Maternidade na Áustria.
O artigo passado tratou do parto e de todo o sistema que ele, aqui na Áustria, envolve. Agora, vou abordar como são o pós parto e a maternidade na Áustria: um grande investimento para o futuro!
Após toda a infraestrutura de saúde pública movimentada para o cuidado com a gestante e o bebê, recém-nascido, vem uma outra megaoperação após o parto. Explico-me:
1 – A ginástica pós-parto:
Saída do sono profundo em que caí, após o parto (aqui na Áustria é terminantemente proibida a visita de qualquer pessoa, à exceção do pai ou companheiro(a) após o nascimento da criança. A justificativa médica é de que a mãe precisa se recuperar e o bebê também. Por isso, visita, só a partir do segundo dia de vida dos pequenos), recebo a visita da nossa fisioterapeuta, responsável pela ginástica para gestantes.
Logo às 08:00 da manhã, ouço um efusivo “bom dia”, um “parabéns pelo pimpolho” e vamos começar a “ginástica pós-parto”. Todos os dias, no mesmo horário, por quatro dias seguidos, efetuamos exercícios para circulação e liberação de inchaços e líquidos, que ficam retidos durante a gravidez e o parto. Cumpri o programa direitinho e posso atestar que, no quinto dia, eu já estava totalmente desinchada e sem nenhum incômodo. Entendi, portanto, o motivo de a saúde pública primar tanto pelo parto natural! Ok. Além disso, ganhei um prospecto com instruções para continuar a ginástica em casa e, após 4 semanas, já estaria apta a frequentar a ginástica pós-parto, oferecida no próprio hospital: essa atividade tem como meta regenerar, o mais rápido possível, a musculatura vaginal, aliviar a tensão do primeiro mês de maternidade e reforçar músculos de braços e pernas.
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Em clima de festa, revi todas as minhas colegas, que ganharam seus bebês em data próxima a minha e, mais ainda, pude conhecer todos os amiguinhos do meu filho, porque é estimulado que se levem as crianças junto para a sala de aula.
2 – Treinamento para Maternidade:
Com a chegada da junta médica (um médico e duas enfermeiras), para visita de rotina, preciso encarar a seguinte pergunta: “até quando a senhora gostaria de permanecer no hospital?”. Meu espanto de brasileira foi imediato, pois jamais imaginei um questionamento desses, principalmente em se tratando de hospital público. Respondi: “posso sair amanhã mesmo, assim já desocupo uma vaga”.
Os três se entreolharam muito esquisitamente e o médico insistiu: “a senhora tem certeza de que quer deixar o hospital amanhã?” Eu reafirmei que sim. Ok. Chegado o horário de visita, relato ao meu esposo o ocorrido e ele quase infarta. Corre até a Estação de Enfermagem e desfaz, perante os médicos e enfermeiras, meu mal entendido: quando do Curso de Pais, fomos informados que ficaríamos nos hospital para aprender as coisas relativas ao bebê. Eu pensei que isso duraria umas horas, uma palestra, enfim. Só que não! E um “não” bem sonoro!
As mães, após darem à luz, precisam ficar no hospital por ainda uns 4 dias: nesse período, aprendemos literalmente tudo com as enfermeiras (preparar o banho, trocar fralda, vestir, amamentar, reconhecer sinais de fome, de dor, de doenças mais simples, aplicar termômetro), além de todos os exames inicias de vida do bebê serem feitos na nossa frente, com o resultado divulgado na hora pelo pediatra. Nunca na vida pensei que existisse um sistema público de saúde que pensasse tão eficazmente nesse quesito. Você sai dali pronta e segura para enfrentar a vida com seu bebezinho em casa.
3 – Geschenkpakett ou Pacote de Presente:
Esse programa tem origem em 1927, quando a cidade de Viena prometeu a seus cidadãos que “mais nenhuma criança vienense viria ao mundo envolta em jornais”, ou seja, as mães receberiam do Estado de Viena, um mínimo, de roupas e fraldas para iniciarem a vida de seus pimpolhos, indiferentemente de classe social. Todas receberiam, ricas ou pobres! E, conosco, não foi diferente: após mais de 80 anos, Viena cumpre o prometido!
