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    Home»10 Motivos»10 lições que aprendi na Bósnia e Herzegovina – Parte 2
    10 Motivos

    10 lições que aprendi na Bósnia e Herzegovina – Parte 2

    Caroline SampaioBy Caroline SampaioJune 8, 20181 Comment5 Mins Read
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    Foto: Pixabay.com
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    10 Lições que aprendi na Bósnia e Herzegovina – Parte 2.

    No texto passado, eu listei as cinco primeiras lições que aprendi morando na Bósnia e Herzegovina. Se você ainda não leu esse texto, clique aqui.

    No texto de hoje eu dou continuidade à narrativa e compartilho as outras lições que me foram ensinadas pelos habitantes da Bósnia e Herzegovina.

    A ajuda pode vir de onde menos se espera

    Foto: Pixabay.com

    Um conflito armado pode transformar amigos em inimigos. E vice-versa. Da mesma forma que amizades são desfeitas, novas relações podem ser construídas. Relações essas extremamente improváveis.

    Durante esse tempo aqui, ouvi histórias de pessoas cujos amigos e vizinhos viraram-lhe as costas. Até mesmo familiares. Sem ter a quem recorrer, vendo o cerco se fechar e a possibilidade de morrer ou de serem enviadas a um campo de concentração se aproximar cada vez mais, essas pessoas, já desesperançosas, se viram em uma encruzilhada. E foi quem elas menos esperavam que estenderam a mão e as ajudaram: os que eram considerados “inimigos”.

    Alguns receberam apoio gratuito de soldados do exército inimigo. Seja para fugirem, seja para se fingirem de mortos, seja para serem retirados dos comboios que levariam aos campos de concentração. Outros tiveram ajuda de cidadãos comuns das etnias adversárias. Receberam comida, roupas e abrigo. Famílias esconderam seus adversários em suas casas.

    Muitas vezes, quem você considera o seu amigo vira-lhe as costas e quem você julga ser o seu inimigo estende-lhe a mão.

    Tempos de guerra mostram que as relações humanas nem sempre são fáceis de serem compreendidas, mas que é possível encontrar benevolência nos lugares menos prováveis.

    Tudo passa, mas a família fica

    Foto: Pixabay.com

    Não interessam os bens materiais, não interessa quanto dinheiro você tenha. Quando uma guerra estoura, só há uma preocupação real: manter você e sua família vivos. Você não se importa em perder a casa. Você não se importa em perder todo o seu dinheiro. Tudo o que importa naquele momento é fazer com que a sua família sobreviva.

    Ouvi relatos sobre homens que entraram para o exército apenas para proteger os familiares. Outros, antes da guerra, não eram bons pais ou bons maridos, mas durante o conflito, fizeram o inimaginável para proteger a família.

    Muitas mulheres também sacrificaram a si e a sua dignidade para preservar os entes queridos.

    Vivendo em um país pós-guerra civil, eu pude notar que a percepção de família para aqueles que testemunharam um confronto pode ser bem diferente daqueles que nunca viveram um conflito armado. Quem presenciou a guerra na Bósnia e Herzegovina é muito apegado aos familiares. Para eles, a família vem em primeiro lugar.

    A guerra passa. A família fica.

    Leia também: Família é tudo

    Somos todos frágeis seres humanos

    Foto: Pixabay.com

    Não importa a etnia. Não importa a religião. Todos nós temos os nossos fantasmas. Todos nós temos os nossos traumas, as nossas cicatrizes.

    Eu pude observar bem isso aqui na Bósnia e Herzegovina. As três etnias sofreram. As três religiões padeceram. Todos os lados do conflito foram prejudicados e não é possível mensurar o sofrimento de cada um.

    A verdade é que, no fim do dia, estamos todos cansados dos nossos fardos. Não importa de onde viemos.

    O perdão é possível

    Foto: Pixabay.com

    Uma guerra proporciona tamanho sofrimento no ser humano que é impossível a pessoa não se transformar. A maioria daqueles que presenciaram o conflito na Bósnia e Herzegovina guarda algum tipo de rancor. Esse, aliás, talvez seja um dos maiores problemas do país atualmente. Quem viveu a guerra nutre tamanho ódio pelo outro a quem considera “inimigo” que acaba passando esse sentimento negativo para os filhos e os netos. Assim, o ciclo de ódio se perpetua.

    Entretanto, esse ciclo pode ser quebrado. Eu presenciei tal feito. Conheci várias pessoas que sofreram durante o conflito. Passaram por atrocidades tamanhas que, quando a guerra acabou, nutriam tanto ódio dentro de si que beirava o ímpeto homicida. Ao perceberem que o rancor não levaria a nada, não traria os entes queridos de volta à vida e não reconstruiria o país, essas pessoas, após muito trabalho interno, se viram livres da raiva. Elas não só conseguiram perdoar o próximo como também ensinaram outras pessoas a também perdoarem a quem as tinha feito mal.

    É possível se reconciliar com o outro e com você mesmo.

    Resiliência

    Foto: Pixabay.com

    Durante o conflito, as pessoas na Bósnia e Herzegovina perderam suas casas. Perderam entes queridos. Foram violentadas e abusadas. Fugiram do país.

    Então, elas reconstruíram suas casas. Voltaram para a sua terra natal. Voltaram a trabalhar. Algumas buscaram ajuda profissional para superar os traumas.

    Os sobreviventes foram vivendo um dia de cada vez.

    Ao observar os habitantes da Bósnia e Herzegovina, eu aprendi que não importa o que tenha acontecido.

    O ser humano é sempre capaz de se reerguer.

    Leia também: As Mulheres dos Escombros: Trümmerfrauen

    Até a próxima!

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    Caroline Sampaio
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    Caroline nasceu e cresceu em Niterói/RJ. Advogada, pós-graduada em Gestão de Negócios Internacionais e especialista em Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário, atualmente mora na Bósnia e Herzegovina e é voluntária em uma ONG que promove a reconciliação entre as diferentes etnias que participaram da guerra civil.

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    1 Comment

    1. Michael devis on July 1, 2018 8:36 pm

      Ola Caroline, como consigo entrar em Contato contigo? Precisava tirar uams duvidas. Obrigado

      Reply

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