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    Home»Itália»Vida de imigrante na Itália
    Itália

    Vida de imigrante na Itália

    Ana Paula GanzarolliBy Ana Paula GanzarolliJuly 29, 2018Updated:August 14, 2018No Comments6 Mins Read
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    Foto: pixabay
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    Vida de imigrante na Itália.

    Se você está em dúvida se deve imigrar, a minha opinião é que se você tem essa vontade deve, sim, tentar. Claro que uma mudança dessa magnitude requer muito planejamento, estudo e diálogo, principalmente se você decidir tomar esse passo quando for mais maduro e já tiver uma família constituída, como foi o meu caso.

    Imigrar requer um bocado de coragem. Você tem que enfrentar o medo do desconhecido, pois morar fora é como saltar de um penhasco, rumo a algo totalmente inesperado. Acredite, por mais que você se planeje e se prepare, nunca vai conseguir ter a real dimensão do que é viver essa experiência sem experimentá-la de fato.

    E posso garantir: várias coisas que você achou que seriam fáceis, vão ser bem mais difíceis e outras que imaginou ser um bicho de sete cabeças serão mais simples do que imaginava.

    Vou dar um exemplo prático: antes de vir morar na Itália eu achava que por ser brasileira descendente de italianos, seria bem mais fácil para fazer amizades. A verdade é que não está sendo nada fácil, por 2 motivos: o primeiro foi a barreira da língua. Eu já havia estudado o idioma e sabia manter uma conversação básica, já havia viajado para a Itália mais de uma vez e consegui me virar muito bem nessas oportunidades e, portanto, conclui que seria relativamente simples conhecer as pessoas por aqui.

    Mas, a verdade é que morar num lugar é totalmente diferente de passar uma temporada, pois requer um vocabulário muito mais rico e completo e você precisa estar ciente de que irá utilizá-lo todos os dias. Some-se a isso o fato de que você não viveu no local a maior parte de sua vida, sendo assim, não conhece o cotidiano das pessoas, não entende as piadinhas idiomáticas e nem os trocadilhos sarcásticos que os italianos adoram fazer, e leva um (bom) tempo para conseguir se sentir um local.

    Além do mais, como advogada autônoma, eu trabalho boa parte do meu dia em casa e, portanto, tenho pouco contato com os italianos, o que diminui muito a possibilidade de convivência e de conhecer novas pessoas. Então, sim, a vida por aqui pode ser bem solitária.

    Porém, a receita para ter amigos é simples: você precisa se inserir. Como fiz isso? Passei a fazer um curso de italiano e conheci gente de vários lugares: uma chinesa, uma francesa, uma croata, um peruano, uma ucraniana e, claro, muitos italianos. E a gente aprende a conviver com diferentes culturas e particularidades de cada um.

    Durante as aulas, além da gramática, o meu professor tinha muito prazer em me contar uma parte da história italiana recente (que não vivi por morar no Brasil), do caos do sistema político italiano (quem acompanha as notícias da bota já deve ter visto que a Itália está passando por um momento complicado), de como a Itália se endividou no pós-guerra e porque até hoje ela paga juros altíssimos e tem comprometido cerca de 130% do PIB em empréstimos, além de me dar dicas práticas do dia a dia, de como, por exemplo, trocar o sifão da pia do banheiro e cotar o seguro de carro mais em conta. Eu ia tão feliz estudar italiano que convidei o Alessandro (meu professor) para um almoço brasileiro com caipirinha e feijoada. Ele aceitou contente e, além de professor, tornou-se também um bom amigo.

    Por outro lado, depois que imigrei, passei a dar valor às pequenas vitórias que levam às grandes conquistas. Hoje me sinto realizada quando consigo conversar com o caixa do supermercado e rir de alguma piada que ele faça. Sinto-me extremamente contente quando termino mais uma etapa burocrática da vida de imigrante (e acredite, você vai passar boas horas de sua nova vida providenciando documentos como RG, CPF, cartão do INSS, carteira de motorista, etc.).

    Leia também: Conversão da carteira de motorista brasileira para a italiana

    Imigrar também requer uma boa dose de paciência. E olha, pode demorar anos para você se sentir realmente adaptado à certas coisas. Imagine que você era um maratonista quando morava no Brasil e depois de mudar precisa reaprender a andar. É uma dose de paciência diária e às vezes dá vontade de largar tudo e sair correndo.

    Vou dar outro exemplo prático para ilustrar melhor: no Brasil eu tinha todo um histórico de crédito junto aos bancos, cartão de crédito com limites que jamais utilizaria provavelmente a vida toda, era uma “cliente especial” com algumas regalias como resolver problemas bancários utilizando e-mail ou telefone, sem precisar ir ao banco.

    Ao imigrar, no entanto, todo o meu histórico de crédito passou a ser zero. Cartão de crédito, nem pensar! Financiamento para comprar um carro ou uma casa é algo muito difícil de conseguir por ser autônoma e não ter a busta paga (equivalente ao nosso holerite), e parcelamento para móveis e eletrodomésticos aqui praticamente não existe.

    Isso tudo sem falar no câmbio. Com o euro batendo mais de quatro reais, se converter todo o patrimônio que consegui acumular ao longo dos vários anos de trabalho no Brasil, na Itália, atualmente esse dinheiro mal dá para comprar um apartamento. E isso é extremamente desanimador.

    Mas tudo sempre tem um lado bom, e é sempre olhando as coisas boas que nos faz seguir adiante com um sorriso no rosto.

    Outro dia fui fazer a equivalência da carteira de vacinação da minha filha (como eu disse, vão surgir pendências burocráticas que você nem sonhava existir), para ela entrar na escola (pública, que é muito boa na Itália). A atendente do posto de saúde foi um pouco carrancuda no começo. Também pudera, quando viu a quantidade de vacinas que teria que traduzir, ficou mal-humorada, (coisa típica dos italianos, diga-se de passagem). Fiz uma piada, falei que no Brasil os médicos adoram dar vacinas, expliquei que era para a escola, respondi à todas as perguntas que ela me fez, sendo sempre muito simpática. Passado um tempo, ela foi se acalmando e, no final das contas, ela não só fez a equivalência na hora, como ainda deu uma vacina que estava faltando (de graça) e paparicou a minha filha dando medalhas (adesivos de medalhas na verdade) pela sua “coragem” em enfrentar a injeção com bravura.

    Espero ter conseguido passar um pouco da minha vida de imigrante. Lembro que quando estava à procura de informações, esses relatos eram sempre muito interessantes e hoje sinto um prazer imenso em poder ajudar a todos aqueles que como eu já sonharam em morar fora.

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    Ana Paula Ganzarolli
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    Ana é advogada, mestre em direito, paulistana e atualmente mora em Milão. Já visitou 20 países e tem como meta conhecer o mundo. Resolveu fixar residência na Itália e pretende falar sobre as curiosidades desse país e ainda dar dicas sobre cidadania italiana. Autora do site que se chama Partiu Itália.

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