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    Home»Filipinas»Filipinas – O Islamismo
    Filipinas

    Filipinas – O Islamismo

    Tati SatoBy Tati SatoSeptember 8, 2014Updated:January 8, 20159 Comments5 Mins Read
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    Como já comentei antes, vivo em uma nação halo-halo e, embora a maior parte da população seja católica, entre 5% e 9% é muçulmana. O islamismo é a religião monoteísta mais antiga das Filipinas e, portanto, não é de se surpreender que a data que marca o início do Ramadan, o mês de jejum que ocorre no nono mês do calendário islâmico (que é lunar), seja também feriado. Em 2014, ele teve início em 27 de junho.

    A história do islamismo no país data de 500 anos e tem suas origens no comércio marítimo já que os muçulmanos não estavam apenas interessados em fazer negócios, mas também em difundir a religião através de missões (fonte).

    São onze o total de grupos étnicos muçulmanos presente nestas ilhas: Maranao, Maguindanao, Iranun, Tausug (um dos primeiros grupos filipinos a se adotarem o islamismo como religião), Yakan, Sama, Sangil, Kaagan, Kolibugan, Palawan e Molbog. Cada um tem origens e dialetos (ou idiomas, já que podem ser bastante diferentes) distintos, e, atualmente, a maioria está concentrada ao sul do arquipélago de Sulu, na região de Mindanao, ao sul das Filipinas. Essa região é bastante fértil, com diversas plantações de frutas, vegetais e arroz, e muito rica em recursos minerais e marinhos. A maioria das pérolas que tanto amo, por exemplo, vem de lá.

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    O arquipélago de Sulu está localizado a sudoeste das Filipinas e foi a primeira comunidade muçulmana a estabelecer um governo central no país, o Sultanato de Sulu. Essa comunidade era composta por diversas etnias e, como parte de seu objetivo político, disseminou, entre 1450 e 1500, a religião muçulmana na região de Mindanao que manteve o islamismo como religião principal mesmo após a colonização espanhola e o domínio dos Estados Unidos.

    Da época da tentativa espanhola em estabelecer as Índias Espanholas Orientais (uma tradução livre do Spanish East Indies), o que resultou no início dos conflitos hispânico-mouros até os dias atuais, essas áreas foram palcos de conflitos militares, por motivo de dominação ou desejo por independência política.

    O conflito mais recente teve início na década de 70 com a formação da Frente de Liberação Nacional Moura (Moro National Liberation Front – MNLF) pelo professor universitário Nur Misuari, o primeiro dos grupos separatistas, ao qual o então presidente Ferdinando Marcos declarou guerra. Hoje, esse grupo separatista está concentrado em apenas algumas áreas de Mindanao.

    Particularmente, acredito que o governo filipino jamais aceitaria a independência da região de Mindanao por sua riqueza e, embora exista um processo de pacificação em progresso desde 1976 para esse conflito que já matou mais de 150.000 pessoas (fonte). Viajar pelas regiões de conflito ainda é considerado arriscado, embora exista muita coisa bonita para se ver por lá.

    Em Manila também há a presença de muçulmanos, embora sua proporção seja bem menor que em Mindanao. Em Greenhills, por exemplo, as barracas de pérolas, em sua maioria, pertencem a muçulmanas (sim, mulheres), responsáveis também pela negociação. Outro exemplo é o bairro de Quiapo, que é predominantemente muçulmano e onde está localizada a mesquita Masjid al-Dahab, ou Mesquita Dourada. Ela, no entanto, divide espaço no mesmo bairro com a Igreja de Quiapo, onde se pode encontrar o Black Nazarene (ou Cristo Negro), um santo considerado milagroso e, portanto, destino de diversas peregrinações, outro exemplo do halo-halo que é a cultura filipina.

    Embora uma interpretação mais rígida do islã não permita entretenimento na forma de música, as danças e músicas folclóricas sofreram também influência do islamismo. Dividida em três categorias (grupos cristãos, grupos muçulmanos e grupos étnicos), as apresentações dos grupos de filipinos-muçulmanos contam, em geral, uma história através de dança e música, tocada em instrumentos antigos do Sudeste Asiático que, de alguma forma, foram preservados.

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    Apresentações folclóricas desse tipo podem ser assistidas em lugares turísticos como a Villa Escudero, localizada a aproximadamente 1,5h de Manila, ou em alguns eventos especiais que ocorrem na região de Mindanao.

