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    Home»Europa»O que considerar antes de mudar para a Holanda
    Europa

    O que considerar antes de mudar para a Holanda

    Fernanda CampestriniBy Fernanda CampestriniJanuary 21, 20193 Comments9 Mins Read
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    O que considerar antes de mudar para a Holanda.

    Morar fora do Brasil pode parecer um conto de fadas, ainda mais com a crise atual. Imigrar é uma experiência enriquecedora, que traz muito amadurecimento e mostra novas perspectivas sobre a vida e o mundo. O que nao falta sao textos e depoimentos sobre as maravilhas de mudar de país e, por que não, de vida.

    Mas nem tudo são flores. Como canso de explicar não existe lugar perfeito no mundo. Toda sociedade tem suas particularidades, e dependendo de como era a sua vida, sua capacidade de adaptação e claro, sua personalidade, esses detalhes podem ser mais ou menos difíceis de assimilar.

    Eu, como moro na Holanda, vim aqui compartilhar alguns pontos a serem considerados ao se decidir morar aqui. Não quero desanimar ninguém, mas acredito que toda informação é bem vinda nesse processo de mudança.

    Então, vamos lá, aqui vão alguns pontos a se considerar antes de mudar para os Países Baixos:

    1. O idioma – que não não é o inglês

    Já ouvi muito por aqui que não seria necessário aprender o holandês, já que os holandeses normalmente falam (e muito bem) inglês. Mas essa é uma meia verdade.

    Claro que se for morar em uma cidade maior, no Randstad (as 4 maiores cidades da Holanda, sendo Amsterdam, Den Haag, Rotterdam e Utrecht) realmente todo muito fala inglês.

    Só que mesmo ali a vida não acontece em inglês: a carta do governo vem em holandês, a conversa no ônibus é em holandês, a escola do seu filho (se nao for a internacional) é em holandês, o mercado, a feira, enfim, sem o holandês um monte de informações são perdidas ou pelo menos se demora mais para absorver.

    E claro, como eu também já disse algumas vezes, o primeiro passo para se sentir em casa em um lugar é aprender o idioma.

    Só que tenho que dizer, o holandês pode ser complicado de aprender. Parece alemão (se souber esse idioma ajuda muito!) mas com uma pronúncia bem chata, cheia de R arrastado e outros sons que nós, brasileiros, nem sabemos de onde vem. Então se quiser morar por aqui, melhor já ir se preparando para ralar para aprender esse novo idioma.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Holanda

    * Um adendo: se não falar nem inglês… recomendo que comece pelo inglês sim. É mais fácil de aprender, você consegue trabalhar nesse idioma e melhor ainda, serve como base para aprender o holandês depois.

    1. O clima, ou melhor, a chuva

    Aqui o clima é tido como ameno, e é mesmo. Normalmente você não congela e nem torra, mas claro que com o aquecimento global tem dias loucos por aqui também. Mas  uma coisa realmente me surpreendeu: como chove nessa terra!

    Ao contrário do Brasil, em que chuva é motivo para cancelar programa e ficar em casa, aqui o povo sai com chuva e tudo. Até porque se não nunca saía de casa. Junto com a chuva vem o vento sem parar, que é a cara da Holanda, principalmente no outono.

    Além disso é bom se preparar para verões curtos, também com chuva, e invernos que parecem intermináveis, escuros, em que se sai de casa sem sol, e se volta do trabalho já na escuridão. Vale até suplementar vitamina D e fazer banhos de luz para aguentar esses dias escuros.

    Então se chuva e frio te deprimem, pense bem, porque é bem isso que vai encontrar aqui na terra dos tamancos.

    1. Esqueça empregada, faxineira, passadeira, jardineiro, e se duvidar até pintor e pedreiro

    Eu sei que muita gente vai achar bobagem esse ponto, mas o que encontro de brasileiro com saudades imensas da empregada que deixou no Brasil, não está escrito. Aqui tem sim empregada, faxineira, babá e tudo mais, mas é bem mais caro. A maioria das pessoas prefere se virar sozinha e mesmo quem tem alguma ajuda tem algo limitado, como faxineira algumas horas por semana.

