casa", recomendação da rainha na legenda do pronunciamento oficial em 16 de março. Foto: arquivo pessoal
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Enfrentando o COVID-19 na Dinamarca

    O início

    No início de 2020 as empresas dinamarquesas que produzem na China ou importam desse país tomaram conhecimento da epidemia de COVID-19 às vésperas do Ano Novo Chinês. Atrasos na produção e na entrega de produtos por conta do fechamento de fábricas, consequências da até então epidemia, afetaram negócios em diversas partes do mundo.

    Ainda que um perigo iminente, o vírus até então parecia muito distante da realidade na Europa, e com toda a compaixão, desejamos o melhor para a China. Nesse momento mal sabíamos que justamente a Europa viria a se tornar o principal epicentro de contágio mundial.

    O primeiro caso positivo de COVID-19 na Dinamarca foi diagnosticado logo após as férias de inverno, onde o costume dinamarquês é viajar para esquiar na Noruega, Áustria ou Itália. As pessoas contraíram o vírus nas férias, voltaram para casa assintomáticas e prosseguiram suas vidas normalmente. Quando o primeiro caso foi confirmado em 27 de fevereiro, a rede de contágio estava formada.

    No dia 11 de março a OMS reconheceu a COVID-19 como sendo uma pandemia. Nesse mesmo dia, com 514 casos confirmados de COVID-19 no país e nenhuma morte ainda, a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen convocou uma coletiva e anunciou o fechamento de creches, escolas, universidades e repartições públicas a partir do dia seguinte, 12 de março, recomendando aos trabalhadores de outros setores que se possível permanecessem em casa pelos próximos 14 dias. No dia 14 de março decretou-se o fechamento total das fronteiras até 10 de maio, e empresas do setor privado começaram a mandar seus colaboradores trabalharem de casa.

    Pronunciamento em rede nacional. Na legenda se lê: “Dinamarca fecha as portas”. Foto: arquivo pessoal

    A Dinamarca foi um dos primeiros países europeus a optar pelo lockdown.

    Um gabinete de gestão de crise foi imediatamente montado para reunir esforços contra a pandemia. Pela primeira vez na história dinamarquesa os partidos políticos deixaram um pouco as suas diferenças de lado para discutir soluções emergenciais em benefício do país como um todo.

    A situação foi considerada tão delicada que a própria rainha Margrethe II, que normalmente se dirige à nação apenas no seu discurso anual de Ano Novo, organizou um pronunciamento oficial em rede nacional para falar da pandemia de COVID-19 na Dinamarca e reforçar as recomendações do Ministério da Saúde. Pronunciamentos do tipo só haviam sido feitos em situações extremas como a Segunda Guerra Mundial.

    Obviamente que o lockdown impactou duramente a economia local. Demissões em massa em setores como o de turismo e fast fashion foram praticamente inevitáveis. Para ajudar as empresas do setor privado o governo lançou pacotes de ajuda econômica, evitando o desemprego em muitos setores.

    Poucos dias depois do fechamento do país o número de infectados aumentou rapidamente, e a Dinamarca atingiu o pico de contaminações em meados de abril. As primeiras mortes ocorreram em seguida ao anúncio do isolamento.

    Embora a recomendação fosse ficar em casa, nunca houve uma proibição explícita para não sair às ruas: a recomendação era ter o máximo de cautela, sair somente para o necessário, lavar as mãos com frequência ou desinfetá-las com álcool gel e manter uma distância das outras pessoas de pelo menos 2 metros. Aglomerações com mais de 10 pessoas e eventos sociais como festas e concertos foram terminantemente proibidos.

    A polícia lançou um site e uma hotline para atendimento e informações a respeito de COVID-19 na Dinamarca, e grupos não-governamentais traduziram as informações oficiais para outros idiomas, inclusive português, facilitando o acesso às informações oficiais pelas minorias étnicas.

     

    O que aconteceu depois do lockdown

    Rapidamente as empresas tomaram medidas de segurança, como diminuir equipes e restringir o acesso ao escritório a grupos pequenos e determinados, para evitar que as pessoas tivessem contato com pessoas diferentes ao longo do dia.