    Embora as duas religiões – católica e muçulmana – coexistam, não posso dizer que existe uma mistura; cada grupo permanece com o seu. Como já comentei antes, não vejo uma mistura nesse país feito de partes. Já senti, inclusive, que existe preconceito por parte de alguns católicos em relação a muçulmanos, mas não sei dizer se foram casos isolados ou se, de fato, existe esse preconceito.

    Um dos exemplos aconteceu um dia que voltávamos de alguma viagem. Estávamos na fila do táxi no aeroporto e chegaram um senhor e um menino que não parecia ter mais de 15 anos, ambos muçulmanos. Como o senhor era bastante mais velho, por questão de respeito, esperamos que eles pegassem o táxi antes de nós. Qual não foi a nossa surpresa quando o taxista que chegou se recusou a levá-los, mas queria nos levar? Acho que isso aconteceu porque nós éramos estrangeiros (e muitos acreditam que podem tiram vantagem disso e pedir mais dinheiro) e eles eram muçulmanos.

    Arrisco dizer que o preconceito existe. Nós temos a tendência em julgar tudo, principalmente aquilo que desconhecemos; isso faz parte do ser humano. Vemos o superficial ou somente aquilo que queremos enxergar…

    Particularmente, achei bem interessante investigar sobre o tema para poder apresentá-lo. O islamismo, de forma geral, é um tema que desconheço bastante e achei bem legal como a cultura muçulmana sobreviveu nas Filipinas mesmo após tanta coisa ter acontecido. Só espero, agora, que haja paz entre os povos e que todos, cristãos e muçulmanos, possam, um dia, simplesmente conviver.

    Até mais!!!

     

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    Tati Sato
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    Viajante por natureza e escritora por paixão, essa brasileira com genes japoneses e nome russo (Tatiana) mora fora do Brasil desde junho de 2007. Nascida e criada em São Paulo, Tati se mudou recentemente a Madrid após uma temporada de quase cinco anos em Manila, nas Filipinas. Já viveu em Dublin, Irlanda, em Barcelona, Espanha e agora, de regresso à terra de Cervantes, espera se estabelecer na capital espanhola e ali ficar pelas próximas décadas de sua vida. Eternamente curiosa e apaixonada pela beleza da vida (uma "cientista da vida") é autora do blog 'Trotamundos by Tati Sato', seu "diário de bordo" e teve textos sobre turismo publicados pela WSI Magazine.

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    9 Comments

    1. fabiana mesquita on September 8, 2014 3:32 pm

      Querida, adorei que vc falou sobre essa parcela da população tão humilhada pela Igreja Católica aí no sul das Filipinas. Não sei se vc sabe, mas meu doutorado é sobre um projeto de educação para a paz que envolve a nossa pastoral da criança, atuante aí e um grupo de muçulmanos pacifistas do sul do país. Uma gente muito boa e muito sofrida. Não sei se do jeito que está hoje, funcionaria a independencia pra eles, porque é o estado mais miseravel e mais afetado pelos desastres naturais em td o país, mas um pouco de respeito já ajudaria muito..saudades
      bjs

      Reply
      • Tati Sato on September 11, 2014 12:53 am

        Oi Fabi! =) Eu acho que existe muito preconceito nas Filipinas, em todos os lados. Existe preconceito em relação a estrangeiros (afinal, nós ganhamos muito mais! SQN!) e existe um preconceito nítido em relação ao islamismo… Acho que respeito, como você disse, é fundamental em qualquer relacionamento e vejo que falta muito isso aos filipinos de forma geral, sempre respeitando a parcela da população que já o exerce.

        Acho engraçado… Na Bíblia se diz “amar ao próximo como a ti mesmo” (ou algo assim), o que para mim é uma frase fundamental na vida, destacando a segunda parte. Mas, ainda assim, temos que amar ao próximo. E entender que diferenças existem, mas saber respeitá-las.

        Um beijo, linda!

        Reply
    2. Cleo Vassiliou on September 10, 2014 9:33 pm

      Oi Tati, adorei seu texto.
      Bem, é muito triste ver que em pleno século XXI ainda há preconceito espalhado por aí, principalmente quando isso acontece por causa do credo de outrem.
      Mas agora falando das coisas boas, também sou apaixonada por pérolas e nem sabia que elas vinham daí….rs… vivendo e aprendendo 😉

      Esperando pelos próximos posts.
      Mwah!

