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    Home»Imigração»Imigração, depressão e vitimização
    Imigração

    Imigração, depressão e vitimização

    Fabrícia ErlerBy Fabrícia ErlerJune 26, 20194 Comments7 Mins Read
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    Imigração, depressão e vitimização.

    O que vou compartilhar neste artigo está relacionado com a minha realidade, a minha história e espero que sirva de inspiração e ajuda. Trago aqui dois tópicos que, tenho descoberto, são muito comuns na vida de  mulheres que mudam de país e algumas chaves que podem ajudar a enfrentar esses momentos de tantas reformas que a imigração traz para nós.

    Imigração x depressão

    “Quando a dor de não estar vivendo for maior do que o medo da mudança, a pessoa muda” –  Freud

    Sigo várias mamães e mulheres expatriadas pelo mundo no Instagram, o que de certa forma tem me ajudado muito nesse período morando fora do Brasil. E um tema sempre abordado entre elas é a depressão.

    A vida em outro país é bem complicada e cheia de desafios, mas a vida é difícil para todos, expatriados ou não. A diferença é que saímos da nossa zona de conforto forçadamente.

    Se você morava em seu próprio país ou na sua cidade, perto da casa dos pais, avós, com os mesmos vizinhos a vida toda, com os mesmos amigos, com seus domingos de almoço em família, se tinha o mesmo trabalho desde que saiu da faculdade, saiba que você estava dentro da sua zona de conforto, da sua rede de apoio.

    E, se você sempre quis mudar e não sabia como, a imigração fez isso forçadamente. Um exemplo pessoal meu, é que eu até tentava mudar algumas coisas na vida, mas no final, voltava pra zona de conforto. E eu não entendia porque sentia aquilo no meu coração, aquele incômodo por não querer viver as mesmas coisas todos os dias da semana, vontade de programar algo diferente, de sair da rotina numa quarta-feira. Quando eu via aqueles programas de TV que falavam sobre os animais da África, ou aquela cultura mexicana, ou os parques nos EUA, ou a neve linda na Suíça, tudo o que eu fazia era chorar. Que vontade de ver esses lugares, conhecer essas culturas… Talvez essa minha ansiedade por mudança, me fez aceitá-la e recebê-la de braços abertos, não sei.

    Sempre penso que se todas essas mudanças que eu queria experimentar me trouxeram tristeza, saudades da família e até do cheiro do pão da padaria, seriam muito piores para aquelas pessoas que nunca desejaram viver isso.

    Essa frase de Freud, que coloquei no tópico do tema, parece que foi escrita para nós, imigrantes. Claro que ela tem um fundamento e uma história, mas meu objetivo aqui é tentar ajudar você que está passando por uma depressão.

    Ao sair de seu país, o primeiro passo de mudança já foi dado, e todos os caminhos que te fazem passar a imigração já estão traçados, agora só falta aceitar. Então, não adianta de certa forma, querer refazer a mesma vida que você tinha antes. Isso vai te trazer mais dor ainda. Vire a página desse caderno em branco e comece a escrever uma nova história. Agora você precisa aceitar a mudança, e mudar! Ficar relembrando e tentando refazer o seu passado no presente só vai te trazer mais sofrimento e consequências. Não tenha dúvida, a sua dor é maior que o medo que você tem do diferente e do novo, que estão à sua frente, ou seja, a dificuldade de não estar vivendo a vida que você já conhecia te paralisa. Se você for capaz de perceber isso você terá duas opções: parar, se sentir fraca e, ainda que ela já tenha ocorrido, não aceitar a mudança ou, sua segunda e melhor opção, olhar pra frente e ver que tem uma vida diferente pra viver, uma segunda chance.

    “Para fazer mudanças profundas em sua vida você precisa de inspiração ou de desespero” – Anthony Robbins

    Se é o desespero que vai te fazer mudar de vida, que assim seja.

    Aqui no Brasileiras Pelo Mundo você encontra muitas matérias sobre depressão, e existem várias psicólogas que fazem trabalho on line, procure uma e saia dessa situação. Você está nesse mundo para cumprir um propósito, ninguém nasce sem um sentido nessa vida. Busque ajuda e viva! Aonde quer que seja.

