Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»Japão»Relacionamentos abusivos no Japão. Não caia nessa!
    Japão

    Relacionamentos abusivos no Japão. Não caia nessa!

    Hasu KikuchiBy Hasu KikuchiMarch 12, 2019No Comments7 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Foto: Pixabay.com
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Março, mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher. No Japão, o Hina Matsuri ou o “Dia das Meninas” quando se reforçam os votos de felicidade, saúde e prosperidade para as meninas cercado de símbolos e comidas típicas. Mas esta época tão festiva para as mulheres é também um momento de reflexão sobre um tema espinhoso: relacionamentos abusivos.

    Escrever sobre esse tema não é das tarefas mais fáceis. Lembro-me de experiências próprias e apenas quem já passou por isso entende o quanto isso dói na alma. Por mais que você tenha reconstruído a sua vida, algumas feridas não cicatrizam mas permanecem lá, sob camadas e mais camadas de “preciso superar isso” e muitas doses de “vida que segue”, sangrando em silêncio para não incomodar ninguém ou para que as pessoas não pensem que você está querendo se vitimizar.

    E nessa armadura de guerreira que a gente veste todos os dias para enfrentar a vida, tentamos proteger nossos sonhos e, algumas vezes, nossos medos. E se você também traz essas marcas dentro de si, eu sei que também não é fácil ler sobre isso.

    Nunca os relacionamentos abusivos estiveram tão em evidência como agora: notícias sobre feminicídio, pautas feministas e manifestações de rua, formação de coletivos femininos nas redes sociais ampliando o debate, campanhas como MeToo com alcance mundial expondo casos e mais casos de abuso…

    A profusão de informações pela internet nos dá uma melhor dimensão da questão, que independente do país em que ocorra, a cultura ou o contexto em se insere, os relacionamentos abusivos são uma das múltiplas facetas da violência contra a mulher. E dentro da imigração internacional esta acaba sendo um potencializador de algo que por si só já é terrível.

    Leia também: Machismo no Japão

    Longe do seu país, a mulher imigrante, ainda mais no Japão (do outro lado do mundo, cujo acesso não é dos mais simples nem baratos) torna-se alvo mais fácil desse tipo de relacionamento por inúmeras questões. Do afastamento da família e dos amigos, a dificuldade de estabelecer novas relações levando ao isolamento e a um estado de maior fragilidade emocional (agravado em muitos casos pelo desconhecimento do idioma local e problemas de adaptação ao novo estilo de vida, o choque cultural).

    Some-se a isso a sobrecarga de longas e exaustivas jornadas de trabalho, muitas vezes a dependência financeira do companheiro seja pela dificuldade de encontrar trabalho, um salário suficiente para as despesas, ou até para fazer horas-extras ou trocas de turnos por motivos diversos (o que muita gente sabe que são vitais para se ter um rendimento razoável na maioria dos trabalhos aqui).

    Outras vezes o local de residência é o da empresa empregadora e se o companheiro for o único que trabalha ou é o responsável pelo imóvel, então a situação se torna ainda mais difícil. Ou até mesmo a dependência em aspectos corriqueiros do cotidiano, como ter carta de motorista e meio de locomoção próprio, ir ao médico ou resolver problemas em órgãos públicos de documentação, impostos, seguros, escola e outros incluindo visto de residência.

    Aquilo que parece tão mais simples de se fazer em nosso país pode se tornar um verdadeiro desafio em outro, e no caso japonês, muito em função do idioma. Sobretudo para quem tem filhos, os problemas se multiplicam e parecem não ter fim. Acredite, eu passo por isso e sei como é duro.

    O príncipe (nem tão) encantado

    E nessas horas de maior fragilidade sempre aparece o “príncipe montado no cavalo branco”, com flores e poesia e a promessa de que vai cuidar de você pra sempre – e da sua prole, se você tiver. E da sua família. No início tudo parece um sonho, ambos foram feitos um para o outro e você pensa ter encontrado seu final feliz.

    Afinal somos bombardeadas o tempo todo pela mídia, propaganda, filmes, livros, família, amigos, periquito e papagaio de que só é feliz a mulher que encontra um amor para chamar de seu, que coloque uma aliança em seu dedo e proteja-a de todo o mal.

