EUA: pandemia, recessão e recuperação.
O Covid-19 afetou todos os aspectos das sociedades mundiais, desde a saúde pública até a economia, trabalhos e a esperança por dias melhores a curto prazo. E isso não foi diferente nos Estados Unidos.
Mesmo com a vacinação contra o coronavírus iniciada em dezembro/2020, a recuperação total da devastação econômica americana em decorrência da pandemia, sem dúvida levará tempo.
Além do mais, o país está dividido por várias razões de cunho político, e que agravou-se com a pandemia.
Esse é um país que precisa de um healing (cura) profundo, para se re-encontrar como nação enquanto recupera a situação econômica. Isso já ocorreu em outras ocasiões em sua história, como por exemplo em situações devastadoras do passado durante guerras e com a grande depressão da década de 30.
Logicamente não vai ser fácil, será um processo que demanda tempo e um esforço coletivo e individual (além de vontade política) para a recuperação, em busca do ‘novo normal’ após a pandemia.
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Quanto aos números da pandemia: de acordo com o último relatório de empregos publicado pelo Bureau of Labor Statistics dos EUA, a taxa de desemprego subiu para mais de 14% em março/2020, e baixou em dezembro/2020 para por volta de 6.7%.
Porém esses números não refletem completamente o impacto social do país pois as realidades estaduais e as situações dos setores demográficos afetados pelo desemprego divergem muito e apresentam capacidades diferentes de recuperação.
O governo federal precisará aumentar empréstimos para pequenas empresas, estender benefícios de seguro-desemprego, criar novas frentes de empregos e promover alguns subsídios de creche para pais que trabalham, para ajudar a retomada do crescimento econômico nos próximos seis meses.
Infelizmente, a segunda onda de casos de Covid19 e até uma possível variante do vírus, como já acontece na Europa, por exemplo, podem potencialmente retardar a recuperação econômica e social americana.
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Consequentemente isso pode forçar as empresas a dispensar mais trabalhadores e congelar as novas contratações. Ao mesmo tempo, programas de assistência pública destinados a enfrentar o impacto financeiro da pandemia estão sob ameaça.
Os benefícios do seguro-desemprego acabaram, as moratórias de despejo estão prestes a expirar e milhões de pessoas estão contando com tickets refeição subsidiados pelo governo.
Trabalhadores de baixa renda, como os dos setores de serviços e hospitalidade, sofreram algumas das maiores perdas de empregos neste ano. Alguns desses empregos nunca mais voltarão à medida que mais varejistas transferem seus negócios para a Internet e restaurantes fecham.
Os baby boomers também foram afetados por layoffs (suspensão temporária do contrato de trabalho), demissões e aposentadoria precoce, sinalizando uma perda significativa de experiência e qualidade do mercado de trabalho.
O Covid19 tem sido especialmente duro com as mulheres trabalhadoras. As interrupções em creches, escolas e programas extracurriculares forçaram mulheres com filhos a frequentemente reduzirem suas horas ou deixarem totalmente seus empregos.
O impacto foi maior em mulheres e evidenciou ainda mais as disparidades de gênero.
Todo esse texto descreve o cenário da recessão americana. Ainda devastador, mas com perspectiva de melhoras com o advento das vacinas, novas alternativas de trabalhos, o boom do trabalho digital e incentivos federais.
Mas é de se esperar que 2021 ainda seja um ano desafiador com um início de recuperação em 2022.
Nesse meio tempo, como fica a esperança?
Precisa ser renovada diariamente.
Vale ressaltar que, esperança é relacionada com clareza, cuja existência depende de nós nos colocarmos em movimento e ação. Independente de nossas circunstâncias, descubra algo em si ou no seu ambiente que o coloque um pouco à frente da sua situação atual.
Mesmo que seja algo quase imperceptível, faça dos seus dias uma constante de crescimento pessoal. Aos poucos e com determinação, como falam os americanos: slowly but surely (vagarosamente mas com certeza)
Como em desastres anteriores, a resiliência humana aplicada à riqueza de lições e evidências que surgiram nessa pandemia em nível global, regional e individual, serão a base da recuperação à crise do Covid19.
O mundo sempre se recuperou de suas piores mazelas, mesmo com cicatrizes e traumas. A necessidade de sobreviver e transcender é maior do que o sofrimento. E não será diferente dessa vez! Eu acredito nessa máxima não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo como um todo.