    Leia também: Quando a depressão ataca e você precisa de ajuda

    Imigração x vitimização

    “Nosso futuro é decidido pelas decisões que tomamos e não pelas desculpas que damos” – Tiago Brunet

    Essa frase do escritor e coach Tiago Brunet, nos leva a refletir sobre como temos a capacidade de definir o nosso futuro, apenas com as nossas decisões. Eu realmente depois que sai do Brasil entendi o quanto nos vitimizamos.

    Algumas frases que escuto muito, mas com as quais não concordo: “Eu não sei tomar decisões porque meus pais não me ensinaram a ser independente” ou, “não sou bem sucedida porque a escola que estudei não era boa o suficiente”, ou ainda “minha cidade não me deu as oportunidades necessárias para eu ser alguém”.

    Tudo desculpas para não assumir as suas próprias decisões. Quantos amigos eu tive, na mesma cidade e escola, que hoje são super bem sucedidos… Quantos homens e mulheres que nem pais tiveram, ou enfrentaram uma vida de dor e sofrimento e são pessoas boas, decididas, que ajudam outros, que venceram na vida não apenas financeiramente, mas que olham para o próximo com amor e misericórdia e sem rancor pela vida que levaram…

    Mas o que isso tem a ver com a imigração? Tudo. No processo de imigração a nossa vida é trabalhada e revisitada em todos os sentidos, creio que por isso muita gente fica num estado quase de loucura. Mergulhamos no mais profundo de quem somos, e começamos a enxergar desde a menina que sonhava com o que seria quando crescesse até a moça que foi para a faculdade e a mulher que, depois de alguns anos, se vê deixando sua carreira, sua casa e família pra mudar completamente de vida e ter que se reconstruir. Uau! Podemos nos afundar dentro de nós mesmas, ou podemos tomar decisões e continuar a viver.

    Ainda esses dias ouvi uma mãe expatriada dizer que nós, como brasileiras, não nos unimos nem nos ajudamos fora do país. Está aí uma frase que escuto de muitas mulheres. E realmente atesto ser verdadeira.

    Mas o que fazer com essa realidade? Ficar reclamando e se vitimizando? Falar mal dos outros expatriados? Porque não mudar minha atitude e quando chegar um novo brasileiro, abrir as portas, oferecer ajuda e mostrar que sou uma brasileira solicita? Sejamos nós a ponte de ligação.

    Se alguém não foi assim com você, não repita esse padrão. Seja você o refúgio para o novo amigo que acaba de chegar e que tanto precisa de dicas pra se adaptar. Se ele não quiser, deixe-o viver sua vida, mas se tiver a oportunidade, abra o coração para essa nova amizade nada planejada. E se depois essa pessoa não voltar pra agradecer, tudo bem também. Qual a motivação para ajudar alguém? Ajudar, ou receber aplauso depois? Claro que é bom ser reconhecido, mas não fique remoendo isso, faz mal pra você mesma.

    Termino esse texto com essa frase do coach Anthony Robbins, para que reflita e que possamos tentar sair dessa juntas.

    “Saiba que são suas decisões e não suas condições que determinam seu destino”.

    Até o próximo texto. Comente aqui o que você pensa sobre esse tema e se esse texto te ajudou de alguma forma.

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    • Como aceitar a nova cultura
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    #mexico depressão imigração mudanças
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    Fabrícia Erler
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    Fabricia é capixaba, nascida em Vitória. Formada em Música e Teologia, trabalhava como cantora e professora de Técnica vocal. Sempre teve o sonho de morar fora do país para conhecer novas culturas, paisagens e línguas além de viver novas experiências. Ama viajar em família e conhecer em detalhes os pontos turísticos e com isso tem ajudado pessoas próximas a fazerem suas viagens com dicas e conteúdo sobre os lugares. Mora na Baja Califórnia, em Mexicali, divisa com os EUA, com o marido e as filhas.

