Há exatamente 15 dias, voltava para os EUA feliz depois de ter passado alguns meses no Brasil revendo amigos e parentes, ter apreciado as delícias da nossa culinária e aproveitado o sol de verão em pleno inverno paulistano. Desta vez, voltaria sozinha, pois precisei ficar um pouco mais de tempo para ajustar algumas questões que tínhamos pendentes depois das férias do meu marido, que precisava retornar ao trabalho.
Sempre gostei de viajar e, com a experiência que vamos adquirindo, procuro sempre organizar a melhor maneira para arrumar malas, fazer check-in antecipado para ter a chance de escolher uma poltrona e escolher uma roupa confortável para fazer uma viagem tranquila.
Essa não era a primeira viagem internacional que fazia sozinha, por isso, achava que não tinha com o que me preocupar, afinal, já conhecia os códigos utilizados neste tipo de situação. Porém, as novidades começaram, com as orientações dadas pelo atendente da companhia área logo que despachei minhas malas no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos.
Orientação 1
O atendente informou-me que eu precisaria realizar o processo de imigração no Aeroporto Internacional da Cidade do México – Benito Juárez. Achei estranho, porque já fiz diversas conexões e isso nunca havia acontecido. Comecei a me preocupar, porque teria apenas 2h10 para troca de aeronaves, mas dada a informação, perguntei se teria tempo hábil para realizar todos os procedimentos e ele me afirmou que sim.
Orientação 2
O mesmo atendente acrescentou: realizada a imigração, eu deveria pegar minhas malas e colocá-las em outra esteira para despachá-las ao meu destino final. Novamente, para meu espanto, questionei: Como assim? A resposta foi: “não se preocupe, suas malas estarão em uma área e somente a senhora deverá pegá-las para colocar na outra esteira.”
Educadamente, agradeci, mas saí pensando: nunca vi isso! A companhia aérea sabe qual é o meu destino final. Qual o sentido de o passageiro precisar pegar suas bagagens e despachá-las novamente? Não tinha entendido, até chegar ao México.
1ª parada: Onde meus problemas começaram
Depois das quase 10h de voo, uma noite mal dormida e um formulário preenchido que deveria ser entregue ao agente de imigração, finalmente cheguei à Cidade do México. Somente lá, pude entender que o processo de imigração acontece mesmo para passageiros em trânsito, porque o aeroporto, não possui uma área destinada aos passageiros em conexão.
OK, contudo, começava a confusão! A precária sinalização combinada com a ausência de funcionários para orientar aos passageiros perdidos, são ingredientes suficientes para tamanha desorganização. As únicas sinalizações presentes eram: indicações para filas de estrangeiros e filas para cidadãos mexicanos. Como eram organizadas as filas? Ao gosto do freguês, até chegar na área sinalizada com aqueles separadores.
Meu desespero começou ao ver o tempo passar com o formulário em mãos, a lembrança de que ainda precisaria despachar minhas malas e a necessidade de passar por um novo raio X.
Quando vi um funcionário, disse que estava preocupada em perder meu voo e o que tive de resposta foi: não temos o que fazer, a senhora precisa permanecer na fila. Depois disso, pensei: se eu perder meu voo, apesar do transtorno, a companhia aérea precisará me remanejar para outro, aí o problema não será meu.
Após 1h30 na fila, a única pergunta que respondi ao agente foi: seu destino é Nova Iorque, certo? Confirmei e disse que estava preocupada em perder meu voo. Ele destacou uma parte do formulário, me entregou com uma anotação e disse: boa viagem!
Saí feito uma louca desvairada para fazer o tal despacho das malas, passar pelo raio X e procurar o portão de embarque para o voo seguinte que decolaria em 30 minutos. Eu achava que poderia ficar tranquila, eu disse, achava!
2ª parada: Embarcando no próximo voo
Depois de toda essa ginástica, imaginava que estava pronta para encarar o segundo voo, contudo, fui surpreendida com a seguinte informação no momento do meu embarque: a senhora foi uma das selecionadas a passar por uma revista rigorosa, por favor, fique neste canto e aguarde os demais passageiros entrarem.
