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    Home»Suécia»Vasa – O maior fracasso da Suécia que se tornou um tesouro nacional
    Suécia

    Vasa – O maior fracasso da Suécia que se tornou um tesouro nacional

    Monique GarciaBy Monique GarciaMay 7, 2019Updated:May 7, 2019No Comments7 Mins Read
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    Foto: Arquivo Pessoal
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    Apesar do seu exterior não ser tão grande e imponente como muitos outros museus da Europa, o Museu do Vasa, em Estocolmo, é o museu mais visitado da Escandinávia. Mas, afinal, o que é o Vasa e o que faz desse museu tão especial? O Vasa é um navio de guerra magnífico do século XVII. Acho que isso não significa um spoiler da história, mas ele naufragou. Pois é! Ficou no fundo do mar por 333 anos e agora encontra-se neste museu, especialmente construído para recebê-lo. Mas para compreender a magnitude do Vasa e toda a sua história que o torna tão especial, primeiramente, é importante esclarecer o contexto histórico em que se deu sua construção.

    A Guerra dos 30 anos

    Encontrava-se em curso a Guerra dos 30 Anos, conhecida basicamente por ser a guerra entre católicos e protestantes. O rei da Suécia, na época, era Gustavo II Adolfo, da família Vasa. A Suécia era oficialmente luterana desde o reinado de seu avô. Sigismund era rei da Polônia e primo de Gustavo II Adolfo. Também havia sido rei da Suécia anteriormente, porém foi deposto pelo pai de Gustavo II Adolfo, justamente por pregar a religião católica. Diante das suas desavenças, afloradas pela Guerra dos 30 Anos, os primos declararam guerra um ao outro. Gustavo II Adolfo queria expandir o território sueco e o luteranismo. Sigismund queria retomar o trono da Suécia, que entendia ser seu por direito, e instituir o catolicismo no país.

    Agora que você já se localizou no momento da história que estamos falando, quem foi Gustavo II Adolfo e qual a sua importância para a Suécia?

    O Rei Gustavo II Adolfo

    Conhecido, também, como O Grande, Gustavo II Adolfo é considerado o maior general de sua época. Ele passou quase todo o seu reinado em guerra com a Rússia, Dinamarca, Polônia e Alemanha. Porém, foi a época em que a Suécia vivenciou o seu auge e possuiu o território mais abrangente de sua história. Ele era estudioso, convincente de seus ideais e persuasivo perante os nobres e parlamentares, razão pela qual nunca enfrentou dificuldades em receber apoio para suas empreitadas de guerra. Ele se denominava “Leão do Norte” e comparava a si próprio aos imperadores romanos. Seu reinado foi tão importante que ele é o único monarca lembrado no dia nacional da bandeira na Suécia, em 06 de novembro, que também é o dia do aniversário de sua morte.

    Agora, chega de história e vamos à construção do Vasa.

    Leia também: A família real que tem um toque de Brasil

    A Construção do Vasa

    Era 1625, o rei Gustavo II Adolfo havia contratado a construção de novos navios para a guerra contra seu primo Sigismund, na Polônia. Um dos barcos seria chamado de Vasa, nome de sua família. Durante a construção dos navios, cujos projetos já haviam sido aprovados pelo rei, houve rumores de que a Polônia estaria construindo um navio com dois andares de canhões. Gustavo II Adolfo obviamente não poderia ficar para trás, e logo solicitou que a construção do Vasa fosse acelerada e modificada para que tivesse não somente um, mas dois andares de canhões. O barco deveria contar ainda com várias coloridas esculturas mitológicas, divinas e imperiais.

    Cheio de significados como, por exemplo, o leão de 3 metros situado na proa, o qual representava a figura do próprio rei. Lembra que o rei se auto denominava Leão do Norte? Ele queria transformar o Vasa em um imponente navio que intimidasse seu adversário e demonstrasse que a Suécia era uma potência e ganharia a guerra, sem sombra de dúvidas.

