E o verão, enfim, chegou em território americano! Com ele, as férias escolares e a vontade de fugir da cidade para aproveitar a estação mais quente do ano… na praia!
Os americanos adoram praia e basta um feriado prolongado nesta época do ano, para as estradas ficarem lotadas, todos os hotéis ficarem cheios (é preciso se programar com meses de antecedência) e as praias serem invadidas pelos “costumes americanos”. Foi em um desses feriados que eu, estando em Cape May, uma praia que fica a 250km de Nova Iorque, me inspirei para escrever este post. Claro que as leis, e alguns hábitos, mudam de estado para estado americano, por isso vou listar o que aprendi sobre os costumes dos locais na praia, aos arredores de Nova Iorque:
- Homens não usam sunga: Os homens americanos usam bermudas até a altura dos joelhos, independente da idade. Se você vir algum homem de sunga, certamente ele não é americano, pois as famílias americanas “não apreciam” essa vestimenta. Segundo eles, as sungas além de serem desconfortáveis, marcam as partes íntimas dos homens que não devem ser evidenciadas ali, em um ambiente público. Dizem que os homens americanos se preocupam bastante com o “que dizem sobre ele”, então, não usar sunga é um jeito de “evitar que falem dele”, mas ao mesmo tempo eles não se preocupam em sair de pijamas nas ruas… rsrs.
- Mulheres usam os famosos biquínis “grandes”: Isso já não é muita novidade para nós, brasileiras, que as americanas usam biquínis para lá de comportados: são grandes mesmo! Para ser mais justa no julgamento, a parte de cima até que é mais parecida com as dos brasileiros, porém a parte debaixo é super grande e larga. Fio dental, como usam algumas brasileiras, nem pensar!
- Fumar na praia: É proibido fumar em algumas praias dos Estados Unidos! Fique atento para não “ser preso”.
- Cerveja na praia? Na maioria das praias (e ruas) dos Estados Unidos, portar ou tomar qualquer tipo de bebida alcoólica é crime, com grande possibilidade da pessoas ser presa se for pega pela fiscalização local (que existe e está presente o tempo todo). Pelo que sei, hoje, apenas em Las Vegas, Nova Orleans e, recentemente, na cidade de Nova Iorque, é permitido consumir bebida alcoólica nas ruas.
- Cadeiras de praia e guardas-sol: Alguns poucos hotéis oferecem esse serviço de praia, mas a grande maioria das pessoas levam suas coisas, pois não há opção de aluguel.
- Pastel, Sorvete, Chá gelado, ou qualquer outro tipo de alimento e bebida, ou ainda qualquer tipo de vendedores ambulantes simplesmente não existem nas praias norte-americanas. Cada pessoa leva sua própria bebida e sua própria comida para passar o dia na praia. Caso alguém vá desprevenido, sem nada, vai passar sede e fome, pois não há opção mesmo.
- Carrinho de praia: com tanta coisa para levar para a praia, os americanos chegam de carrinho para facilitar toda essa logística.
- Algumas praias, no verão, cobram entrada das pessoas. Sim! Super estranho a princípio, mas não para os americanos. A entrada é chamada de “tag”, com preço individual que varia de acordo com a praia e há “pacotes” que barateiam a entrada por dia, de acordo com sua necessidade. Por exemplo: em Cape May, a entrada por dia (e por pessoa) custa $6,00 – Se você comprar o “tag” para 3 dias consecutivos, sai por $12 ,00 (os 3 dias). Crianças até 12 anos não pagam. Essas taxas servem para pagar os salva-vidas, limpeza e a segurança da praia.
- Nada de som alto! Parece que os americanos “nascem falando desculpas” (sorry, em inglês), a brincadeira aqui é porque eles pedem desculpas por tudo – até mesmo antes de talvez, quem sabe, esbarrar em você na rua…rsrs. Eles realmente respeitam o espaço do próximo e isso explica o porquê de não se ouvir música alta na praia: simplesmente por uma questão de respeito ao sossego e espaço das outras pessoas.
Morar em qualquer país do mundo envolve uma série de mudanças e aprendizados. Além da distância das origens, da mudança de cenário e de língua, o principal (e que muita gente esquece) é a imersão em uma nova cultura, com hábitos, costumes e leis diferentes das que estamos acostumados. E, claro, como tudo na vida, isso tem um lado bom: aprender, conhecer coisas e gente nova; e o lado ruim: ter que “se encaixar” em regras que você nem sempre gosta ou concorda.
É de extrema importância reconhecer e dimensionar as diferenças culturais do país onde você vive. E por que não tirar o melhor de cada uma delas para viver cada vez mais em harmonia com as pessoas que nos cercam? Seja onde tiver que ser.
Que seja um ótimo e divertido verão para quem está no hemisfério norte!