Calmamente, fiquei na fila já formada por mulheres, sim, apenas mulheres que assim como eu, foram selecionadas para serem revistadas sem entender absolutamente nada.
A situação era extremamente tensa e constrangedora. Depois que todos os passageiros embarcaram, iniciou-se a tal revista que literalmente, ocorreu entre a área de embarque e o finger – aquela ligação feita entre a área de embarque e o avião.
Foram chamando uma a uma e quem ficava, assistia aos procedimentos realizados pelas antecessoras. Fui a penúltima e até agora, fico triste ao lembrar. Como estava com uma mochila, pediram que eu tirasse meu notebook para passarem um papel no teclado e tela que posteriormente foi inserido em uma máquina. Pelo que entendi, tinha o objetivo de identificar vestígios de entorpecentes. Fizeram o mesmo com minhas mãos, pediram para tirar objetos da minha bolsa, levantar a blusa, virar de frente e de costas passando um scanner e, finalmente tirar a sapatilha que usava para torcerem e retorcerem e finalizar os procedimentos.
Apesar da tensão, procurei me manter calma até porque, não tinha nada do que estavam procurando. Enquanto assistia às demais passageiras passarem pelo mesmo constrangimento, refletia: O que temos em comum? ÉRAMOS 7 MULHERES VIAJANDO SOZINHAS! Faixa etária, nacionalidade, cor da pele, naquela situação, parecia não importar, mas gênero sim.
Perfil típico de mulas – pessoas que transportam drogas no próprio corpo. Para a Polícia Federal Mexicana, provavelmente! Por que só mulheres? Não sei dizer! Será que também fazem o mesmo com homens? Não sei dizer! O fato de o México fazer fronteira com os EUA poderia explicar esse tipo de ação? Não sei dizer! Mas afirmo que passar por tudo isso, é muito, muito constrangedor!
Bem, fui liberada com um agradecimento. Fui em direção ao voo que aguardava a última passageira e, por conta disso tudo, saiu atrasado.
3ª parada: Chegando ao meu destino final
Estava muito triste e principalmente tensa por tudo que me aconteceu. Viajei pensando que se esses procedimentos são rotineiros, provavelmente peguem muitas pessoas transportando drogas desta forma. Devem ir tentando, tentando até achar. O tráfico internacional de drogas é uma realidade, infelizmente!
Finalmente, cheguei ao meu destino final. Encarei outra fila de quase 1h para imigração que deu certo. Achava que poderia ficar tranquila, de novo, achava!
Quando saio para pegar minhas malas, descobri que uma delas não havia sido despachada. Como se você seguiu as orientações e as colocou na outra esteira? Pois é, uma delas não chegou.
Precisei buscar a companhia e registrar minha reclamação. Na mesma hora, fui informada que a mala havia ficado no México e, provavelmente, me entregariam no dia seguinte. Deixei meus contatos e, enfim, fui para casa.
Entregaram minha bagagem em casa, na noite do dia seguinte e, para minha estranheza, a mala chegou sem o cadeado. Nada desapareceu, mas provavelmente ficou para ser inspecionada. Mas por que ficou uma mala e não as duas? Não sei dizer! Será que olharam a mala que chegou comigo? Talvez! Minha hipótese, no entanto, é que o cadeado da mala que chegou tinha o TSA – Transport Security Administration (Administração de Segurança no Transporte) que pode ser aberto com uma chave-mestra enquanto a mala retida, tinha um cadeado comum, que foi quebrado.
O fato é que não saberei ao certo tudo o que aconteceu, já que nada foi dito.
Escrevi este artigo, com o intuito de compartilhar com vocês, queridos leitores, uma situação que aconteceu comigo, mas que poderia acontecer com qualquer pessoa em diversos aeroportos do mundo. A sensação que tive, é que infelizmente, mulheres viajando sozinhas ainda causa muitas desconfianças e espanto para um mundo que se diz globalizado. Situações como essas, não devem JAMAIS nos causar medo, a ponto de nos fazer pensar em desistir de cruzar fronteiras nesse mundo, principalmente se estivermos certos, JAMAIS! Afinal, é bom lembrar que temos o direito de ir e vir!