Para que se ganhe esse mínimo (que eu, vinda da realidade brasileira, já considero um luxo para sistema público), é necessário se cadastrar junto a prefeitura ou junto ao Serviço Social do hospital onde o nascimento do seu bebê está cadastrado. E, óbvio, deve-se estar legalizada no país. Quando da entrevista com a Assistente Social, recebe-se uma pasta repleta de informações: quais os presentes que se irá receber após o nascimento do nenê; os endereços de Jardins de Infância, locais de inscrição e documentos necessários para dali 2, ou 3 anos; e o plano de Licença-Maternidade.
De fato, dois dias após nosso Pinguinho nascer, a Assistente Social entregava uma infinidade de “mínimos”: 1 mochila com trocador integrado e compartimentos térmicos para mamadeira e demais pertences; 1 cobertorzinho térmico; 2 fraldas de pano; cupons para compra de fraldas descartáveis com 50% de desconto. Fora isso, havia ainda tudo o que o hospital fornecia: vitamina D, fraldas descartáveis; óleo para banho; hidratante para as mamas; lenços umedecidos; pomada; bico, enfim; enchemos nossa cama de casal com todo o “mínimo” que ganhamos das instituições públicas!
4 – Licença-Maternidade (Karenz) e Licença-Paternidade:
Aqui, por lei, o equivalente a nossa Licença-Maternidade, dura de 1 até 3 anos. A Licença-Paternidade pode durar até 2 meses.
O governo oferece um plano de afastamento remunerado a todas as mães que dão à luz em solo austríaco e estejam, rigorosamente, legalizadas caso não sejam nativas: a quantia atual foi revisada para 15 mil Euros. A mãe sai do mercado de trabalho pelo período de 1, de 2 ou de até 3 anos. É ela quem escolhe. Muito bem, escolhido o prazo, o valor é pago, divido em parcelas mensais, até findar a Licença. Durante esse período, a mãe tem seu emprego garantido e, após cessada a Licença, deve retornar. A contrapartida é que a criança compareça a todos os compromissos médicos designados em uma caderneta, que se recebe já do ginecologista quando da confirmação da gravidez. Nessa caderneta (Mutter Kind Pass) estarão, portanto, concentradas todas as consultas médicas, com as devidas assinaturas e carimbos. Lá pelo meio da Licença-Maternidade, você recebe uma correspondência da Secretaria de Finanças, solicitando tais e tais folhas da caderneta. Isso nada mais é que uma auditoria a fim de saber se a família cumpriu com as consultas do recém-nascido. Se detectado que não houve comparecimento da criança junto ao compromisso médico, o valor mensal recebido estará seriamente arriscado e muitas explicações serão necessárias para não perdê-lo definitivamente. Sistema muito inteligente e do qual não se ouve falar a respeito de fraude ou burlas! De fato, funciona e as famílias cumprem!
Essa quantia disponibilizada não se trata de nenhuma bolsa-auxílio social, visto que ricos e pobres têm direito a recebê-la. Mais uma vez: independe de condição financeira. O espírito por detrás desse programa é assegurar a estabilidade dos primeiros anos de vida da criança. A meu – privado – entendimento, o Estado firma uma espécie de pacto com as mães, do tipo: “eu, Estado, lhes dou tranquilidade, estabilidade e dinheiro e, em troca, vocês mamães, me devolvem um cidadão também tranquilo, saudável e com os primeiros laços vitais devidamente estreitados.” Esse parece ser o verdadeiro sentido da legislação de proteção à maternidade austríaca.
Todo esse investimento estatal preventivo – com certeza – reflete, primeiro: nas crianças, serenas, que não apresentam maiores problemas nos primeiros anos de vida; segundo: nas famílias como um todo, já que durante esse período, não têm maiores stresses com volta imediata, da mãe, ao trabalho, o que traz harmonia e tranquilidade; e, terceiro: no futuro da nação, que tem como sociedade, cidadãos – à medida do possível – equilibrados, estáveis!