    Muitos passaram a trabalhar de casa, enquanto outros foram dispensados temporariamente, porém recebendo salário integral, conforme previsto nos pacotes de ajuda econômica. Eu fui uma dessas pessoas “mandadas para casa” e terei que aguardar até o dia 8 de junho para saber quais os próximos passos a tomar. Há uma probabilidade de que esses casos evoluam para demissões a partir de junho.  Entretanto, o futuro ainda é uma incógnita.

    Em meio às incertezas da pandemia, a rainha cancelou as comemorações pela passagem dos seus 80 anos, e nem mesmo os 75 anos de liberação da ocupação nazista em 2020 puderam ser comemorados  como planejado.

    Claro que também teve gente desrespeitando as recomendações por aqui. No dia do pronunciamento da primeira-ministra hordas de pessoas se lançaram aos supermercados em pânico. Passada essa fase, ainda nos primeiros dias do lockdown um sol convidativo apareceu e muita gente correu para as ruas e praias, causando aglomerações. Na véspera da Páscoa os supermercados estavam lotados. Não foi fácil convencer a todos da necessidade de respeitar o isolamento social, e a polícia foi orientada a aplicar multas.

    O que esperar do futuro?

    Em 07 de maio a Dinamarca apresenta 10.083 pessoas infectadas, sendo que 7.493 delas já se recuperaram; infelizmente, 506 pessoas perderam a vida para a doença no país. No total, 284.480 pessoas foram testadas para o COVID-19 na Dinamarca.

    A população mais afetada foram indivíduos entre 50 e 59 anos, predominantemente homens. A taxa de mortalidade mais alta, porém, se deu entre pessoas de 70 a 79 anos com doenças preexistentes.

    Hoje, passado quase um mês do lockdown, a reabertura do país começou a passos curtos e cautelosos. As escolas primárias e alguns setores do comércio, como cabeleireiros e lojas, voltaram a funcionar, sob protocolo de segurança pré-estabelecido pelo Ministério da Saúde dinamarquês.

    Com os bons resultados do lockdown a pauta agora é a abertura gradual de outros setores da economia e da sociedade, com frequentes estudos e discussões ocorrendo nesse sentido. Estes estudos apontam para uma estagnação do número de infectados e queda nas mortes, com aumento de doentes recuperados, o que soa promissor.

    A esperança é a de poder voltar a um ritmo dentro de um padrão de normalidade nos próximos meses.

    Um estudo detalhado sobre a evolução do vírus e estratégias de combate a ele, preparado pelo Instituto de Infectologia da Dinamarca, pode ser lido em dinamarquês aqui.

    Textos relacionados

    • Conhecendo a Dinamarca através do cinema
    • Comidas de Natal na Dinamarca
    • Asatro, a crença nos deuses nórdicos vikings
    • Aborto na Dinamarca
    • Confirmação na Dinamarca: tradição e consumismo
    • Como conseguir cidadania dinamarquesa
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    Coronavírus covid-19 dinamarca
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Cristiane Leme
    • Website
    • LinkedIn

    Cristiane é formada em Comércio Exterior e Marketing Internacional, é colunista da Dinamarca desde maio de 2013 e foi editora-geral do Brasileiras Pelo Mundo de janeiro de 2015 a setembro de 2016. Também é sommelière, consultora independente em importação e exportação e foi colunista do blog para expatriados Expat in Denmark, que fechou em julho de 2015. Mora com o marido e a filha na Jutlândia Ocidental.

    Related Posts

    As férias do improviso

    August 11, 2021

    Volta às aulas no Chile durante a pandemia: parte II

    July 30, 2021

    A vacinação contra COVID-19 em El Salvador

    July 14, 2021

    2 Comments

    1. Selma on May 8, 2020 12:22 pm

      Ótimo balanço, Cristiane! Bom trabalho!

      Reply
      • Cristiane Leme on May 9, 2020 8:56 am

        Obrigada, Selma! Abraços e espero que possamos nos rever em breve 🙂

        Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Curiosidades Pelo Mundo

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    By Alessandra FerreiraMarch 1, 20230

    Olá! Mais um ano se passou, agora o Covid-19 e a pandemia ficaram cada vez…

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022

    10 fatos mais chocantes ao mudar para Turquia

    October 25, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2023 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.