Muita coisa se diz a respeito do crescimento galopante da China nas últimas décadas. Tudo aqui se modificou, cidades foram construídas com infraestrutura e nessa onda de desenvolvimento, para a coisa realmente andar como deve ser, claro que o governo investiu pesado em garantir acesso e mobilidade a todos.
O transporte aéreo e ferroviário entre as cidades chinesas é de se tirar o chapéu. São mais de 200 aeroportos de grande porte e em questão de trilhos, são 121 mil quilômetros cortando o país de norte a sul, incluindo aí 20 mil quilômetros de linhas para os trens de alta velocidade (trem bala).
As estradas também são pavimentadas e bem sinalizadas, tornando as viagens seguras e tranquilas.
E dentro das cidades, o que encontramos?
Claro que esse é o principal ponto de um transporte público de qualidade, facilitando o ir e vir das pessoas e, principalmente, aliviando o tráfego pesado das grandes cidades.
Sendo assim, as linhas de ônibus e as opções de táxi são muitas, mas o investimento maciço mesmo é nas linhas de metrô.
Ônibus
Os ônibus são limpos, com sistema de ar condicionado/calefação e muito bem organizados. Nos pontos geralmente existem os painéis com todas as linhas, os pontos finais, trajeto etc. Só que toda essa informação é em mandarim.
Para quem não domina a leitura de caracteres, o jeito é buscar ajuda nos aplicativos e mapas on line, selecionando a opção do caminho via transporte público. Tanto o Google Maps como o Maps do IOS mostram a direção e o número do ônibus que se deve pegar e onde descer. Assim não há como errar. Bom… talvez haja uma chance, mas remota!
Vale lembrar que os ônibus trafegam no trânsito normal da cidade e, mesmo com os muitos corredores especiais, as chances da viagem ser demorada são grandes. Em especial em cidades como Shanghai (Xangai) e Beijing (Pequim).
Os valores das passagens são de RMB 2,00, cerca de R$ 0,90. Esse preço é de Shanghai (Xangai), a cidade mais cara da China.
Táxi
Já houve um tempo em que andar de táxi na China era uma aventura sem precedentes. E como não havia muitas opções de transporte, era pegar ou largar.
Hoje as coisas melhoraram muito, muitas cidades investiram na renovação da frota e buscam mais qualidade no atendimento. Ainda assim, há quem não se arrisque a esticar o braço para um táxi na rua. Principalmente os estrangeiros.
Uma das regras básicas para se pegar um táxi na China é ter sempre em mãos o endereço em mandarim (caracteres). Caso contrário, não se chegará a lugar nenhum, além do motorista poder te largar onde ele bem entender. E quanto a isso, também é sempre bom ficar de olho na rota. Como acontece em outros lugares do mundo, um taxista que percebe que o passageiro não conhece onde está indo, cai na tentação de dar aquela voltinha a mais para encarecer a corrida.
Aqui existe Uber, mas no ano passado, a rede foi comprada pelo seu maior concorrente, o Didi Chuxing. Desde então, o aplicativo internacional do Uber não funciona na China. Pode-se até baixar o aplicativo chinês, mas só consegue se cadastrar quem tem cartão de banco local.
O wechat, o super aplicativo chinês que reúne 1003 utilidades, também tem o serviço de táxi, mas da mesma forma, tem que ter o cartão de banco chinês e saber se comunicar minimamente em mandarim, já que os motoristas sempre ligam para confirmar o endereço.
Então não restam muitas alternativas: é tentar caçar um táxi na rua. “Tentar”, porque não é fácil. Apesar da frota ser imensa, a população chinesa é maior ainda, certo? Junta-se isso ao preço acessível do serviço e está explicada a dificuldade. Às vezes, buscar táxis nas entradas dos hoteis é uma solução (fica a dica).
O valor da bandeirada (valores de Shanghai – Xangai), começa em RMB 14,00 e pode ir até os RMB 19,00 (dependendo do tipo de táxi) – R$ 6,00 a R$ 8,50. Quanto menor for a cidade, mais barato é.
Metrô
Por essas e outras (que inclui a comunicação básica), eu sempre prefiro andar de metrô. O sistema de metrô na China é perfeito. Estações amplas, limpas, claras e muito bem sinalizadas em mandarim e Inglês (um alívio). Trens pontuais, com sinalização interna, sistema de ar condicionado.
Por isso é simples para qualquer pessoa, seja ela residente ou turista, se aventurar pelas cidades chinesas utilizando esse meio de transporte.
E o governo realmente investe na ampliação do metrô. Sim, eles sempre estão ampliando, fazendo uma melhoria. Quando cheguei em Shanghai (Xangai) em 2009, haviam 5 linhas. Hoje são 20.
A primeira linha de metrô chinesa foi inaugurada em Beijing (Pequim) em 1969. Por esse motivo, é a cidade que oferece menos possibilidades aos usuários. Nem todas as estações possuem escada rolante e acesso a deficientes, por exemplo.
Desde 2000 o crescimento do metrô nas cidades chinesas foi acelerado. O de Shanghai (Xangai), apesar de ser o mais longo do mundo, só começou a operar em 1993. Hoje, a China possui os sistemas de metrô mais longos do mundo.
No início de 2016 a China tinha 3195,6 km de linhas de metrô, em 26 cidades.
O trajeto começa em RMB 3,00 (R$1,40) e pode chegar a RMB 6,00 (R$2,80).
E você vai de quê?
Bom, eu recomendaria ir de metrô.
E se for visitar Shanghai (Xangai), não deixe de conferir esse roteiro para conhecer a cidade pelas linhas de metrô!
Até a próxima!