Nosso país, infelizmente, ainda está anos-luz atrás desse modelo, mas meu objetivo é empoderar cada vez mais pessoas com informação acerca desse tipo de realidade, para, quem sabe, em algum lugar do futuro brasileiro, nos conscientizemos de que: se isso existe em outros lugares do mundo, por que não reivindicar algo parecido para nossas mamães, papais e pimpolhos?
Fica a reflexão!
13 Comments
Eu simplesmente fico perplexa com seus relatos Ana. Perplexa de saber que um sistema como este existe e funciona! Que poderia ser aplicado aqui no Brasil. Mas depois penso no “jeitinho brasileiro” e percebo o porquê que muitos programas ao redor do mundo funcionam, como o que você relatou, e no Brasil tudo parece ser uma fachada para “inglês ver”.
Super interessante seu texto. Compartilhei no meu face para que outros também fiquem perplexos. Obrigada!
Rose, olá!
Muito obrigada por ler, comentar e compartilhar!
Sim, agora tu imaginas meu choque diante de tudo isso, recém chegada do Brasil.
Existe, funciona e seria possível de se aplicar no nosso país. Recebi muitos comentários com a expressão parecida com a tua. As pessoas se diziam “em choque”!
Por isso escrevo, Rose, para que se possam abrir janelas de realidades outras, que não são ficção. São verdadeiras e factíveis!
Obrigada, mais uma vez, por compartilhar. Quanto mais “perplexos” houver, quem sabe não chacoalhamos nosso cenário para melhor, não é?
Grande abraço e até o próximo artigo!
Oi, Ana. Acho os seus textos sobre a Áustria super interessantes. Obrigada por compartilhar seus relatos! Aproveito para te perguntar uma coisa que estou tendo dificuldade em encontrar na internet: você saberia dizer como é o procedimento para prolongar a estadia na Áustria após entrar como turista? Te agradeço desde já a atenção!
Olá, Mariana.
Obrigada por ler e comentar.
Quanto a tua indagação: se teu prazo, inicial, de 3 meses não se esgotou ainda, sugiro que vá até a Embaixada Brasileira em Viena e te informes como proceder, pois até onde me conste, parece que deves deixar o Espaço da União Europeia e, depois, voltar e carimbar o passaporte com os últimos 3 meses, totalizando 6 meses. De toda a sorte, sugiro que contates o órgão oficial, pois não precisei fazer renovação, o que significa que não tenho 100% de certeza quanto a esse procedimento específico.
Se já esgotaste ou os primeiros 3 meses ou os últimos, sugiro, igualmente, que contactes a Embaixada a fim de evitares problemas legais de imigração.
Deixo o link para que possas consultar ou telefonar: http://viena.itamaraty.gov.br/pt-br/
Grande abraço.
Ana, novamente muito interessante seu texto. Qual hospital vc foi atendida? Parece ser muito organizado!
Só gostaria de complementar que a licenca paternidade pode durar mais que dois meses.
Vou dar o exemplo do meu orientador de mestrado. Após o nascimento do bebe, a esposa ficou em casa pelos primeiros 11 meses, e depois ele ficou por 7 meses. Esse plano é geralmente escolhido quando ambos os conjuges trabalham sem grandes disparidades salariais, pois assim ambos recebem (se bem me lembro) 80% do salario durante o afastamento. Assim a mulher pode voltar de forma mais agil ao mercado de trabalho. Alguns nao gostam deste modelo por durar “apenas” 18 meses, o que vem a ser pouco comparado aos demais modelos.
Esse modelo é bem novo pelo que ele me falou, pois pro seu primeiro filho ele pegou um modelo em que o pai fica 2 meses em casa. E pelas familias que conheco aqui a maioria dos papais passa esse tempo em casa.
