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    Home»Suíça»O perigo dos carrapatos na Suíça
    Suíça

    O perigo dos carrapatos na Suíça

    Mel BarbieriBy Mel BarbieriMay 17, 2018Updated:May 19, 20194 Comments7 Mins Read
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    Fonte: iStock - Schlegelfotos
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    Após vários meses com temperaturas baixas, os tão esperados dias de sol com agradáveis temperaturas voltaram por aqui. A paisagem já mudou completamente, os 50 tons de cinza deram lugar ao colorido, os campos e árvores estão verdinhos, os jardins bem floridos e os passarinhos cantando, além de ter mais gente pelas ruas e crianças brincando… É incrível como a Suíça ganha vida quando chega a primavera e as temperaturas aumentam! Mas, como diz o ditado, nem tudo são flores… e dá-se o alerta para um problema que retorna junto com o aumento da temperatura, o perigo de picadas de carrapatos e suas consequentes doenças.

    Os carrapatos (Zecken em alemão), pequenos ácaros que se alimentam de sangue, tornam-se ativos na Suíça principalmente entre março (primavera) e outubro (outono), quando a umidade é superior a 80% e a temperatura varia entre 7 e 25°C, sendo que o pico de atividade desses parasitas corresponde aos meses de maio e junho.

    Segundo a Bundesamt für Gesundheit (BAG) – Secretaria Federal de Saúde Pública – anualmente, cerca de 10 mil pessoas na Suíça adoecem com a picada de carrapato. Os carrapatos podem transmitir diferentes patógenos e as duas doenças mais importantes na Suíça são:

    • Borreliose de Lyme (ou Doença de Lyme): causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, pode provocar, além de vários problemas dermatológicos, inflamação das articulações, do coração e do sistema nervoso. Na Suíça, de 5 a 50% dos carrapatos são portadores de borrelias e, apesar de nem todos os carrapatos infectados transmitirem a doença, a Borreliose é a infecção mais comum transmitida por carrapatos. Não há vacina contra esta doença, porém ela é tratável com antibióticos.
    • Encefalite transmitida por carrapatos (MEVE ou TBE, do inglês Tick-Borne Encephalitis): infecção viral que pode causar inflamação do cérebro e das meninges (meningoencefalite) e, muitas vezes, envolver consequências graves. Além disso, em alguns casos, pode levar à morte. Na Suíça, cerca de 1% dos carrapatos são portadores do vírus e esta doença é menos comum que a Borreliose – segundo a BAG, o número de casos varia entre 100 e 250. Existe uma vacina contra a meningoencefalite.

    Áreas de risco

    Na Suíça, a espécie mais difundida é a do carrapato de bosque (Ixodes ricinus) e o seu habitat preferido – geralmente até 1.500 metros de altitude – é representado por florestas e bosques com bastante folhas e uma densa vegetação rasteira, bem como em suas imediações, trilhas e prados.

    Vale informar que os carrapatos não voam e não saltam, mas ficam em plantas baixas e esperam pela passagem de um hospedeiro temporário, humano ou animal e, então, deixam-se cair sobre ele.

    No site da Confederação Suíça, é possível visualizar um mapa interativo, sempre atualizado, que mostra tanto as áreas de risco de Borreliose, como aquelas em que é recomendada a vacinação contra a MEVE.

    Além disso, em 2015, a Escola Secundária de Ciências Aplicadas de Zurique – Zürcher Hochschule für Angewandte Wissenschaften (ZHAW) – lançou aplicativo multilíngue anti-carrapatos (disponível para iOS e Android), para ajudar a população a prevenir e tratar picadas de carrapatos corretamente, assim como verificar as áreas de maior risco.

    Como se proteger de carrapatos

    Medidas preventivas

    • Evite frequentar áreas de bosque arborizadas e ricas em vegetação rasteira;
    • Em caso de passeios em áreas endêmicas, é aconselhável usar roupas longas e fechadas, que não deixem áreas do corpo descobertas, assim como roupas de cores claras para facilitar a identificação de carrapatos;
    • Proteja-se usando repelentes sobre a pele e roupas (solicite a um especialista o produto mais adequado, pois nem todos os repelentes têm eficácia comprovada sobre carrapatos);
    • Após estar ao ar livre, verifique todo o corpo e as roupas usadas para detectar a presença de carrapatos;
    • Informe-se sobre o status da região em relação aos carrapatos. Se você vive ou costuma ir a uma área de risco, consulte seu médico para tomar a vacina contra a MEVE.

    Vacinação

    O ciclo de vacinação contra a MEVE envolve a administração de três doses. As duas primeiras vacinas são administradas dentro de um mês e após a segunda já se tem proteção por um período limitado de tempo. A terceira vacinação, cerca de 5 a 12 meses após a segunda, garante proteção (95%) a longo prazo – cerca de 10 anos. Depois, a cada 10 anos uma nova vacinação deve ser feita.

