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    Home»Argentina»Tchau 2020, bem-vindo 2021
    Argentina

    Tchau 2020, bem-vindo 2021

    Fabi LimaBy Fabi LimaFebruary 19, 2021No Comments6 Mins Read
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    Tchau 2020, bem-vindo 2021.

    Sim, já sei, estamos em fevereiro. Talvez pode te parecer um pouquinho tarde para desejar feliz ano novo. Eu penso que não, afinal não dizem que o ano só começa mesmo depois do carnaval? Sendo assim, acho que posso dizer feliz ano novo.

    Brincadeiras à parte, digo feliz ano novo só agora em fevereiro porque o mês de janeiro não foi fácil. Decerto minhas dificuldades pessoais aliadas às que trouxe a pandemia me fizeram repensar porque ainda estou vivendo aqui.

    Embora as notícias que chegam ao Brasil sejam a aprovação da lei do aborto e o início da implementação do plano nacional de vacinação, te garanto que a vida não está nem um pouco mais fácil por conta disso. Ao contrário, novos entraves econômicos, a desorganização de sempre em assuntos do dia a dia e a total falta de empatia contribuíram para a minha decisão de voltar ao Brasil. Pelo menos por um tempo.

    Defeito para alguns, qualidade para outros

    Ainda que meu signo solar seja Peixes, sou conhecida pelos meus hábitos de planejamento e organização. Desde que tenho memória gosto de ter – e manter – tudo no lugar. Quando descobri o Excel, comecei a fazer planilhas para tudo. Além disso, um dos meus passatempos prediletos é arrumar e catalogar coisas. Simplesmente amo.

    Sem dúvida, o fato de eu ser um pouco – bastante – metódica prejudicou minha vida social no Brasil. Por atuar de maneira diferente, várias vezes me classificaram como “esquisita”. Precisando encontrar um lugar onde pudesse ser quem sou, sem tanta pressão, comecei a viajar.

    De fato, conheci lugares onde a minha esquisitice não era tão esquisita assim e pude relaxar um pouco. Pela primeira vez me senti encaixada, aceita. No entanto, a vida dá suas voltas e vim parar na Argentina, onde, além de esquisita, sou também “brasilera” (assim mesmo, sem o i).

    Brasilera é a mulher que nasceu no Rio de Janeiro (única cidade do Brasil), com a pele bronzeada de tanto tomar sol, que samba muito, principalmente no carnaval, sempre alegre, falando alto, sabe e acompanha futebol, adora uma balada e come muita feijoada. 

    Ou seja, qualquer pessoa menos eu, porque infelizmente não preencho nenhuma das lacunas anteriores. Até minha nacionalidade roubaram de mim. Conclusão? Sou duas vezes esquisita.

    A (in)eficiência dos serviços básicos

    Ainda que eu goste de ter minha vida projetada em planilhas, sou flexível, penso em planos de A a Z; e quando um não dá certo, não fico perdendo muito tempo, recalculo, vou pelo outro e chego aonde queria chegar.

    Sem dúvida, isso é o que tem me ajudado a sobreviver por aqui. Pois, não sei se te contaram, mas os argentinos, apesar de muito inteligentes, não conseguem se organizar. Menos ainda se planejar.

    Leia também: Como foi ser imigrante nos EUA em 2020

    Por exemplo: o metrô de Buenos Aires, no horário de pico, é insuportável. Ou você viaja mais espremida que uma laranja, que é só bagaço, ou você espera mais de uma hora até passar um trem mais vazio.

    Isso acontece porque todas as linhas vão desde um ponto da cidade até o centro. E todos escritórios ficam no centro. E todos que trabalham nesses escritórios entram na mesma hora.

    Ao invés de fazerem algo, como colocar mais trens, ou mudar o horário de trabalho para que milhares de pessoas viagem em diferentes momentos, ou mudar a localização dos escritórios, não fazem absolutamente nada. Reclamam todos os dias e dizem “viajamos como no metro de Tóquio”.

    #Sóquenão

    Estive em Tóquio. Andei muito em trem e metrô. Horário de pico e horário tranquilo. Não passei por nenhuma situação como em Buenos Aires. Aliás, como Buenos Aires, para mim, só o metrô de São Paulo. Mas São Paulo tem muito mais gente.

    Outro exemplo: compras no geral. Novos empreendimentos surgem muitas vezes porque algo está na moda, e não através de uma pesquisa de mercado para saber o que as pessoas realmente precisam.

    Então, é comum, de repente, abrirem muitas lojas de decoração e quem vendia lingerie, por exemplo, mudar para decoração também.

    Do mesmo modo é com a alimentação. Ou cada semana você consegue um produto diferente porque é o que está fazendo sucesso, ou só encontra o que constitui a base alimentária argentina: laticínios, carne, ovos, pão, farinha, cítricos, batata, abóbora e pimentões.

    Viver em sociedade

    Não vou nem discutir os pontos que nos fizeram pensar e repensar nosso modelo de sociedade em 2020 por causa da pandemia da Covid-19. Quero simplesmente expor as dificuldades enfrentadas no dia a dia por países sul-americanos.

    Devido à falta de um planejamento prévio para a implementação de regras de uma maneira geral, o resultado quase sempre são serviços ineficientes. E quando muitos dos serviços básicos (moradia, saúde, alimentação, educação) são ineficientes, viver acaba se transformando em “sobreviver”.

    Isso, nós, brasileiros, já sabemos como é, se não trabalhamos muito, não temos acesso a esses serviços, piorando significativamente nossa qualidade de vida. No entanto, temos algo que ajuda a superar os problemas: a solidariedade.

    Óbvio que existem umas exceções, e estamos conhecendo-as neste momento de tomo ou não tomo a vacina. Mas, no geral, o brasileiro é amistoso, companheiro e solidário. Minha família e meus amigos, sempre que eu preciso, estão dispostos a me ajudar.

    E isso não é como acontece por aqui.

    Leia também: A pandemia vai acabar com a aprovação das vacinas?

    Em 2014, devido a um problema de saúde, precisei ser internada, passar por uma cirugia e fazer uma transfusão. Como procedimento normal de qualquer instituição médica, me pediram que conseguisse doadores para repor as bolsas de sangue.

    Pedi ajuda a todas as pessoas que conhecia. Não consegui nenhum doador. Posteriormente, foi meu pai, que vive no Brasil, quem precisou conseguir doadores. Pedimos ajuda a alguns poucos familiares e conhecidos. Em um dia, conseguimos quatro.

    Penso que precisamos resgatar o senso de comunidade, de tribo. De saber que precisamos ajudar para ser ajudado. E que se prezamos pelo bem comum, prezamos pelo nosso próprio bem. Enquanto isso não acontece, vou passar um tempo perto dos meus, para receber e dar aconchego, que neste momento se faz tão necessário e está virando artigo de luxo.

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    Fabi Lima

    Oi, sou Fabiola, de Suzano-SP. Depois de mais de dez anos trabalhando como engenheira química na indústria farmacêutica descobri que a cozinha era meu lugar. Voltei para a escola e hoje também sou Cozinheira. Vivi oito anos em Buenos Aires e agora moro na cidade de Corrientes.

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