Obrigada pela leitura!
37 Comments
Liliane, esse aeroporto do México já é um pesadelo, e imagino que foi ainda pior passar por tudo o que você passou! Esse ano eu também já peguei vôos com conexao em Nova Iorque, estava sozinha mas nao fui revistada dessa maneira. A única coisa que achei estranha é que de Londres para NY, fui “entrevistada” antes de entrar na sala de embarque por um “agente especial” de imigraçao dos EUA. Passaram meu passaporte em algum programa e só. Obrigada pela dica e já vou compartilhar com minhas amigas!
Beijos
Ana,
O fato é que isso acontece em diversos aeroportos do mundo com homens e mulheres. Mas, na situação pela qual passei, não tinha como não observar o fato de todas serem mulheres. Escrevi o artigo com o objetivo de alertar para algo que acontece diariamente. Precisamos estar informados e preparados para passarmos pelo procedimento caso sejamos selecionados, não é mesmo?
Obrigada pelo seu comentário!
Um beijo,
Liliane
Olá Liliane,
Bom relato, mas isso acontece com homens também, não é só com mulheres viajando sozinhas nao. Em países como México, Peru, Nova York, Canadá e Dubai e normal eles fazerem essa inspeção de controle de entorpecentes.
Tem um programa no Discovery e no Nathional Geografic que sempre passam pessoas passando por esses constrangimentos, algumas realmente não te nada, mas outras tem entorpecentes, não sei qual o critério que usam pra fazer a triagem, mas já vi ate idosos passarem por esse constrangimento.
Mileide,
Antes de mais nada, obrigada pela sua mensagem!
Então, no último parágrafo o meu artigo, escrevi: “Escrevi este artigo, com o intuito de compartilhar com vocês, queridos leitores, uma situação que aconteceu comigo, mas que poderia acontecer com qualquer pessoa em diversos aeroportos do mundo”, por isso, sim, é um procedimento que acontece com homens e mulheres em diversos aeroportos do mundo diariamente. Porém, na situação pela qual passei, me chamou muito a atenção o fato de somente mulheres terem sido selecionadas. Meu objetivo neste artigo, era justamente alertar pessoas de que isso pode acontecer e, acredite, muita gente nem imagina!
Realmente fiquei tensa e achei muito constrangedor, mas enfim, respeitei todos os procedimentos e segui viagem.
Muito obrigada, novamente pelo seu comentário!
Um abraço,
Liliane
Este ano 2020 passei por isso em Madrid. a ir e a voltar de New York City.. de centenas de pessoas no boarder control em Madrid eu fui a “escolhida” para fazer teste anti-droga e anti-bombas! estava sozinha..mais ninguém fez..no meio de umas 500 pessoas escolheram so a mim, era a unica sozinha.
Sinto muito “preconceito” em alguns países quando viajo sozinha, complemente diferente de quando estou acompanhada. É triste saber que temos que passar por essas situações.
Adorei seu relato e serve de alerta para nós que sempre caímos no mundo solo.
Olá Vanessa!
De verdade, fico feliz em saber que tenha gostado do meu artigo. Meu intuito, era alertar sobre algo que acontece diariamente com homens e mulheres em diversos aeroportos do mundo. Realmente, fiquei tensa com o que aconteceu, mas não podemos deixar de desbravar esse mundão por conta de uma situação desse tipo, não é mesmo?
Obrigada pelo seu comentário!