Acho muito legal oferecerem tantas modalidades, pois assim cada casal pode decidir o que é melhor para si. E em todos eles a mae tem a calma de amamentar pelos primeiros meses de vida e o pai tem a grande chance de dividir as responsabilidades e participar desses primeiros meses.
Oi, Renata!
Muito obrigada por ler e comentar. Fico muito feliz!
E, mais importante, obrigada por essa informação acerca da licença-paternidade poder ser mais longa que apenas 2 meses.
Fui atendida pelo Hanusch Krankenhaus, no 14 Bezirk. Infelizmente, parece que irão desativar toda a maternidade senão esse ano, no próximo. Não sei o motivo, mas uma amiga acabou de ganhar nenê lá e trouxe essa novidade. Uma pena.
Sim, o sistema todo “conspira” a favor de uma criação tranquila das crianças, com a real presença dos pais e mães. Acho extremamente salutar e aprovo até debaixo d’água.
Acredito que esse plano seja realmente novo, pois no nosso dossiê de informações constava apenas a possibilidade de 2 meses para os pais, mas isso foi há 3 anos.
E os pais, aqui, de fato, pegam junto com as mães. Trabalhem elas fora, ou não. Bem interessante e um alívio prá nós. Hehehehe!!!
Grande abraço e até o próximo artigo!
Olá Ana! Me mudarei para Viena no início do ano que vem e, inicialmente, meu plano não é trabalhar logo de cara (pois não falo alemão e quero aprender lá). Meu marido é descendente de austríacos e fala alemão fluente, então a idéia é que ele comece a trabalhar e, depois que eu me habituar à língua, vou procurar emprego também. Agora uma dúvida: se por acaso eu quiser engravidar nesse meio tempo, sem ter um trabalho, o governo me ajudaria? Eu teria direito ao sistema público? Ele ajudaria com algum valor por mês (como faz com mulheres que trabalham e saem de licença maternidade)? Obs.: irei para lá com um visto familiar que me dá direito de estudar/trabalhar em toda a Europa, sem restrição, enquanto estiver casada com meu marido austríaco. Obrigada desde já!
Olá Ana,
muito bom o seu artigo.
Estou de mudança para a Austria e gostaria de entender se residentes legais que não trabalham, podem receber o plano de afastamento remunerado. E se sim, você sabe informar o valor?
Obrigada.
Alô, Juliana.
Obrigada por ler e comentar.
Se o que tu chamas de “plano de afastamento remunerado” é o período após o parto, seria o equivalente à licença maternidade brasileira, e aqui na Áustria chamado de Karenz, sim, a mãe que esteja regular no país, mesmo sem trabalhar, recebe o benefício. Não tenho como te dar certeza exata sobre o valor, mas se não me falha, havia sido corrigido para 15 mil euros, mas recomendo que tu dês uma pesquisada a respeito. Eu não trabalhava e recebi. Ressalto, entretanto, que meu marido estava empregado e minha documentação toda em dia.
Recomendo também que dês uma pesquisada geral no assunto, pois com a chegada de muitos refugiados aos país, pode ser que alguma regra tenha se alterado do tempo que escrevi até hoje.
Espero ter auxiliado.
Grande abraço.
Interessante seu texto. Você sabe se não-residentes podem ter filhos na Áustria? Meu marido é descendente austríaco (os avós dele vieram da Áustria), mesmo ficando fácil para nosso futuro filho morar na Áustria pensamos em tê-lo já na Áustria, para facilitar caso ele queira se mudar no futuro… Meu marido possui passaporte austríaco.. Será que é possível? Pesquisei na internet e não achei nada sobre
Alô, Polly.
Obrigada por ler e comentar.
Pelo que compreendi vocês querem, em um primeiro momento, vir apenas para ganhar o nenê.
Bem, mesmo com o passaporte austríaco, teu esposo precisaria, também, ter número de seguro-saúde austríaco (e-Card) para poder utilizar o sistema público e te colocar como dependente. Sem esse requisito, creio que somente contratando um plano de saúde privado daqui.
