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    Home»Inglaterra»O expatriado brasileiro e a depressão de temporada
    Inglaterra

    O expatriado brasileiro e a depressão de temporada

    Betina VargasBy Betina VargasJanuary 22, 20194 Comments6 Mins Read
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    Acervo pessoal
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    O expatriado brasileiro e a depressão de temporada.

    Você pode até gostar do verão, mas, às vezes, cansa do calor em excesso e, também, não se importa nem um pouco com aqueles dias chuvosos e com a chegada do inverno. Afinal, nos vestimos mais elegantes com o frio e temos mais disposição para certas atividades do dia a dia. 

    Você também está pensando em se mudar de país e está à procura de maior qualidade de vida, taxas menores de corrupção e maiores de segurança pública. Então, a chance é grande de você acabar considerando um país do hemisfério Norte e, possivelmente, com a disponibilidade para aprender o idioma e os atrativos culturais, você pode acabar optando pela Inglaterra.

    Pois bem, você já deve saber que uma das características mais marcantes de todos os países do Reino Unido (do qual a Inglaterra é parte) é o clima cinza e chuvoso. Somos tão famosos por isso que, quando alguém vem passar três dias de férias por aqui, e se depara com dias ensolarados, fica extremamente impressionado.

    A verdade é que, ainda que o sol apareça, ele geralmente vem visitar por umas duas horas no final da tarde e em alguns dias de verão e de outono. Não é a toa que muitos dos grandes escritores provém desse país e que o trench coat mais famoso do mundo é da marca Britânica Burberry.

    Por tudo isso, quando algum familiar ou amigo que ama sol, praia e fica mal humorado com chuva, vem me perguntar sobre a vida aqui, meu alarme soa e eu já largo alguma alternativa, como Portugal, ou até Austrália. Isso porquê, depois de ter morado na terra de Shakespeare por um total de 7 anos, eu vivi e vi de perto as dificuldades que podem ser apresentadas pelo famoso clima local.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Inglaterra

    Sendo alguém que, no Brasil, amava dias chuvosos de praia, para poder ler meus livros, e adorava inverno, para poder curtir uma lareira e um vinho, ainda assim, eu tive uma dificuldade muito grande com os períodos de frio prolongado e até com alguns verões fracassados (nunca vou esquecer o verão de 2012, com seus constantes 15 graus e chuva).

    O problema é que a gente confunde o – agora oficial – transtorno afetivo sazonal (seasonal affective disorder) com a sensação de tristeza. Quando não sente um vazio profundo, falta de apetite e pensamentos extremamente negativos, muitas vezes acaba por não se dar conta de que, ainda assim, pode estar sendo afetado por esse mal. Por isso, vamos a alguns pontos:

    O que é o Transtorno Afetivo Sazonal?

    Ainda existe muita discussão sobre o que é e o que causa, exatamente, esse transtorno. O que se imagina, no momento, é que se trate de uma forma de depressão que ocorre sempre na mesma época do ano, onde há maior isolamento social e menor contato com a luz solar.

    Em minha experiência como expatriada brasileira morando na Inglaterra, fui me dar conta pela primeira vez da seriedade dessa condição, quando ia e voltava do trabalho em Londres. Pegando o metrô no horário de pico e acostumada com o “imperfeito, porém confiável”, serviço de transporte oferecido na capital Inglesa, me surpreendia nos dias que o trem simplesmente parava e nenhuma explicação era dada imediatamente. Mas, logo era anunciado no auto-falante: “mais uma pessoa acabou de cometer suicídio nos trilhos do trem”. E o pior: comecei a notar que, em certas épocas, a coisa acontecia diariamente. 

    Foi então que me dei conta de que, a tal “depressão de temporada” existia de fato e que, em alguns casos, podia ir bem mais longe do que as características típicas desse transtorno. A saber: ganho de apetite (principalmente desejo de carboidratos), irritabilidade e cansaço. 

    Além de você sentir muito menos vontade de falar com os outros, eles também serão muito menos receptivos a qualquer tentativa de socialização, o que contribui para a sensação de isolamento e falta de significância. E essa percepção, me leva ao próximo ponto!