    Desde 2006, todos os adultos e crianças com mais de 6 anos de idade que vivem em áreas com uma alta porcentagem de carrapatos ou que as frequentam periodicamente, devem ser vacinados. Porém, a vacinação não é recomendada à mulheres grávidas e lactantes, além de pessoas alérgicas à proteína do ovo, uma vez que o vírus da vacina é cultivado em embriões de galinhas.

    Os custos das vacinações são assumidos pelo seguro de saúde obrigatório, após o pagamento da franquia. Vale ressaltar que na Suíça, o seguro básico cobre as principais vacinas preventivas recomendadas na infância como, por exemplo, difteria, tétano, sarampo, caxumba, rubéola, catapora, etc. E quando a pessoa precisa ser vacinada por razões profissionais, os custos são assumidos pelo empregador.

    Leia também: Como funciona o sistema de saúde na Suíça

    Fonte: iStock – DETart21

    O que fazer em caso de picada de carrapato?

    Embora os carrapatos infectados não transmitam a doença imediatamente (provavelmente após 17 horas), uma vez identificado, o carrapato deve ser removido o mais rápido possível. Para isso, ele deve ser segurado com uma pinça fina ou especial para remover carrapatos (vendida em farmácias) o mais próximo da superfície da pele, e removido puxando-se com um movimento suave e contínuo (se não puder fazer isso sozinho, peça ajuda a um médico ou farmacêutico). Em seguida, desinfete a área da punção e anote a data e localização da picada para observar a sua evolução. Se após alguns dias ou semanas aparecerem sintomas como uma auréola avermelhada que tende a aumentar, febre, dores de cabeça e nas articulações, sensibilidade à luz ou tontura, procure atendimento médico imediatamente.

    Sintomas e tratamento em caso de infecção

    O ataque, na maioria das vezes, é silencioso e indolor, pois o carrapato transmite substâncias anestesiantes que “escondem” a dor da punção.

    Borreliose: Geralmente começa com uma erupção avermelhada ao redor do ponto de punção, que pode vir acompanhada de sintomas gripais (febre, dores de cabeça e no corpo, fadiga e calafrios). Semanas ou meses depois, esta doença pode causar problemas dermatológicos (a erupção se espalha pelo corpo) e articulares. O tratamento é feito com antibióticos para combater a causa (bactéria). Caso não aconteça a cicatrização da erupção após o tratamento e os sintomas persistam, a doença é considerada crônica e passa-se a tratar apenas os sintomas.

    MEVE: os sintomas iniciais, que normalmente aparecem uma ou duas semanas após a punção, são semelhantes aos da influenza (febre, dor de cabeça e nos membros). Mais tarde, cerca de 2 a 4 semanas após a punção, é possível que cerca de 5 a 15% dos doentes desenvolvam sintomas mais graves, como febre alta, vômitos, dores de cabeça muito fortes, problemas mentais, rigidez de nuca e até mesmo paralisia. Aproximadamente 1 a 2% dos pacientes que desenvolvem sintomas graves vêm a falecer. Portanto, é importante procurar atendimento médico imediato diante de qualquer sintoma suspeito. Infelizmente não há tratamento para a causa da doença, o tratamento geralmente limita-se a uma terapia sintomática.

    Este texto é apenas um resumo informativo. Consulte sempre um médico ou profissional de saúde qualificado!

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    Mel Barbieri
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    Melissa é paulista de Campinas, formada em Odontologia e pós-graduada em Radiologia. Fora do Brasil desde 2006, já morou na Itália, no sul da Espanha bem na fronteira com Gibraltar e, atualmente reside na Suíça, lugar que considera seu país do coração. Apaixonada por fotografia e viagens, também gosta de aprender sobre novas culturas e trocar dicas sobre lugares e restaurantes mundo a fora, compartilhando suas experiências no Instagram e em sua página no facebook.

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    4 Comments

    1. Magela Helling on September 19, 2018 2:52 pm

      Super interessante Mel, so fiquei a saber da existencia deste carrapato em terras Suicas ontem no meu medico de familia.

      Achei super informativo e elucidativo o seu post.

      Abracos.

      Magela

      Reply
      • Mel Barbieri on September 20, 2018 9:14 pm

        Oi, Magela!
        Que bom que agora você está ciente do perigo dos carrapatos e assim pode prevenir-se.
        Muito obrigada pelo comentário, fico contente em saber que o meu post tem informado e esclarecido dúvidas.
        Abraços,
        Mel

        Reply
    2. Maria Lígia Colleti on April 8, 2019 9:07 am

      Hej Mel,
      Muito interessante e em tempo sua informação sobre o carrapato (fästing) na Suécia. Nota dez.

      Reply
      • Mel Barbieri on June 17, 2019 1:18 am

        Olá, Maria Lígia!
        Muito obrigada pela leitura e pelo comentário.

        Reply

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