Um abraço,
Liliane
Liliane,
a sua viagem foi certamente estressante e entendo que foi desgastante. Mas devo dizer que vários dos procedimentos e acontecimentos que você relata podem acontecer em diversas rotas de formas variadas. Controles específicos em determinadas rotas acontecem – pode ser devido a dicas recebidas pela polícia ou devido a controles por amostragem que escolhem determinados voos para inspecão. Retirada de bagagem ao longo do trecho também acontece. Eu tenho sempre que retirar a minha quando chego ao Brasil e redespachar para o destino final. Você relata que o seu aeroporto de coneccão não tinha separacão para passageiros em trânsito e, portanto, não é de se surpreender que tenha tido que passar pelo procedimento de alfândega. Parece que as tensões políticas entre México e US podem também estar afetando a atitude das autoridades. Uma mala não chegar também acontece. A sua pode ter caido na amostragem. Há pouco tempo li que várias malas tem sido danificadas nos Estados Unidos pois muitas vezes eles não têm a chave que deveriam ter para abrir os cadeados. Você tem razão que as vezes a polícia de fronteira pode ser inibidora e é desgastante. Mas não devemos sempre associar tais atitudes com atitudes discriminatórias. Eu viajo sozinha há trinta anos pelo mundo inteiro, já passei por controles diversos diversos e já perdi voo em fila de conexão nos EUA onde a polícia de fronteira foi desagradável. No entanto, já tive a oportunidade de encontrar pessoas muita simpáticas e prestativas nas mesmas situacões. Espero que você tenha melhor sorte na próxima viagem, sozinha ou acompanhada.
Semiada,
Antes de mais nada obrigada pelo seu comentário!
Bem, como escrevi no último parágrafo do meu artigo: “Escrevi este artigo, com o intuito de compartilhar com vocês, queridos leitores, uma situação que aconteceu comigo, mas que poderia acontecer com qualquer pessoa em diversos aeroportos do mundo”, por isso, entendo sim que seja um procedimento adotado em diversos aeroportos do mundo que revista diariamente homens e mulheres. No entanto, me chamou muito a atenção o fato de todas as selecionadas terem sido mulheres mesmo sabendo da utilização de critérios aleatórios para a seleção. Historicamente, o México também é conhecido por ser um país exportador de drogas e, sabemos que muitas pessoas são “usadas” para transportá-las, por isso, imagino que seja mais um motivo para que haja maior rigor nas inspeções.
Outro ponto que gostaria de comentar, é que em nenhum momento quis dizer que as atitudes foram discriminatórias, mas realmente, me chamou a atenção o fato de todas serem mulheres. E, naquela situação, faixa etária, nacionalidade, cor de pele ou qualquer outro indicador que pudesse ter sido critério não importava, contudo, não vou negar que realmente fiquei tensa e me senti constrangida.
Sobre o fato de precisar pegar minhas bagagens para eu mesma despachar em uma conexão, para mim, realmente foi novidade. Eu nunca precisei pegar minhas malas para despachar novamente, ainda mais viajando pela mesma companhia que me levaria até meu destino final. Enfim, vivendo e aprendendo!
O importante, é não nos deixarmos intimidar e seguir viajando!
Obrigada, mais uma vez pelo seu comentário!
Um abraço,
Liliane
Oi Liliane!!
Até onde eu sei, sempre temos que fazer alfandega e imigração na primeira cidade do país, quando chegamos, mesmo que não seja o destino final. Nunca passei pelo México mas sempre que viajamos com alguma conexão é preciso retirar a mala, passar pela imigração e despachar novamente a mala para o destino final… A única diferença é que quando as filas são estão muito grandes, as vezes tem algum agente passando na frente os que estão com horário mais apertado… Mas certamente que isso não deve acontecer em todos os lugares.
Entendi o seu ponto de vista, mas acredito que esse tipo de procedimento é mesmo comum nesses países. Meu marido foi chamado para passar por essa revista na Colômbia, a caminho de Miami. Teve que abrir toda a mala de mão e passar o papelzinho por tudo, inclusive nas mãos… E sim, certamente eles tem um “tipo” para abordar e não acho que isso seja aleatório não… Infelizmente.
Espero que você tenha mais sorte nas próximas viagens! Estar sob as regras de outro país sempre é um tanto estressante…
Olá, Marcela!
