Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»EUA»Os desafios de ser mulher no Brasil e Estados Unidos
    EUA

    Os desafios de ser mulher no Brasil e Estados Unidos

    Gabriela AlbuquerqueBy Gabriela AlbuquerqueJuly 23, 2016Updated:October 26, 20176 Comments7 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Todas as mulheres podem ser livres para serem o que quiserem
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Sou apaixonada pelas mulheres. Aliás, sou apaixonada pelos seres humanos, mas acho que as mulheres são a obra-prima da criação. Quem além de nós consegue executar 150 tarefas ao mesmo tempo, e ainda passando batom?

    Mulheres são pilotos, escritoras, cozinheiras, balconistas, médicas, frentistas, presidentes, cientistas, domésticas e quase sempre, somado a isso, donas de casa e mães. Ou são exclusivamente mães e donas de casa, o que convenhamos, já é uma tarefa hercúlea.

    Hoje, além de ser uma mulher brasileira, sou uma mulher brasileira vivendo nos EUA e posso observar atentamente a dimensão do nosso papel, para além da nossa pátria.

    Algumas diferenças aqui nos EUA saltam ao olhos. Vou elencar três abaixo:

    • Mulheres não têm ajuda doméstica – ou quase nada. Esqueça a babá, a sogra, a faxineira, a arrumadeira, o jardineiro, o porteiro do prédio que descarrega as compras do carro… Ricas ou pobres, ajuda aqui é um luxo e, quando existe, é em proporções infinitamente menores que no Brasil. Dito isso, já se conclui que a vida aqui pode ser um pouquinho complicada se você tem filhos, cachorros, trabalha fora o dia todo e ainda tem que preparar o jantar e lavar a roupa da família toda. São coisas rotineiras mas que produzem um grande impacto nos papéis sociais e a principal consequência é que filhos homens e maridos ajudam IGUALMENTE nos afazeres domésticos!
    • No verão é comum ver meninas, mulheres, senhoras, gente de todo o tipo e todos os biotipos de vestidos, tops, mini-saias. As meninas andam pelas ruas de shorts bem curtos, as moças tomam sol nos parques de biquínis, muitas em ótima forma e outras simplesmente sendo seguras em sua própria pele. Não ouvem buzinadas, assovios ou secadas de doer a alma. Eu, pessoalmente, não vi ainda nada desse tipo acontecer. Nas escolas, na televisão e em shows infantis é comum ver um apelo forte à igualdade entre meninos e meninas e uma repreensão aos comentários sexistas.
    • Vejo mulheres saradas na academia usando microtops; faço aula de zumba com muçulmanas cobertas da cabeça aos pés; vejo avós de cabelos coloridos; há festas em galerias de arte chiques onde as pessoas vão de “havaianas”; há mulheres que se vestem com roupas masculinas, etc. As pessoas podem ser e agir como quiserem e há um respeito à liberdade de expressar-se e vestir-se.

    Vou me ater a esses três aspectos para traçar um paralelo significativo com a condição feminina no Brasil:

    • Quando uma pessoa se coloca no lugar do outro, ela aprende a valorizar aquilo que lhe era desconhecido e, principalmente, a ver as coisas sob perspectivas totalmente novas. O menino brasileiro que nunca chegou perto da pia da cozinha ou da máquina de lavar roupas dificilmente irá valorizar e entender o quanto de trabalho e dedicação estão implícitos nessas tarefas. O mesmo vale para as mulheres que sempre delegam tudo a empregados domésticos e não entendem a dimensão e importância desse trabalho. Esse já seria um primeiro passo gigantesco na construção de um Brasil mais alinhado a noções de cidadania e respeito. Os homens brasileiros precisam urgentemente se colocar, nem que seja por um segundo, nos lugares de suas mulheres, mães e filhas, para que a partir daí, talvez, a história comece a mudar.
    • Acredito que como toda e qualquer mulher brasileira, eu cresci ouvindo piadas e gracinhas sobre a sexualidade feminina. Dos almoços de família ao metrô lotado… Quem nunca? Parece que está implícito na sociedade brasileira desmerecer a mulher e é comum ouvirmos críticas cruéis e comentários horrorosos saindo da boca das próprias mulheres. Ninguém escapa: dos amigos esclarecidos, dos familiares bacanas e simpáticos ao motorista do caminhão de gás. Talvez esse seja o ponto mais difícil de mudar, já que está no nosso DNA. Confesso que já presenciei muitas vezes piadas grotescas e comentários sexistas de amigos e familiares brasileiros, e só depois de morar aqui nos EUA e ver as coisas com uma certa distância foi que entendi a dimensão do quanto isso diminui o papel da mulher.
    • A aparência é outro fator que exerce um poder absurdo na sociedade brasileira. Trata-se de uma correção eterna, quase como se fizéssemos Photoshop real em nossas vidas e corpos. Com 5 anos de idade já tem meninas fazendo escova e alisando os cabelos; com 15, se cogita em pôr silicone nos seios. A neurose da academia e da luta contra a celulite começa na infância, com visitas a endócrinos e uso de remédios restritos. O resultado é um país que preza padrões determinados e desvaloriza a diversidade. Um olhar rápido já identifica a menina da periferia, de chapinha, barriga de fora e jeans super apertados, ou a madame do shopping, de cabelos escovados, silicone e roupas de grife, cada uma à sua maneira se submetendo a padrões pré-definidos. Quem não se encaixa, sofre, e haja anorexia, bulimia, obesidade, depressão, etc. No país da Gisele Bündchen, da Anitta e da Gabriela Pugliesi, fica difícil sobreviver sendo diferente.

    Esse caldo retrógrado gera uma sociedade como a que se assiste hoje: a da mulher do Ministro do Turismo do Brasil posando de Miss Bumbum no gabinete oficial; a garota homossexual sendo agredida na rua, as meninas se sexualizando cada vez mais cedo, com exposição de fotos de decotes profundos no Instagram e, para culminar, a barbárie das barbáries, o estupro coletivo de uma garota de 16 anos.

    Claro que o respeito, a igualdade e a liberdade ainda não estão asseguradas às mulheres nem nos EUA.

    Aqui no estado da Virginia o suicídio de uma jovem bombeira chocou a comunidade. Nicole Mittendorff, de 31 anos, casada, suicidou-se depois de passar por situações de cyberbullying, abuso sexual, desrespeito e sexismo em seu ambiente de trabalho. Foi revelada a face cruel de típicos heróis norte-americanos – bombeiros, que abominam e perseguem as colegas femininas de profissão. Trata-se de uma prática comum em áreas predominantemente masculinas, como as corporações militares. Casos de estupro e abuso sexual, muitas vezes abafados ou ignorados, são recorrentes.

    Infelizmente tem crescido o número de jovens violentadas nos campi universitários do país, e não é lenda o fato de meninas que ingressam no primeiro ano do colegial ou da universidade serem submetidas a abusos sexuais para serem aceitas nos grupos populares.

    Não são poucos os casos de imigrantes que se casam com cidadãos americanos sem ao menos conhecê-los, a fim de conseguir o Green Card. Muitas dessas histórias resultam em violência física e psicológica e casos gravíssimos de disputas sobre a guarda dos filhos que sempre favorecem ao progenitor americano.  Infelizmente, soube por uma policial americana da triste história de uma carioca assassinada pelo marido americano. A família, pobre e distante, tentou em vão condenar o assassino, que permanece foragido e impune. Outra brasileira cumpre pena máxima em uma prisão da Virgínia, acusada de assassinato do marido americano. Fontes próximas dizem que essa mulher passou anos sendo agredida fisicamente pelo marido alcoólatra e submetida a todos os tipos de tortura psicológica e, ao que tudo indica, no dia fatídico ela agiu em defesa própria e dos filhos.

