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    Home»França»Expectativa X realidade após 1 ano de França – parte 2
    França

    Expectativa X realidade após 1 ano de França – parte 2

    Fernanda LibardiBy Fernanda LibardiJuly 15, 2018Updated:November 17, 20182 Comments7 Mins Read
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    Foto: foto de David Madrid em Unsplash.
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    Expectativa X realidade após 1 ano de França.

    No meu último post aqui no blog eu falei sobre quais eram as minhas expectativas quando eu estava planejando a minha mudança para a França. Falei sobre a minha expectativa de aprender francês, sobre como eu achava que seria a minha vida aqui sem trabalhar, sobre o que eu esperava da qualidade de vida, dos custos e de fazer amigos. Além das expectativas eu contei um pouco da minha experiência, o que se tornou realidade e o que foi bem diferente do que eu esperava. Nesse texto vou continuar contando um pouco disso, vou falar um pouco do sistema de saúde daqui, das viagens, da burocracia e da diferença cultural.

    1)    Sistema de saúde

    • Expectativa: estar em um dos melhores sistemas de saúde do mundo.
    • Realidade: estou em um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Porém, esse é um caso de amor e ódio para mim. Acho incrível ver um país inteiro tendo o mesmo direito de acesso à saúde, mas é um sistema burocrático, lento e austero, só se faz o estritamente necessário. Meu primeiro desafio foi entender como o sistema de saúde funciona, pois ele é muito complexo. Quando você vem legalmente à França você fará a sua inscrição na Sécurité Sociale (o SUS deles) e você terá acesso ao sistema de saúde através de duas agências do governo CPAM ou MGEN. Então, você receberá um número provisório da Sécurité e vai esperar por uma carta do governo para fazer a Carte Vitale, que é como uma carteirinha de plano de saúde. Sempre que você for ao médico você paga a consulta, se você tem a Carte Vitale você será reembolsado em dias, se você não tiver você leva a sua Attestation de Droit (documento fornecido pelo governo que prova que você é segurado) e o médico te dará recibo chamado Feuille de Soin, então, você terá que mandar esse recibo para o governo te reembolsar, o que pode demorar um mês. Atenção! O reembolso do governo varia. Se você não tiver declarado um medeçin traitant, o reembolso por consultas será de 60%, com a declaração passa para 70%. Exames também variam, ultrassom, por exemplo, é 60% de reembolso. No entanto, eu precisei fazer exames de sangue por causa de uma doença e o governo cobriu 100%. Você também terá uma participação em internações, então, é sempre aconselhável fazer uma Mutuelle (seguro saúde particular) que vai cobrir o resto que o governo não cobre. A minha Mutuelle custa 30,00 euros por mês, o que eu considero bem barato. No meu caso, depois de 1 ano e 5 meses na França eu ainda não recebi a minha Carte Vitale, mas eu acho que dei azar, meu marido recebeu a Carte Vitale dele em 3 meses. No entanto, fora a Mutuelle e a participação de 1,00 euro por consulta não se paga mais nada aqui. Lindo, né? Eu acho.

    Leia também: tudo que você precisa saber para morar na França

    2)    Viagens

    • Expectativa: viajar muito dentro e pouco fora da França.
    • Realidade: viajamos pouco dentro da França e bastante fora. Quando eu morei na Itália eu viajava muito de trem aos fins de semana. Resolvia e ia sem planejar, passava o dia fora e voltava à noite. Eu achava que também teria essa mobilidade aqui na França, mas não foi o que aconteceu. Acho o trem aqui muito caro e vai ficando mais caro de última hora. No entanto, eu tive a sorte de morar em uma cidade que conta com um aeroporto servido por várias empresas low cost, o que faz com que o vôo para Londres custe 10,00 euros, para Lisboa 15,00, Madri 10,00 também. Portanto, acabamos fazendo mais viagens internacionais do que viagens pela França. Eu acho isso um desperdício, mas acabou sendo mais conveniente. O que fazemos quando viajamos por aqui é alugar carro, mas aí acabamos viajando mais perto de Toulouse.