Então, há procedimentos que sinceramente não sei explicar. Já vim para os EUA fazendo conexões em outros aeroportos sem necessidade de realizar imigração, apenas raio X, por isso, fiquei surpresa pelo que me aconteceu no México. A mesma coisa te digo com relação a necessidade de retirar malas, pois viajaria pela mesma companhia aérea, na minha cabeça não fazia nenhum sentido. Enfim, vivendo e aprendendo, não é mesmo?
Entendo que controles sejam realizados e, não tenho dúvidas que procedimentos como esses aconteçam diariamente com homens e mulheres em diversos aeroportos no mundo. No entanto, me chamou a atenção o fato de somente mulheres terem sido selecionadas para revista. Acredito que tais procedimentos aumentem consideravelmente daqui para frente e, se estivermos com tudo em ordem, precisamos manter a calma, responder somente ao que for perguntado e seguir viagem.
Obrigada pelo seu comentário e continue seguindo o BPM.
Um abraço,
Liliane
Sim, essa questão da retirada das malas pra mim também foi surpresa ouvir o seu relato, eu sempre achei que precisava retirar todas as vezes… O melhor mesmo é perguntar na hora do check in, já que não é sempre da mesma forma!
E sobre as revistas, é o que eu penso também… Manter a calma e fazer tudo que eles pedem, bem naquelas quem não deve não teme. Mas que é um estresse, sempre é! Da ultima vez que passei pela Alemanha passei minha mala de mão pelo raio X e tinha vários eletrônicos (câmeras, lente, bateria…). A mala também foi pra revista especial, eles tiraram tudo de dentro, passaram papelzinho… Enfim, é o preço que pagamos pra viajar nesses tempos…
Beijos!
É isso mesmo, Marcela.
O importante é manter a calma, fazer o que pedem e não desistir de viajar.
Obrigada, mais uma vez!
Bjs,
Liliane
Em Frankfurt depois de passar onde colocamos os pertences e estar liberada tinha ao lado um guarda masc. e fem que passaram o tal papel na minha roupa , revistaram minha bolsa, colocaram depois o tal papel numa máquina. Só depois me liberaram. Eu estava só. tudo isso aconteceu comigo voltando para o Brasil.
Olá Maria!
Antes de mais nada, gostaria de agradecê-la pela leitura e comentário.
Então, infelizmente, esse tipo de procedimento acontece com homens em mulheres em diversos aeroportos do mundo. O que me chamou a atenção na situação pela qual passei, foi perceber que somente mulheres haviam sido selecionadas, por isso, escrevi o artigo – com o objetivo de alertar sobre algo que muitas pessoas não sabem que pode acontecer. O importante é estarmos informados e não deixar de desbravar esse mundão.
Um abraço,
Liliane
Não aconteceu comigo exatamente igual (menos malas extraviadas)
Mas foi em Guarulhos mesmo.
Eu viajava sozinha para NYC e não passaria pelo México. Mas junto comigo teve homens na fila também.
Nathalia,
Antes de mais nada, gostaria de agradecê-la pela leitura e comentário!
Procurei escrever este artigo, com o objetivo de informar e alertar sobre algo que acontece diariamente com homens e mulheres em vários aeroportos do mundo. Na situação pela qual passei, chamou a atenção o fato de todas as selecionadas terem sido mulheres. Realmente fiquei tensa e constrangida ao passar por toda a situação mesmo entendendo a necessidade da realização desse tipo de controle. Muitas pessoas não têm a mínima ideia que isso aconteça, por isso, achei que também seria uma oportunidade para compartilhar esse tipo de informação.
Obrigada mais uma vez!
Um abraço,
Liliane
Olá Liliane,
Acho que eu ficaria aflita apenas com receio de perder a conexão, mas quanto à revista mais demorada, já passei por piores, acho desagradável, mas não me impressiono mais.
Na Índia, o maior medo das autoridades é com terrorismo, então imagine quando uma mulher sozinha desembarca num voo na Caxemira, fronteira com o Paquistão e zona de conflito armado (até os dentes).