Cidadãos da União Europeia, não residentes na Áustria, tem atendimento facilitado por conta dos acordos da União, mas, para cidadãos que não venham da União Europeia e nem morem na Áustria, as coisas se problematizam um pouquinho mais. Repito: mesmo com o passaporte austríaco, teu esposo precisa estar vinculado ao sistema de saúde da Áustria para que vocês possam ter o bebê aqui via saúde pública.
Espero ter auxiliado.
Abraço.
Querida Ana Dietmüller,
Primeiramente MUITO obrigada pelo seus textos. São atrativos, fácil de ler e o mais importante super informativos. Já li alguns e continuarei lendo mais. Pois desde que descobrir Brasileiras pelo Mundo amei o blog!
Agora vamos ao tema. Eu (Brasileira) e meu marido (Espanhol) estamos indo mês que vem para Villach (Carinthia, Austria) em função do trabalho dele. Além disso, estarei no 4 mês de gestação. Com isso gostaria de saber:
1. Li que filhos de estrangeiros nascidos na Austria não são austríacos, correto? Caso verdadeiro, temos que nacionalizar nosso filho/a com uma das nossas nacionalidades? E como fica a questão do sobrenome da criança? Porque no Brasil podemos colocar até quantos sobrenomes os pais querem e como querem. Fiquei sabendo que na Austria é só o do pai, correto?
2. Vi, em outro post, que você teve o parto na água (parabéns!). Parto na água é uma prática comum na Austria?
3. Você também comentou sobre o Curso de Pais. Ele é ministrado só em alemão ou teria em uma outra língua, como inglês? Estamos estudando alemão mas ainda não somos fluentes.
Muito obrigada e continue escrevendo pois nos ajuda muito!
Forte abraço,
Angélica
Cara Angélica, muito obrigada por ler e comentar.
Fico feliz em poder auxiliar com minha escrita.
Parabéns pela mudança para Villach, é um dos lugares mais lindos da Áustria, bastante badalado pela alta sociedade, mas muito lindo. Meu sogro nasceu na Carínthia.
Vamos lá:
1. Para a lei austríaca, quando do nascimento, só é austríaco quem nasce de pai ou mãe austríaco. Não é como no Brasil, que leva em conta nascer em solo brasileiro. Aqui, precisa do laço de sangue austríaco. O registro do/a filho/a de vocês precisa ser feito nas respectivas embaixadas (brasileira e espanhola), mas antes, veja se a lei espanhola autoriza registrar em ambas nacionalidades ou, se registrando como espanhol, perderá a nacionalidade brasileira. Sugiro tomar essas informações prévias para não ter nenhum susto após os dois registros. O sobrenome da criança pode ser registrado normalmente de mãe e pai, mas o austríaco não usa, no dia a dia, 2 sobrenomes. Outro alerta que faço é que, por experiência pessoal, nomes muito compridos (eu tenho 5) trazem muito problema aqui. Quando fui fazer conta em banco, eles pedem pra escolher qual nome eu quero usar; nos consultórios médicos eu dou apenas meu último sobrenome e eles não acham, porque o sistema registra tudo e começa com meu antepenúltimo sobrenome que, aqui, ninguém consegue dizer direito; ou simplesmente, eles cortam um pedaço no nome. Não por maldade, mas porque alguns sistemas não têm tantos caracteres e eles precisam, simplesmente, encurtar. Mas o sobrenome da mãe e do pai, não há problema nenhum.
2. Sim, na Áustria o parto na água é comum. É uma outra alternativa.
3. O curso de pais, no nosso hospital, foi ministrado em alemão porque eram, no mínimo 20 casais, então, a língua usada é o alemão para abranger a todos. Se tu tens perguntas, podes fazer em inglês, mas receber o curso em outra língua que não o alemão, não tenho conhecimento.
Espero ter auxiliado. Qualquer coisa, pode escrever de novo.
Abraço e feliz gestação!