    Sabedoria local para aplacar a tristeza

    Até recentemente, eu acreditava que aqueles que foram criados nestes países cinzas, eram menos afetados. Em certo ponto, pode ser verdade – já que eles não ficam vendo fotos da família e amigos nas praias brasileiras em janeiro – mas, brincadeiras à parte, eles também podem ser, profundamente, atingidos.

    Nós tínhamos um vizinho em Londres que sentia a necessidade de informar que sofria deste mal, pois não queria ofender ninguém com seu comportamento no inverno. Durante 3 meses do ano, ele se negava a abrir a porta, sair no jardim ou, sequer, receber os filhos.

    Porém, existem alguns aspectos gerais da cultura deste povo, nos quais podemos observar uma sabedoria sobre aproveitar a vida, mesmo naqueles dias em que o brasileiro se negaria a sair do sofá.

    Tendo filhos, por exemplo, somos informados na escola que qualquer dia é para se brincar no jardim e que “não existe dia ruim, apenas roupas inadequadas”. 

    No quesito celebração, então, eu acho o povo inglês uma espécie de “gênio calado”. O brasileiro tem aquela alegria espontânea e não se pode negar que o inglês nunca será assim, porém, aqui, eles não se levam muito a sério. Criança sai de casa em dia de chuva com a intenção de pular em poça de lama e, qualquer aniversário (que seja de 70 anos), é comemorado com chapeuzinho na cabeça, bolo e brincadeiras de festa. Do Natal então, nem se fala! Dezembro é, simplesmente, um mês inteiro de músicas bregas, agasalhos cafonas e jantares com amigos de longa data.

    A maior dificuldade, geralmente, vem agora, em janeiro e fevereiro. No primeiro mês do ano, recomendo para aqueles que moram aqui, dar uma escapadinha para o sul do continente europeu, onde geralmente conseguimos encontrar, pelo menos, o sol e para onde as passagens e estadias chegam a custar 1/4 do preço encontrado no verão. Já em fevereiro, por conta das férias escolares de 10 dias, os preços são muito mais altos para viajar, mas é possível encontrar muitas atrações em promoção no Reino Unido, além de ser uma temporada intensa para cinema e teatro.

    Já dentre as alternativas mais simples para ajudar a aplacar algumas das sensações negativas destes períodos prolongados de frio, estão as noites mais longas de sono e os exercícios físicos (que procuro seguir), além do dispositivo de fototerapia para os dias mais escuros e os comprimidos de vitamina D, que ainda não possuo. Mas para isso, temos o Amazon.

    *É importante lembrar: ao sentir a necessidade de maior apoio, nada substitui ajuda profissional!

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    depressão imigração inglaterra morar no exterior
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    Betina Vargas
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    Betina é gaúcha, advogada de formação, e atualmente trabalha como personal coach. Morou 6 anos em Londres, brevemente na Itália, e hoje, vive com o marido e o filho, em um pequeno vilarejo, no interior de Buckinghamshire, na Inglaterra. Ama tomar chá com as vizinhas, caminhar na floresta com a família, pegar o trem para Londres e o avião para qualquer lugar onde tiver amigos para visitar.

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    4 Comments

    1. Kiki Machado on January 23, 2019 10:28 am

      Adorei Betina, spot on! Moro aqua ha 20 anos e sofro de Janeiro a meio de marco, todo ano.

      Reply
      • Betina Vargas on February 5, 2019 11:13 pm

        É brabo, né Kiki? Difícil dizer que a gente um dia acostuma hehehe

        Reply
    2. Michelle on February 9, 2019 10:31 pm

      Perfeito seu artigo! Como me identifiquei! Uma curisosidade, onde em Buckinghamshire voce vive? Moro em High Wycombe ha alguns anos mas ainda nao conheco muita gente por aqui. Bj

      Reply
      • Betina Vargas on February 20, 2019 10:13 am

        Olá Michelle! Obrigada 🙂 Eu moro em Wendover, bem menor do que High Wycombe, mas ambos os locais têm as suas vantagens. Se você quiser, pode me adicionar no Facebook ou insta (uso mais o segundo) e uma hora dessas, a gente toma um café ou chá juntas – eu tenho uma cliente na sua cidade e, apesar de normalmente atendê-la pela internet, às vezes vou até aí para uma sessão presencial 😉

        Reply

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