    Aqui eu percebi que somos um povo bem dependente da ajuda alheia. Claro que os longos expedientes, o trânsito, até os tamanhos das casas estimulam que seja assim. Além do que com a desigualdade social no Brasil esse tipo de mão de obra fica mais acessível.

    Só que é exatamente essa igualdades que faz com que aqui, onde a grande maioria é classe média, se tenha mais segurança. Roubo até acontece, furtos acontece mais (geralmente porque alguma porta ou janela ficou destrancada), mas posso dizer que ando na rua sem medo. E mesmo que isso signifique que eu não possa pagar uma faxina, olha, ainda acho que está valendo muito a pena.

    Sobre pintor e pedreiro tenho que dizer que me sinto uma inútil vendo com os holandeses se viram muito bem para pintar ou fazer um reparo menor em casa. Meu marido é um, sabe fazer de tudo: colocar carpete, piso laminado, pintar, e até fez uma extensão de telhado para colocarmos as bicicletas embaixo. Sozinho. De novo o motivo é o preço, o valor alto dos serviços faz dos holandeses um povo extremamente independente e habilidoso. Ah, e ainda consertam as próprias bicicletas!

    Então se depende do serviço de várias pessoas para viver mas quer imigrar, recomendo que comece a aprender a fazer as coisas sozinho. Sempre haverá um tutorial no YouTube para salvar a pele, mas se puder aprender antes mesmo de sair do Brasil, melhor ainda.

    1. Vai ter que andar de bicicleta

    Ah, a bicicleta. Todo mundo acha lindo quando conto que faço tudo de bike aqui, desde ir pro trabalho até compra de mercado. E realmente é ótimo, é o meio de transporte mais prático, barato e até rápido que tem por aqui. Ciclovias não faltam, as leis de trânsito beneficiam e muito os ciclistas e além de tudo é plano.

    O lado B dessa história é que a magrela te acompanha não só nos lindos dias de sol…. Se for holandesar mesmo, provavelmente você não vai vai ter carro (tem que tirar a habilitação daqui se não estiver nas exceções, a gasolina é cara e estacionar é um pesadelo) e aí a bicicleta vira seu meio de transporte. Inclusive na chuva, com vento, onde nenhum guarda-chuva vai ser capaz de te proteger. Vale tudo nessa hora: capa de chuva, galocha, até aquela roupa impermeável com calça e camisa, que te deixa todo suado. Mas nada, nada vai evitar a chuva na horizontal, por causa do vento, bem na sua cara.

    Confesso que o amor pela magrela fica bem abalado depois de um dia de chuva.

    1. O Custo de Vida

    Os salários na Holanda costumam ser bastante atrativos, inclusive para os estrangeiros. Só que os aluguéis, a comida, o transporte e o custo de vida em si costuma ser bem alto também. Antes de se empolgar com salários é inteligente pesquisar e muito sobre os valores praticados na região onde se pretende morar.

    Sobre aluguel posso dizer que no Randstad e também aqui em Eindhoven os valores são absurdamente altos, sendo que muitas pessoas acabam por optar por morar em alguma cidade próxima, menor e mais barata.

    Para se informar melhor recomendo principalmente grupos de Facebook, já no daqui anúncios de aluguel e de emprego.

    Leia também: 10 motivos para não morar na Finlândia 

    1. O difícil recomeço profissional

    A não ser que se saia do Brasil com um emprego já arranjado a verdade é que pode se demorar a achar um trabalho por aqui, e dependendo da área pode ser necessário recomeçar a carreira de baixo e até mudar de ramo.

    O importante é não desanimar, se preparar e saber se adaptar. Seu diploma pode ser validado por aqui? É possível trabalhar na sua área ou será que aprender alguma outra habilidade pode ajudar em uma transição profissional? Essas são apenas algumas questões que é importante se perguntar.