    Sendo assim, a construção do Vasa foi adaptada no meio do caminho e, em agosto de 1628, o Vasa, com seus surpreendentes 69 metros de comprimento, 52 de altura, e 11 metros de largura, foi entregue para a sua viagem inaugural. Mas esse barco cheio de significado e imponência, dentre outras coisas, teve seu centro de gravidade alterado devido à proporção de suas dimensões e ao peso dos canhões nos andares superiores. Assim, tornou-se muito instável. Mas o rei queria seu Vasa de imediato e como o ditado já diz: “Manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

    Photo by HBarrison on Foter.com / CC BY-NC-SA

    O Naufrágio

    Era 10 de agosto de 1628. Sob ordens expressas do rei, o navio de guerra deveria fazer sua viagem inaugural com todos os canhões para fora, para demonstrar toda a sua imponência e força. Após 15 minutos, ainda nas águas de Estocolmo, uma rajada de vento fez com que o mesmo inclinasse. A água começou a entrar pelas portas dos canhões que estavam abertas. E pouco tempo depois, o Vasa estava submerso. Porém, as águas onde o Vasa naufragou possuíam somente em torno de 32 metros de profundidade. Desta forma, a população que estava lá para ver o extraordinário navio de guerra que seria o símbolo da futura vitória da Suécia perante a Polônia, agora via somente parte do mastro e a bandeira de seu país flamejando sobre as águas. Que desastre!

    Morreram no naufrágio cerca de 30 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Houve um inquérito para tentar determinar o responsável pelo desastre, porém, ninguém foi condenado. Após algum tempo, o Vasa desapareceu nas águas de Estocolmo.

    O Resgate

    Várias pessoas tentaram resgatar o Vasa, porém sem sucesso. Tanto que em 1660 decidiram concentrar os esforços somente em recuperar os canhões ao invés do navio inteiro. Nesse processo, foram utilizados sinos, com o mesmo conceito do copo colocado de cabeça para baixo na água. Cria-se uma bolha de ar em seu topo, onde as pessoas conseguem respirar. Apesar da escuridão a 30 metros de profundidade e as baixas temperaturas da água, foram recuperados 52 canhões.

    Em 1959, Anders Franzén, com o suporte da marinha sueca e do monarca regente, localizou o Vasa. Iniciou-se o processo de resgate do mesmo, o qual durou 3 anos. Aos poucos, foram sendo recuperadas diversas peças do Vasa e as mesmas foram estudadas e montadas. Assim, hoje, 98% do Vasa é original. E as partes não localizadas foram montadas com uma madeira mais clara para serem identificadas facilmente. Imagine a dificuldade de se montar toda essa estrutura. É uma espécie de maior lego do mundo (risos).

    Leia também: Alguns fatos interessantes e curiosidades sobre a Suécia

    O Museu do Vasa

    Necessitando de condições controladas para sua manutenção, bem como o excessivo número de curiosos que queriam ver o Vasa, em 1988 foi inaugurado o Museu do Vasa. O museu é escuro e frio para tentar preservar ao máximo a estrutura do Vasa, que hoje sofre com um processo de corrosão. Ali, são realizados constantes processos de estudo e manutenção do Vasa.

    Hoje, o Vasa é um grande tesouro nacional. É o único barco do século XVII, com 98% de sua estrutura original conservada. Ainda mais com todos os adornos extremamente incomuns para a época. Não parece um barco naufragado, mas sim um Vasa esperando pela próxima viagem, assim como em 1628.

    Assim, uma grande tragédia, e até uma certa vergonha nacional, tornou-se o maior tesouro da Suécia. O Vasa recebe milhões de visitantes de todo o mundo, mas não se sabe por quanto tempo. Então, se você for a Estocolmo, não deixe de visitar o Museu do Vasa. E se você já conhece essa pérola escandinava, me conte o que achou. Você consegue mais informações sobre horários, preços e visitas guiadas no museu aqui.

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    Monique Garcia
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    Monique é carioca e formada em Direito. Apesar da carreira bem sucedida no Brasil, largou tudo devido à insegurança na Cidade Maravilhosa. Seu marido aceitou uma proposta de emprego e se mudaram com o filho para Estocolmo na Suécia. Está tentando se redescobrir neste novo lugar, cultura, língua, rotina e desafios. Sempre amou viajar, conhecer novos lugares e culturas. Adora planejar suas próprias viagens e ajudar todos que puder para que tenham experiências maravilhosas em suas viagens também. Hoje, trabalha como guia de turismo na cidade de Estocolmo.

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