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    4 Comments

    1. Isaac Carneiro Victal on June 26, 2019 3:54 pm

      Discordo,ninguém tem esse poder todo sobre a própria vida,são sim as nossas condições que determinam o nosso destino.Adoro por meu turno esse negócio de mudança,sou uma pessoa aberta a tudo e que deseja experimentar de tudo.Noto que muitas pessoas por serem preconceituosas não aprendem nada,podem fazer a volta ao mundo isso só faz aflorar seus preconceitos com outras culturas.Também tem o caso de que se detesto calor,não vou me adaptar ao nordeste.Caso a pessoa não goste de cidade pequena,não vai se adaptar a morar no meio do mato no Amazonas.Todo mundo possui algumas preferências que não abrem mão,é uma questão subjetiva.

      Reply
      • Fabrícia Erler on July 3, 2019 5:37 pm

        Ola Issac. Sao dois pontos de vista entao, pra mim sim temos poder sobre as nossas decisoes, eu posso sim escolher ter uma vida diferente caso tive um pai alcoolatra, nao preciso necessariamente viver a mesma vida que ele levou. eu posso lutar e mudar isso, Se eu nao tenho forcas pra fazer isso sozinha posso pedir ajuda medica, psicologica ou psiquiatrica, mas quem tem que tomar a decisao de mudar sou eu. Ninguem vai fazer por mim. Sou responsavel pela minha vida. Deus me deu essa vida pra viver, e eu preciso vive-la da melhor forma, mesmo que eu va morar no deserto, como é o meu caso, e vivo no calor, que particularmente me faz mal. Agora imagina se eu so reclamasse porque o *destino* me trouxe pra ca. Minha vida seria um inferno. Prefiro olhar as coisas boas que tenho aqui. Esse texto escrevi pensando em mulheres expatriadas que estao em depressao. Elas podem pedir ajuda pra enxergar as coisas diferentes, ou ler textos mais positivos e verdadeiros, de gente que tem lutado contra a depressao, e se espelhar nisso pra sair do buraco da depressao. Muito obrigada por comentar o texto, é bom ler opinioes diferentes. Gosto disso.

        Reply
    2. Isaac Carneiro Victal on July 6, 2019 4:37 am

      No final das contas as mulheres por exemplo acabam relegadas a certas profissões que pagam pouco devido à sua condição social.Existem pessoas que fogem disso mas estatisticamente a maioria é que deve ser levada em conta não casos individuais,por exemplo existem poucas mulheres presidentes e muitas faxineiras isso deve sim ser levado em consideração.Sobre o clima,realmente Mexicali é famosa por ser o inferno na Terra no verão,mas diferentemente de Vitória por exemplo esfria muito no inverno e até neva nas montanhas próximas,é um calor INSUPORTÁVEL que dura metade do ano no máximo não 10 meses do ano como no Rio de Janeiro por exemplo ou até o ano todo como no Nordeste.

      Reply
    3. Melissa Menezes on September 3, 2019 3:26 pm

      Olá Fabrícia! Tudo bem?
      Eu me identifiquei muito com tudo q vc escreveu, moro em uma pequena cidade próxima de Atlanta na Geórgia fazem 3 anos. E eu sou bem o seu exemplo de ter morado 27 anos no Brasil. na mesma cidade, mesmos amigos, mesmo trabalho e morava na mesma rua dos meus pais… o desafio é gigante e me sinto paralisada em muitos momentos, bem como vc descreveu. Suas palavras me ajudam muito, pois é sempre bom saber q não somos os únicos neste desafio de renascer em um lugar completamente diferente do que vc estava acostumado. Aqui temos uma comunidade grande de brasileiras e somos muito unidas, todo mundo ajuda todo mundo… sinto q a parceria aqui é bem maior do que no Brasil. Talvez pelo fato de todos estarem na mesma situação, longe de suas famílias… Inclusive foi uma das brasileiras do nosso grupo q passou o link do seu texto p mim. Quero te agradecer muito pelo artigo e saiba que vc ajuda muito gente abrindo sua intimidade e se dispondo a fazer isso pelo próximo. Espero manter contato com vc e quem sabe um dia pessoalmente…. obrigado!!!!!

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