Tanto na chegada quanto na saída passei por 4 revistas cada, questionário, etc. Mas na última revista, antes de embarcar no voo de volta a Delhi, eu fui apalpada no corpo todo, inclusive nos seios (como tenho seios grandes, acho que desconfiaram que poderiam ser falsos…).
Pelo menos fui revistada por mulheres…
Mas se não temos o que eles procuram, podemos ficar tranquilas. O maior alerta é nunca perdemos nossa bagagem de vista, para evitar que alguém coloque algo nelas, isso sim poderia ser grave.
Beijos,
Ana
http://www.viagensebeleza.com
Ana Maria,
Antes de mais nada, gostaria de agradecê-la pela leitura e comentário.
Procurei escrever este artigo, com o objetivo de informar e alertar sobre algo que acontece diariamente com homens e mulheres em vários aeroportos do mundo. Na situação pela qual passei, chamou a atenção o fato de todas as selecionadas terem sido mulheres. Realmente fiquei tensa e constrangida ao passar por toda a situação mesmo entendendo a necessidade da realização desse tipo de controle. Estou aprendendo com os comentários deixados pelos leitores, que muitas pessoas não se sentem constrangidas ou impressionadas assim como você (acho ótimo!), mas muitas outras não têm a mínima ideia que isso aconteça, por isso, achei que também seria uma oportunidade para compartilhar esse tipo de informação.
Obrigada mais uma vez!
Um beijo,
Liliane
Obrigada. Para mim foi excelente seu artigo. Não viajo com frequência mas viajo sozinha e agradeço o alerta.
Terezinha,
Muito obrigada pela leitura e comentário.
Fico muito feliz em saber que tenha gostado do meu artigo.
Continue acompanhando o BPM! 🙂
Um abraço,
Liliane
Que situação hein amiga! Obrigada pelas dicas. ?
Cíntia, querida!
Que legal saber que meu artigo chegou até você.
Te agradeço pela leitura e comentário.
Um beijo,
Lili
Muito o legal o texto Lili! E como vc menciona apesar de parecer destinado a mulheres é algo sim bastante comum. Provavelmente naquele dia eles tinham alguma “dica” de uma mulher. Eu mesmo já passei por essa revista implacável aqui mesmo no Brasil antes do embarque para Newark/US com escala em Chicago. O papelzinho é para isso mesmo: verificar se tem drogas escondidas. Passara, o mesmo papel na minha roupa e tênis também. A única diferença neste dia foi que no check in eletrônico meu ticket foi impresso “aleatóriamente” com vários SSSS estampados. O agente quando viu já me separou para a revista mencionada. Se minha mala despachada foi verificada não faço ideia. Também uso o cadeado padrão TSAe não notei nada diferente.
Olá!
Que legal saber que você gostou do meu texto, muito obrigada!
Então, essa experiência está me rendendo muitos aprendizados. Até isso acontecer, não sabia que o ticket “selecionado” indica o código SSSS, aprendi com comentários deixados pelos leitores. Você é a terceira pessoa que me fala isso – o que me leva a entender que poucas conheçam essa informação.
Bem, acredito que os procedimentos devem ser realizados e sem dúvida, acontecem diariamente com homens e mulheres em diversos aeroportos do mundo. No entanto, não tinha como deixar de reparar no fato de somente mulheres terem sido selecionadas. O que penso também é que daqui pra frente, a tendência desse tipo de revista é aumentar, por isso, temos que, na medida do possível, estarmos calmos e fazer o que for solicitado.
Fiquei contente com sua mensagem, de verdade.
Mais uma vez, obrigada!
Bjs
Liliane, passei por isso no embarque em Cancun direção Miami. Foi um pouco vergonhoso, porque a pessoa que estava revistando abriu minha mala e tirou tudo de dentro, inclusive roupa intima expondo tudo para o horror de outros passageiros, quando ela ia começar a me revistar, ela descobriu que o homem parado na entrada do finger era meu marido. De repente tudo mudou, ela pediu para eu fechar a mala e entrar no avião, nem se quer me revistou. Um total absurdo.
