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    Home»Criando Filhos Pelo Mundo»A influência cultural no sistema de ensino no Brasil e India
    Criando Filhos Pelo Mundo

    A influência cultural no sistema de ensino no Brasil e India

    Rachel TardinBy Rachel TardinSeptember 19, 20176 Comments5 Mins Read
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    Foto: Acervo pessoal
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    Os meus filhos, durante a maior parte da sua vida escolar, frequentaram uma escola católica tradicional em Curitiba. Assim, a agenda deles era similar a da maioria dos seus amigos, ou seja, escola, esporte, inglês em curso complementar, refeições feitas em casa e lições revisadas pelos pais.

    Na minha percepção de mãe, bem como de Psicóloga profissional, constatei a ansiedade dos pais para que seus filhos tivessem uma educação bilíngue e globalizada. Nesse sentido, refleti muitas vezes sobre qual seria a proposta pedagógica ideal para a vida dos meu filhos, mesmo percebendo-os felizes, adaptados e com uma socialização saudável no ambiente escolar.

    A vida seguia num crescente e ambos cumpriram os protocolos esperados no âmbito escolar, aliás, durante 11 anos na mesma escola, em diferentes etapas da infância e adolescência.

    O meu filho mais velho fez o tradicional intercâmbio, tendo morado por um ano com uma família americana e, por isso, retornou com um bom nível de inglês. Tendo ele concluído a grade escolar brasileira do nível médio, ele optou por cursar Medicina e, por seu histórico, decidimos que seria mais adequando cursar a faculdade no Brasil.

    Já o meu filho mais novo, deparou-se com a mudança de país quando tinha 12 anos de idade e acabara de concluir o atual sétimo ano, ou seja, em pleno início de adolescência. Como a atenção da família estava voltada para essa transição que englobaria um universo desconhecido, todo o processo de “transferência” teve início na escolha da nova escola dele na Índia. Tal decisão foi pautada por indicação de outras famílias brasileiras, cujo critério prioritário foi optar por uma escola que oferecesse o Bacharelado Internacional (International Baccalaureate – IB), uma qualificação educacional reconhecida internacionalmente, criada com a intenção de simplificar a transição para o ensino superior em uma universidade internacional e presente atualmente em mais de 4 mil estabelecimentos escolares no mundo.

    O IB aborda diferentes etapas da vida escolar do aluno e abrange desde a educação infantil até a conclusão do ensino médio e é aceito em universidades de renome. A qualificação mais famosa oferecida é o International Baccalaureate Diploma para estudantes de 16 a 19 anos. Esse método pedagógico visa estimula o estudante a pensar de forma critica e globalizada, imprimindo tal dinamismo ao curso de forma a tornar os alunos responsáveis pelo seu próprio desempenho educacional.

    Após um ano e meio da nossa chegada, percebi peculiaridades e diferenças nas propostas pedagógicas e compartilho aqui os pontos que mais me chamaram a atenção. É possível constatar que, por mais que busquem ampliar suas metodologias de ensino, as escolas brasileiras mantêm o perfil da corrente pedagógica tradicional, a qual dá ênfase ao conteúdo programático fixo e à quantidade de informações para repassar o conhecimento ao aluno, com vistas a prepará-lo para o exame vestibular. Some-se a isso outros dois aspectos: as salas de aulas são numerosas, com cerca de 30 alunos ou mais, e os principais materiais pedagógicos são os cadernos e livros. Creio que, nos últimos trinta anos, a mudança mais expressiva no ensino foi a forma de se olhar para o aluno, que hoje não é mais visto como agente passivo do processo de aprendizado.

    Relativamente às escolas na Índia, a qualidade de ensino nas instituições privadas é de excelente qualidade, com metodologia bilíngue e internacional. Grande parte dos indianos que têm acesso a esse padrão de ensino optam por se graduar na Europa ou nos Estados Unidos. Essa experiência me fez mudar de opinião positivamente sobre o ensino nas Índia.

    Cerca de 80% de alunos da escola que meu filho frequenta são estrangeiros e, como toda boa escola internacional, a maior parte do corpo docente é expatriado. Portanto, entramos num patamar globalizado, num mundo que, às vezes, me parece “suspenso” no planeta Terra, onde tudo flui numa velocidade desconhecida e alunos e professores vindo e indo mundo afora com uma facilidade que eu nem imaginava existir. O dinamismo pedagógico é envolvente, todo o processo é prático e com pouco uso de caderno e livros tradicionais. Os trabalhos sociais são priorizados e o convívio intercultural, por si só, já proporciona a amplidão de pensamento.

    A meu ver, tal contexto parece ilustrar a ideia do sociólogo Zigmunt Bauman que cunhou o conceito de “modernidade líquida” para definir o tempo presente, cujas mudanças de perspectivas acontecem em ritmo intenso e vertiginoso. As formas de vida contemporânea, segundo ele, assemelham-se pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos. Bauman ainda afirma que “os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo muda muito rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada é feito para durar”.

    É certo que a estabilidade que consolidamos através de nossas origens culturais é importante para a formação das crianças, mas também é certo que dia a dia o mundo nos mostra outras alternativas de sobrevivência social e cultural. Tomo como exemplo meu filho, que hoje tem novos amigos aqui na Índia, frequenta a casa deles e, juntos, fazem programas e reuniões sociais. No decorrer do tempo, contudo, pode ser que ele perca contato com essas pessoas, pode ser que ele retome contato com seus amigos de infância com quem compartilhou o sentimento de pertencimento de uma cultura.

    De toda forma, em qualquer tempo, o mais importante é conseguir ampliar nosso olhar para novos aprendizados, para novas interações, para aprimorar nossa versatilidade intelectual, nossa capacidade de análise e nossa conectividade social. É extremamente importante ser consciente de que não há melhor ou pior, certo ou errado e, sim, as circunstâncias do momento e a nossa habilidade em lidarmos com as novas experiências que vivenciamos.

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    Rachel Tardin
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    Rachel é natural de Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo, psicóloga, mãe de dois filhos, já morou no Rio de janeiro e em Curitiba. Atualmente reside com a família em Bangalore - Índia, desde novembro de 2015.

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    6 Comments

    1. Vânia on September 20, 2017 1:43 am

      Muito bacana, Rachel!!!
      Parabéns pelo texto e por expor tua experiência.
      Ir para a Índia foi uma escolha ou mudança profissional?

      Seja feliz, querida!!
      Vânia

      Reply
      • Rachel Tardin on September 20, 2017 2:43 am

        OI Vania, estou acompanhando meu marido.

        Reply
    2. Marli miranda on September 28, 2017 1:11 am

      Parabens, por compartilhar sua experiencia

      Reply
      • Rachel Tardin on September 28, 2017 10:45 am

        Obrigada.

        Reply
    3. Giovanna Mayer on November 16, 2017 7:47 pm

      Rachel, lindo texto!
      Não sabia da sua ida para a Índia, comentei com uma colega que sua ajuda foi fundamental para engravidar e ela me disse: “A Rachel tá na Índia” e me falou do blog!
      Li todos os textos e adorei a sua percepção.
      Sucesso aí e aproveite ao máximo a estadia!

      Reply
      • Rachel Tardin on November 19, 2017 6:17 am

        Oi Giovanna,
        Que delicia de mensagem e adorei saber que esta bem!!!Fico contente pelo seu feedback!!! Realmente minha experiência na India tem sido muito rica e proveitosa!!!! Um grande abraço,
        Rachel

        Reply

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