Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»As mulheres indianas são felizes?
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    As mulheres indianas são felizes?

    Rachel TardinBy Rachel TardinMarch 29, 20181 Comment5 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Pixabay.com
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    As mulheres indianas são felizes?

    Segundo um ditado hindu popular, o nascimento de uma menina é como a chegada de Lakshmi, a deusa da riqueza. Isso deveria garantir um lugar de destaque para as mulheres na sociedade indiana, especialmente agora que o país está crescendo em influência global e economicamente. Hoje em dia é comum ver médicas, advogadas e burocratas bem-vestidas em traje ocidental dirigindo motos ou carros para trabalhar. Contudo, apesar desse avanço, é fato que muitas indianas sofrem como antigamente e têm seu destino marcado por fatos cruéis, discriminação, violência física e sexual.

    As agressões contra as mulheres na Índia começam ainda antes do nascimento e se espalham por todas as classes sociais. Muitas famílias indianas, mesmo as mais ricas, veem o nascimento de uma menina como um desperdício financeiro. Gastos com educação, alimentação, pagamento de dotes pesados no momento do casamento e o fato de as mulheres passarem a integrar exclusivamente o núcleo familiar do seu marido fazem as meninas parecerem um fardo.

    Isso implica inúmeros assassinatos de bebês do sexo feminino. A problemática é tão grande para o país que o governo proibiu que os médicos revelem o sexo do bebê antes do nascimento, em vista do expressivo número de abortos seletivos de fetos femininos e do infanticídio. As consequências são drásticas. Hoje o país tem 37 milhões de homens a mais que mulheres e esse desequilíbrio resultou no aumento no número de estupros e tráfico humano, tornando a Índia um dos piores países do mundo para uma mulher viver.

    Leia também: A vida sofrida das mulheres haitianas

    Exemplo disso foi o caso da estudante Jyoti Singh, de 23 anos, morta em decorrência de um estupro coletivo em Nova Delhi em 2012, que colocou em evidência internacional um problema recorrente na sociedade indiana: o abuso sexual contra a mulher. À época, o fato deu lugar a diversas manifestações no país e no mundo. Apesar das medidas preventivas adotadas, as autoridades indianas têm dificuldades para combater crimes crescentes contra as mulheres, em parte porque uma mentalidade feudal prevalece entre os burocratas, magistrados e políticos tanto quanto em outros lugares. Certamente, será preciso uma mudança estrutural nas atitudes da sociedade para que as mulheres sejam mais aceitas e tenham mais segurança na Índia.

    Universo paralelo

    Entretanto, o cenário crucial sobre o tratamento brutal e discriminatório sofrido pelas indianas contrasta com a imagem vibrante, colorida e plena da mulher indiana, que se mostra feliz com sua cultura e com suas tradições, zela pela formação e pelo futuro da sua família de forma primorosa e concilia sua vida familiar a seus interesses pessoais e a sua carreira.

    Na religião hindu, que é a mais praticada na Índia, a maioria dos deuses possuem esposas e eles as amam, respeitam e cuidam delas de forma impecável. Este amor intenso é ilustrado, por exemplo, na linda história entre o príncipe Rama e sua esposa Sita, contada no Ramayana. Daí pode-se deduzir que, para os indianos, a vida é incompleta sem uma esposa e que seu marido fará tudo para fazê-la feliz.

    Como entender, então, duas realidades radicalmente distintas?

    Em meio a esse caleidoscópio de informações, confesso que na época em que vim morar na Índia senti receio quanto a conviver num ambiente tão conturbado e perigoso para as mulheres. Realmente foi preciso considerar as diferenças de comportamento para não colocar em risco minha segurança pessoal. Após dois anos e meio residindo no país, nunca presenciei nada constrangedor nesse sentido, embora tenha uma rotina bastante cautelosa como não sair às ruas à noite, usar trajes “adequados” e não frequentar lugares nos quais não me sinta segura.

    É claro que a adaptação e o entendimento de uma nova cultura exigem paciência, estudo e flexibilidade, especialmente na Índia, com tradições religiosas e culturais tão intensas que misturam-se às crenças, aos valores e ao comportamento do povo. Para essa análise, há que se considerar que a cultura ocidental enfatiza as características e valores individuais que nos diferenciem para que consigamos desenvolver uma boa autoestima, amor próprio e realização pessoal. Já a cultura oriental prioriza os valores sociais e familiares, sem questionamento dos costumes.

    Uma das grandes lições que aprendi aqui na Índia foi o desapego a paradigmas, pois isso nos permite lançar um olhar diferenciado e novo para cada circunstância. O aprendizado está na compreensão isenta de crítica ou acolhimento.

    Por meio da literatura e da observação dos costumes elaborei meus próprios conceitos e questionamentos sobre o papel da mulher indiana que, num amplo espectro, abrange tanto as jovens que aceitam docilmente o casamento arranjado por sua família __ e muitas mulheres são felizes nesse contexto __, como as jovens que saem de casa e que buscam uma vida independente e que também contam com o apoio da sua família para suportar as pressões sociais __ e que se sentem realizadas a cada conquista, mesmo diante dos preconceitos.

    Do material de estudo para melhor compreensão da estrutura familiar dos indianos, indico dois trabalhos em especial: a coletânea da autora Jhumpa Lahiri, nascida em Londres numa família de origem indiana e criada nos EUA que aborda os conflitos e dilemas das famílias indianas que, mesmo que migrem para outros países, não conseguem se desvencilhar das suas raízes e costumes, tamanha a força da sua cultura, e a série “Daughters of Destiny”, produção de Vanessa Roth, que conta a história de cinco meninas da casta dos intocáveis que são atendidas por um projeto denominado de Shanti Bhavan School, aparado pelo empresário Abraham George.

    O que importa é que cada qual sinta-se feliz em sua realidade e possa viver suas conquistas com plenitude e sabedoria de forma digna e saudável.

    Textos relacionados

    • O amanhecer na Índia
    • Guto Souza – Chef brasileiro na Índia
    • Conhecendo Bangalore
    • Qual o idioma oficial na Índia?
    • O Natal e demais feriados na Índia
    • Dez curiosidades sobre a Índia
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    aborto índia amor indiano Bangalore brasileiros na Índia familia indiana literatura indiana mulher indiana ser mulher na Índia violência contra a mulher
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Rachel Tardin
    • Website
    • Instagram

    Rachel é natural de Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo, psicóloga, mãe de dois filhos, já morou no Rio de janeiro e em Curitiba. Atualmente reside com a família em Bangalore - Índia, desde novembro de 2015.

    Related Posts

    Sobre ser mulher no Egito

    April 27, 2021

    Enfermeira Imigrante em Nova Iorque

    March 13, 2021

    Mulher americana: ontem e hoje

    March 8, 2021

    1 Comment

    1. ALESSANDRA SANTIAGO on January 10, 2019 6:37 pm

      Onde nao há respeito e liberdade nao ha beleza .Realmente uma linda cultura mas somente para homens muito triste .Ser prisioneira e viver com medo nao vejo nada alem de medo.

      Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.