Olá!
Antes de mais nada gostaria de agradecer pela leitura e comentário.
Uma coisa que acho que devemos pensar, é que essas revistas acontecem diariamente com homens e mulheres em diversos aeroportos do mundo.
O que realmente me chamou a atenção na situação pela qual passei, foi perceber que somente mulheres foram selecionadas.
Como mencionei em meu texto, me senti constrangida apesar de entender a necessidade do procedimento que, aliás, imagino que daqui para frente, deverão se tornar cada vez mais frequentes.
Obrigada,
Liliane
Liliane,
Já fiz 2 viagens ao exterior com escala na cidade do México, ou seja, passei 4x pelo aeroporto e em TODAS eu fui revistada. Em nenhuma das vezes eu estava sozinha. Sinceramente eu não consegui entender os criterios deles, mas nas proximas viagens tentarei evitar passar pelo México.
Luciana,
Poxa, que coisa! Todas as vezes que você passou por lá foi selecionada para revista?
Pois bem, não sabemos ao certo quais são os critérios, mas acho importante ressaltar, que isso acontece diariamente com homens e mulheres em vários aeroportos do mundo. Entendo que por questões de segurança alguns procedimentos sejam realizados, mas questiono a forma. Na situação que relatei me chamou realmente atenção o fato de todas serem mulheres, enfim.
Eu, assim como você procurarei evitar aquele aeroporto.
Obrigada pelo seu comentário.
Um abraço,
Liliane
Aconteceu muito isso comigo na minha eutrip solo. Fui revistada e interrogada várias vezes e me senti um lixo, pois todos, até os passageiros me olhavam com cara de desconfiança, mas depois de um tempo não ligava, pois afinal não devo nada a ninguém e tenho meu direito de ir e vir.
Raquel,
Sinto em saber que você também passou por essa situação.
Apesar de entender que procedimentos como esses devem ser realizados e acontecem diariamente com homens e mulheres em vários aeroportos no mundo, eu também fiquei tensa.
Meu objetivo neste artigo, era alertar para algo que muita gente não sabe que acontece. Também acho importante ressaltar que não devemos pensar na hipótese de deixar de viajar por conta disso, ainda mais se estivermos com tudo em ordem, certo?
Muito obrigada pelo seu comentário!
Um abraço,
Liliane
Olá Liliane, tudo bem?
Sua história me fez lembrar a que aconteceu com minha esposa também e comigo também. E olha que isso aconteceu em Guarulhos e estávamos os dois juntos viajando.
Quando embarquei as malas, fui informado que faria a imigração em Atlanta, eu ia para Nova York, que teria que passar pela imigração e reembarcar as malas. O medo que me deu foi gigante, pois tinha somente 1h30 para fazer a conexão. O bilhete da minha esposa, recebeu uma marca diferente e nós não entendemos o motivo e o atendente não informou também, mesmo perguntando. Após ser os últimos a embarcarem, pois fiquei esperando minha esposa, mesmo a pessoa querendo que eu entrasse na aeronave, fomos para Atlanta. Lá demorou tanto que tivemos que correr igual desesperados, para passar pela imigração e nos descolocar para o setor de voos domésticos.
Conto isso, para falar que acontece também este procedimento para mulheres que estão com os maridos. Lembro que as sete ou oito pessoas também eram todas mulheres, que passaram pelo mesmo procedimento.
Um abraço,
Fancesco.
Olá Francesco!
Comigo tudo bem e com vc?
Então, sei que esses procedimentos acontecem diariamente com homens e mulheres em diversos aeroportos do mundo e, recebi algumas mensagens de leitores me falando assim como você, que já foi selecionado em Guarulhos.
Entendo que procedimentos de segurança sejam tomados e, acredito ainda, que daqui para frente, tais controles devem aumentar. No entanto, realmente me chamou a atenção o fato de todas as selecionadas serem mulheres e, naquela ocasião nenhuma estava acompanhada. Me senti constrangida, porque é aquilo, cada um sente e reage de uma forma, não é mesmo? Eu não tinha o que procuravam então, na medida do possível, me mantive calma para passar pelo procedimento.