    Enfim, não posso julgar nem emitir opinião baseada em “achismos”, mas gostaria muito de ilustrar que a violência contra a mulher é uma realidade, muitas vezes com consequências irreversíveis. A mulher quase sempre é o elo mais frágil da história e, quando é imigrante sem papéis, ou totalmente dependente do marido, essa fragilidade fica ainda mais evidente. É algo para refletirmos a respeito.

    O que podemos fazer vivendo dentro ou fora do Brasil é estarmos sempre atentas e dispostas a denunciar qualquer tipo de violência ou abuso e, principalmente, educarmos nossos filhos e filhas para que escrevam uma história diferente. Esse assunto diz respeito a todos nós!

    Textos relacionados

    • Você gosta de morar em Portugal?
    • Carta aos novos imigrantes
    • Americanos – é possível definí-los?
    • Seattle – a cidade do respeito à diversidade
    • Ser imigrante é fazer parte da RESISTÊNCIA
    • Será que a infância é respeitada nos EUA?
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    casamento com estrangeiro direitos da mulher EUA feminismo igualdade de gêneros imigração imigração nos eua machismo ser mulher nos EUA violência contra a mulher
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Gabriela Albuquerque
    • Website

    Gabriela é de São Paulo, capital. Depois de 5 anos vivendo nos EUA, entre Washington DC e Seattle, resolveu experimentar a vida na Europa. Desde julho de 2019 mora com suas filhas e marido, na charmosa cidade de Cascais, nos arredores de Lisboa. Movida pela arte, sempre direcionou seus estudos e carreira nessa direção, cursando Letras na Universidade de São Paulo e Curadoria de Artes na PUC- SP. Imersa em uma nova cultura encontrou novas inspirações para escrever, resgatando assim um hobby que estava adormecido. Mantém um blog, onde procura dividir experiências e compartilhar as descobertas da vida de expatriada além de questionar as dores e delícias da vida contemporânea.

    Related Posts

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Moradia e pandemia: obstáculos e oportunidades

    August 23, 2021

    O meu sucesso não é o mesmo que o seu!

    August 20, 2021

    6 Comments

    1. Andreia on July 24, 2016 7:03 am

      Olá Gabriela !

      Gostei muito do seu post , vivo em Milão. Por aqui (na Itália) tenho a frequente sanção do machismo e inconveniência masculina. Ser brasileira , agrava um pouco o comportamento pois significa sinônimo de sexo e ou prostituicao ( o segundo caso mais na Espanha, onde também já morei)
      Sou solteira e tenho dificuldades em conhecer alguém que se enquadre em valores que tanto você / como eu compartilhamos , o que acaba por resultar em uma apatia generalizada em relação aos homens de origem latina de modo geral.

      Reply
      • Gabriela Albuquerque on August 3, 2016 8:58 pm

        Oi Andreia,

        Precisamos sempre perseverar nessa luta contra a discriminação e violência contra mulheres, que infelizmente é uma realidade mundial… Não podemos desistir! Boa sorte, Abs 😉

        Reply
    2. Carlinha on July 24, 2016 7:20 pm

      Amei seu post, Gabri … me levou a uma reflexão sobre o que falamos em nosso último encontro.
      Só teremos o direito de sermos mulheres na essência quando nos valorizarmos como tal e isso depende nós e não dos homens …

      Reply
      • Gabriela Albuquerque on August 3, 2016 8:54 pm

        Que bom que gostou amiga….temos ainda um longo caminho pela frente! Adoro vc 🙂

        Reply
    3. Cristiane on July 29, 2016 7:41 pm

      Gabriela, adorei seu Post! Também vivo aqui em DC!

      Reply
    4. Renee on July 30, 2016 4:39 pm

      Quase acertou na mosca., Gabriela. O meu único “adendo” é em relação as plásticas, que aí nos EUA também é feita a rodo. Texto muito bem escrito, adorei!

      Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Curiosidades Pelo Mundo

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    By Alessandra FerreiraMarch 1, 20230

    Olá! Mais um ano se passou, agora o Covid-19 e a pandemia ficaram cada vez…

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022

    10 fatos mais chocantes ao mudar para Turquia

    October 25, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2023 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.