      Reply
      • Tati Sato on September 11, 2014 12:56 am

        Oi Cleo!

        Como disse na resposta que deixei à Fabi, existe muito preconceito sim… É bem triste quando realizamos isso! Eu sei que carrego muitos preconceitos, mas vivo uma luta diária para aceitar que as diferenças existem e que elas têm que ser respeitadas. Aprender isso é bastante duro, mas muito enriquecedor! =)

        Sobre as pérolas… Menina! Eu não gostava. Honestamente, achava uma coisa meio senhora-Chanel, sabe? Mas então conheci o Greenhills e todas as milhares de opções de colares e pulseiras! E, ainda que esteja usando meu colar de turquesa mais que qualquer outro ultimamente (sempre saio nas fotos com um colar com uma mega pedra azul), eu amo todas os milhares de adornos de pérolas que tenho!

        Um beijo!

        Reply
    3. Iara caldeira on September 10, 2014 9:58 pm

      olá, estava fazendo uma busca aqui no Google e me deparei com seu texto….eu gostei muito e eu gostaria que pudéssemos entrar em contato pois tenho algumas dúvidas relacionadas aos trabalhos por aí e caso vc tenha um tempo ficaria muita agradecida se pudesse entrar em contato comigo pelo meu email iaracsa@hotmail.com

      Reply
      • Tati Sato on September 11, 2014 12:58 am

        Oi Iara, obrigada por ler o meu texto! Você pode me contactar através do tati@brasileiraspelomundo.com. Sobre trabalho, escrevi um post sobre ele. Você pode lê-lo?

        Eu acho que existem muitas oportunidades de trabalho nas Filipinas, mas trabalhar com asiáticos, de forma geral, pode ser bem desafiador. Mas me escreva. Quem sabe você não me dá ideias para os próximos posts? =)

        Obrigada outra vez! Beijos

        Reply
    4. Joy Matta on September 11, 2014 5:38 pm

      Tati, adoro teus textos, tao didáticos e interessantes!!!
      Uma pena perceber como o preconceito contra o qual tanto se luta aparece com maior frequência que imaginávamos e nos países mais inesperados….
      Abraços e espero pelo próximo texto com ansiedade!

      Reply
    5. José eduardo on April 26, 2016 12:01 am

      Muito legal o texto e bastante informativo. Porém na questão do preconceito dos cristãos que são maioria, com relação aos muçulmanos, interessante notar um lado positivo, de que o preconceito não levou os cristãos a montarem grupos terroristas, que sequestram estrangeiros turistas e cristãos locais, demandando enormas somas de dinheiro para a sua soltura. E quando suas demandas não são satisfeitas, decapitam, e jogam a cabeça para ser achada nas ruas. Isso aconteceu essa semana com um turista canadense, John Risdel,68. E tal prática de cortar a cabeça dos infiéis Cristãos, tornou-se já uma prática corriqueira. Há no momento mais 2 turistas na fila da decapitação: 1 norueguês e outro canadense, além de um grande número de cristãos nativos da região, capturados nos ultimos meses. Minha conclusão seria, prefiro ser vítima de preconceito (quem pode culpa-los por isto?) do que vítima de agressão à minha vida e a minha paz.

      Reply
      • Tati Sato on April 29, 2016 4:08 pm

        Olá José Eduardo. Obrigada por acompanhar o Brasileiras pelo Mundo.

        Infelizmente, acho que você está confundindo terrorismo fundamentado em religião com preconceito em relação a religião. Sequestros acontecem em diversos lugares do mundo e, quando o valor pedido não é pago, muitas vezes a vítima sofre e acaba sendo assassinada, não é mesmo?

        Sobre o preconceito, acho muito complicado você tentar defendê-lo e acho que não há NENHUM lado positivo. O preconceito é a formação de uma opinião antes de conhecer a realidade e acreditar que todos os muçulmanos sejam terroristas é generalizar. Assim como nem todos os cristãos fizeram parte nas Cruzadas ou queimaram pessoas na fogueira durante a Santa Inquisição, gosto de acreditar que nem todos os muçulmanos sejam sequestradores.

        Acho que deveríamos conhecer um pouco a realidade alheia e entender sua cultura. Não acho que o taxista filipino tenha tido razão em se recusar a pegar o senhor e o menino porque, além do preconceito evidente, ele também queria tentar ganhar mais dinheiro porque nas Filipinas o estrangeiro é associado a rico. Mas isso é outra discussão para outra vez.

        Reply

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