Aprendi em um dos comentários deixados que existe uma marcação no bilhete emitido pela companhia aérea sinalizado como SSSS que são realizados aleatoriamente. Fui checar o meu bilhete e realmente tinha a tal marcação.
Com tudo isso, vou tendo certeza de que precisamos estar preparados para tudo e, se formos selecionados, responder ao que for perguntado, fazer o que for solicitado, manter a calma e seguir viagem!
Muito obrigada pela leitura e mensagem!
Um abraço,
Liliane
Primeiramente, muito bom saber desse relato, vou evitar conexões no México. Sobre a situação, não entendo como discriminatória. Existe um programa de TV (não me lembro o nome) que mostra o cotidiano de quem viaja por alguns aeroportos daqui da América Latina, com foco no México, Panamá e Colômbia e o procedimento é muito rigoroso por causa da questão do tráfico internacional de drogas (segundo o programa, a América Latina “exporta” muita droga por meio das “mulas” e muitas vezes mulheres são utilizadas para fazer a viagem por levantarem menos suspeitas que um homem latino americano) e de pessoas (principalmente mulheres para fins de prostituição, de acordo com o programa). Minha primeira viagem internacional teve conexão em Frankfurt e só chegando lá é que eu lembrei do quanto a imigração alemã é rigorosa (passei sem dificuldades), mas havia um tratamento diferenciado para os homens de origem muçulmana, por exemplo. Há, obviamente, aqueles que realizam esse tipo de ato por discriminação, mas creio que há fatos que os países tem que levar mesmo em consideração no controle de suas fronteiras, pois não há como negar a realidade e colocar as pessoas em risco.
Olá, Indianara!
Antes de mais nada, gostaria de agradecê-la pela leitura e comentário.
Quando escrevi este artigo pensei que poderia compartilhar o ocorrido com diversas pessoas que realmente não sabem que situações como as mencionadas acontecem. No meu caso, chamou-me a atenção o fato de todas as selecionadas terem sido mulheres, mas também tenho clareza de que revistas como aquelas ocorrem diariamente com homens e mulheres em diversos aeroportos do mundo e, apesar de ser um procedimento de segurança, penso que quanto mais informações tivermos a respeito são importantes para inclusive, mantermos a calma caso sejamos escolhidos.
Obrigada por mencionar sobre o programa de TV que retrata exatamente esses procedimentos, se não me engano é transmitido no canal Discovery. Sabemos que infelizmente o tráfico internacional de drogas é uma realidade – mais um motivo para eu pensar que com o passar do tempo os controles devem aumentar. Não questiono em hipótese alguma o procedimento em si, mas sim a forma como são conduzidos, pois para mim, passar por aquela situação em frente aos passageiros praticamente entrando no avião (no meu caso aconteceu no finger) sem ser explicado absolutamente nada, foi tenso e constrangedor.
Bem, como você mesma disse, se você for aos EUA e puder evitar uma escala no México eu super aconselho. Porém, é aquilo, não estamos livres de que tais situações possam acontecer em qualquer outro aeroporto do mundo.
Um abraço,
Liliane
Olha, aconteceu comigo hoje e eu me senti péssima, mesmo estando totalmente correta. Ler seu texto, em especial o final, me fez ficar até emocionada. Nem entendendo eu estava. Muito obrigada por compartilhar isso
Paula,
Sinto muito em saber que você tenha passado por uma situação semelhante, de verdade.
Depois que passei por essa experiência, penso que precisamos estar preparadas para passar por tais procedimentos quando solicitados e pronto.
Eu sei que é muito chato, desgastante, super tenso, mas também são necessários. O que questiono nestes casos é a forma, porém, não temos como saber de absolutamente nada, enfim…
Espero que você fique bem e não deixe de desbravar este mundo por esse motivo.
Sinta-se abraçada!
Liliane