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    Home»EUA»EUA – Violência, um fantasma à espreita
    EUA

    EUA – Violência, um fantasma à espreita

    Gabriela AlbuquerqueBy Gabriela AlbuquerqueJanuary 3, 2016Updated:January 3, 20161 Comment5 Mins Read
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    Ultimamente temos visto com temor os índices alarmantes da crescente violência ao redor do mundo. Ataques terroristas na Europa e no Oriente Médio, criminalidade gerada pela desigualdade social no Brasil e o chocante número de atiradores aleatórios nos EUA.

    Infelizmente eu e minha família engrossamos a lista da violência paulistana, quando em 2013 fomos vítimas de um assalto à mão armada na cidade. O trauma gerou consequências que impactaram o nosso modo de viver em São Paulo e a vida acabou nos oferecendo uma oportunidade de reescrever a nossa história em outro país. Foi assim que no Natal de 2014, desembarcamos de mala e cuia nos Estados Unidos.

    Como mãe de meninas em idade escolar, vivi um primeiro ano muito atribulado, com muita informação para digerir, choques culturais para lidar e a constante saudade de tudo que nos é familiar.

    Vivemos hoje em um subúrbio de Washington DC, considerado um dos mais seguros do país, com alto nível de escolaridade e renda per capita acima da média nacional. Tudo isso deveria servir para ficarmos tranquilos, pois a incidência de assaltos à mão armada é praticamente nula. Contudo o fantasma do medo permanece, ainda que em tons infinitamente mais brandos do que no Brasil.

    Como diria Jean Paul Sartre, “o inferno são os outros”. Eu e meu marido criamos nossas filhas com a absoluta certeza do mote à não violência. Somos contra o porte de armas e nem sequer sabemos como elas funcionam. Pois bem, em Virginia, o estado americano onde fica a minha cidade, as armas são permitidas. Perto da minha casa existe uma loja de aparência inofensiva, que comercializa todo tipo de arma de fogo e fica a poucos metros de uma escola fundamental.

    Apenas nesse ano que passei aqui os números foram impressionantes! Com uma frequência inacreditável, os noticiários do país anunciam “shootings” onde atiradores executam a esmo pessoas aleatórias, em escolas, igrejas e outros espaços públicos. Na maioria dos casos, os atiradores são pessoas com problemas mentais de toda ordem, mas que tiveram a infelicidade de ter acesso às armas.

    Infelizmente outro massacre aconteceu em dezembro passado no estado da  Califórnia, na pequena cidade de São Bernardino. O incidente se diferenciou dos outros por ter tido motivação terrorista.

    Os assassinos eram simpatizantes do Estado Islâmico (ISIS) e planejaram minuciosamente o ato, deixando um terrível rastro de sangue com mais de 10 vítimas fatais. O que indignou ainda mais o movimento desarmamentista foi a constatação do fato de que hoje, mesmo com o planeta sob ameaça constante de ataques terroristas, nos EUA encontra-se o caminho aberto e fácil para adquirir armamento pesado e cometer loucuras como essa. Mesmo sem o planejamento estratégico de uma organização terrível como o ISIS por trás, simpatizantes do movimento podem cometer atos isolados de terror.

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    Uma instalação artística realizada em Fairfax – VA. Cada camiseta representa uma vítima de arma de fogo no ano de 2014, na região de Washington D.C. Na camiseta estão impressos os nomes e a data de nascimento e morte das vítimas. Foto: Gabriela Albuquerque

    Essa tensão cria consequências em nossa vida cotidiana.  Minha filha, aluna de High School/ Ensino Médio tem treinamento mensal para aprender a se defender de incêndio e….”shooting”! Outro dia ela voltou assustada, pois em um dos treinamentos todos os alunos tiveram que ficar em absoluto silêncio, imóveis e no escuro, agachados atrás das cadeiras, na simulação de um atentado. Uma situação constrangedora e impensável, mesmo para quem vem de um país com índices altíssimos de violência como o Brasil.

    Apesar do estranhamento, esses treinamentos preventivos são fundamentais, pois acabam salvando muitas vidas e preparando as crianças para situações catastróficas como essa. Mas não deixo de pensar no dano colateral, sobretudo psicológico que isso pode acarretar.

    Ressalto que uma High School/ Escola de Ensino Médio têm em média mais de 2.000 alunos por prédio, o que torna a segurança frágil e de difícil controle.

    Mesmo sendo zonas onde o porte de armas é proibido, as escolas são ambientes vulneráveis, pois como eu disse acima, qualquer um na vizinhança pode adquirir um fuzil automático.

    O presidente Barack Obama tem feito discursos exaltados e indignados, tentando coibir a facilidade com que as armas são comercializadas. Infelizmente tem sido em vão, pois o lobby armamentista americano é poderosíssimo e domina a grande maioria do congresso, que determina a lei. Além claro de uma forte herança histórica e cultural, em que o gosto pelas armas de fogo é uma espécie de herança de pais para filhos.

    Respeito a opinião de quem defende o porte irrestrito de armas, mas não concordo. São defensores da linha de que armado o cidadão pode se defender e assegurar a sua liberdade, tal qual está escrito na constituição norte-americana. Entre os argumentos armamentistas está o índice estatístico de que os “shootings” (massacres por armas de fogo) acontecem em áreas onde armas são proibidas e por isso, os atiradores se sentem confiantes em matar, sem serem interrompidos por outros tiros.

    Apesar da situação já ser considerada epidêmica por alguns especialistas, as tentativas de mudança e restrições continuam sendo barradas por leis congressistas e também por grande parte da população, que acredita que quanto mais armados mais seguros estaremos. Um assunto controverso e que infelizmente ainda não apresenta nenhuma solução à vista.

    Eu, com a minha bagagem cultural brasileira e hoje imersa em outra cultura, fico triste pelos caminhos que a humanidade está tomando. Apesar das grandes diversidades culturais, todo ser humano alimenta em seu íntimo um desejo comum:  proteger os seus e viver em paz.

    Por que será que dificultamos tanto esse caminho? Uma pergunta que certamente terá que encontrar respostas, se quisermos deixar um mundo melhor para as futuras gerações.

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    Gabriela Albuquerque
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    Gabriela é de São Paulo, capital. Depois de 5 anos vivendo nos EUA, entre Washington DC e Seattle, resolveu experimentar a vida na Europa. Desde julho de 2019 mora com suas filhas e marido, na charmosa cidade de Cascais, nos arredores de Lisboa. Movida pela arte, sempre direcionou seus estudos e carreira nessa direção, cursando Letras na Universidade de São Paulo e Curadoria de Artes na PUC- SP. Imersa em uma nova cultura encontrou novas inspirações para escrever, resgatando assim um hobby que estava adormecido. Mantém um blog, onde procura dividir experiências e compartilhar as descobertas da vida de expatriada além de questionar as dores e delícias da vida contemporânea.

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