    Leiam também: Sistema Público de Saúde na França

    3)    Burocracia

    • Expectativa: eu sabia que a França poderia ser um país complicado, bem burocrático.
    • Realidade: Sim, a França é um país bem burocrático, mais que o Brasil. Acho que o que mais me incomoda é o fato deles mandarem muita carta e pedirem dossiê para tudo. Não sei quais processos aqui podem ser feitos completamente online, todos os meus tiveram a parte da papelada pelo correio. Por exemplo, recebemos a folha do nosso imposto de renda por carta e temos que devolver com a nossa renda e gastos preenchidos pelo correio. Difícil de acreditar, né?

    4)    Diferenças culturais

    • Expectativa: sempre ouvimos falar mal dos franceses, que eles são arrogantes, intransigentes, muito sérios e orgulhosos do país e da culinária. Foi com esse estereótipo dos franceses que eu desembarquei na França, ou seja, com uma expectativa um pouco ruim de como seria conviver com eles.
    • Realidade: essa é a resposta mais difícil, tenho uma mistura de sentimentos em relação aos franceses e resolvi colocar em pontos positivos e negativos. Começando pelos pontos negativos, eu me irrito bastante com duas características francesas. A primeira é eles serem muito individualistas. É comum eu estar na porta de um restaurante ou de um bar esperando o garçom chegar para pedir uma mesa, os franceses chegarem depois, me verem lá em pé, entrarem e simplesmente sentarem na última mesa do local ignorando completamente a minha existência. Já tive brigas por causa disso e acho o cúmulo da falta de educação. Eles não parecem estar minimamente preocupados com o que o outro sente, pensa, precisa. Claro que isso é no nível coletivo, quando você interage no dia a dia com pessoas que não te conhecem, eles não me parecem ser assim  quando são seus amigos ou sua família, embora, claro, sejam mais individualistas que os brasileiros. A segunda coisa é a intransigência deles, que está um pouco ligada ao individualismo no sentindo de “não me importo muito com você e se você vai ficar aborrecido comigo ou com a situação”. Na França não existe uma cultura de que é importante agradar o cliente e ganhar dinheiro, então, se eles errarem o seu pedido eles não pedem desculpas, não mudam o prato que está no cardápio e acham ruim quando você pede qualquer coisa diferente (por exemplo, vegetarianos). Franceses não fazem favores porque ficaram com pena da sua situação, não fazem exceções, jeitinhos e ninguém se importa se você não comprar o produto ou for embora insatisfeito, eu já tinha falado um pouquinho disso nesse post aqui. Dito isso, um dos pontos positivos é que eu moro no sul e, de fato, as pessoas sorriem mais e te tratam muito melhor que os parisienses. Gosto muito da cordialidade francesa, algo que eu não dava bola no Brasil, mas que hoje faz toda a diferença no meu dia e que sinto falta quando eu vou de férias para o Brasil. Quando você entra em uma loja, todo mundo te cumprimenta e quando você sai de um lugar você não deve apenas agradecer, mas também desejar um bom dia para quem fica, coisas que passam longe do brasileiro e fazem o cotidiano ficar mais gostoso e alegre. Outro ponto positivo é que, individualmente, eu adoro os franceses que eu conheço, embora sejam poucos. Eles são muito gentis, bons amigos, divertidos e sabem apreciar a vida.

    Espero que essa minha troca de experiência tenha ajudado vocês a entenderem um pouquinho de como a França funciona sob o meu ponto de vista. Quem tiver mais dúvida, pode deixar um comentário que eu vou ficar feliz em responder.

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    Fernanda Libardi
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    Fernanda é paulista, já morou na Itália e mora na França desde 2016. É psicóloga com mestrado e doutorado pela USP e faz atendimentos online para brasileiros que estejam morando no exterior. Apaixonada por psicologia, fotografia e por viajar.

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    2 Comments

    1. Maira on December 13, 2018 2:49 pm

      Olá Fernanda,
      muito legal teu texto e a tua maneira tão clara de expressar tuas percepções. Vou fazendo a minha “malinha de informações”.

      Reply
      • Fernanda Libardi on December 17, 2018 1:19 pm

        Obrigada!

        Reply

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