    Até aí nenhum problema, mas eis que ele passa a se comportar de forma estranha, as palavras vão se tornando ríspidas, os gestos agressivos (um empurrão, um apertão no braço, um objeto atirado na parede), as brigas frequentes (e adivinha de quem é a culpa todas as vezes)…

    Ele a isola dos amigos e familiares, joga na sua cara a sua dependência, passa a fazer cobranças descabidas, tem um ciúmes doentio ou desprezo pela sua presença, diminui suas conquistas e qualidades e não a apoia em suas decisões e projetos. Os gestos passam a virar agressões, um tapa, socos, chutes. E então você começa a fazer concessões, a mudar o seu jeito de ser e de agir, passa a evitar outras pessoas, enfim pisa em ovos para não “dar motivos para brigas e não estressar mais o seu companheiro” porque afinal esse é o seu dever como mulher. Será?

    Leia também: Custo de vida no Japão

    Um belo dia você se olha no espelho e percebe, com um certo desapontamento, que não se reconhece mais naquela mulher refletida. O olhar já não tem o mesmo brilho, e você se pergunta em que momento se perdeu de si mesma.

    Contudo, resignada em manter a paz em seu relacionamento você se diz que aquilo é uma bobagem da sua cabeça e isso logo passa, atropelado pela rotina atarefada. Mas não. Todos os dias aquela sensação estranha no peito de que algo está errado, uma angústia ou um vazio que insistem em atormentá-la por mais que tente ignorar. Até que você se sente sufocada, pressionada… infeliz.

    E culpada! Começam os “talvez”: talvez seja uma fase, o estresse, a rotina, ele tenha razão e que é uma boba, exagerada e ingrata por não ver o quanto ele se esforça por você e sua família… Talvez!

    Pois eu digo a você, não caia nessa! E se já caiu, acorde e saia desse relacionamento o quanto antes! Não permita que chegue às últimas consequências. Nos últimos anos vêm crescendo as denúncias de agressões e até de feminicídio na comunidade brasileira, tristemente veiculadas na imprensa, nos grupos das redes sociais, nas conversas entre amigas.

    Eu sei que é difícil até mesmo reconhecer que se vive um relacionamento abusivo. Fomos condicionadas a perdoar, a tentar “consertar” o outro, a sermos as âncoras do casal. E que o medo do que o futuro reserva se você tentar quebrar esse ciclo pode ser paralisante, e até mesmo pelo “amor” que sentimos pelo outro que insiste em nos pedir para ter mais paciência na eterna esperança de que o outro mude.

    Eu entendo a sua confusão, o medo, a esperança. Mas posso te afirmar que há coisas muito melhores adiante se você arriscar. Procure ajuda, mesmo que você não possa agir de imediato, se informe sobre tudo o que você precisa para mudar a sua vida, busque apoio seja de amigos, familiares, psicólogos ou de órgãos públicos (que vão da polícia à prefeitura, Consulado Brasileiro ou ONGs), principalmente se houver crianças envolvidas.

    Aqui no Japão a mulher dispõe desde medidas judiciais protetivas, há abrigos para acolher vítimas de violência doméstica até que elas possam reconstruir suas vidas e mesmo auxílio financeiro em alguns casos. E acima de tudo lute pela sua independência sempre!

    Textos relacionados

    • O que o Kobe Luminarie nos ensina sobre a resiliência dos japoneses
    • Envelhecer no Japão
    • Imigrar é descobrir a própria identidade
    • Os efeitos da migração internacional sobre a saúde no Japão
    • Em busca de uma vida mais simples… E plena
    • Precisamos falar sobre a cultura do estupro no Japão
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    ajuda em caso de violência doméstica no exterior machismo no japão relacionamento abusivo no japão
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Hasu Kikuchi
    • Website

    Hasu é paulista, nikkey de terceira geração, dentista do trabalho e mãe solo. Tudo junto e misturado em uma mulher que busca a própria verdade vida afora, tentando deixar a bagagem mais leve sem os preconceitos, rótulos e padrões, com mais empatia e respeito pelo Universo particular dentro de cada um. Mora no Japão com a filha.

    Related Posts

    7 segredos sobre a dieta japonesa

    September 24, 2021

    O legado das Olimpíadas de Tóquio

    September 8, 2021

    10 curiosidades sobre as Olimpíadas de Tóquio

    August 4, 2021

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.