    O “isso eu não faço” não ajuda ninguém: quando cheguei aqui trabalhei arrastando caixa em depósito, e isso só me ajudou a dar o primeiro passo na minha nova vida profissional. Se não puder (ou quiser) se adaptar, é bom pensar bem antes de se aventurar em outro país.

    1. A comida

    O sofrimento com a comida local depende de dois fatores: primeiro se você sabe cozinhar e segundo se seu paladar é muito limitado. Se souber cozinhar já ganhou metade da briga, porque aqui é caro comer fora e por isso saber se virar na cozinha ajuda e muito.

    Sobre o paladar isso vai de pessoa pra pessoa. A culinária holandesa não é nada que se vá odiar, mas se a pessoa é daquelas que só quer arroz com feijão, ou pior, uma comida muito regional que está acostumada a comer no Brasil, vai sofrer ou ter que cozinhar todo santo dia. 

    Se isolar, gastronomicamente falando, seria uma pena, pois aqui se tem acesso á culinária e ingredientes muito diferentes. Aqui conheci comida da Indonésia por exemplo, que é deliciosa e se pode comprar no supermercado. Basta ser curioso e aberto às novas opções para poder aproveitar a deliciosa experiência de se morar na Holanda.

    1. Solidão e saudade

    A verdade é que nem todo mundo deveria imigrar. Mesmo. Porque dói. A distância entre a sua antiga realidade, sua família, seus amigos antigos, existe, e só vai aumentar. Por mais que se faça novas amizades você vai sim perder muitas referências, vai estar ausente em muitos eventos importantes na sua vida natal, vai mudar e se afastar. E esse processo pode ser muito solitário.

    Claro que de novo essa é uma situação que cada pessoa encara de uma maneira. Eu escrevi aqui sobre como fazer amigos aqui na Holanda, e se a pessoa estiver aberta, vai fazer novos amigos incríveis. Mas a distancia ainda vai estar ali. É um preço a se pagar por abrir asas e voar.

    Se eu acho que vale a pena? Sim, e muito. Eu mudei pra cá por amor, mas posso dizer que hoje amo também meu novo país, minha nova vida. O lado positivo supera e muito os desafios, sendo que desafio vem com qualquer mudança que se faça. E a cada desafío que se vence, ou se absorve, você se torna ainda mais forte.

    Esse texto está aqui só para que as pessoas, ansiosas em saírem de suas realidades, nao se esqueçam que tudo tem um lado assim, não tão legal. E tudo bem, faz parte também. É só estar ciente e preparado que tudo vai dar certo.

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    Fernanda Campestrini
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    Fernanda é uma brasileira corajosa, que atravessou o mundo por amor. Deixou para trás uma carreira como advogada em São José dos Campos, SP, para buscar novos caminhos, começando do zero na terra dos moinhos. Mora em Eindhoven, na Holanda, com o amor da sua vida e Bo, a gata. Tem entre seus hobbies cozinhar, fotografar e colecionar memórias. Gosta de compartilhar seu olhar de imigrante sobre esse novo país, cheio de curiosidades, surpresas e desafios.

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    3 Comments

    1. José Luiz on August 24, 2019 2:36 pm

      Parabéns Fernanda pelo artigo, excelente, você foi muito clara.
      Nos mudamos para Portugal a quase um ano e realmente, as coisas que deixamos para trás torna a mudança difícil, mas, como você bem disse: tudo tem um preço.
      Abraços.

      Reply
      • Fernanda Campestrini on August 31, 2019 10:00 am

        Olá José! Fico feliz que tenha gostado do artigo. O importante é estar ciente do preço mas também do que conquistamos. Muita sorte aí em Portugal! Abraços!

        Reply
    2. Leny on September 23, 2019 10:25 am

      Gostei bastante do seu artigo.

      Reply

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